esse jogo foi lançado um ano antes dos meus pais se divorciarem. só queria comentar

eu ainda prefiro as vibes de Perfect Cherry Blossom e Imperishable Night mas não dá pra negar que esse é um dos pontos mais icônicos da série, quase ao nível de Embodiment of Scarlet Devil. eu conhecia uma boa parte das personagens e de suas músicas por pura osmose vinda do meus contatos com a fanbase. mas eu senti um pouco de falta da energia mais... rústica que os Touhous anteriores tinham, até mesmo em algo tão complexo como o 8º jogo da série. Esse é o primeiro Touhou que eu não senti completa vontade de chegar ao final antes de partir para o próximo (cheguei na chefe final pelo menos) o que tudo bem inclusive. (ATUALIZAÇÃO: usei o bug da Marisa Shot B e consegui derrotar a Kanako. mesmo com essa trapaça a Spell Card final dela é absurda de difícil!!!!!! eu meio que gosto dela mesmo exigindo um suco cerebral absurdo da minha parte)

Mountain of Faith ainda é um triunfo audiovisual interativo: a trilha sonora e os padrões de balas continuam espetaculares como sempre, as garotas novas que vão ser mais relevantes nos jogos futuros são ótimas adições ao elenco e a engine nova esbanja efeitos visuais muito bonitos durante as batalhas. mas eu realmente não gosto das mudanças do sistema de bombas e continues desse aqui. eu prefiro ser arremessada pro menu principal depois de morrer do que repetir a fase final só com duas miseráveis vidinhas, e fazer com que o uso de bombas diminua o poder do seu ataque normal é tryhard demais, até para os padrões dessa série. alias, antes você podia escolher a quantidade de vidas que você começa (com uma diminuição no seu score em números acima de 2) mas removeram isso também, talvez para não entrar em conflito com a nova maneira que os continues funcionam (para evitar por exemplo que você recomece a última fase com 6 vidas mesmo chegando nela com apenas 1).

mas a questão da energia presente nessa nova era da série ainda é a coisa que mais mexe comigo. eu fiquei matutando um pouco sobre isso e a minha namorada comparou esse sentimento meu como uma fã de punk ouvindo uma música pop punk, onde parte da estética mais bruta é substituída por algo mais sofisticado, mas que talvez tenha perdido parte da identidade presente no gênero. acho que faz sentido. apesar de que isso tecnicamente me torna uma Touhou boomer. tudo bem. eu também sou uma Morrowind boomer. eu ainda vou tentar os seguintes, tenho tempo para me acostumar

pra concluir esse jogo me fez perceber que eu não sou normal a respeito da Aya Shameimaru.

arcueid brunestud é a melhor personagem de toda a ficção

joguei quando esteve de graça na steam. criei minha personagem e antes de fazer qualquer outra coisa tive q reiniciar o jogo pra reduzir a resolução, pois esse mesmo computador que rodou Fallout 4 no high em 1080p não é bom o bastante pra esse jogo, aparentemente. quando abri ele de novo surgi na frente do vault e as palavras "Quest Completed!" apareceram na minha frente. eu pulei o tutorial inteiro e a premissa da história por completo acidente. ok então. tava sozinha. andei um pouco, fiz algumas missões tentando entender a história por contexto e pistas, me senti completamente miserável e exausta e fechei o jogo. "talvez eu seja só uma hater de Fallout moderno. eu não gostei muito do programa também, pelo que eu vi."

por eu ter comentado no twitter sobre esse jogo, uma amiga começou a conversar comigo. a gente marcou de jogar Fallout 76 juntas. e quer saber? eu peguei o apelo. me lembro da maravilhosa resenha do Noah Caldwell Gervais de toda a série Fallout, onde ele descreve 76 como "conteúdo de segunda tela", algo feito para a era moderna onde as nossas atenções estão constantemente divididas entre redes sociais e outras atividades. isso faz muito sentido pra mim: foi só quando eu estava acompanhando alguém, conversando sobre várias coisas que as atividades desse jogo não me deixaram com vontade de tirar uma soneca de 1 hora. por mais que isso pareça (e até seja) uma crítica disfarçada de elogio, umas duas semanas atrás eu joguei The Elder Scrolls Online com a minha namorada e mesmo com a presença uma da outra, ficamos incrivelmente entediadas.

Fallout 76 é um bom lugar pra se habitar quando se tem alguém ao seu lado, ao ponto de que ser melhor que o Fallout 4 base. vale a pena pelo preço que está considerando que ele ainda tem um monte de microtransação? claro que não. mas podia ser pior (The Elder Scrolls Online). me confirmou que eu não sou tão hater de Fallout moderno quanto eu pensei, afinal eu meio que gosto (um pouco) do jogo que os fãs modernos odeiam! na verdade eu não gosto dos NPCs interativos que foram adicionados depois que esses mesmos fãs reclamaram da falta deles. ah tanto faz. considerando que eu não gastei nada foi até divertido

Baldur's Gate 2 é longo. muito longo. do ranking de jogos que eu mais joguei (registrados no backloggd), a única run que eu fiz do jogo base se encontra na 4ª posição, atrás de Team Fortress 2 (que é online), Metal Gear Solid V (que eu fiz 100% - também foi o único jogo que eu tive no meu X360 por um bom tempo) e Fallout New Vegas (múltiplas runs). uma aventura massiva desse jeito obviamente não vai ser inteiramente perfeita, mas as coisas boas são muito boas.

o primeiro Baldur's Gate foi acompanhado pela expansão Tales of the Sword Coast que introduziu a masmorra Durlag's Tower, que chama a atenção pelo seu contraste com as outras masmorras do jogo base, que não possuem charadas tão cerebrais e elaboradas quanto as introduzidas pelo conteúdo extra, então foi bem gostoso ver como a sequência incorpora essa complexidade na estrutura de suas masmorras de maneira mais abrangente: Umar Hills e Windspear Hills prenderam a minha atenção ao ponto de ignorar as missões principais pela maior parte do meu tempo no capítulo 2, Spellhold tem momentos muito bons apesar de sua linearidade e aprecio como o The Abyss tenta incorporar consequências interessantes à dilemas morais, por mais que de uma forma um tanto básica. eu também gostei da missão especial para protagonistas druidas, por ter me dado oportunidades para realmente sentir na pele as conexões à natureza que definem a classe.

uma boa parte desse jogo é boa, mas acho que algumas partes poderiam ter sido podadas para que a experiência fosse mais consistente. em nenhum momento eu me deparei com algo que eu considero "muito ruim", mas algumas locações acabam não sendo muito interessantes em termos de variedade de quests e recompensas úteis, e a qualidade dos primeiros 3 capítulos é bem superior à dos 4 seguintes. dou destaque para a seção que se passa em Underdark, a locação do capítulo 5, que eu não gostei muito apesar de seu conceito interessante. eu também odeio as batalhas que envolvem algum otário jogando um feitiço de morte ou um Mind Flayer paralisando um personagem e comendo seu cérebro. enquanto jogava essas partes comecei a imaginar o quão engraçado seria uma boss de um JRPG que durante uma longa e complicada batalha pode ativar uma mágica chamada "Load State", que arremessa sem cerimônia alguma o seu alvo para o último lugar em que o jogo foi salvo. se esse conceito parece ser enfurecedor, é efetivamente isso que ocorre quando um desses dois eventos acontecem aqui. a introdução de itens e mágicas de ressurreição mitigam levemente esses momentos, mas o item tem uso limitado e as mágicas são para níveis mais elevados, e eu não gosto de ter que ficar catando todo item do inventário que é derrubado quando um personagem morre.

também não sou muito fã de que a única opção romântica para garotas é apenas um cara que eu nunca tive interesse nem de manter no meu grupo, mas eu já entrei nessa reclamação quando falei da Enhanced Edition. ah e os retratos dos personagens são tão feios. eu não tinha problema com os do primeiro jogo mas nesse aqui foi ruim. eu baixei um pack de retratos baseado em artes que a mangaká Ryoko Kui (leiam Dungeon Meshi!) fez dos companions do jogo para mitigar esse problema. recomendo se você for fã de Dungeon Meshi. se não for, porque você não lê Dungeon Meshi? a autora se inspirou em dungeon crawlers como BG e Dungeon Master para a construção do mundo! tem até um momento onde uma personagem menciona que magias de cura podem ser usadas em tortura, o que é algo que acontece em Baldur's Gate 2! leia Dungeon Meshi.

olha. eu passei 96,6 horas nisso. se eu não tivesse me divertindo eu teria parado. por mais que eu goste mais da simplicidade e a atmosfera rural do primeiro jogo, eu prefiro esse pelas masmorras, charadas e a variedade de interações entre os personagens. por mais que uma dessas interações fosse a Mazzy empatando a minha foda com uma vampira lésbica malvada MAS TANTO FAZ. EU NEM TÔ BRAVA. FILHA DA P

se tivessem me dado esse jogo quando criança ao invés de guitar hero iii eu provavelmente teria conhecido a banda garbage mais cedo e minha estrutura cerebral seria completamente diferente

eu pensei que ia gostar menos desse, já que eu tinha perdido o interesse quando joguei pela primeira vez uns anos atrás, mas dessa vez acabei me divertindo. foi interessante observar os pontos fortes do primeiro jogo sendo expandidos, como a tatilidade dos cenários, os combates divertidos e a história (geralmente) bem escrita. tais pontos não foram expandidos ao ponto de tornarem max payne 1 obsoleto, mas acaba tornando o segundo jogo como a sua própria coisa, quase que divorciados entre si, seja por bem (como os combates mais frenéticos e o aumento de objetos interativos no cenário) ou por mal (o camp perdido com o aumento do orçamento e a narrativa que mantém a boa escrita mas se torna mais esparsa).

em termos de um elder scrolls, parece um jogo mobile. em termos de um mmo, é chato. em termos de um jogo online pra passar um tempo com a minha namorada, não tem emotes legais. se tem algo a elogiar, me lembra skyrim. mas eu não gosto tanto de skyrim também. tá difícil

a falta de conectividade entre os mapas dentro do castelo deixou a exploração muito fraca nesse jogo. o que é uma pena pois eu acho que é possível um castlevania 3D existir de uma forma melhor mas lament of innoncence me desapontou um pouco. tem pontos bons como as batalhas de chefes (pelo menos as que eu joguei) e trilha sonora eclética mas é meio que isso mesmo.

eu não sei pq mas tava lembrando desse jogo besta hoje. keaton vivendo com seu tio otário que vive fazendo pegadinhas com ele como se ele vivesse no set do programa legendários. era isso que acontecia em legendários? não me lembro

eu não deveria ter ficado tão surpresa por um shooter com a filosofia de design da id software junto de gráficos de playstation 2 se tornar um dos meus jogos favoritos. as vezes é juvenil demais pro meu gosto, e as cenas em que dois personagens conversam em uma sala são muito chatas, mas o resto do jogo é tão divertido que até as fases de stealth mandatórias não são tão ruins (em especial a segunda, que chega a ser muito boa).

recomendo desligar a música do jogo (deixe os efeitos sonoros ligados) e colocar no fundo o rock setentista mais anacronístico que você tiver em seu computador para uma experiência parecida com a minha.

desde ano passado quando eu estava explorando o estranho mundo dos jogos obscuros de playstation 2, summoner começou a morar na minha cabeça de graça. um CRPG feito pela Volition, famosa por red faction e saints row (e descent se você for cool), duas franquias que famosamente NÃO são CRPGs. e ainda por cima, um CRPG que foi inicialmente desenvolvido primariamente para computadores (obviamente), mas que decidiram entalar ele inteiro em um PlayStation 2, e considerando que foi um título lançado no mesmo dia que o console chegou nas lojas norte americanas, assumo que algumas coisas foram picotadas para essa meta ser atingida. um port de PC foi lançado pouco tempo depois.

é bem interessante como summoner consegue invocar bem dois clássicos CRPGs contemporâneos à ele: a trilha sonora esotérica de planescape: torment e a pitoresca energia do primeiro baldur's gate, junto do combate em tempo real com pausas de ambos os títulos. infelizmente summoner também puxa um aspecto que não tinha me incomodado em baldur's gate mas que me fez entender quem reclama desse aspecto dele: os longos cenários vazios. a primeira cidade visitada no jogo após a introdução da narrativa é composta por múltiplas hubs estranhas de se explorar pelos seus caminhos levemente labirinticos, com npcs que oferecem missões secundárias sendo espalhados de forma esparsa. por mais que essa locação seja provavelmente o exemplo mais grave disso ocorrendo no jogo, os cenários em geral são grandes demais comparados à velocidade dos personagens jogáveis, algo que não era tanto um problema em baldur's gate, onde sua party conseguia rasgar os mapas 2D de forma satisfatória.

é engraçado que o combate que estava me motivando, com a exploração fraca sendo um impecilho às partes que eu estava gostando. o sistema de ataques envolve um simples minigame de ritmo para que combos sejam efetuados, que é levemente engajante senão transparentemente formulaico. quando o seu grupo tem mais de dois membros, os combates se tornam uma junção do minigame acima mencionado e um gerenciamento básico de tropas, que é quando summoner agarra a minha atenção com força. ajuda que o protagonista é um... summoner, que após a introdução pode gerar uma tropa extra para ajudar nas batalhas.

infelizmente a escassez e imensidão dos mapas acaba deixando as partes boas de summoner espaçadas demais para eu não sentir que eu poderia estar jogando algo melhor. eu não concordo com a maneira desdenhosa que as resenhas desse jogo aqui o tratam como se fosse a coisa mais ruim já feita, pois existem pontos a serem apreciados muito além da minha apreciação por jogos tão feios que parecem com o eurojank mais miserável já feito. tendo dito isso vou dar uma pausa nele para quando eu tiver um pouco mais de paciência para lidar com ele.

eu tô jogando dmc3 mas eu vou abaixar a minha nota toda vez que o dante me matar em shin megami tensei nocturne. chefe ruim da porra. vai se foder dante

estou em uma jornada pra fazer esse jogo estúpido rodar no dosbox. um dia consigo EDIT: consegui com o retroarch usando o core dosbox-pure. caso você queira saber como rodar ele.

é a segunda vez que eu finalizo esse jogo e eu posso confirmar que ainda é um dos meus favoritos. a junção do uso de projéteis ao invés de hitscans junto das mecânicas de câmera lenta dá uma tatilidade muito forte ao combate. é uma obra que parece surpreendentemente pessoal por conta da estética diy das cutscenes, e mesmo com as suas claras intenções de ser um pastiche de filmes noir a escrita consegue se manter forte, até mesmo quando está sendo extraordinariamente boba. talvez seja o jogo mais twin peaks da remedy, mas eu ainda quero jogar alan wake novamente para poder comparar.