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Não tenho palavras para descrever o quanto esse jogo é importante pra mim. Obrigado Toby Fox.

Final Fantasy IV pode ser debatido como o jogo mais importante da franquia, ao menos dentro dela mesma, mesmo com diversas entradas, cada uma sendo muito única, o IV ainda é mantido vivo em todos. Inclusive o meu título favorito da série e o mais recente quando estou escrevendo isso, o Final Fantasy XVI que usa o IV na intenção de subverter diversos dos seus plots como o tema de irmandade dentro do jogo, que de forma análoga cria uma história de redenção para Golbez/Clive onde ele aceita a verdade por trás de seu passado obscuro e da sua relação com seu irmão, o final de ambos os jogos tem diversas semelhanças em plot, não quero entrar em spoilers pesados de ambos os jogos, mas para além dos paralelos nos jogos mais recentes da franquia, o IV cria a base de uma história mais dubia e cinza, refletindo sobre o maniqueísmo inicial da franquia e ainda assim mantendo essas bases dicotômicas na relação entre bem e mal. É um jogo que acima de tudo explora humanos como humanos, como seres complexos que são ambíguos, e explora isso abordando temas como colonialismo, genocídio, preconceito, luto e acima de tudo redenção, Final Fantasy IV é sobre mostrar que não somos definidos por onde nascemos, é um de nossos traços, sempre estamos abertos a mudanças e precisamos dessas mudanças sejam elas felizes ou tristes.

O 3D Remake eu considero uma excelente forma de experienciar esse clássico, além de diversas melhorias de qualidade de vida, ele ainda tem uma direção muito apropriada para as cenas do jogo e a dublagem ajuda muito nisso.

Stellar Blade é um game que tá na boca do povo faz um tempo já, tanto por ser um dos grandes lançamentos de 2024 ou por sua protagonista, a Eve. O jogo conta a história de uma terra pós-apocalíptica, devastada após uma guerra entre humanos e seres monstruosos chamados Naytibas que resultou na derrota humana e a dominação dos Naytibas. Após uma invasão falha que resulta na morte de sua amiga Tacky, Eve é resgatada pelo sucateiro Adam e logo ambos encontram a cientista e membro do quinto esquadrão aéreo Lily. O trio então parte em uma batalha em busca das hipercélulas, mecanismos poderosos que podem salvar Xion, a última cidade habitada por humanos no planeta.

A gameplay principal bebe da fonte hack and slash, focando em combates frenéticos, ao estilo Devil May Cry, e conta com elementos popularizados pelos jogos Soulslike, como um cantil que você bebe para recuperar vida e acampamentos, que são pontos de descanso onde você recupera HP e seu cantil, semelhante às fogueiras de Dark Souls. Tudo no combate flui bem e ele é um dos pontos mais fortes do jogo. Quando você consegue pegar o timing de esquiva e parry, ele se torna ainda mais gostoso e envolvente. Além disso, os controles de combate correspondem rapidamente e você consegue encaixar combos com facilidade, tornando tudo mais dinâmico e tornando os vários momentos de combate atrativos.

A história também traz uma pegada de ficção científica ao estilo Blade Runner e o trio de protagonistas faz com que o jogador se envolva e queira saber o desenrolar de tudo. Os três são carismáticos cada um do seu jeito: Eve com sua agressividade e, ao mesmo tempo, inocência de uma andróide que está conhecendo a Terra aos poucos. Adam sendo um sucateiro entendido e que ajuda Eve a se situar de seus arredores e da história da Terra como um todo e Lily com sua empolgação quando seus serviços de tecnologia precisam ser postos em ação.

Os gráficos são maravilhosos. Tanto nas cidades abandonadas e destruídas, que ao mesmo tempo que conseguem impactar com seus escombros e construções desmoronadas que nos mostram a tragédia que assolou a Terra, também nos entregam cenários lindos como o Oásis do Grande Deserto, a própria cidade de Xion que tem clara e forte inspiração na Cidade Murada de Kowloon, na China (a mesma que deu a inspiração para a cidade dos robôs em Stray) criando locais que passam até mesmo conforto dentro daqueles destroços que formam uma cidade. O maior destaque pra mim de locais assim, é uma pequena comunidade dentro do esgoto, que fiquei por um bom tempo admirando pela proeza dos designers de criarem um lugar que traz conforto e paz dentro daquele que é um dos últimos lugares em que se encontraria isso, pelo contrário, um lugar que causaria repulsa. E esse é o maior trunfo de Stellar Blade (além da jogabilidade de combate): a ambientação. É surreal como os desenvolvedores pegam lugares que poderiam causar nojo ou até afastamento das pessoas e utilizam desse artifício para mostrar o que o povo de Xion conseguiu no meio de todo o caos que assola o planeta: criar a paz, a harmonia e o conforto em meio ao que de pior a vida lhes entregou após a catástrofe.

Se por um lado temos um combate sólido, ambientação linda e personagens chamativos. A Shift Up acaba pecando em alguns aspectos. O jogo por vários momentos investe em elementos plataforma que carecem de uma precisão maior. Eve é muito leve e um toquinho no analógico enquanto ela está no ar é suficiente pra fazer ela girar pra todo lado e te custar uma morte por errar a plataforma ou a corda que tu precisa agarrar. Quando se pendura nas cordas por exemplo, as vezes tu quer pular reto e apesar de posicionar a personagem, quando você pula ela acaba indo pra diagonal. Aconteceu de ela ir pra esquerda em vez de ir reto e até mesmo acabar voltando para trás em alguns momentos. E o pulo duplo, que deveria facilitar, apesar de ajudar por diversos momentos até atrapalha, te dando impulso a mais do que o necessário.

Outro ponto que de início é positivo mas que, com o tempo, se torna cansativo, é a exploração. De início encontrar documentos, cartões de memória e chaves de acesso te deixa ainda mais imerso no cenário. Só que, para quem pretende fazer a Platina, como eu fiz, vai precisar de um volume alto de coletáveis e side quests. Com o tempo isso se torna cansativo e até confuso sem um guia, pois enquanto alguns estão em locais até de fácil acesso, outros estão muito mais escondidos, em pontos de acesso trabalhoso ou escondido bem na frente do jogador, mas que passa batido por se encontrarem em pontos extremamente específicos. Eu fui atrás deles com ajuda de um guia, mas tanto o guia quanto a disposição dos coletáveis acabam confundindo muito. E embora alguns acabem te falando mais sobre o mundo que o jogo se passa, boa parte não acrescenta em nada (um dos que peguei dizia literalmente apenas WHIZZ WHIZZZZZ). E não é de se espantar que alguns documentos e outros coletáveis não tenham nada de relevante, já que muitos foram feitos só pra preencher o extenso número de 986 (!!!) colecionáveis.

O game conta com algumas side quests que comportam narrativas fechadas envolvendo o povo de Xion e apesar de algumas histórias boas e até comoventes, assim como os coletáveis, várias delas não acrescentam em NADA na trama principal. São colocadas ali só para inchar o tempo de gameplay. E o fato de elas também serem necessárias pra Platina faz com que tais atividades também fiquem um pouco cansativas em certo ponto. E eu só vou dizer uma frase sobre o minigame de pesca: é um porre, me perdoem.

No fim, apesar de tudo isso o saldo de Stellar Blade, ainda mais se levando em conta que é o trabalho de estreia do estúdio coreano Shift Up, é extremamente positivo. Entregando um game que, embora dê uma tropeçadas no percurso, não perde o equilíbrio e dá ao jogador uma experiência sólida, divertida e envolvente. Mostra que o estúdio tem um potencial enorme pela frente em suas próximas empreitadas, sejam jogos novos ou, muito provavelmente, uma sequência deste aqui.

E por último, não esqueçam que o game é feito pra jogar. Quem quiser descabelar o palhaço, corre pra um Red Tubos da vida aí que é menos humilhante que ficar sendo tarado por uma boneca de videogame.

Provavelmente o jogo mais problemático tecnicamente que já joguei, e mesmo se não tivesse esses problemas, ainda não acho um bom jogo, minha experiência foi bem negativa, tem algumas das piores e mais mal pensadas áreas em jogos do gênero, as sessões de plataforma são uma atrocidade, o sistema de combate não é ruim mas não acho nada prazeroso e com algumas horas já fica enjoativo. Ele tem boas ideias, como as conchas e a tematica, mas não são o suficiente para salvar o jogo e a história é divertida no começo com boas alegorias e texto afiado, mas com o tempo começa a cansar e quando tudo começa a decair em qualidade você simplesmente não consegue mais se importar.

Veredito: melhor que Pokémon, vem pro pau quem discorda.

Vamos tirar logo o elefante da sala: sim, Cassette Beasts é um clone de Pokémon. As inspirações são óbvias e o jogo nem tenta esconder. Dito isso, reduzir esse tipo de jogo a "clone de Pokémon" é uma visão tosca e míope. Pokémon não criou JRPGs de treinar criaturas. E mesmo que tivesse criado, não é o único jogo desse gênero. Já imaginou se todo mundo reduzisse roguelikes a "clones de Rogue" como se isso fosse um demérito?

Pra quem não tá acostumado com o gênero, em Cassette Beasts você vai parar numa ilha desconhecida, onde aparentemente várias pessoas de universos diferentes acabaram caindo também ao longo do tempo. Rapidinho você ganha fitas cassette e um gravador/tocador, e descobre que nessa ilha pode usar os gravadores para se transformar nos monstros que estiverem gravados nas fitas. Existem monstros de fogo, água, elétricos, plástico, vidro, purpurina, e por aí vai. Cada tipo de monstro tem características próprias, e ao longo do jogo você pode gravar os que quiser e montar o time que quiser. O que Cassette Beasts faz é pegar o sistema de batalha de Pokémon (vantagens, desvantagens, níveis, "evoluções", etc) e melhorar CONSIDERAVELMENTE.

Pra começar, quem upa de nível é você, e não o seu monstro, então você não é punido por experimentar combinações diferentes nem por tentar completar o bestiário. Segundo, a quantidade de comandos não é fixa, não é "todo mundo só pode ter 4 comandos". Os monstros até upam também, num sistema de estrelas que é separado dos seus níveis, mas a quantidade de estrelas do seu monstro só quer dizer que ele pode ter mais comandos e que está mais perto de remasterizar para outro monstro mais forte. O resultado é que todo monstro é viável de se usar, sem precisar de uma quantidade ridícula de grindagem, se você souber o que está fazendo.

Isso também ajuda a montar o universo do jogo. Afinal, você não captura e doma monstros selvagens, você SE TRANSFORMA neles usando o poder das fitas cassette. Mas por que os gravadores e fitas têm poderes especiais? Por que várias pessoas de épocas diferentes e universos diferentes estão vindo parar todas nesse mesmo lugar? O que exatamente são esses monstros chamados Arcanjos, consideravelmente mais fortes e que.... são... tudo... errados?

Inclusive, os monstros todos são bastante inspirados, e não teve nenhum que eu não tenha curtido. Claro, eu gostei mais do desenho de uns do que de outros, e você também vai ter suas preferências, mas não teve nenhum que eu olhei e falei "pô, sem graça você". Um detalhe interessante é que cada um deles tem dois parágrafos de descrição: um que você desbloqueia quando grava, descrevendo como ele se insere no mundo do jogo, e um segundo parágrafo que você desbloqueia quando chega em 5 estrelas, e que explica a inspiração por trás daquele monstro. Meu primeiro foi um demônio de doces e um dos meus últimos foi uma fada feita de vitrais de igreja, aliás.

Se eu tenho alguma reclamação (além de uns problemas na física do jogo, puta merda, a movimentação na água é TENEBROSA!!!) é que o pós-créditos é muito fraquinho. Ele não é ruim, mas tem um ritmo muito arrastado. Algumas quests são maneiras (maior legal você enturmar e treinar uma recém-chegada na ilha) mas a maioria esmagadora do conteúdo depois de zerar é "mate tantos monstros em tal área" ou "fale com Fulano pra completar a quest". O ritmo no começo da jornada também demora um pouco pra engatar.

Enfim, jogão. Curto, caprichado e super denso, recheado de coisa legal. Recomendo não só pra fãs de Pokémon. Pô, eu não sou fã de Pokémon e gostei bastante. XD

PS: Esqueci de falar, mas todas as músicas de batalha desse jogo são DIVINAS, puta que pariu! ❤️

Gráficos
( ) Horrível
( ) Ruim
( ) Pixel Art/Retro
( ) Aceitável
( ) Bom
(X) Ótimo
( ) Cada quadro foi pintado por Da Vinci

História
( ) Que história??
( ) Até tem história, mas não entendi nada
( ) Tem história só pra não dizer que não tem
(X) Uma história digna de prestar atenção
( ) Uma história bem elaborada
( ) Mais complexa que Machado de Assis

Jogabilidade
( ) Tudo trabalhado igual a coluna de uma senhora de 90 anos
( ) Horrível
( ) Ruim, mas com muita determinação até que vai
( ) Esquisito no começo, mas você acostuma
( ) Boa
( ) Gostoso de jogar
(X) Orgasmo para os dedos/mãos

Trilha sonora
( ) Preferia ser surdo
( ) Deixa mutado
( ) Nada de especial
( ) Boa
(X) Memorável
( ) Toque isso no meu funeral

Sons
( ) Horrível
( ) Ruim
( ) Ok
( ) Bom
(X) Absurdamente gostoso de ouvir

Nível de diversão
( ) Tão legal quanto assistir uma poça d'água evaporar
( ) Da pra passar um tempo
( ) Vai te prender por horas!
(X) Meu mundo melhorou depois de jogar isso aqui
( ) Já amanheceu ???

Bugs
( ) BUGOU
( ) Dá pra jogar
( ) Os bugs deixam o jogo mais divertido
( ) Alguns bugs
(X) A palavra bug é desconhecida
( ) Esse jogo saiu perfeito do forno

Tempo de jogo
( ) 1-5 horas
( ) 8-15 horas
( ) 15-35 horas
(X) 35-50 horas
( ) 50-100 horas
( ) +100 horas


Para melhor experiência
( ) Desinstalar
(X) O jogo é Offline
( ) SinglePlayer
( ) Todas formas são boas
( ) Multiplayer - SinglePlayer gosta muito rápido

Vale a pena ?
( ) Arrependimento
( ) Reembolsa isso ai
( ) É bom, mas pra zerar uma vez só
( ) Recomendo!
( ) Muito bom de jogar
( ) Bom pra caralho, JOGUEM!
(X) Queria apagar a memória só pra me encantar de novo

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Considerações finais

(Pontos Positivos)

-> Bem ambientado
-> Boa variedade de trajes
-> Poder de combinar partes de armas
-> As escolhas serem relacionadas a falar a verdade ou mentir é uma sacada boa
-> Movimentação do personagem muito fluída
-> Mentir ser humano no jogo é muito foda essa sacada

(Pontos Negativos)

-> O jogo poderia ensinar melhor algumas coisas
-> O personagem poderia ser mais parecido com o pinóquio que estamos acostumados

Veredito: Ambicioso, defeituoso, e maravilhoso.

Yakuza 0 é o típico jogo que acerta muito e erra muito. Não porque os momentos bons são sempre incríveis e os ruins são sempre uma merda total, não por ser um jogo de extremos. Ele não é. E sim porque ele tenta fazer tudo e às vezes consegue, às vezes não.

O grosso da experiência é um bitemup 3D com foco na história, e essa parte é excelente.

O combate flui redondo e tem bastante profundidade. Estilos de luta diferentes, esquiva, bloqueio, barrinha pra encher e dar golpes especiais que gastam ela, improvisar armas com o que estiver à mão, lutas de chefe, ondas e ondas de inimigos. Tudo bem balanceado, bem testado, sempre com variedade.

Já a história é incrível. Um drama no mundo do crime organizado, com foco nos personagens. São 2 protagonistas, 2 histórias que correm em paralelo, cada uma na sua cidade, com suas próprias reviravoltas, seus próprios problemas. De um lado, Kazuma Kiryu se vê na pior situação possível depois de um serviço que deu errado, e é inspirador ver o quanto ele se desdobra do avesso pra fazer o que acredita ser a coisa certa, mesmo tomando porrada atrás de porrada vindo de todos os lados possíveis. Do outro, Goro Majima se vê sendo explorado e chantageado pelo pior tipo de babaca que existe e, no seu desespero e convicção de sair da merda, ele se vê diante dos dilemas morais mais difíceis e cruéis. No meio disso tudo, um massagista imigrante que tá procurando incansavelmente um cara que ele nem sabe quem é, uma garota cega que não fez nada de errado mas é arrastada pro olho do furacão, uma figura paterna que está na cadeia, e um lotezinho minúsculo e todo fodido que vale mais do que vários anos do meu salário.

Além disso, Yakuza 0 tem uma quantidade OBSCENA de conteúdo não-obrigatório. Não só sidequests de descer a porrada, embora essas também existam aos montes, mas todo tipo de minijogo que você puder imaginar. Autorama, boliche, 2 jogos de ritmo diferentes, gerenciamento de imóveis, gerenciamento de um kyabakura, vários fliperamas com seus próprios jogos, casas de mahjong e shogi, bares com dardos e sinuca, espaços de apostas com pôquer e roleta e vinte-e-um e mais vários outros jogos de azar, TEM COISA PRA CARALHO. E com mais profundidade do que você imagina. Os carros do autorama são customizáveis, e você precisa montar o carro certo pra cada tipo de pista, saber a hora de acelerar e de se deixar ser ultrapassado. A empresa imobiliária e o kyabakura envolvem recrutar e treinar sua equipe, delegar os serviços certos para as pessoas certas, administrar o tempo e os recursos. E em alguma medida, menos ou mais, todos os minijogos têm essa profundidade.

E é aí que mora o calcanhar-de-Aquiles de Yakuza 0. Ele faz muita coisa, ele tenta casar bem a história principal, as minihistórias das sidequests, os minijogos, o bitemup, as duas cidades, o mundo aberto, tudo. E ele é um jogo MUITO BOM, mas daqueles jogos muito bons que também dão muitos tropeços. Em algumas coisas ele é ótimo, noutras ele é só mais ou menos, noutras ele é fraquinho, e não é perfeito em praticamente nada.

Por um lado, isso faz parte da graça. Não gostou do karaoke? Beleza, então tenta bater o recorde no beisebol aí. Seu estilo de porrada é mais força bruta ou mais agilidade? Você troca entre eles com um pressionar de botão. Você quer seguir na história principal ou quer ajudar aquela adolescente que tá sendo forçada a vender as próprias calcinhas usadas contra a vontade dela? A decisão é sua. Yakuza 0 te deixa livre pra fazer o que gosta. Inclusive, ele não é um RPG mas permite muito mais roleplay que vários RPGs por aí, e essa variedade esmagadora é uma das coisas que possibilita isso.

Por outro lado, tem coisa que é indefensável. A câmera às vezes é bem ruim. A conclusão da história do Majima, que tava maravilhosa até quase o último momento, foi amarrada e encerrada meio nas coxas. O minijogo de enviar agentes, para procurarem equipamentos e materiais, tem uma interface HORRENDA. Aliás, vários dos minijogos falham miseravelmente em te explicar como que se joga. Algumas lutas de chefe - estou olhando pra tu, Kuze - são quase idênticas umas às outras. A lista de reclamações continua, e continua, e continua.

Veja, o problema dele não é ser gigantesco, não é ser ambicioso. Isso não é defeito. O problema é que ele não conseguiu dar conta de tudo, ou pelo menos não sem dar uns tropeços aqui e ali.

Mas eu diria que no geral ele se saiu muito bem. É praticamente contra as leis da Física existir um jogo tão denso como este, com tanta coisa legal pra fazer, com um sistema de porrada tão caprichado, uma história tão foda, uma variedade tão ridícula de absurda de incrível, e achar que ele não vai pisar na bola com algumas coisas.

aqui temos uma adaptação PERFEITA da mitologia nórdica, incrível como a Ninja Theory conseguiu produzir algo desse nível mesmo com uma equipe tão limitada.

sério, a qualidade desse jogo é impressionante principalmente na atmosfera e o aúdio, ESPECIALMENTE o aúdio, jogar isso aqui de fone é inacreditável, a aflição aumenta 10x mais e a experiência melhora em dobro, as vozes e sussuros parecem ecoar dentro da minha própria cabeça, ao mesmo tempo que é desconfortável sinto uma pitada de capricho IMENSA que os dev colocara aqui. Basicamente todos os aspectos de Hellblade são ÓTIMOS, desde historia (MARAVILHOSA, SÉRIO) até o combate simplista, meu único probleminha com foi uma pequena queda de ritmo em determinado ponto da trama mas nada que afete drasticamente minha opinião sobre esse JOGAÇO!!!!


Dave the diver me proporcionou algo muito além do que eu estava esperando, e olha que eu estava com as expectativas lá nas estrelas! Vamos lá...

Primeiramente, o jogo é um prato cheio, principalmente quando se trata do valor dele, proporciona bastante variedade na gameplay, e apresenta muitas coisas que dão um charme durante suas longas horas de duração! Era basicamente impressionante quando eu estava jogando, e um novo estilo de jogabilidade era apresentado, seja gerenciar o Bancho Sushi, que é o restaurante que Dave trabalha com seus parceiros, ou até mesmo na hora da pescaria e boss fights!

O jogo é bastante rico quando se trata de sua trilha sonora, direção de arte, e também suas animações! Basicamente sendo cada aspecto que citei acima bem únicos, suas trilhas sonoras são bastante caracterizadas com um estilo praiano, sua direção de arte é bastante viva e linda, e suas animações são muito bem feitas, polidas, e intrigantes!

Pra mim um dos melhores pontos deste jogo é sua longevidade, por que quando eu digo que o jogo realmente apresenta muito coisa nova durante a jogatina, não é brincadeira!

Um ponto negativo, mas que não é algo tão relevante assim, dependendo do tipo de experiência que você busca, é sua repetição! No caso aqui, quando estava jogando eu pensava bastante em alcançar o 100% nos achievements, e pessoalmente eu adoro grind, mas o desse jogo em específico não me pegou, pelo menos não agora após zerar.
O problema é que, o jogo é repleto de ''minigames'' quando está pescando, e mesmo tenho o arpão mais foda do jogo, esses minigames continuam vindo e vindo, chegou momento que eu juntava o máximo de peixes que conseguia em um dia (no jogo), e saia com o pulso doendo de ficar apertando espaço, ou ''A & D'', e até mesmo aqueles de girar o mouse. Mas é como eu disse, isso foi só no late game, durante minhas aproxidamadas 45-50 horas de jogo foi tudo uma maravilha, por que sempre tinha algo a mais para fazer ou descobrir, e não apenas grindar!

A dlc do Dreadge é super divertida, abrindo mais o leque ainda de diferenciar a gameplay!

Concluindo, o jogo é maravilhoso, vale muito a pena, uma baita experiencia diferente de bastante coisa que se vê por aí, muito relaxante e descontraído! :D

Expansão meio inútil, conta o quê acontece com o Psycho durante a campanha do jogo base e apesar dele ser um personagem legalzinho, a história da DLC é mais chata que da campanha normal. A maior parte do tempo você só fica andando ou parado defendendo algum lugar durante um tempão, aí pra piorar é totalmente linear, pouquíssimos objetivos secundários e é extremamente fácil, parece até algum Call of Duty qualquer, única dificuldade foram as 5 vezes que crashou.