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ds 1 / zelda botw: ''eles dizem que você é uma versão menos gostosa de mim''

Simplesmente perfeito.

Não há muito mais o que falar.
Todo mundo sabe da grandiosidade e majestosidade que são os jogos da From Software, e com Sekiro obviamente não é diferente, estando no máximo no top 2 jogos desta desenvolvedora.

P.S: Só não achei este jogo o "Souls Like mais difícil" como muitos dizem. Comparado a Lies of P, achei facílimo. Os bosses não são realmente difíceis, são mais uma questão de o jogador não se afobar e ver os golpes com calma.

P.S.2: O porte para Xbox é horrível, foi doído jogar no início. Merecia e muito uma otimização pro Series X|S.

O segundo game dessa trilogia não é só excelente, mas é também um dos melhores Gears já lançados. Na verdade no top 3 de muitos fãs esse jogo em questão esta sempre la em primeiro colocado! E eu certamente entendo isso, vamos aos pontos:

A sua história é uma das mais engajantes da franquia, com diversos momentos iconicos e personagens carismaticos. Nessa questão eu digo até que esse é tranquilamente o roteiro mais tenso da franquia, trazendo de maneira fria em varios trechos os horrores da guerra.

A gameplay aqui da uma boa evoluida do primeiro game, trazendo mais diversidade e mecanicas pontuais novas. É um jogo bom pra quem gosta de montar rs. Pois aqui fazemos isso nos reavers e até em um brumak na reta final. Além disso controlamos um tanque e velejamos também de barco em outros momentos, então existem mudanças variadas de dinamica na jogatina realmente.

A parte técnica assim como a de Gears Of War 3 impressiona bastante pra epoca. Inimigos lotando a tela jutamente com um bom sistema de destruição de cenario e graficos belissimos. Dou um destaque nesse departamento principalmente para a iluminação e as nevoas implementadas!

Como já deve ter ficado claro, não tem muito o que questionar sobre o sucesso desse game, como diria o Seu Madruga: é realmente barriga senhor cinema. Massss, teve alguns pontos que me fizeram baixar a nota em relação ao seu sucessor...

Presenciei bugs chatinhos também, mas que chegaram a me incomodar mais do que nos outros games. Como em um dado momento aonde o Dom simplesmente sumiu da gameplay, ele aparecia nas cinematicas mas na jogatina em si evaporava. Isso so foi resolvido quando eu acabei morrendo no game e respawnei.

O Dom também sofre bastante de burrice artificial, em varios momentos que eu estava de arrasto pelo chao, o ser passava do meu lado e não fazia questão de me levantar, ou demorava seculos, me levando obviamente a morte. E quando eu estava um pouco mais distante do boneco aí se foi de vez, nunca mais vinha me socorrer kkkkkkkk.

Como citei anteriormente o game tras varias mecanicas pontuais que quebram a gameplay principal, e aquela especifica de dirigir um tanque eu achei horrivel, simplesmente isso. Parece um sabão desgraçado que desliza por qualquer coisa, fora que girar o tanque e mirar também é uma tortura no controle. Nessa parte do game eu passei um bom stress, até por que o jogo ainda faz questão de lhe tacar em diversas saias justas com essa gameplay de veiculo sofrida.

A gameplay dos reavers também não é das mais polidas, principalmente na parte que ainda estamos no subterraneo. Ali chega a ser confuso umas horas na verdade, mas ainda da pra aturar e passar de boa comparado ao maldito tanque.

Esqueci de citar mas aqui temos uma boss fight muito legal proximo a reta final, talvez uma das melhores que me lembro de ter experimentado nessa franquia. Porém a ultima boss fight que realmente encerra a parada toda é muito simploria e até apressada. Anteriormente eu já havia reclamado da ultima boss fight do Gears Of War 3, mas aquela lá pelo menos tinha um planejamento, essa aqui é basicamente ficar assistindo o monstrão enquanto segura um botão do controle kkkkkkk. Deveras broxante!

Outro ponto que acaba sendo complicado para os brasileiros é esse ser o unico game da franquia a não ter uma tradução. E infelizmente voce não a encontra nem por meios ilegais, tendo que jogar obrigatoriamente em ingles. Não que isso seja o fim do mundo, mas poderiam ter resolvido essa questão hoje em dia com todos os recursos que existem.

Só que como citei acima, mesmo com esses pontos que me fizeram perder parte da graça na experiencia, o jogo em si continua sendo um colosso pra sua epoca. É surreal imaginar isso sendo lançado em 2008 pra um Xbox 360, só me resta terminar essa review parabenizando os envolvidos! Recomendo.

Golf

1980

Ponto positivo: é uma simulação de golfe bem mais fidedigna que Mini Golf, o outro jogo de golfe do Atari que joguei.

Ponto negativo: leia o ponto positivo.

Não é meu tipo de game, mas pra quem gosta de labirintos deve ser um prato cheio. Tem uma incontável quantidade de modos de jogo e os labirintos gerados podem ficar super complexos. Então, sei lá, fica a dica aí pros doidos por labirinto.

Férias de Verão: The Videogame.

Na minha infância, em algumas férias de verão, eu costumava viajar ou para casa de minhas tias ou meus avós para passar uma semana no interior onde eles moravam. Era uma aventura, sempre tinha algo novo pra aprender e brincar, e eu tinha uma habilidade incrível de me machucar, tendo que passar aquele Merthiolate ardido nas feridas kkkkkkk E nem assim isso me desencorajava de fazer minhas traquinagens.

Lembro até hoje de quando andei por uma tarde inteira com a minha avó conhecendo os irmãos dela que moravam próximos de sua casa, e foi super engraçado aquilo, como quando eu descobri que a tia Nita também tinha um papagaio super inteligente (credenciado, ok, Ibama?) e que ele falava até mais que o Quico, o papagaio da minha avó, sem contar no suco de manga dela que era simplesmente divino.

Eram muitas atividades: passeios no centro da cidadezinha, cuidar de animais, conhecer amiguinhos novos, brincar [e brigar] com meus primos de tudo que é coisa, e até mesmo aprender o valor da organização e do trabalho, enfim, altas desventuras nessas férias. Se tem algo que eu amava, era passar esse tempo com meus parentes nas férias de verão. Infelizmente, essa fase corrida de jovem adulto não me permite ter experiências como essas, mas a nostalgia, as lições e boas lembranças permanecem.

Por que estou falando de tudo isso? Boku no Natsuyasumi é um joguinho de PS1 que trás exatamente tudo isso que eu falei aqui: você é um guri que irá passar suas férias no interior do Japão com seus tios e primos. A partir daí, você é livre para decidir como vai passar o seu tempo: pode caçar borboletas, estudar insetos (e até mesmo fazer rinhas entre eles, alo Luisa Mell KKKK), fazer novos amigos, brincar com seus primos, ler um livro, colher milho com seus tios, sair sem rumo pela floresta, conhecer o lago [...] ou mesmo fazer nada até as férias acabarem e seu pai vir te buscar.

É um game maravilhoso que parece mentira quando tu descobre que existe algo assim. Certamente vou atrás de jogar o 2, que saiu para PS2 anos depois e parece ser ainda melhor que o primeiro. Nostalgia e alegria nas simples descobertas da infância é o que define o Boku no Natsuyasumi. Que amorzinho de jogo, completo em tudo, seja pela trilha sonora, cenários belíssimos pintados à mão ou pelo som gostoso das cigarras. É um dos melhores do Playstation.

This review contains spoilers

I'm not saying I think the premise is fundamentally flawed, but how can you exchange letters with someone for 5 years without ever asking for their phone number?

PowerSlave: Exhumed é o que Hexen sempre sonhou em ser: uma mistura bem planejada e perfeitamente balanceada entre os elementos de exploração e ação de um shooter, sem que um atrapalhe o outro, e sim se complementem.

Fiquei extremamente surpreso com o quão ótima é essa versão do jogo (que é uma mistura das versões de PS1 e Sega Saturn), tendo em mente a versão de DOS, que joguei antes. O nível de qualidade, conteúdo e diversão aqui é incomparável a versão de DOS - é uma diferença quase a nível de Ying e Yang. Enquanto a versão de DOS me deixava enjoado com só 3 fases, essa versão me animou de uma maneira que eu simplesmente devorei o jogo inteiro de uma vez!
Esse remaster, claro, poliu e melhorou todos os aspectos do jogo, mas a base das versões originais (PS1/Sega Saturn) foram mantidas - e são justamente essas bases, de game design e level design, que dão forma a grandiosidade desse jogo.

A principal e mais marcante diferença é quanto a progressão. Nessa versão o jogo é dividido entre fases revisitáveis e que podem conter diferentes caminhos que levam a outras fases, porém estes só se tornam acessíveis com a ajuda de upgrades. Sim, dá pra se dizer que o jogo é uma espécie de Metroidvania e, sim, esses upgrades vão tornando seu personagem cada vez mais poderoso e ajudam muito na exploração e nas batalhas - além de, claro melhorar o dinamismo da gameplay do jogo.
Outro aspecto - esse eu considerei genial - é que o jogo possui uma munição universal. É um pickup que dá munição para qualquer arma que você esteja segurando no momento e, não apenas isso, como há uma versão superior desse pickup (normalmente posicionado em locais de difícil acesso ou antes/após lutas consideráveis) que carrega a munição de todas as suas armas ao mesmo tempo. Isso auxilia muito a manter o ritmo dinâmico do jogo pois, ainda que seja bem comum ficar sem munição, o jogador escolhe a prioridade de recarregamento para as armas que ele considera mais úteis para o estilo de jogo dele.
Indispensável falar, também, da quantidade de inimigos a mais nessa versão, assim como o bom funcionamento de todas as armas (diferentemente da versão de DOS, todas as armas aqui são úteis e funcionam de acordo) e do escalar de dificuldade justo, com checkpoints bem posicionados pelas fases.

As únicas criticas que tenho para o jogo são quanto a certos glitchs que podem te deixar avançar por áreas que você não deveria ter acesso naquele momento, deixando a exploração confusa - porém esses glitchs são raros - e quanto a todas as fases reiniciarem ao serem revisitadas, sendo necessário pegar todas as chaves de acesso de novo. Mas essa última logo deixa de ser incômoda pois, com os upgrades de personagem, é possível completar rapidamente quase qualquer fase.

Assim sendo, o remaster de PowerSlave: Exhumed é a versão definitiva do jogo, trazendo uma experiência de gameplay fenomenal e ficando facilmente entre os melhores Retro-FPS's que já joguei.
Se você é fã do gênero, pode jogar esse aqui sem medo!

É top mas o level design é uma desgraça mesmo

"Spider-Man 2: The Game" de PC é muito provavelmente o porte mais desastroso da história dos videogames, onde em vez de só replicarem a mesma versão de PlayStation 2, Xbox e Game Cube que já estava boa e é uma das melhores dentre os jogos antigos do "teioso", aqui inexplicavelmente o jogo foi refeito do zero com uma mecânica de gameplay bem bizarra e uma das piores da história dos jogos do Homem-Aranha de soltar teia pela cidade, que diferente das versões do console, o balançar de teia daqui é pré-definido e travado para ser selecionado em pontos específicos à mostra pelo cenário do mundo extremamente linear do jogo, que em toda sua gameplay temos uma limitação absurda de apenas dois golpes que permeiam o combate do game, sendo o de lançar teia no rosto dos adversários e o de só ficar praticamente estraçalhando o botão esquerdo do mouse para atacar os inimigos da forma mais desestimulante possível.

  Se for falar do enredo do game, ele até tem momentos e ideias que podiam ser talvez positivos se fosse melhor elaborado e desenvolvido, como não focar em só construir a mesma história do filme e apresentar uma que mistura o pouco que já foi visto do filme com algo novo e ainda apresentar outros vilões do Homem-Aranha que não foram apresentados na própria trilogia do Sam Raimi da qual o jogo se baseia, mas o problema é novamente a forma que foi feita, com uma história também negativamente superficial e infantil com diálogos rasos que a história no todo sequer segue uma linha para conectar ou fazer sentido com a história do filme, que antes de eu terminar o jogo, eu pensava que poderia ser talvez uma história isolada que ocorreu dentre os acontecimentos do "Homem-Aranha 2" (2004) como acontece com os jogos da franquia de Star Wars, mas não, é praticamente um universo alternativo que não se importa em mudar drasticamente as coisas e até a colocar em questionamento, em um momento específico, a moral desse Homem-Aranha, que exemplificarei isso mais embaixo para quem queira saber e não tenha tanto problema com spoilers.

  Ressaltando que esse parágrafo tem spoilers, então pule para o próximo e último caso tenha planos para talvez jogá-lo (que acho difícil), basicamente era meio que evidente que iriam reutilizar a cena do trem do filme nesse jogo, mas no caso da releitura dessa cena aqui, é essa a justa cena onde duvidamos da moral e do caráter desse Homem-Aranha do jogo que em vez dele tentar salvar o trem daquela forma heroica, icônica e marcante tentando prender o trem com as suas teias nos tais prédios de Nova York, no caso da abordagem nesse jogo, ele só decide que não vale a pena e taca literalmente o f*d@-se, c@g@nd# para todos os passageiros daquele trem, que vindo do Homem-Aranha, eu não pude deixar de estranhar isso e achar extremamente engraçado na hora.

Por fim, se não fosse o fato de eu ter jogado esse jogo quando pequeno, eu provavelmente não teria me divertido tanto quanto me diverti nessa segunda gameplay, pois o jogo mesmo sendo todo c@g@d#, ele entra naquela estética de jogo, para mim, tão ruim que acaba se tornando bom e engraçado, que levando em conta que eu tenho uma certa história com esse game, em tentar jogar ele e ter ficado preso em uma parte bem perto do final e só agora ter conseguido finalmente zerá-lo, foi uma experiência agradável e válida para revisitá-lo, que junta isso com um jogo bem curtinho de duas horas, acabou satisfazendo a memória que eu tinha do jogo, onde novamente mesmo sendo bem problemático e hoje datado demais, acaba não sendo tão ruim assim de enfrentar, mas aqui-lo, continua um jogo fraco, porco e mal desenvolvido que envergonha as versões de console dele que é praticamente um outro jogo de tão diferente que essa versão é.

Sem dúvidas, há valores espalhados aqui e ali. Tem uma boa ambientação, que se aproveita bastante da câmera fixa, e mecânicas curiosas pro estilo de narrativa. Me chamou a atenção ideias tipo a dos totens, ou o uso do sensor de movimento do controle, que gera situações bem interessantes, como a fuga no final.

E, de longe, a melhor coisa deste jogo é as sessões com o Dr Hill. Embora não tão bem aproveitadas no fim das contas, são muito intrigantes as divisões de capítulos apresentadas pelos discursos confusos e metalinguísticos dele, que se intensificam e se tornam mais agressivos naquele cenário abstrato. Bem legal.

Agora, uma coisa que realmente não tem, é sutileza e naturalidade. Não apenas no aspecto textual, com personagens caricatos e diálogos ridículos, como no âmbito da direção das cenas mesmo. É visível o jogo encaixando os ocorridos e moldando as rotas, esse modelo de narrativa ramificada foi pouco polido e nota-se os personagens tomando ações forçadas só para ligar a próxima parte. Num geral, tudo é muito duro, até mesmo como a gameplay interage com a mudança dos sentimentos de cada situação.

E, por fim, a história em si que é conduzida através de tudo isso. Eu sei que eles estão simulando um terror americano genérico, mas não consigo ver a vantagem disso. Realmente não apetece o paladar reger uma atmosfera tensa com decisões cuidadosas, pra gerar uma imersão genuína, em um roteiro tão estúpido. É tudo tão caricato e forçado que simplesmente não dá pra levar muito a sério. "Clichê" e "cringe" são duas palavras muito eficientes em descrever grande parte do roteiro.

Com uma boa história e personagens, e polindo a construção da narrativa de rotas, teríamos um ótimo jogo, mas acabamos num terror pastelão e robótico. Até diverte e distrai, mas não passa muito disso.


O jogo ser ridiculamente divertido é só uma consequência inevitável de ele simplesmente ser muito bom em tudo.

As músicas animadas e dançantes... O design que homenageia uma das estéticas mais marcantes da história... As animações super fluidas e caricatas... Os chefes com movesets terrivelmente criativos e engraçados... A gameplay intuitiva e extremamente funcional... A quantidade considerável de detalhe e nuance em cada fase...

É incrível ter tudo isso acontecendo ao mesmo tempo enquanto o jogo extrai de ti um esforço quase competitivo pra esquivar de 400 coisas simultaneamente na tela. E você ainda pode desfrutar de tudo em co-op, que por si só já é um catalisador sensacional pra apreciar videogame.

Provavelmente o jogo com mais inventividade por metro quadrado, esbanja criatividade a cada minuto.

Humans may attribute value based on a variety of criteria. One may assume that because an item is useful, such as food, it is valuable. This is what Plato called the intrinsic value. However, even if an object is not useful by itself, it can obtain instrumental value through the context that surrounds it. The conditions granting an object extrinsic value are too varied to mention here, sometimes being too illogical and subjective to condense into written words, but, unexpectedly, extrinsic value is usually the most desired.

In 2019, Italian artist Maurizio Cattelan would sell two editions of his piece "Comedian" for 120000 USD, to the horror of many art critics. The artwork, when correctly showcased, consists of a banana held against the wall with duct tape. The piece was critiqued due to its lack of beauty, and the simplicity of its form.

In 2021, the trading volume of Non Fungible Tokens (NFTs), in an unprecedented spike, increased to 17 billion USD. Some of the more well-known digital art NFT collections, including CryptoPunks and Bored Apes, consisted of ten thousand randomly generated images of pixelated heads and upper torsos of monkeys, respectively, the ownership rights of which were subsequently sold for apparently ludicrous numbers. The digital artwork was criticised for its unpleasant appearance, as well as fuelling speculative valuation of the items.

There is a saying that life imitates art. In later years, this expression has gained popularity over the idea it refutes, that is, that art is born from the representation of reality. The 2024 videogame “Banana” almost paradoxically supports both sides of the argument in a genius showcase of a side of human behaviour that becomes more relevant each passing day. Art imitates life, through the naturally emerging market inside this work, life imitates art, through the attribution of value to useless, unpleasant pieces.

Banana (2024) puts an end to this false dichotomy, fusing what at first were irreconcilable views, and that in itself, is art.

Isso aqui é uma junção de tudo que eu mais odeio em Survival Horror