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Lindo. Lindo, lindo, lindo. É uma obra de arte mesmo, impecável no som, nos gráficos e na forma que evoca sentimentos. É uma jornada brutal, intensa e poética sobre perda, culpa, aceitação e escolhas dentro do entendimento de si próprio. Eu até achei que nesse jogo iria existir possibilidade de darem liberdade maior à exploração ou algo assim, mas não, a ideia é mergulhar na história, sentir o que a Senua sente, perder o fôlego nos combates ou admirando a beleza dos cenários, e respirar de novo no final. Uma experiência bem marcante.

A sequência do soft-reboot de God of War encerra esse ciclo de maneira magistral. É um jogo de pouquíssimos defeitos... Se fosse apontar um, talvez o ritmo. No demais, a sequência supera em absoluto o seu antecessor, nenhum aspecto, tudo é aprimorado e elevado a outro patamar. Goste ou não, a Sony tem um portifólio impecável de exclusivos e a qualidade desse jogo é um belíssimo exemplar.

Graficamente é belíssimo, não sei como está no PS4, mas é um dos jogos mais bonitos que já vi. Claro, não é um jogo de nova geração, mas é uma chave de ouro que encerra a biblioteca de um dos melhores consoles da história.

A construção do Kratos como personagem é uma das coisas mais brilhantes que já vi, está no mesmo panteão de Arthur Morgan em Red Dead Redemption 2 e do Big Boss em Metal Gear Solid 3, é explorado um lado muito além do matador de deuses. A Freya é outro destaque importantíssimo.

A gameplay também teve melhoras ao meu ver, é muito divertido realizar combos com as armas fornecidas e utilização do cenário no combate, que é mais vertical que o 2018.

Apesar do preço exorbitante, estamos falando de um jogo extremamente recheado de conteúdo, tanto a história principal (que passa facilmente das 20h) quanto o conteúdo opcional.

REVISÃO V1.0
O negócio é o seguinte: Esse jogo está envelhecendo na minha memória como leite quente no asfalto. Então, cada vez que jogo um jogo bom, venho aqui e tiro meia estrela dele. Ainda é um bom jogo, mas bem decepcionante considerando a construção do jogo de 2018. Enfim, que pena.

Meu deus que péssima desculpa pra um jogo. Bonito? Sim, mas é só isso. Que jogo sem alma. Parece que seguiu uma receita pra pegar tudo que deveria funcionar num mundo aberto e replicar e ainda sim não consegue. Fraco, preguiçoso e, sinceramente, muito chato.

Eu amo Borderlands, então sempre tenho uma expectativa alta com qualquer jogo da franquia. Esperava a DLC da Tina do Borderlands 2, mas ultra melhorada. Confesso que me decepcionei um pouco. Vou logo pra conclusão sobre o jogo: é um jogo com um ENORME potencial desperdiçado. Se você é fã de D&D ou fã de Borderlands, vai curtir muito a história e mais um capítulo da construção de personagem excepcional da Tina. As piadinhas e referências seguem perfeitas e a história como um todo, apesar de curta, traz essa evolução da personagem e conexão com o universo Borderlands. Claro que por ser uma história "lateral", não temos evolução no enredo atual do jogo.
De qualquer forma, pelo fato da história ser curta (apesar de envolvente), poderia facilmente ter sido uma DLC de um Borderlands 3, por exemplo.Talvez seja o fato do jogo ter sido produzido durante a pandemia que traga também esse ar de DLC, mas não havia necessidade de ser um standalone. Falando em pandemia, lindíssima a mensagem passada no final do jogo, em um momento tão delicado para nós, como humanidade mesmo.
Por fim, a gameplay segue classe A, com a tela menos poluída, fluidez e ofertando muita diversão.
Agora vamos falar das coisas ruins. A franquia é conhecida por diversos motivos, sendo um deles o fator replay. Quem é aficcionado por ela, curte poder testar as várias classes diferentes, as trocentas armas disponíveis, variações de builds e chegar num ponto de min/max pra se tornar o mais OP possível. Aí que começam os problemas. Borderlands sempre teve o farm de itens como peça chave pra você pegar as armas e itens mais poderosos e se tornar um deus do joguinho. O que fizeram? Meteram praticamente todos os itens lendários dentro da mesma lootpool. Você quer farmar um item específico como fazia num Borderlands 2, por exemplo, e acha que é só ir em determinado boss que ele vai dropar? Não. Ta praticamente tudo como world drop, o que diminui consideravelmente suas chances de encontrar o que você mais quer.
Isso nos leva a outro problema relacionado ao fator replay, que é o endgame. Você termina a história e aí? Tem que ter arenas, raid boss, DLCs fantásticas, coisas a mais pra você fazer e seguir jogando com seu personagem. No entanto, tudo que encontramos são a Câmara do Caos e DLCs pífias. A Câmara do Caos nada mais é que uma repetição das Dungeons do jogo, enfrentando inimigos atrás de inimigos, aumentando a dificuldade com modificadores e no final, um boss. O loot fica mais forte, mas você cai na mesmice rapidamente e não da vontade de passar do Caos Level 20. Até porque, daí em diante você já tem que começar o min/max e aí caímos naquele problema do farm de itens.
A história das DLCs é até interessante em certo ponto, mas extremamente rasa. O conteúdo é pior ainda. 4 "mapas" em que você NOVAMENTE está na mesmice das Dungeons, matar inimigos até a próxima sala e enfrentar um boss final. O pior é que você tem que terminar cada mapa pelo menos 4 VEZES pra poder liberar todas as conquistas. Extremamente repetitivo e chato.

Sem me estender muito mais, jogue o joguinho. Curta a história, curta as piadas, curta as referências. Se tiver paciência, fique para ver a cagada colossal que fizeram com o endgame desse jogo. Depois que cansar, não se sinta culpado por largar o jogo no esquecimento, não vale a pena platinar. Se um dia der saudade ou vontade (ou aparecer um amigo pra jogar com você), teste outras classes e divirta-se.

Psychonauts é um negócio único mesmo. Esse jogo tem um visual fantástico, é divertido, inteligente, engraçado, criativo, cativante, não teve um dia em que joguei sem sorrir. O primeiro era um jogo muito esperto também e que merece todo reconhecimento do mundo, mas essa sequência supera ele em tudo, na minha opinião, principalmente na gameplay. Eu não queria que a história acabasse. Vou guardar num lugar especial no meu coração

Scorn

2022

Alguns lugares desse jogo causam desconforto, inquietude e incômodo, enquanto outros passam uma tranquilidade estranha, ou uma sensação de isolamento completo. É uma mistura única de desespero e contemplação. Certos cenários têm uma magnitude impossível de não ser admirada, e outros são puramente grotescos, e igualmente impossíveis de não serem admirados.
O som é ótimo também, dos efeitos nojentos aos sons ecoando no ambiente. A trilha sonora aparece nos momentos certos e é muito legal.
O jogo não segura tua mão e não te perdoa por errar. Às vezes, morrendo, você perde um pedaço grande de progresso. A sensação é de hostilidade constante, vinda de todos os lados.
A progressão é ótima e o jogo sabe perfeitamente o momento de começar a dificultar os puzzles e combates. Pra isso ele exige que você preste atenção em tudo, inclusive no fato de que a maioria dos inimigos segue sua rotina caso não se sinta ameaçado, e muitos encontros podem ser evitados.
Eu tive alguns pesadelos depois de jogar por muito tempo. Aquele lugar penetra tua mente, de forma que os caminhos que parecem semelhantes e as mecânicas que parecem inicialmente sem lógica, começam a de repente fazer sentido e cada corredor parece distinto, e você acaba sabendo exatamente o que fazer e pra onde ir.
Senti que foi tudo muito bem planejado e feito com cuidado, e o ritmo lento do jogo ajuda a absorver tudo isso. Pequenos detalhes como três animações diferentes ao fazer a mesma coisa três vezes, por exemplo, mostram a importância que foi dada pelos desenvolvedores.
Podem existir diferentes jogos baseados na estética do Giger, mas acho que nenhum vai alcançar essa atmosfera de Scorn.
E o ato final é sensacional.
Um jogo singular.

Ótimo jogo. Os gráficos estão bonitos e jogar no modo Noir traz o clima que o jogo pede, parei inúmeras vezes pra tirar fotos. O mundo aberto é bem construído, embora sirva apenas pra ser admirado, já que a interação com ele é mínima. Ainda assim, é bacana explorar e procurar pelos colecionáveis, revistas e cartões. Os interiores acessíveis são cheios de coisinhas e cantinhos pra olhar, parece ter sido dada bastante atenção a eles. E no geral, eu gostei muito de pequenos detalhes como o rádio falhando ao passar por um túnel, o som dos amortecedores rangendo em carros pesados, NPCs comentando sobre últimos acontecimentos dos quais fiz parte, tudo isso contribui bastante pra se sentir lá, além das músicas, carros, jornais espalhados e notícias da época nas rádios, incluindo menção à anexação da Austria em 38, ou discursos do "presidente", com o ruídos e chiados dos equipamentos antigos. As atuações são muito boas e história também, embora eu tenha sentido que alguns saltos de um ano a outro tenham tornado ela menos envolvente. O relacionamento do Tommy com a Sarah, por exemplo, foi pouco contruído e pulou de flerte pra casamento muito rápido. Existem também algumas quebras de perspectiva que não fazem sentido na maneira como a história é contada, como num trecho em que uma cena é mostrada do ponto de vista do Morello. Ainda assim, as missões intercalando os cortes entre a conversa do Tommy com o detetive, funcionaram muito bem pra me manter engajado e querer saber o desfecho. A gameplay é bem divertida, tirando um probleminha aqui e ali, como não conseguir passar por uma porta por causa de uma cadeira, ou a fisica dos carros ser um tanto esquisita. Eu adorei os tiroteios, e as partes de stealth são bacanas, embora a mecânica de arrastar os corpos não sirva pra nada. A inteligência dos inimigos não é ruim, mas a dos motoristas é péssima e bem irritante. Em conclusão, é um jogo com defeitos, mas com muito charme. Gostei bastante.

Eu amei jogar Elden Ring.
É um dos jogos mais... jogos que eu já joguei.
Daqueles que você não precisa estar necessariamente muito atento ao que ocorre ao seu redor, pra entender a história (que vai ser muito melhor contada pelo Vaatividya no youtube) e assim aproveitar o jogo na sua completude.
Pode parecer redundante, mas o "jogar" é o que esse jogo tem de melhor pra oferecer.
Pontos fracos pra mim são as mecânicas de bosses gigantes e repetição de alguns bosses iniciais que decidem virar mobs no decorrer do jogo, criando uma "banalização" do que é ter uma barra de vida de boss, algo que costumava me fazer prender a respiração em outros jogos.

O ponto forte aqui, na minha visão, é a ambientação. A arquitetura do jogo é uma das mais lindas que já presenciei. Gostei de algumas alterações de mecânicas que não estavam presentes nos souls anteriores e que se encaixam muito bem com o tema como a necessidade de ser mais agressivo para recuperar vida e as recompensas por conseguir realizar um bom ataque visceral. O parry me incomodou um pouco sendo que já estava quase no fim do jogo e as vezes não funcionava perfeitamente. As lutas de chefe se comparam com DS2 onde os chefes são pouco memoráveis e ligeiramente fáceis. A história é densa e mais espalhada que outros jogos souls, com menos NPCs falando coisas e muitas informações importantes sendo reveladas através de uma frase ou duas e isso é um ponto fraco pra mim. Não vou entrar no mérito da história ser boa ou não, mas o tema lovecraftiano não me pegou aqui. Acredito que (e posso estar errado) o grande frisson desse jogo se dá ao fato de ser o primeiro contato com souls da nova geração e, caramba, eu me lembro do meu primeiro contato com muito carinho. Por fim, só a ambientação, que de novo eu devo ressaltar que é de tirar o fôlego em muitos momentos, não é o suficiente pra fazer com que esse seja um jogo irretocável.

Antes de qualquer coisa, tenho umas coisas a confessar sobre esse aqui. Primeiro que vim com o pé muito atrás depois do sucesso absoluto de RE2R, por que simplesmente não dava pra ficar melhor que aquilo. RE2R é uma aula sobre como remakes devem ser feitos e porque devem ser feitos. Dito isso, trouxe uma certa preocupação para revisitar um dos RE que mais tinha jogado até então. E cara, como eu estava errado. Tudo que RE2R faz de bom, RE4R faz igual e ousaria dizer: até melhor. O incremento do stealth como, não uma obrigação, mas mais uma possibilidade de abordar situações é maravilhoso, e a faca que passou de ser a coisa mais odiada nos RE originais, vem cada vez mais se tornando a nossa melhor amiga, e eu acho isso incrivel. Me diverti demais dando parrys o tempo todo e essa é uma mecanica que faz com que a gameplay nunca seja enjoativa, pq seja na primeira hora ou na centesima, é sempre uma maravilha acertar aquele parry. Melhoraram bastante a história com pequenos ajustes que deixaram a coisa toda um pouco mais moderna. Eu tenho alguns problemas com a história de Resident Evil no geral, mas esses problemas não merecem ser despejados nessa obra prima. Se eu tivesse que apontar alguma coisa que não gostei aqui, são as "japonesisses" da franquia e o sistema de conquistas, que insiste que você seja um speedrunner, que é uma coisa q eu realmente não gosto de fazer. Nenhum problema com a quantidade de vezes que "tive" que re-jogar para conseguir a platina, mas definitivamente muitos problemas com as vezes que tive que terminar em tempo X. Fenomenal. Que venham RECVR, RE5R e.... quem sabe até consigam consertar RE6.

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