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Ah, como eu amo essa rinha de galo com superpoderes...

Os Pokémon do Switch parecem não ter caído nas graças do público – nas avaliações, ao menos, porque nas vendas a coisa é um pouco diferente –, e até certo ponto eu consigo entender por quê: como jogo, Pokémon Sword não traz nada de muito novo à franquia, não tenta nem reinventar a roda, e fica seguro e limitado às inovações visuais do console, mas acho que eu só gosto muito mesmo desse mundo, porque mesmo sabendo de tudo isso, não consigo não me deslumbrar com o que esse joguinho coloca diante de mim. Me senti obrigado, inclusive, a diminuir a nota do sucessor, Pokémon Violet, que em tudo perde pra esse aqui – a história fica mais ou menos no mesmo nível, ambas sem nada de muito mais, mas personagens, líderes de ginásio, cidades... e olha que eu gostei de Violet! Mas a primeira coisa que pensei quando dei play em Sword foi "uau, esse aqui é muito mais lindo".

Então, sei lá. Tomem a opinião com desconfiança se a Game Freak não é muito a sua praia, e eu também queria muito que não fizessem os jogos com tanta preguiça (por falta de palavra melhor), mas ainda estou longe de cansar de Pokémon. Esse aqui até conseguiu o que pensava ser impossível: usei e gostei de um inicial de fogo – que, pra ser sincero, acho que facilitou um pouco o jogo num todo, mas é o que temos pra hoje.

Uncharted 4: A Thief's End puts a fitting end to Nathan Drake's story, and it felt like a true next-gen experience when it was released. The game holds up amazingly well even today. It was one of the first games I played on PS4, and I was so engrossed that I finished it in a day or so.

The story is very good, introducing new characters while also bringing back the classic ones. Nathan’s brother, Sam Drake, is a significant addition, adding layers to Nate’s backstory and motivations. The dynamic between the brothers is well-developed and emotional. The scenery is breathtaking, taking you to incredible places like Scotland, where the atmospheric and moody landscapes enhance the sense of adventure, and Madagascar, with its vibrant and expansive environments. The semi-open world approach, especially in Madagascar, made me feel like I was in a safari simulator, exploring vast areas with a sense of freedom. The inclusion of a jeep for exploration in open areas was a fun addition, allowing for more varied gameplay. The scripted events were seamlessly integrated, adding to the flow of the gameplay. However, I wasn't a huge fan of Libertalia. While it wasn't bad, it dragged on for too long, and at some point, I lost some of the initial excitement, I wasn't feeling it anymore.

The graphics are stunning and are a joy to look at. The detailed environments, character models, and realistic lighting make the game visually spectacular. It's rarely that I care much about graphics, but I was genuinely amazed by this game. The gameplay didn't reinvent the wheel, but the new additions were very well integrated. The shooting felt solid, the climbing was improved with new mechanics like the grappling hook, which made the traversal more complex, and the overall mechanics were smooth and engaging. This game had lots of memorable moments that stick with you long after you’ve finished playing.
One of the highlights of the game is its detailed and expansive environments. Whether you’re scaling cliffs, exploring old ruins, or driving through muddy trails, each location feels meticulously crafted. The game’s attention to detail, from the lush vegetation to the intricate architecture of the ruins, enhances the experience.
The puzzles in Uncharted 4 are also worth mentioning. They are well-designed and integrate seamlessly into the environment, offering a good balance of challenge and enjoyment without breaking the flow of the game. The use of Nathan’s journal and Sam’s input adds a collaborative element to solving these puzzles, making them feel more organic to the story.

⚠️SPOILERS⚠️
I won't discuss much about the story, but I will say this: finally, an ending that doesn't involve destroying an ancient city! It was a refreshing change and a satisfying conclusion to Nathan Drake's adventures. The final scenes are poignant, wrapping up the character arcs in a heartfelt way that pretty much every fan of the series appreciated, it was a satisfying ending.

Uncharted 4: A Thief's End is on par with Uncharted 3 as my favorite from the Nathan Drake quadrilogy. I'm not sure which one I like more, but both hold a special place for their memorable moments, engaging gameplay, and stunning visuals. This game is a testament to how far the series has come and how well it has evolved over the years. Uncharted 4 stands as a crowning achievement in the action-adventure genre, combining cinematic storytelling with exhilarating gameplay to deliver an unforgettable experience.

This review contains spoilers

A franquia Gears é pra mim um dos pilares quando se trata de narrativa e nostalgia, cresci jogando gears 2, 3 e judgement no x360 com amigos e sozinho, saber que a franquia se mantém viva e consegue se revitalizar ao longo do tempo é reconfortante.

Consigo comparar agora, jogando pela segunda vez a outros exclusivos (GOW Ragnarok e Zelda) que precisavam atrair novos ares e conseguiram, ao fans antigos e saudosistas todos os elementos permanecem ou são melhorados e aos novos fans de mundo aberto, elementos rpg e exploração esse jogo é um prato cheio. Aos fans chatos presos aos jogos antigos, eles ainda podem ser jogados não se preocupem. A escolha no final é bem dificil, se pararmos pra analisar como cada fã pode reagir ao matar o filho do seu herói de uma saga ou um amigo comparado ao Dom melhoram ainda mais uma narrativa. No aguardo de E-DAY e joguem Gears 5, é uma jóia subestimada.

Sinceramente eu já aceitei q essa foi uma das melhores trilogias q já joguei na minha vida, terminou tudo de um jeito amarrado e tendo um final tão emocionante. Eu simplesmente n consigo descrever em palavras meu amor por essa série

Um trabalho árduo, que em formato de jogo é relaxante.

De 100% das pessoas no mundo, acredito que ao menos 90% concorda que trabalhar em supermercado é uma das piores coisas que tem, mas é claro que não há vergonha alguma nisso e nem muito menos desprezo por esse emprego, mas há de ter uma indignação com as condições e multi tarefas que são dadas aos trabalhadores, que muitas das vezes foram chamados apenas para cumprir uma função: Ser caixa.

Porém, vivemos em um sistema que obriga a gente a fazer coisas que não era pra gente tá fazendo, e sim, está na lei que isso é errado e devemos sempre lutar por nosso direito, mas quando estamos precisando de dinheiro, pouco a nossa mente liga pra isso.

Mas observe bem como o mundo é interessante, um trabalho tão complicado, falho e cansativo, ganhou um jogo. E ele serve bem como um passa tempo pra relaxar quando não está com nada em mente pra fazer.

Aqui no Supermarket Simulator nós somos o dono do mercado e ao começarmos no jogo não temos nada, não temos funcionário, não temos produto, temos apenas um sonho: Ser o melhor dono de supermercado possível.

Mas o sonho não é fácil, na sua jornada você se encontra com muitos problemas e grande parte deles envolve dinheiro (olha que curioso), o que nos leva em alguns momentos a tomar decisões que irá fazer a gente se arrepender depois, mas ser sincero pra você.. isso tudo apesar de parecer estressante escrevendo assim, na verdade é bem relaxante.

Quando você tá passando por um período tranquilo na vida ou está saturado de jogar só um jogo o tempo inteiro, Supermarket Simulator é um dos que te salva do tédio e te faz relaxar de uma maneira bem questionável, maneira essa que possivelmente é usada em outros Simulator da vida por aí, mas como eu não sou de jogar esses gêneros não tenho muito o que dizer sobre como ele se desempenha comparando com os outros. Pra mim, o jogo funciona bem.

Mas não me pareceu um jogo pra ficar o tempo inteiro jogando, na verdade, ele enjoa rápido se você ficar entrando nele todas as horas, não é um jogo muito viciante ele apenas é um jogo pra relaxar, ouvi muitos álbuns enquanto jogava ele, inclusive, deixo aqui uma recomendação de álbum: Alumbramento, do queridissimo Djavan.

Deixo claro que estou aberto a sugestões de jogos assim, quero conhecer mais do gênero e nada melhor do que receber indicações de pessoas que tem mais experiências que eu, obrigado!


JOGAÇO ABSURDO, zerei c mais 2 amigos

Review EN/PTBR

Youtuber Game
Everything is bad on purpose and generates numbers among children watching Youtuber's get angry with this shit game

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Jogo de Youtuber
Força de tudo pra ser ruim de propósito e gera números encima de crianças assistindo Youtuber passar raiva com esse jogo podre

Volta com essa franquia Capcom, por favor....

Unbeatable foi meu primeiro jogo de ritmo, e nossa senhora que bagulho bom. Não só exala carisma no estilo de arte, mas também a gameplay é muito divertida e viciante! Única coisa paia é que não gostei de uma boa parte das músicas, mas as boas mesmo são PURO BANGER.

Tô bem animado pra quando for sair o jogo completo, esse ano tem muita coisa boa saindo nossa senhora.

Não tem muito o que dizer, um Far Cry 6 com mais personalidade e carisma.

Lindo visualmente, e a integração da gameplay que todo mundo já conhece nesse universo criado pelo James Cameron funcionou, lembra bastante o Primal. Mas como todo Far Cry moderno, fica muito repetitivo depois de um tempo, parece que é proibido dentro da Ubisoft variar o design das missões. É um daqueles jogos onde a parte divertida é explorar o mapa.

Se você não for fã de Far Cry ou de Avatar...espere uma boa promoção ou entrar num serviço.

Need For Speed Most Wanted foi meu jogo favorito de todos os tempos até 5 de maio de 2017, quando a Arkane lançou Prey. Esse jogo me marcou de uma forma inacreditável e até hj é muito importante pra mim, influenciou minhas preferências musicais e meu interesse por jogos de carro no geral.

Most Wanted me prendeu de uma forma que nenhum outro jogo tinha me prendido, só pensava em jogar esse jogo, e desde então tento rejogar todo ano, o que a Black Box fez aqui foi muito especial, que falta faz esse estúdio. RIP.

É claro que ele não é perfeito, a minha nostalgia por ele não faz com que eu apague os erros que ele tem, como a IA mal-feita com um dos piores rubberbanding já vistos, mas os acertos do jogo passam por cima dos erros, e no final fazem com que você aprecie muito a experiência. Most Wanted é muito próprio da sua época e a EA nunca conseguiu repetir algo parecido na franquia, nem mesmo com o reboot de 2012, o jogo tem uma identidade visual muito marcante e diferente dos outros jogos da franquia, com esse filtro sépia e a estética industrial de Rockport.

Most Wanted brilha com sua trilha sonora maravilhosa, sua gameplay arcade muito bem executada, seu modo história variado e denso, com cutscenes divertidas, embora a tela verde no fundo tenha envelhecido mal e a atuação seja nível c, seu sistema de perseguições impactante, que na época nenhum jogo chegou perto de ter perseguições policiais tão viscerais quanto as de MW...e é claro que entregando tudo isso ele seria um sucesso colossal, as 16 milhões de copias não foram coincidência.

O melhor NFS e o melhor jogo de corrida arcade de todos.

FNAF 2 pra mim é o auge e o melhor da franquia : tem um mapa maior, um grande elenco de animatronics, sistema de defesa bom ( ventilação, mascara e a lanterna ) e tbm os minigames. Foi onde a saga passou a ganhar várias teorias justamente por causa dos minigames q começaram a explicar partes da lore, aq tbm surgiu a famosa mordida de 87.
Achei o jogo mt fácil, morri só 1 vez nas 5 noites e isso pq eu nem sabia q os Old puxavam o monitor pra baixo ( achei q eles esperavam o jogador abaixar ), dps disso fiquei mais esperto e evitei vários jumpscares assim. Eu nem ia fazer mas a única parte realmente dificil do jogo é a noite 6 ( tomei tudo oq n rolou nas outras noites nela ), tentei umas 6 vezes mas desisti pq eu n tava avançando e n ia conseguir msm ( tbm n queria continuar morrendo pro Foxy ).

>> Prós
• ̶T̶O̶Y̶ ̶C̶H̶I̶C̶A̶.̶
• JOGABILIDADE : Como eu disse ali em cima, o sistema de proteção desse jogo é mt bom ( melhor q o do primeiro ). A estratégia q usei o jogo inteiro foi usar o monitor apenas na câmera da Puppet e sempre dar 2 toques na esquerda pra já sair com a máscara ( msm q eles nem estejam perto ), usando todas luzes pra conferir se n tem ngm por perto e evitando ao máximo deixar o BB e a Mangle entrarem na sala.
• DESAFIO : Esse jogo oferece um bom desafio por causa do seu grande número de animatronics, n diria q é mais dificil q o primeiro mas é na medida ( tirando a última noite pqp ).
• MINIGAMES : É um dos pontos fortes desse jogo e da franquia, seus minigames são bem simples mas sempre causaram grandes rumores e teorias ao longo desses 10 anos. Eu só n consegui ativar nenhum dos 4 especiais nessa jogatina.
• CUSTOM NIGHT : 11 é um número bom e q ajuda na dificuldade do game, até pq alguns são mt fáceis de evitar e zerar o jogo sem nem ser atacado ( tipo os 3 toys do palco e a Puppet ).
• MÚSICAS : Novamente eu cito as músicas indies, principalmente pq o segundo jogo ofereceu 2 q eu acho brabas demais : "Survive the Night" ( minha favorita da franquia ) e "Its Been so Long".

>> Contras
• BALLON BOY : É um mal necessário pra ajudar o Foxy e complicar o jogador mas eu sempre odiei ele.

>> Perso Favorito = Mangle, Toy Bonnie e Old Bonnie.

>> Mortes/Jumpscares
• NOITE 1 : 0
• NOITE 2 : 0
• NOITE 3 : 1
• NOITE 4 : 0
• NOITE 5 : 0
• NOITE 6 : 6

• PUPPET : 0
• TOY BONNIE : 0
• TOY CHICA : 0
• TOY FREDDY : 0
• MANGLE : 0
• OLD FOXY : 5
• OLD BONNIE : 2
• OLD CHICA : 0
• OLD FREDDY : 0
• GOLDEN FREDDY : 0

Ouvi falar muito desse durante a pandemia, apenas agora acabei tendo a chance de jogar e olha... Não achei tão interessante assim.

Talvez o jogo tenha me perdido pela forma como busca desenvolver os seus elementos expressivos nesse comentário metatextual sobre o que é um videogame. Achei tudo muito voltado pra "gimmick", um comentário sobre o que são videogames sem o trabalho efetivo de pensar o que são videogames.

Enquanto jogava pensei muito em outra obra bastante meta como Superhot, que também busca gerar essa sensação através de um tom de mistério conspiracionista, quase uma "creepypasta". Porém no que Superhot consegue articular por meio de sua narrativa, texto e interpretação de forma coesa, em Inscryption eu senti apenas uma vontade de fazer o metacomentário "por que sim", sem nenhum peso dramático, mecânico ou estilístico suficientemente forte para elevar a brincadeira de jogo autoconsciente que já é bastante batida e repetida a exaustão.

Veredito: Muito, mas MUITO bom mesmo, e ainda assim tem uns defeitos idiotas que pqp viu...

Lançado fora do Japão em 2010 pro DS, 999 foi um jogo extremamente peculiar pra época. Não só ele misturava visual novel e escapar-da-sala de um jeito genial e era uma das pouquíssimas visual novels onde as suas escolhas realmente ramificavam a trama, como também usava as duas telas do DS como ferramenta narrativa. E sua história era, de longe, seu ponto mais forte. Misturando de forma brilhante suspense policial e terror com ficção científica pesada, somados a uma trilha sonora ótima e visuais extremamente bem desenhados, o roteiro conseguia agradar um pedaço muito específico do meu cérebro que nenhum outro jogo nunca conseguiu.

Ao colocar no mesmo ambiente 9 personagens diversificados que eram capazes de discussões longas e elaboradas de teorias malucas sobre gelo que não derrete e sobre telepatia entre pessoas que vivem em lugares e momentos históricos diferentes, dentre outras maluquices (estou olhando para vocês, raízes digitais com base 9) e intercalar isso com sequestros, mortes, conspirações sobre o naufrágio do Titanic, cadáveres com o peito aberto por bombas e descrições muito detalhadas e gráficas sobre o terror que os 9 personagens vivenciam; o jogo era capaz de ter momentos intelectualmente engajantes e ao mesmo tempo uma diversão B de terror legal e tosco cheio de gore enquanto as pessoas só tentam sair vivas de um pesadelo. Acrescente a isso o suspense policial (Quem é o sequestrador? O que as 9 pessoas têm em comum?) e pimba.

Apesar de seus muitos e muitos problemas, eu nunca consegui deixar de admirar 999 pela mistureba doida que ele faz. Para todos os efeitos, não deveria ter dado tão certo assim. Tipo, que outros jogos usam o fato de o DS ter duas telas pra te causar um mindblow foda?

Pois bem: Virtue's Last Reward é a continuação expandida, melhorada, mais ambiciosa e mais bem sucedida do que 999 queria ser. Tudo que 999 tinha de bom, VLR tem de melhor.

Gore e terror psicológico nível B divertido? Oras, não apenas pessoas morrem neste jogo (como morriam no outro) mas elas morrem dos jeitos mais nojentos e variados que você puder imaginar. Envenenamento, esfaqueamento, sufocamento, injeções letais, pode escolher. E já aviso logo que nada disso é spoiler: VLR é onde você ESPERA encontrar esse tipo de coisa. Do mesmo jeito que espera mortes agonizantes quando vê um filme tipo, sei lá, Jogos Mortais ou um slasher qualquer. Ele não é para quem tem estômago fraco com esses conteúdos, assim como 999 não era. Então fica o aviso de gatilho, inclusive para suicídios MUITO sangrentos.

As partes de escapar-da-sala estão ainda mais diversificadas e interessantes do que no jogo anterior. Não só você tem a opção de mudar para um easy mode, como 99% dos puzzles são mais inteligentes ainda do que em 999. Infelizmente ainda tem aquele 1% que é pura forçação de barra. Por exemplo, tem um puzzle que é um tangram pra formar um paralelepípedo. Pois bem, eu formei um paralelepípedo com as peças numa ordem diferente da que o jogo queria, e ele não aceitou. Fiquei UM TEMPÃO tentando entender o que eu tinha feito errado até fuçar na internet e descobrir que... eu fiz tudo certo, mas não valeu. Porém como eu disse, os puzzles que apelam assim são exceção, e nesses casos eu recomendo um guia sem medo.

A história novamente é o ponto mais forte do jogo, e QUE HISTÓRIA. Nunca antes eu tive tantos mindblows seguidos um atrás do outro sem parar. O jogo não teve pena mesmo, meu cérebro explodiu tanto que chegou uma hora que nem o meme da Nazaré Tedesco calculando conseguia mais me representar direito. E todas as reviravoltas fazem sentido, nada parece forçado ou feito de qualquer jeito. Toda a ficção científica, todo o suspense criminal e todo o terror psicológico B se encaixam muito bem uns nos outros.

Meus parabéns pra quem plantou a maconha dos roteiristas, porque essa erva deve ter sido muito da boa. Nada como ficar pensando no Gato de Schrödinger e no Teste de Turing enquanto eu tento sobreviver a um maníaco disfarçado de coelho sádico.

A única contra-indicação é que ele é RECHEADO de spoilers do 999. Então só indico pra quem zerou e gostou do antecessor.

E como se não bastasse, as ramificações da história conforme as escolhas são muito, mas MUITO mais variadas do que no antecessor. Sério, são mais de 10 game over possíveis e mais de 10 finais "corretos" possíveis. Até tudo culminar no Final Verdadeiro Real Oficial.

Infelizmente, o roteiro tem... problemas. Uma das personagens mais sexualizadas do jogo é feita sob medida pra parecer uma criancinha boba-alegre, e o protagonista em momentos completamente aleatórios resolve virar um tarado pervertido só porque sim. Não apenas isso é feito de forma gratuita e que não acrescenta nada ao jogo (é só fã-service punheteiro pelo prazer de ter um fã-service punheteiro) como quebra totalmente a imersão. Seu protagonista (que narra o jogo em 1ª pessoa) está em um momento tentando sobreviver, raciocinando qual das 3 portas é a correta, como fazer pra sair desta sala e escapar deste pesadelo maldito, e aí COMPLETAMENTE DO NADA você está falando para uma mulher subir numa estante de livros pra poder olhar por debaixo do vestido dela, enquanto outra mulher que você acabou de assediar está dividindo o recinto com vocês.

E o pior é que existem momentos que uma sexualização de personagens adultos e capazes de consentir faria todo o sentido dentro da história do jogo, em que isso acrescentaria bastante na narrativa, considerando os conflitos que vão se formando. Mas não, temos que fazer de forma gratuita e intempestiva só porque sim.

E pra piorar, a versão de 3DS tem um bug que apaga seu save do nada. E que nunca foi consertado. Na moral, olha só a audácia desse corno!

Enfim, escrevi demais. VLR mais uma vez consegue agradar àquele pedaço super específico do meu cérebro, casando bem um texto intelectualmente engajante com mortes violentas a rodo. Se os defeitos dele não são o bastante pra te desencorajar (de novo, muda pro Easy ou cata um guia quando tiver necessidade, sem medo e sem vergonha nenhuma) e se você gostou de 999, eu não poderia recomendar mais.