vendo minha namorada jogar isso aqui nos últimos dias, sem colocar a mão no controle e sentir meus receptores de dopamina vibrarem toda vez q eu clicava na cara de um PM durante um shoot dogde, meio q me fez ter a certeza de q esse é um dos AAA mais racistas de todos os tempos.

ao menos na maioria dos jogos onde um protagonista norte-americano detona algum país de terceiro-mundo, ainda parece existir um certo esforço pra n pintar o lugar como um eterno inferno sobre a terra. existe um certo esforço para contratar gente q fala xangainês em Kane & Lynch 2, ao menos inventar um país fictício em Resident Evil 5 ou um monte de banana republics aleatórias nos Jagged Alliances, Far Cries e seus derivados.

ao menos a maioria dos protagonistas desses jogos n tratam constantemente o país onde estão como uma fossa séptica infestada de malária, pra depois meter um papo pau-mole autoconsciente sobre ser um salvador gringo em território latino-americano. autoconsciência no texto lixo desse jogo n faz lá muita diferença quando claramente nenhum brasileiro fez um proof-reading do roteiro ao menos pros diálogos em português parecerem algo q realmente sairia da boca de alguém. ao menos esses jogos n tem um roteiro do Dan Houser tentando fazer algum comentário real sobre militarização da segurança pública, corrupção ou violência no Brasil sem pesquisa ou vivência alguma. porra, até o Saci-pererê e o Curupira são vilificados aqui! maluquice!

só meio q odeio esse jogo mesmo. e até hj a melhor representação de São Paulo em um videogame é em Incidente em Varginha (1998) pra DOS durante a missão da Praça da Sé. esse sim é kino, viu.

existe algo de muito doce em Yoshi's Story. algo q vai além da sua estética bonitinha, da sua reputação como um "jogo conforto" ou um joguinho pra bebês. digo, meio q é pra bebês, mas é mais q isso tbm!

eu genuinamente amo a trilha sonora do Kazumi Totaka. ela consegue transmitir um adorável espiríto de aventura, com um leve e melancólico toquezinho de canção de ninar. ela n se sustenta tanto divorciada de seu jogo, mas se encaixa tão bem com toda a sua apresentação de livrinho de dobraduras e de todo resto do trabalho de som de Yoshi's Story. os barulhinhos dos Yoshies foi meio q um trabalho de mestre do Totaka, e hj em dia é muito difícil n imaginar a voz dele com o pitch no talo saindo de um desses carinhas no meio de um pulão. meio q arte!

eu gosto de como esse jogo é curtinho, incentivando o jogador a experimentar rotas diferentes e explorar os mapas ao máximo. muitas críticas da época apontavam a curta duração como um defeito, no comecinho da época em q críticos começaram a se preocupar demais com o "valor-hora" de um jogo. tenho opiniões bem fortes sobre esse tipo de coisa, mas é meio q óbvio pra mim q atender esse tipo de demanda nunca foi o objetivo aqui. Yoshi's Story é quase um livrinho de cabeceira, curtinho e acessível pra sempre q vc quiser tirar a cabeça do mundo por uns instantes antes de dormir. uma páginazinha pra uma noite um pouco mais feliz.

é um jogo doce, mas n completamente inofensivo. vc vai perder alguns Yoshies pelo caminho. criaturas do mal vão te descer o sarrafo. as frutas vão estar em lugares bem mais difíceis de alcançar do q vc imaginava.

mas o Yoshies vão viver felizes para sempre no final. e talvez vc tbm, um dia.

eu meio q sou uma zoomer mais "Classe de 2015" pra achar isso aqui particularmente engraçado. acho q talvez eu tbm tivesse q ser um pouco mais terminalmente online pra conseguir engajar com qualquer aspecto de Class of '09.

uma garota de anime saída diretamente do DevianArt dando uma de mean girl enquanto carrega um Sidekick da Sharp (q com certeza n é algo q qualquer adolescente nesse mundo realmente tenha usado) deve fazer alguém sentir alguma coisa. talvez dê uma risadinha, talvez sinta nostalgia. fica o questionamento pra quem tiver alguma resposta.

a dublagem realmente é boa, porém! dou esse crédito.

eu gosto de sempre manter um pouquinho de boa vontade quando eu começo a jogar alguma coisa pela primeira vez. acho q se a gente se deixa levar muito pela opinião alheia e já parte com a intenção de odiar seja lá o q estiver pela frente, a gente vai acabar tendo uma má experiência. a síndrome do Angry Videogame Nerd e o motivo de meio mundo odiar Simon's Quest e The Adventure of Link de cabo a rabo, saca?

o q já é frustrante se torna insuportável. problemas técnicos e uma apresentação mais atrapalhada já deixa um gosto azedo na boca de cara. tudo q o jogo tem a oferecer de pior se torna a única coisa q o jogo tem a oferecer. já é caixão e vela preta. n tem nada mais q possa salvar esse videogame.

acho q isso é algo q rola um pouco com Sonic Adventure. uma galera online já há quase 20 anos decidiu q a franquia teve uma transição complicada pro 3D e meio q isso se tornou fato. digo, realmente n foi lá a transição mais elegante do mundo se comparada a Ocarina of Time ou Super Mario 64, mas n deixa de ser uma experiência interessante. n deixa de ser um jogo com seus próprios méritos.

eu adoro Sonic Adventure, e fico muito feliz por ter dado uma achance para ele uns tempos atrás. os ports modernos roubam um pouco do charme dele, mas a versão original de Dreamcast é muito lindinha. os cenários paradisíacos, a densas florestas sul-americanas, os templos flutuantes e as gigantes naves aéras são cenários tão gostosos de simplesmente estar presente neles. juntos com a maravilhosa trilha sonora de Jun Senoue e companhia, este acaba q se tornando o jogo do Sonic com o melhor senso de espaço. o mundo realmente parece ser um lugar vivo, apesar de todas as plataformas flutuantes por aí.

e navegar por essas plataformas é divertido! a física do jogo é meio esquisita e um tanto q primitiva, mas eu acho q justamente por conta dessa primitividade q é meio q divertido brincar com ela. ela te fornece bem mais liberdade q muitos dos outros jogos modernos da franquia, e acaba sendo meio q impressionante como vc consegue impulsionar certos personagens pra praticamente o outro lado do mapa se vc souber o q está fazendo. meio q adoro isso.

e sabe outra coisa q eu adoro? as fases do Big the Cat. talvez eu seja doida, mas eu realmente acho q o jogo só faz um mal trabalho em tutorializar elas. depois q vc pega o jeito, dá pra pescar o Froggy em segundos, e depois nenhuma das fases dura mais do q vc quer q elas durem. meter um Sega Bass Fishing no meio do seu platformer 3D frenético é uma escolha um tanto q destoante, mas eu meio q gosto. acho charmoso.

outra coisa charmosa é a historinha aqui. ela é um tanto q boba e simples, mas eu gosto q ela consegue manter uma boa balança se levando a sério o suficiente para evitar se tornar uma paródia de si mesma, mas ainda evitando o melodrama desnecessário de alguns futuros jogos do Sonic. eu gosto dos pequenos arcos dos personagens. da Amy e do Tails se tornando mais independentes e tendo suas pequenas aventuras pessoais, do Gamma buscando salvar sua família e a si mesmo, do Knuckles lidando com o passado do seu povo. gosto como aos pouquinhos vc vai descobrindo mais sobre a Tikal e seu passado. é tudo coisa boa, coisa gostosinha. meio burra as vezes, mas tudo bem.

acho q muito do q eu disse aqui vale pra Sonic Adventure 2, apesar de eu n ter me conectado tanto com ele. eu n teria muito o q falar dele sem ficar fazendo comparações demais com o primeiro. mas eu amo o Shadow, meu ouriço bad boy favorito! eu adoro tudo relacionado a ele e a Maria. eu amo o Eggman explodindo a Lua e todo mundo tratando isso como se ele só tivesse colocado fogo em um ônibus ou coisa assim. eu amo esse cara agressivamente italiano q aparece do nada em uma cutscene! eu adoro o Sonic e o Tails invadindo a limousine do presidente dos Estados Unidos da América! só coisa boa tbm.

recomendo vc dar uma chance pra Sonic Adventure, se nunca tiver tocado nele antes. talvez acabe n sendo muito a sua vibe, mas eu diria pra vc ir de coração aberto e formar suas próprias opiniões sobre ele. pelo menos vc vai ter do q reclamar de primeira mão!

acho meio q maravilhosa a reação visceral q esse joguinho causa em muita gente nesse website e fora dele. talvez a autora faça alguns comentários q uma galerinha precise ouvir pra deixar de ser tão trouxa, por mais bobos q alguns deles possam ser.

talvez eu já esteja meio offline demais pra ir muito com a cara do humor desse manifestozinho, e eu n engaje muito com todo o conceito de "feminilidade" da autora. já tinha escrito sobre isso por aqui antes e tals. mas esse joguinho ainda traz questionamentos ainda estranhamente pouco populares pra maioria das pessoas q engajam com videogames de uma maneira ou de outra.

talvez a indústria seja um tanto q machista sim. talvez videogames possam ser mais ousados e n terem apenas violência como sua principal forma de interação com o mundo. talvez muita gente trate videogames como nada além de simples produtos comerciais pra serem consumidos e descartados logo em seguida.

n me entenda mal, talvez alguns jogos sejam apenas isso mesmo. mas honestamente, me deixa até um tanto q triste o tanto de gente q trata todo videogame como a porra do Microsoft Office ou do IntelliJ IDEA. um simples software desenvolvido com o único objetivo de ativar os receptores de dopamina do seu cérebro. e vejo muita gente tratando esse joguinho de twine aqui da mesma forma, algo q é claramente um projeto bem pessoal de alguém q só tem opiniões bem fortes sobre a mídia. opiniões inofensivas apresentadas de um jeito meio bobo e desengonçado, mas ainda meio q um tanto q radicais? pelo menos radicais pra uma galerinha por aí.

enfim, acho meio paia qualquer pessoa q reaja a Video Game Feminization Hypnosis só com raiva e desdém. acho meio tosco. meio cringe, até.

até pq n é lá muito difícil entender de onde essa raiva realmente vem tbm.

as vezes um coração aberto n é o suficiente. as vezes um jogo infelizmente só faz jus a sua reputação mesmo. o q é uma pena, pq apesar de tudo eu amo esse jogo.

ele é sem dúvidas uma das coisas mais lindas colocadas no Mega Drive. eu amo a água, os golfinhos, as lulas e as baleias. eu amo o pouco q vc pode ver da superfície, alheia a todos os perigos q te esperam no fundo do oceano. eu amo a estranha e serena hostilidade q permeia as profundezas. eu amo o Ecco, as estrelinhas q decoram a sua cabeça, e sua determinação para salvar sua família de aliens além da compreensão humana.

a versão de Sega CD, em particular, tem algumas das melhores músicas q já ouvi em um console da sua geração. são meio q no geral apenas trilhas ambientes, mas conseguem elevar a já maravilhosa apresentação do jogo pra outro nível. amo de paixão.

mas infelizmente, aqui temos meio q diversas decisões contraditórias de design. o Ecco n é lá a criaturinha mais responsiva do mundo, e um ritmo mais lento e metódico casaria muito bem com os puzzles de exploração do jogo. porém, os constantes inimigos e armadilhas, aliados ao terrível e brutal limite de tempo da respiração do Ecco, tornam a experiência extremamente hostil. esse golfinho n consegue ficar nem dois minutos debaixo da água, e como vc pode imaginar, meio q é onde vc vai passar o jogo inteiro. a versão de Sega CD tem até alguns checkpoints um pouquinho mais generosos, mas nada q realmente salve a experiência.

eu nem sou contra esse jogo ser hostil. eu acho q uma certa hostilidade é algo q Ecco the Dolphin precisa. ele é só um carinha enfrentando seres extra-dimensionais pelo tempo e espaço, no final das contas. mas meio q a única forma de progredir nesse jogo é decorando perfeitamente o cenário e conseguir navegar por ele com a precisão de um speedrunner. o q tipo, talvez eu só n seja gamer o suficiente pra isso, mas sei q n sou a única q passa por esse perrengue. e considerando q um dos designers já foi bem honesto sobre a origem dessa dificuldade, n consigo deixar de ficar um tanto q amarga com isso.

de qualquer forma, eu amo o Ecco. eu quero dar uma chance pros outros jogo com esse carinha, e espero q o Ed Annunziata consiga um dia financiar seus planos pra um sucessor espiritual da série.

essa é a música q toca em uma das fases finais, aliás. vc precisa jogar Welcome to the Machine pra crer.

queria ser do contra e gostar mais desse joguinho, mas infelizmente os gamers tão certos dessa vez.

pelo menos Topsy-Turvy tem esse spritezinho muito precioso do Yoshi.

uma anomalia meio q bem interessante. esse jogo é bem bonitinho, cheio de elementos visuais malucos e esquisitos e engajantes. tão malucos e esquisitos q é até meio q compreensível q esse jogo seja meio famoso por dar pesadelo em criancinha. e eu genuinamente amo isso nele.

alguns dos "sonhos" q o Leitão visita nesse jogo transbordam criatividade, e até alguns dos puzzles conseguem ser engajantes. alguns poucos, mas ainda assim quero dar esse crédito pra ele.

mas assim, ainda é um jogo licenciado de considerável baixo orçamento, publicado por uma subsidiária C da Take-Two. e ele toma algumas decisões ousadas mas bem infelizes de design. ainda n acredito q uma porta mágica malvada ia me fazer farmar 120 cookies pra eu desbloquear a única careta q poderia derrotar ela no clone de Simon's Says q se passa pelo "combate" de Piglet's Big Game. fiquei até brava.

esse talvez seria um dos meus jogos favoritos de todos os tempos se ele tivesse só um terço da sua duração, e ele seguisse o seu coração e fugisse ainda mais das convenções do gênero. e tivesse menos telas de loading. e uma tela de título com um pouco mais de dignidade.

queria aproveitar o finalzinho disso aqui pra comentar q as ilustrações do Leitão feitas pelo E.H. Shepard são muito preciosas.

adoro como todos os aspectos desse jogo transmitem uma sensação de inexperiência e experimentação, com desenvolvedores ainda n muito familiarizados com 3D tentando lidar com o hardware ainda um tanto q alien do Nintendo 64. é meio q lindo, e amo esse jogo de paixão. só talvez seja meio quebradinho demais as vezes e tenha chefes insuportáveis. mas tudo bem. eu desculpo ele.

destaque vai para a trilha sonora da Jun Chikuma. ela meio q consegue elevar todo jogo do Bomberman em q ela foi compositora, mas nesse aqui o trabalho dela está em outro nível. acho q Redial vai ficar pra sempre na minha cabeça. simplesmente maravilhosa.

sabe, é interessante pegar esse jogo aqui depois de todo o papo ao redor dele ter dado uma reacendida após ele ter sido delistado pela 2k. The Line é bem único, e gosto muito de falar sobre ele. eu gosto até de ouvir outras pessoa falarem sobre ele! olha só q maluquice.

esse jogo n merece ser apagado da existência. n tem muito o q eu possa falar dele q n tenha sido dito um milhão de vezes, por bem ou por mal. talvez esse jogo tente me fazer sentir culpada por matar soldados americanos um tanto q demais as vezes, o q é meio cringe. talvez o gameplay dele seja formulaico demais, e não case muito bem com o tipo de história contada aqui ou com a crítica q ele quer fazer dos seus contemporâneos.

mas acho q o q mais me suprendeu nele, após recentemente ter aguentado algumas horas de alguns outros third person shooters da época, é como esse jogo é meio q bem escrito. os diálogos tem uma vibe até q um tanto q naturalista, q funcionam muito bem com o ótimo trabalho do cast. acho q esse é um dos pontos mais fortes desse jogo, e foi uma das principais coisas q me fizeram continuar jogando The Line.

a historinha aqui realmente tenta ser o Heart of Darkness dos videogames. e talvez até consiga. em partes. um pouquinho. pra época do seu lançamento, sem dúvidas foi. uma pena q algumas das cenas mais ousadas e visualmente interessantes fiquem mais relegadas a reta final do jogo, mas eu defendo q The Line faz um bom trabalho em contar sua história de uma maneira visualmente engajante. videogames hj em dia tentam tanto imitar cinema, mas na maioria das vezes fazem isso de uma maneira bem medíocre. é bom ver um pouquinho mais de esforço e ousadia aqui.

esse jogo genuinamente n merece ser apagado da existência. todo o discurso ao redor dele n merece morrer pq uma distribuidora n quer renovar um contrato imbecil. o trabalho e a arte de mais de 600 pessoas n merece sumir do mapa da noite pro dia. se vc tiver interesse, n é lá muito difícil encontrar ele por aí. talvez vc encontre algo pra apreciar nele, e mantenha a chama dele viva por mais um tempinho.

se eu tivesse jogado isso uns anos atrás, isso aqui teria sido meio q uma das melhores coisas de todos os tempos pra mim.

n me entenda mal, esse ainda é um dos melhores jogos de todos os tempos. poucas coisas jogam como TraumaCore Violence. n sei se alguma outra coisa joga como isso. é bom pra caralho. eu teria devorado ele do começo ao fim sem piscar se n tivessem me chamado pra tomar uma vitamina na cozinha.

só acho q esse jogo talvez tivesse falado bem mais forte comigo em uma época q eu estava mais machucada, mais vulnerável. quando eu saia ainda menos de casa e passava os meus dias ouvindo noise trans com vocais fritados no volume máximo. quando eu achava q pintar meu cabelo de azul seria uma boa ideia. mais trauma pra fazer meu violence se tornar quase transcendental.

talvez o final teria sido algo diferente para mim tbm. n sei muito bem o q achar dele, e n quero lá fazer muitas suposições desnecessárias sobre qualquer parada autobiográfica ou sobre intuito ou qualquer coisa assim. mas funciona pra história contada aqui, e é isso q importa.

ótimo jogo. quase de graça. tem praticamente só uma hora de duração. por favor, dê uma chance.

as vezes eu tenho uma certa insegurança sobre esse hobby. videogames e tudo mais. as vezes eu queria ser mais cínica, mais adulta, não passar tanto tempo com algo q parece tão inócuo, tão vazio em mãos. mas sabe, isso é meio q bobagem.

a gente pode enlouquecer e enxergar tudo pela sua inerente crueldade. a indústria dos videogames é cruel, rodeada de discursos estúpidos de gente burra e fedida e q me odeia de graça, com inúmeras práticas maliciosas, aproveitadoras e potencialmente criminosas. é escapismo pra gente q teve a cabeça frita pelo mundo contemporâneo, q consome tudo sem um pingo de senso crítico. q consome arte, no sentido de ser consumidor, sem nunca ser capaz de engajar com ela.

mas pensar sempre assim é bobagem. o q eu escrevi até agora n passa do papo de um diabinho chato no meu ombro enchendo o saco. uma dose de cinismo faz bem pra gente, mas se deixar mergulhar demais nesse tipo de retórica é suicídio pra alma. a Nintendo n é nenhuma santa, e n preciso explicar o motivo aqui. mas quem fez esse jogo n foi a Nintendo. foi Kenta Motokura e sua equipe. a trilha sonora q eu tanto amei foi feita por Naoto Kubo, Shiho Fujii e Koji Kondo. pessoas fazem videogames, e pessoas fazem arte, e arte é capaz de se elevar acima de tudo isso.

esse jogo é meio q ousado, e tem ideias bem divertidas. eu adoro q esse jogo brinca com tantas possibilidades de gameplay. cada criaturinha q vc pode tomar o controle tem um moveset q se expandido poderia ser seu próprio pequeno platformer. ele brinca com várias coisinhas estabelecidas nessa franquia de um jeito bem gostoso. até o Mario tem um pouquinho de swag aqui, o q eu n esparava. é um jogo do Mario com estilo, e eu gosto disso.

destaque tbm vai pro cuidado nos designs e nas animações dos personagens. é tudo tão bonitinho, com uma estética estranhamente coesa no meio de tantos estilos de arte diferentes pra cada um dos mundos. é uma coisa doida de se ver.

esse foi o primeiro jogo do Mario q eu amei desde q eu devorei Super Mario 64 DS no meu antigo e no momento não funcional Nintendo DS. engraçado ter uma experiência parecida tanto tempo depois. um tanto q nostálgico, até. foi um dos jogos q tinham me feito gostar de videogames quando criança, e esse aqui me fez enxergar q tudo bem eu continuar gostando. q existe sim um valor inerente em até um jogo AAA da Nintendo. pois até se for o caso, pessoas fizeram isso aqui, e colocaram sua alma nisso aqui. gente q ama videogames tanto quanto eu.

algumas das pessoas q trabalharam nisso aqui talvez tbm tenham jogado Super Mario 64 quando crianças, aproveitando tudo q aquele joguinho tem a oferecer, sem ainda nenhum diabinho nos ombros delas pra lhes lembrarem da malícia do mundo. e isso me deixa meio q feliz.

a gente só tem q tomar cuidado pra n se deixar cair demais nesse tipo de retórica adocicada tbm. ela tem baixo valor nutricional e corre o risco de deixar sua alma diabética. ou coisa assim. me perdi na analogia.

jogo podre, mas infelizmente n podre o suficiente para ser muito interessante. n consegue nem ser tão corajoso quanto ao menos Kane & Lynch 2 no nível de podridão. e nem teria como, sendo um jogo AAA da Rockstar depois q jogos prestígio se tornaram uma coisa e isso cria certos limites. e o Dan Houser é meio q um covarde e não tão inteligente quanto ele pensa q é.

tem vários rockstarizismos nesse jogo q meio q me deixam um tanto q rancorosa. os dois jogos originais eram mais espertos, engraçados e bem escritos. eles eram cool sem serem edgy. e assim, eu curto muito uma coisa marrenta, violenta, podre. eu gosto de coisa podre. mas esse jogo late muito pra morder muito pouco. e trocar a escrita e estética dos originais pra se tornar uma adaptação esquisita, burra e racialmente insensível de Man on Fire n é algo q eu curta muito.

mas assim, esse jogo ainda é um dos melhores jogos de tiro em terceira pessoa de todos os tempos. poucos jogos controlam desse jeito. com teclado e mouse isso aqui se torna estupidamente engajante. o Max é pesado e lento, mas controla de uma maneira tão responsiva e ágil. mirar é sempre muito preciso e satisfatório. é tudo de bom.

eu até terminaria ele de novo, mas estou jogando coisas mais interessantes no momento e passar outra noite com ele n ia lá valer tanto a pena. mas se vc nunca jogou, vale a pena dar uma olhadinha. trilha sonora da caralho tbm. ouçam a trilha sonora.

maluco, interessante e meio q estranhamente fofo.

uma experiência bem única. eu adoro a escrita desse jogo, seus gráficos e até do gameplay truncado e esquisitinho. ele tinha tudo a seu favor pra se tornar uma das minhas coisas favoritas.

o problema é q eventualmente Cubivore se torna um tanto q chato. bem chato. o combate as vezes se estende demais, por longas sessões de grinding pra conseguir novas mutações. o gás da ótima escrita meio q some, já q vc tbm vai ver bem menos dela na segunda metade do jogo.

eu talvez até me esforçasse pra terminar ele, mas quando eu descobri q eu precisava de 100 mutações pra ver o final, e eu tinha apenas 56, n tinha como eu continuar. seriam múltiplas horas de puro grinding, e o combate desse jogo n se sustenta sozinho pra isso.

mas assim, mesmo reclamando muito, amei Cubivore. acho q vale a pena jogar nem q seja só um pouquinho, pela estética bem única e a escrita divertida dos diálogos internos da sua criaturinha, por mais q n durem tanto quanto deviam.

lindo, maravilhoso e tudo de bom.

genuinamente um dos jogos mais bonitos do Nintendo 64, com modelos muito expressivos e bem animadinhos. o Kirby em si controla melhor do q em Dream Land 3, voltando a ter mais mobilidade e velocidade. apesar disso, é meio q bem mais difícil do q a maioria dos jogos anteriores, com pequenas mudanças de gameplay q tornam o platforming mais desafiador. no geral gostei dessa mudança, apesar de alguns chefes serem meio frustrantes. a combinação de habilidades é uma novidade até q interessante, mas meio q esqueci q isso isso era uma coisa pela maior parte do jogo.

um dos melhores trabalhos de Jun Ishikawa e Hirokazu Ando na série tbm. acho q é a minha trilha sonora favorita do Kirby até o momento. e um dos meus jogos favoritos do Kirby até o momento. curtinho e muito doce.