This review contains spoilers

Façam mais remakes assim

Foi em uma tarde de 2005, ao ir na casa de um amigo, que pude jogar pela primeira vez o Resident Evil 4 e eu nem sabia da existência dele, pois naquela época ter uma boa internet era difícil e eu ainda tinha o meu PS1, então eu achava que o ápice da franquia era o Resident Evil 3, mas já existiam outros no mercado. Após 20 minutos de gameplay na parte da Ilha, pois ali era o save desse meu amigo, eu fiquei encantado com tudo que eu vi, um sentimento bem parecido de ter visto Resident Evil pela primeira vez na vida, mas foi isso, 20 minutos que passaram tão rápido e que eu só pude matar a vontade de jogar novamente dois anos depois, em 2007, quando meu tio me deu o PS2 de aniversário.

Foi uma sensação incrível poder jogar, pelo tempo que eu quisesse e sem interrupções, um dos melhores jogos que tinha para o console. De todos da franquia, Resident Evil 4 foi, sem dúvida alguma, o que eu mais joguei e zerei. Foi onde meu amor pela franquia se consolidou e quando anunciaram esse remake, minha alegria e ansiedade foi absurda pra poder experimentar essa nova abordagem.

Após alguns dias com o game, uma zerada e a segunda jogatina já pela metade, minha review será baseada em uma análise geral do que experimentei até aqui, sem seguir muito a questão de linha do tempo do jogo, então vamos para a review:

O novo velho mundo: Acho que usar esse título para abrir a minha review faz todo sentido, afinal de contas é isso, um novo jogo, enraizado em um jogo velho. A nostalgia bateu forte sobre cada um dos cantos que eu passei entre os 3 segmentos do game(Vila, Castelo e Ilha). Existem trechos que são um copia e cola literal do antigo, existem os trechos que foram copiados, mas com o uso da liberdade criativa e existem os trechos completamente novos, que inclusive, são os que mais compõem esse remake. Então, não espere que você vai ter a mesma experiência, pq não vai.

Partes expandidas para melhor: Falando sobre pontos em específico, gostei muito de como eles modificaram a introdução da cena no carro até o encontro com o primeiro ganado (e já tínhamos visto isso na demo), mas agora com a cena completa, Leon e os policiais têm uma conversa que continua sarcástica, mas sendo mais apropriada para os dias de hoje. Inclusive o que resulta essa cena com o Leon na cabana com o primeiro ganado, é MUITO mais coerente do que no original, além é claro da primeira visualização de como que os inimigos vão se comportar durante todo o jogo com relação às mutações.

Agora sobre a vila, no original nós passamos 3 vezes por ela e, no remake tbm, mas aqui, a cada passagem, uma coisa nova (totalmente diferente das novidades do original) acontecem para fazer com que você tenha uma experiência muito diferente e isso foi magnífico, fazendo com que o backtracking seja muito mais divertido, instigante e recompensador (tanto em itens, como em história através dos files).

Toda a andança até o lago se manteve beeeem padronizada com o original, porém com mudanças essenciais e, principalmente, uma expansão MUITO grande. Antes, depois da luta contra o Del Lago, nós só tínhamos um lugar para explorar. Agora, nós temos 4 lugares diferentes para explorar depois do Del Lago. Bom, nem preciso dizer que é ótimo né?

Durante todo esse tempo nós somos introduzidos a puzzles que não são tão complexos, porém são divertidos e engajantes para completar, ainda mais pq nem todos são sobre progresso de história, mas sim para obter tesouros e armas, então isso encoraja muito a exploração pq obter esses recursos são cruciais para o game. Ainda sobre os puzzles, eu considero que os principais do original eram o da Igreja e da parte da Ashley. O que eu posso dizer é que, ambos, no remake, estão bem melhores. O da Igreja se mantém praticamente igual, mas é mais complexo de fazer agora e o da Ashley foi bem expandido, sendo agora uma sessão de puzzle com 3 partes, isso porque a gameplay com o ela é bem mais extensa e, principalmente, desafiadora.

Além disso, nós temos, MUITAS outras partes modificadas para melhor, principalmente pq deixaram de ser partes que eram incoerentes com uma realidade minimamente plausível de acontecer, por mais que o plot do jogo já seja bem louco, mas vou me reservar a esses comentários para não dar spoiler.

Sim, tivemos cortes tbm e MUITAS adaptações, mas será que isso é ruim?: Algumas sessões foram cortadas ou fortemente adaptadas. Por exemplo, tivemos um boss que foi totalmente adaptado e diverge opiniões (eu gostei da adaptação pq está mais difícil) e tivemos um boss cortado (que eu não senti falta alguma já que no original ele não tinha background algum, mas agora no remake acho que ele pode aparecer na sessão do Separate Ways com a Ada, principalmente pq esse boss é mencionado em files e, agora, tem background).

Sobre as adaptações, simplesmente TODAS, foram super bem elaboradas e fazem MUITO mais sentido para a história como um todo. Por exemplo, o Luís não morre mais no mesmo momento do original. Ele faz parte de uma boa sequência de jogabilidade com o Leon e se enquadra bem demais nessa parte. A participação dele na história é como um verdadeiro coadjuvante, diferente do original. A história dele foi muito bem contada e isso vale muitos pontos em geral.

Outra sessão bem adaptada foi a sequência onde os novistadores (inimigos que voam e são invisíveis) aparecem e em como eles se comportam (sobre isso não vou falar muito pois é uma novidade MUITO legal, só tente não ficar muito distraído nas partes que eles aparecem). E eles aparecem bastante nesse game, achei que até mais que no original.

Para finalizar sobre as adaptações, praticamente toda a galhofa que existe no original não está presente no remake e isso é uma ponto extremamente positivo, pois o jogo está mais sério, cadenciado, obscuro, com conexões muito acertadas, não dando brecha alguma para situações dúbias ou mal interpretadas sobre a história como um todo.

Vamos falar sobre os personagens: Aqui vou me reservar a falar apenas dos que mais interessam, então vamos lá:

Leon: Quando vamos assumir que ele é o protagonista masculino mais legal da franquia? Bom, ele continua sendo o sarcástico e debochado Leon do original, porém aqui com tiradas muito mais legais e coerentes para os dias de hoje. A forma como ele se importa com o que está acontecendo com a Ashley foi bem expandida até mesmo em diálogos que não fazem parte de cutscenes, mas sim do gameplay normal. Além disso, as interações dele com a Ada, que são primorosas em ter aquele flerte casual onde ele nunca sabe até que ponto pode confiar, tá bem legal de ver e fomos, também, livrados de uma frase em específico de quando ela deixa ele na ilha (ainda bem Capcom). Por fim, a relação com o Luís faz muito mais sentido, ele sente a morte do cara sim, mas é muito mais legal aqui.

Ashley: Construção, adaptação e melhorias primorosas. Ela não é mais chata como antigamente, com aquelas frases que se repetem a todo momento. Ela pede sim ajuda, continua sendo capturada, mas ela tbm é mais independente, mais esperta e agora ela mostra mais a fragilidade com frases durante a gameplay. Você se importa mais com ela do que sente raiva e ranço por ser uma personagem chata. Achei que está mais difícil dela morrer nesse remake, pois ela não tem mais o medidor de saúde, então se ela tomar hit dos inimigos ela vai ser derrubada e ficar ali (se tomar outro hit ela morre, mas é muito difícil disso acontecer). E quando ela está sendo levada pelos ganados, a área de hitbox dos nossos tiros, às vezes parece estar sobre ela, mas mesmo atirando não acertamos (mas não conte muito com isso, pois você pode sim matar ela com tiros). De modo geral, esse novo comportamento dela tira um pouco da tensão de ter que resgatar e cuidar da saúde e como ela está. O que foi adicionado foi manter ela a dois tipos de distância, o colado e o próximo e isso facilita na hora do combate, fazendo com que ela seja menos acertada pelos inimigos, mas manter ela mais longe, facilita com que ela seja capturada, então, uma faca de dois gumes, escolha sua estratégia.

Luis: Dinâmico, divertido, sarcástico e muito bem explorado. Foi desenvolvido com muita inteligência. Ele tem mais profundidade na história em geral, não só nas conexões com Leon e Ashley, mas com a Vila em geral e com a Ada e as motivações dela junto com outra pessoa…

Mercante: FALA PRA CARALHO. kkkkk brincadeiras a parte, isso é uma coisa que eu já li que está divergindo opiniões que é sobre a quantidade de vezes que ele fala algo quando você tá ali pensando em qual arma vai tunar, qual tesouro vai combinar para obter mais dinheiro e no fundo tá ele lá, rimando arsenal com carnaval (literalmente). Em ambos os idiomas, ele continua sendo o querido mercante. Eu gostei das novas frases e dos desafios que ele tem com as missões secundárias e os stands de tiro que se mantiveram, mas algumas pessoas não vão curtir tanto essa nova pegada dele.

Ada: Enigmática como sempre e aquela personagem que todos gostam. Muito bem desenvolvida por mais que ela apareça tão pouco durante o jogo (e já era assim no original onde ela só tinha mais destaque no Separate Ways, mas esse modo não está disponível no remake, pelo menos não por enquanto eu acho). Quando jogar, fique esperto para a cena pós crédito onde ela aparece.

Salazar: Excêntrico e exótico de um jeito muito legal. Ele não é tão caricato como no original, mas aqui ele aparenta ser mais sádico e doentio, inclusive em um file que aparece no jogo. Todas as cenas com ele foram bem legais. Uma ótima adaptação e construção de um sub-vilão mais digno de ter receio, pois no original ele era um aristocrata mimado que mais parecia que tinha um castelo de lego.

Krauser: Teve o background MUITO modificado, até mesmo no contexto geral da história dele com o Leon, pois aqui, a situação deles na Operação Javier (Resident Evil The Darkside Chronicles) foi bem modificada. O Leon sente muito mais a mudança que o Krauser sofreu, tendo ido para “o lado sombrio da força”. Ambos os encontros, luta de faca que tá MUITO legal e a luta na Ilha que tá um pouco mudada, mas ainda bem divertida, trazem esse lado de conflito moral entre os dois.

Sadler: O vilão que não tivemos no original. Lá, Saddler mais parecia um cara que comanda tudo sim, mas que não parece muito diferente dos outros vilões, ele só foi denominado como o comandante, mas não tem background para justificar a grandeza dele. Já aqui no remake, nossa senhora, nós sentimos o poder e influência dele durante TODO o game. Ele tem muito mais tempo de tela, provoca o Leon sem aquelas frases toscas, mas sim fazendo ele ficar puto com o que tá acontecendo. Além disso, falando sobre o background, espere uma grata surpresa sobre a história dele, pois o culto parece mais antigo do que o normal? Inclusive sobre isso, espero que seja ainda mais aprofundado na campanha da Ada.

Audio, dublagem, trilha sonora e gráficos, tudo lindo?: Sim, tudo lindo. A parte sonora do jogo, entre armas e inimigos, é muito mais contagiante. Você sente o poder das armas a cada tiro e em como elas impactam nos inimigos e sente a tensão de cada inimigo com os sons que os mesmos reproduzem. Seja perto ou longe, alguns deles vão fazer você ficar pensando em como seguir (Olá, Regenerator, essa parte é pra você). A trilha sonora é a mais presente em comparação não só com os remakes, mas também com o 7 e o Village e ela está muito delícia, em especial o rework que fizeram música de save. Sobre a parte gráfica, o jogo está muito bonito sim, mas a Capcom dessa vez deixou um pouco a desejar na otimização para os consoles. Jogando no modo Resolução, muitas vezes algumas texturas ficam flicando na tela ou não carregam, já no modo desempenho as texturas não flicam, mas em alguns momentos, demoram pra carregar. Sem dúvida alguma, a versão definitiva é a de PC, onde o desempenho está muito mais estável. Aguardando algum patch que corrija esses problemas nos consoles, pois até o momento isso ocorre em todos, com exceção do PC.

O tosco novo modo de comércio de jogos: É uma prática que tem se tornado comum no mercado, mas que é MUITO escrota. Para manter o título em evidência, eles dividem o conteúdo da parada. Tipo, o jogo saiu no dia 24/03 sem o modo Mercenaries e sem o Separate Ways. Aí, o Mercenaries chega no dia 7/04, ou seja, depois que o hype das primeiras semanas cair, vamos lançar algo para botar a parada em evidência novamente. Aí o Separate Ways, que ainda não tem data, vai seguir no mesmo fluxo, quando o game estiver a ponto de cair do hype, vão anunciar uma data e manter assim até lançarem de fato (fora que vai ser cobrado né). Então, é triste saber que esse modelo de negócio é o que há, e o que vamos ter que engolir se quisermos jogar as paradas que somos fãs, no lançamento. Por mais que isso não esteja intrinsecamente conectado com o game em si, eu preciso pontuar, mas não será por isso que eu irei, necessariamente, tirar pontos. Preciso analisar a obra como obra e é isso, mas cabe o ressentimento.

Considerações finais: Eu nunca escrevi uma review tão grande e dedicada quanto essa, mas eu não consegui não fazer isso para esse jogo que, hoje, se tornou o meu favorito da franquia e um dos meus favoritos entre todos os gêneros. Resident Evil 4 Original já é um jogão, mas o Remake conseguiu melhorar MUITO tudo que foi construído lá atrás. A Capcom aprendeu com os erros do remake do 2 e 3 e, aqui, conseguiu estabelecer o padrão correto de remake que deve existir na franquia.

Jogo casual que faz o feijão com arroz

Zuma é legalzinho no que se propõe, apenas ser um jogo casual pra distrair. Tem uma quantidade boa de fases, mas chefes chatinhos. O modo desafio semanal tbm não agrega muito pois são as msms fases do modo campanha. Tem ali dois modos extras como o "fúria de chefe" que vc só enfrenta os bosses e o "sapo de ferro" que apresenta dez fases difíceis sem uma segunda chance, ou seja, morreu se ferrou. E bom o jogo é isso. Bem arcade, bem mobile, bem ok na experiência.

Apenas um jogo decente

Depois de um mês off de jogatina desenfreada por conta da faculdade, escolhi Ori que eu já tinha começado a jogar em 2021, mas por conta de uma falta de foco em jogar apenas um jogo acabei desistindo. Agora, com energia renovada, decidi ir até o fim pois sempre vi muita gente falando super bem dele.

Eu não sou adepto de jogos metroidvania pq eles nunca eram minha primeira escolha, então a minha base para julgar, analisar e comparar com outros títulos do gênero é impossível de ser feita com qualidade e extensão, por isso tentarei ser o mais breve possível.

Não é um titulo ruim, mas eu esperava mais. Vi muitos comentários falando que a história é comovente e tal, mas eu achei BEM sem graça. A forma como foi contada até que é interessante, mas infelizmente o desenrolar e o desfecho não é nem um pouco memorável, pois Ori acaba sendo um personagem que vc sente compaixão no começo do jogo com o que acontece, mas que no decorrer da gameplay esse sentimento não mantem a chama acessa.

A gameplay é boa e o combate se torna muito cansativo com o tempo pela simplicidade e repetitividade dos inimigos, fazendo com que em muitos momentos eu só pensasse o seguinte "não quero lutar, mas tenho pra poder farmar experiência
e evoluir o Ori". Por fim, bom mesmo eu achei o grandioso é lindo mapa que é bem legal de explorar e vencer os desafios de progressão é a trilha sonora MUITO boa que super encaixa e, muitas vezes, relaxa bastante.

Resumão: é decente, porém longe de ser memorável para mim. Um dia eu vou pra sequência.

Cometi a loucura e comprei, joguei e me apaixonei.

Como tinha dito na review do GOW, fiquei muito tentado a comprar, mesmo sem poder e tendo várias coisas para usar o meu dinheiro, mas pra facilitar um pouco o meu lado, meti um gift card parcelado em muitas vezes e digamos que assim o meu bolso agradece. Agora, sem mais delongas, vou falar sobre o game, mas também não vou ser tão extenso, mas sim bem direto.

Maior, mais bonito, mais denso e complexo, mas será que melhor?

No geral ele faz as mesmas coisas que o antecessor, mas aqui a proposta é mais ousada e melhor definida, afinal de contas, toda a mudança que a série teve foi validada como ótima pelo público então agora é hora de continuar com as boas ideias. O combate segue o mesmo molde, com uns refinamentos, acréscimos e mudanças em alguns poderes e armas, principalmente pelo acréscimo de uma arma nova que eu não vou mencionar o que é pq nao quero limitar essa review com a flag de spoiler.

Achei MUITO mais fácil navegar pelos menus de confecção e aprimoramento de itens, porém, não sei se achei a melhor decisão fazer com que os recursos não sejam suficientes para upar tudo e, como o jogo ainda não tem +newgame no final, você vai se encontrar com muitos equipamentos que você gostaria de ver upado no máximo e não vai conseguir upar mais.

Na jogabilidade, as mecânicas de combate são ótimas, elas têm muitas camadas de complexidade e você pode escolher como lutar com estilos próprios ao mesmo tempo que mescla (e é bom mesclar mesmo pois você golpeia com mais força) vários combos com as armas diferentes e seus respectivos poderes. Agora, uma coisa na jogabilidade que eu não gostei muito foi dos vários pontos cegos que podem acontecer quando você enfrenta muitos inimigos ou os Bersekers (mini bosses chatos pra caralho) e uma miniboss (difícil demais) em específico que também não vou falar quem. Contra ela e contra alguns bersekers, por eles serem muito rápidos, eles acabam dando uma investida e ficando atrás de você no ponto cego, facilitando com que eles golpeiam e mesmo estando com mira definida nos inimigos, sofri com alguns bugs que ela simplesmente saia do foco e gerava um retrabalho no combate.

Os cenários são surreais de tão lindos, mesmo jogando no PS4 e tendo sim um serrilhado aqui e ali e uma resolução bem menor, essa versão não deixa a desejar em absolutamente nada. Dessa vez, vamos conseguir viajar por todos os reinos e a exploração deles vai mudar MUITO. Mesmo passando por alguns lugares iguais, a construção deles, por conta do finbulwinter, vai estar bem diferente e não com aquela sensação de “requentaram isso aqui”.

Atrelado ao cenário eu vou mencionar a exploração desse game que é algo delicioso de se fazer. Com uns 400 coletáveis que se misturam entre as sidequests eu não senti, em momento algum, aquela sensação de cansaço por estar coletando e explorando pq tudo é muito fluido e não é difícil de coletar (como aqueles jogos que botam as paradas mega escondidas). Você vai achando organicamente ao longo do game, ainda mais por ele ser de certa forma linear. As sidequests não são muitas e agregam MUITO valor a história, principalmente uma que você descobre em uma localização “secreta” (e esse secreta só está assim pq o local tbm é fácil de ser encontrado, basta finalizar uma sidequest em específico que o local vai abrir). Enfim, a exploração é uma das mais gostosas que eu já vi em um game.

História e personagens eu vou colocar junto pq não tem como estar separado. Aqui tudo é maior, desde a quantidade muito superior de pessoas que aparecem, quanto a profundidade que todos agregam para a história. Vai desde a um plot twist surpreendente que te deixa puto até o plot twist que te faz entender o que já aconteceu no outro jogo. Vai da simplicidade de uma personagem amiga até os profundos conflitos que ela mesmo vai fazer você passar. Vai de um encontro que ao mesmo tempo traz alívio e frustração. Vai da emoção de conseguir o perdão e, por fim, vai das lágrimas da perda de quem vai de vez e de quem só vai por um tempo.

Respondendo a pergunta do subtítulo, God of War Ragnarok é, sem dúvida alguma, top 5 dos melhores jogos que eu já joguei na vida.

Se esse jogo sofre algum hate, ele é desnecessário

Judgment é MUITO interessante e tem um modo singular que o difere dos outros 3 primeiros, mas ainda sim o mantém mt perto de tudo que foi feito. A história que mt gnt diz ser fraca, isso eu não achei msm. Talvez pq ele não tenha deixado aquela pulga atrás da orelha igual os outros 3 pq aqui o jogo se passa antes do primeiro e traz um GRANDE background pra história do Baird que participou do evento que culminou o primeiro jogo. Além disso, tem a campanha Aftermath que conta o que o Baird e Cole estavam fazendo durante a campanha principal e como ele se encontram no final, então assim, Judgment é uma verdadeira DLC stand alone pro 3 e que completa ele de forma maravilhosa. Tudo é idêntico ao 3, tirando uma inclusão bem legal que traz uma variedade ao gameplay, onde a cada sessão, antes de começar vc pode optar por ativar ou não um desafio para aquele trecho. Exemplos: visibilidade afetada por granadas de gás dos locusts, não regeneração, passar somente com pistola, passar em x tempo e por aí vai. Isso foi MUITO divertido pq trás um desafio TÃO legal, fazendo vc pensar em modos de jogar que talvez não fosse fazer em uma jogatina normal. Não preciso dizer que o jogo tá bonito afinal é o 3 quase que em sua essência. Bom jogo, que sofre hate desnecessário e já ia me esquecendo, é o primeiro Gears com tradução em português, então merece sim uma moral.

Bem melhor que o primeiro, mas a dificuldade....

Sem dúvida alguma quando se compara o primeiro com esse aqui é visível demais o crescimento da jogabilidade e o amadurecimento que estavam dando para a franquia, uma vez que aqui nasceu muito dos estilos que seguiram nos próximos jogos, inclusive o mapa de Los Angeles que foi reutilizado no jogo de 2008.

Agora com um modo história (bobinho) porém tem um pano de fundo que faz com que vc realmente ache que está enfrentando algo maior que uma simples CPU, o jogo conta com uma trilha sonora tímida se comparado com os próximos, mas que já dialoga muito melhor com a proposta do jogo.

Nostalgia para alguns, raiva e momentos de frustração para todos, pois a dificuldade do jogo é, de longe, uma das coisas mais aleatórias da franquia. O primeiro pecou muito na jogabilidade e o segundo foi em como as vezes é muito difícil vencer e faz com que vc repita uma corrida várias vezes.

A franquia se fortaleceu muito com esse titulo, mas talvez a nostalgia fale mais alto quando se for colocar na memória a frase: quero jogar Midnigth Club 2

Eu perdi a conta de quantas vezes eu tive que reiniciar algumas corridas, foi sofrido, mas no final foi concluído. Como concorrente direto de Need For Speed Underground que saiu no mesmo ano, fica difícil você falar assim: realmente esse aqui é um jogo memorável.

Desbloqueie o essencial para começar a ter diversão

Para minha surpresa, um game de MotoGP lançado no ano 2000 para o PS2 até que funciona bem em termos de jogabilidade, detalhes e precisão do traçado das pistas com a realidade. Não é lá grandes coisa, mas funciona de forma bem decente. Uma pena que todo o restante do conteúdo esteja bloqueado logo de cara, mas deixa eu explicar melhor.

Você começa com as opções de corrida arcade, season que é o modo temporada, time trial, versus e tem uma outra opção no menu chamada "challenges" mas esses são desbloqueáveis conforme você vai jogando. Tipo, "ultrapassar tantas pessoas em uma volta" "vencer em tal circuito" e por aí vai. Quando você completa esse desafio, você é agraciado com uma nova pista desbloqueada ou um novo piloto ou simplesmente uma foto que nem dá pra ver em tela cheia.

Acontece que, o jogo só fica interessante mesmo, quando você vai lá e desbloqueia as outras pistas pq se você por acaso decidir começar a season sem ter jogado nada antes, o modo só vai durar por 5 corridas, que é a quantidade padrão de pistas que o jogo tem logo de cara, ou seja, que bosta. Mas não pense que melhora taaanto assim pq o jogo só tem mais 5 pistas para desbloquear e, curiosamente, não desbloqueei nenhuma pq desisti de jogar esse aqui e partir para outro da franquia.

Para fatores de conhecimento, esse game "retrata" a temporada de 1999 da MotoGP e tal ano foi composto de 16 corridas, ou seja, 16 pistas. O jogo ainda sim perde muito por deixar de fora, tantas localidades.

Por fim, outra coisa que me desmotivou muito a jogar foi a dificuldade do jogo que é MUITO fácil. Quando você pega o jeito da direção das motos (e isso vai ser bem fácil de acontecer pq a jogabilidade não é ruim e sim total arcade) você, mesmo com a pior moto, vai ultrapassar com facilidade a galera. Fora que essa de ter a pior moto não é bem uma verdade pois você pode modificar os status da sua moto de forma meio livre e colocar mais velocidade ou mais estabilidade e ficar parecido com as motos do primeiro pelotão. Aqui não existe nada recompensador em ser rápido na pista e galgar vantagem através de sorte ou até mesmo de uma estratégia pessoal, a parada é bem editável.

Mas sei lá, ainda sim no final foi uma experiência válida para um jogo de moto com 23 anos de idade. A franquia certamente tem jogos melhores, mas foi um começo bem digno da série intitulada MotoGP

Grandiosamente mais interessante que o antecessor, mas os bugs me atrapalharam no divertimento

Eu realmente não lembrava de absolutamente nada sobre esse game. Toda a minha experiência com o 4, onde eu disse que o jogo na real constroi uma atmosfera para só ser contada aqui, meio que fica em um quesito esquisito, pois ao mesmo tempo que o 5 de fato conta muuuuita coisa, ele ainda termina com o gancho prendendo para mais um game. Alías, mts obras hoje em dia tem o costume de amarrar histórias em trilogias né....

Gears 5 em termos de história é MUITO bom, desenvolve muito bem e em um ritmo gostoso de ser jogado, mas eu confesso que gostaria de ver mais sobre os problemas da Kait, achei que ela se livrou de forma "fácil" deles. Sei lá, poderia ter tido mais profundidade, principalmente por um momento de escolha que acontece no finalzinho do game que eu achei MUITO corajoso do jogo em fazer isso, mas particularmente não gostei de ter que tomar a decisão kkkkk acho que se o game tomasse isso por conta própria o "sabor do remédio amargo" seria mais doloroso de ser engolido e, consequentemente, o sentimento de "CACETADA QUE ISSO" poderia ser maior, apenas uma opinião.

No fim, em termos de história, temos que esperar o próximo jogo vir aí e tá demorando pra cacete, só espero não esquecer tudo de novo quando eles decidirem lançar.

Agora falando sobre gameplay, o jogo atinge o ápice do gostosismo na jogabilidade. A mais fluida, satisfatória e divertida até agora. Gunplay suave e aveludada que satisfaz demais em usar a boltok para explodir cabeças. Além disso, a inclusão das novas armas e da variante da lancer são excelentes. O jogo também passou a ter duas sessões "mundo aberto" com missões secundárias para dar um maior background para a história e servir como meios de upar o Jack, personagem robo que acompanha a gnt na jornada. Inclusive o papel do mesmo foi MUITO expandido aqui, todas as habilidades dele são fundamentais para esse estilo de gameplay tão diferente que foi aplicado. Com habilidades variadas de ataque, defesa e até ult. Eu até fiz um comentário na review do 3 que gostaria de ver coisas novas na franquia para dar um frescor e no Judgment e aqui isso rola de forma beeem legal, então ponto positivo.

Se por um lado a adição do "mundo aberto" foi legal para expandir tanto história quanto o Jack, elas se tornam um tanto quanto cansativas, principalmente a segunda parte no deserto. Obviamente dependendo da dificuldade que se jogue vc dedicará mais tempo no jogo, então teoricamente vc tem ali em torno de umas 2 horas e pouco de missões secundárias com essa exploração que dão um inicio de cansaço.

Agora vou falar do ponto que me causou MUITO incomodo e que está no titulo da review que são sobre os bugs. Você não vai ver falhas de textura, mt pelo contrário o jogo é absurdo de lindo (top 3 exclusivos mais bonitos do xbox), não vai ver coisas voando, não vai ter travamentos, mas vai ter problemas de avanço. Mas como assim, vc deve se perguntar. Bom, você vai avançar em uma parte e o jogo vai dar que está salvando, mas não vai salvar, aí tu vai chegar em uma sessão e vai ficar "travado". Tipo, vc chega em uma área que tem que ativar um sensor e não vai conseguir, vai chegar em uma área de combate e não vai ter inimigos, vai chegar em um local para ter diálogo com outros personagens e eles não vão estar lá. Aí isso acontece e vc pensa "ah, mas é só eu voltar para o último checkpoint que já vai ser tranquilo". Aí que está, engano seu pq o último checkpoint que vc achou que salvou, não salvou, tu vai voltar em um bem atrás e ter que repetir áreas. Isso aconteceu comigo 3 vezes e foi beeeem chato.

No mais, o jogo é aquilo no modo online que é divertido, mas eu particularmente não sou um grande fã de jogar Gears online. Gosto mais do modo horda que está beeem divertido aqui e o novo modo fuga, para entrar em uma colmeia de swarm, derrota-la e fugir. Inclusive esse modo tem a lore desenvolvida na DLC Hivebusters.

Nota final: Gears 5 não é só o básico bem feito, é mais que isso. Me trouxe de volta o sentimento de jogar um bom Gears igual eu tive com o primeiro e o terceiro que são meus preferidos. Se não tivessem os bugs que já deveriam ter sido consertados, a segunda sessão de mundo aberto e a decisão de escolha na história, ganharia uma nota maior, mas é isso, se iguala em nota aos melhores da franquia na minha opinião.

Jumpscares mt loucos

Excelente equilíbrio entre ação/terror é a marca principal desse game, mesmo que os jumpscares sejam a grande tônica proporcionadora de sustos.

Combate é bem interessante, apesar de eu achar que o feedback de acerto dos inimigos não ser tão bom. Além disso, as armas são esquisitas e algumas são simplesmente desnecessárias.

A história junto da ambientação é, sem dúvida alguma, o melhor desse jogo. Um pecado que no final ele comece a ficar repetitivo, mas isso não é algo que atrapalhe a experiência, talvez se ele fosse sei lá, uns 45 minutos mais curto, já deixaria essa sensação totalmente fora.

Engraçado como os jogos anuais de esportes não mudam nada desde os tempos mais longínquos

MotoGP2 da Namco é uma melhoria do "MotoGP", tem as mesmas opções de tipos de jogo no menu, só que aqui, diferentemente do outro, os challenges funcionam em moldes parecido com as licenças de Gran Turismo, em alguns você percorre traçados ou o circuito inteiro para tentar bater a meta de tempo e tem também os mesmos desafios da outra versão, mas que não agrega em nada querer bate-los já que nesse aqui, nem pistas desbloqueáveis tem.

Outra diferença que aqui foi digamos que "corrigida" é sobre o modo season já começar com todas as pistas, um total de 10, mas infelizmente ainda é abaixo do que a temporada oficial de 2001 apresentou.

Uma coisa que foi legal é adição de corridas na chuva e em como a direção dá uma mudada nessas condições, mas essa foi digamos que a única grande adição considerável no game e que diante de todo o restante, não é algo lá tão grandioso.

No resto o game continua exatamente igual o antecessor, com o mesmo estilo de gameplay, mesmo gráfico e mesmo desnível de dificuldade (que inclusive eu falei mais sobre na minha review do primeiro MotoGP que segue no link abaixo caso você queira ler).

https://www.backloggd.com/u/OGabrielMac77/review/952858/

Como o jogo é praticamente igual, a nota vai ser a mesma e não tem muito mais o que eu falar sobre, então vamos para o próximo...

O melhor da franquia

Acredito que o Infinite seja o ponto de discordância e concordância em muitos aspectos para os fãs da franquia. Uns acham ruim e outros ótimos.

Eu já li muitas criticas com relação a história, mas como ela é extremamente complexa e densa, eu não vou me ater a muitos comentários pq se eu tivesse que falar com alguma clareza, eu teria que escrever um texto muito maior do que este e isso não vai acontecer.

Mas, para resumir a minha opinião, eu posso dizer com clareza que ela é uma das mais ambiciosas que eu já joguei em um game. Quando o jogo todo se constrói de uma forma que você não vê conexão com os dois anteriores, mas no final ele vai lá e te mostra como tudo aconteceu, essa é a grande cereja no topo do bolo.

Eu diria que a Burial at Sea, a DLC do jogo, é uma das melhores DLCs já criadas para um videogame, pois é lá que você descobre toda a história do universo Bioshock e a própria construção dela, com umas 2 horas e pouco de gameplay, consegue ser tão boa quanto o jogo principal.

Em termos de gameplay, Infinite consegue ser uma faca de dois gumes, pois ao mesmo tempo que ele consegue fluir de uma forma lisa igual manteiga, ele consegue ter notórias, porém, questionáveis falhas (vai do ponto de vista de cada um). Abaixo vou descrever alguns pontos negativos e outros positivos:

1) Na campanha principal você só consegue carregar duas armas, mas tanto na DLC, quanto nos jogos anteriores, você tem um inventário e pode carregar até 6.

2) Em um momento do jogo, que eu não vou dizer qual para não dar spoiler, os poderes do jogo se mostram confusos e as decisões de existência parecem não fazer sentido com o que já foi feito um dia. Eu adorei a solução que deram, mas tem gente que não gostou.

3) Agora, você podia repetir um arquivo de áudio e até consegue ver uma transcrição por texto e isso é ótimo para revisitar algo e conhecer ainda mais da história. Logo, isso é um avanço em comparação com os outros jogos.

4) O jogo se mostra muito mais linear do que os dois anteriores, mas tem partes onde você tem mais de duas opções de caminho para seguir ou tem áreas bem amplas e, a falta de um mapa (sim o jogo não tem mapa) pode deixar a desejar no quesito exploração, pq vc pode facilmente achar que já foi em um local e nunca ter ido e vice-versa.

5) Elizabeth é uma das personagens acompanhantes mais carismáticas e bem feitas de todos os tempos. Obviamente ela é parte central da trama e somente isso bastaria para ela ter que ser bem feita, mas vai muito além disso, porque ela definitivamente assume o papel de coadjuvante te ajudando e não te atrapalhando, como vemos em alguns outros jogos, vide Sheva em Resident Evil 5.

Essa é a segunda vez que eu zero Bioshock Infinite e, de forma similar a games, filmes, livros e etc, ele fica melhor e você compreende ainda mais quando revisita.

Se nunca jogou, jogue! Eu o considero fantástico e acho que jogos assim são difíceis de encontrar. Você pode não concordar com a minha avaliação, mas inegavelmente esse é um jogo que você vai gostar de jogar.

Queria muito que ele fosse melhor do que foi

Qualquer semelhança com Bioshock vai ser somente na estética, na ideia de poderes e tal pq em todo o restante é como dizer que o sósia do Piqué é igual ao Piqué, alias essa pode de fato ser a comparação, Atomic Heart é o sósia do Piqué e Bioshock é o Piqué.

O inicio do jogo faz muito jus a Bioshock Infinite, é tudo praticamente igual, com cidade flutuante, robôs, uma clara distopia e por aí vai, mas ele se perde ao tentar ser mundo aberto ao mesmo tempo que ele é linear. O mundo aberto inclusive é MUITO vazio, você simplesmente não tem nada pra fazer, as únicas sidequests são para achar os upgrades das armas e só. Fica muito chato vagar por esses cenários vazios de emoção, mas lotados de inimigos infinitos por conta dos robôs de reparo que consertam tudo que você elimina. Ou seja, exploração pouco recompensadora, onde você gasta recurso e não obtém algo de extremo valor ou de diversão.

A história é legalzinha, mas achei que o potencial foi pouco explorado e com um plot twist extremamente óbvio que deixa claro em um diálogo que acontece na metade do game, fez perder toda a graça pra mim e eu só fui pulando diálogo por diálogo para terminar o quanto antes.

Por falar em diálogo, até onde eu tive saco pra prestar atenção em todos antes de descobrir quem era o vilão da parada, eles se mostraram MUITO bons, dão um panorama ainda mais louco para toda aquela situação que está acontecendo e, para mim, esse é um dos pontos altos do game, além é claro, da Nora, disparado a melhor personagem do game, que eu inclusive acho que deveria aparecer mais vezes e não ter duas versões dela.

Sobre o combate, achei a linha entre o chato com o legal muito tênue. Devido ao mencionado anteriormente do renascimento incessante dos inimigos e a alguns deles serem muito chatos e pouco criativos (digo isso dos inimigos base), já os bosses eu achei todos bem bons e com dinâmicas interessantes para se enfrentar. Falando sobre isso tbm, não importa o quanto você upar suas armas de fogo, as armas de meele sempre vão ser mais fortes contra eles (vai entender).

Por fim, vou falar da pior parte desse game que é sobre a otimização porca do game no Xbox Series S. Poxa, o jogo rodar com resolução dinâmica tudo bem, mas 900p é de uma putaria sem tamanho. É isso mesmo, nas partes de cenário aberto o game roda a 900p - 60fps e em ambientes fechados o game roda a 1080p - 60 fps. Nas partes aberta o jogo é MUITO feio, tudo serrilhado, borrado, sem profundidade de campo, totalmente bizarro. Vários Npcs e sessões com texturas por carregar e sem carregar... muito deprimente mesmo. Um game lançado em 2023 que usa a mesma engina de outros games que estão melhor otimizados por aí rodando desse jeito é um abuso.

Legal que o game esteja no gamepass e devido a isso eu pude experimentar, mas olha, ainda bem que estava lá mesmo e faz parte da assinatura que eu jogo outras coisas, pq se fosse dinheiro gasto comprando ele, eu ficaria maluco da cabeça.

Uma grande prova de resistência

Resistance leva em sua essência um contexto de seu nome que é: resistência. Pois é uma grande prova ter que jogar esse jogo. Sendo um completo copia e cola, ele não inova em nada e todas as ideias são chatas para o contexto que ele tenta se enquadrar. Sim, esse estilo de jogo é de longe um dos que eu menos gosto, mas acredito que se o game fosse minimamente decente e tivesse um desafio que chamasse atenção, eu poderia ter outra opinião. Uma pena que isso aqui foi priorizado ao invés do Resident Evil 3 Remake.

Vazio, ruim, sem alma e sei lá mais oq

É primordial que um bom jogo de corrida, ainda mais dos anos 2000 tivesse atrelado boa gameplay e trilha sonora. Ao jogar o primeiro Midnight Club é notório o quanto ele perde, não só nesses aspectos, mas também em outros, até mesmo para jogos de PS1. Ele não traz nenhuma ideia interessante ou nova, sendo um completo vazio que não faz uso decente da coisa mais legal que possui que são os mapas consideravelmente grandes e bonitos.

O jogo possui dois modos, arcade e carreira, mas ambos são tão desnecessários, principalmente o carreira onde você não possui nenhum pano de fundo, só fica ganhando corridas de outros carros para desbloqueá-los e no fundo, parece mais que você está apenas indo contra uma CPU qualquer e não uma criada para ter um "inimigo" que dê motivação para vencer.

Além do completo sentimento de vazio, a jogabilidade é altamente falha, pois dirigir em linha reta é até ok, mas a física de mudança de direção é terrível, fazendo com que qualquer mínimo errinho custe batidas aleatórias e até mesmo a CPU sofre disso e faz com que errem com uma regularidade grande. A sensação fica de que você só está tendo êxito por conta da própria falha do jogo e não pq vc está jogando bem.

É uma completa perda de tempo tentar começar na franquia por esse jogo.

Charuto, Whisky e corrupção

Não joguei a versão original então tudo que eu falar aqui tem como base apenas a minha experiência com esse remake. Vamos lá então, vou resumir com uma palavra: decepção.

Bom, não que o jogo seja ruim, longe disso, mas eu esperava muito mais. Quando a gente pega a temática de Máfia e muito pelo que foi construído com o filme O Poderoso Chefão, a gente espera um clímax e uma pegada muito ousada, onde se explora bem a temática das guerras de famílias, as vendas ilegais de álcool, a corrupção de policias e a extorsão de negócios com promessas de proteção que são os panos de fundo mais emblemáticos que existem para esse tema. Apesar de eu não lembrar tanto do jogo do Poderoso Chefão, lembro principalmente que as brigas entre famílias e a extorsão eram desenvolvidas lá, talvez se Máfia fizesse um pouco mais do uso disso, o jogo poderia ter mais profundidade e ser menos raso. Para se ter uma ideia, aqui fazemos apenas uma missão de extorsão e toda a guerra contra a outra família parece que vai se construir e durar de um jeito, mas acaba sendo tão rápido e fácil por conta da rapidez do jogo, o que deixa um pouco o gosto de "queria mais confrontos sangrentos"

Aqui você controla Tommy Angelo um taxista que se vê em uma enrascada após a fuga de dois mafiosos fazer com que ele dirija eles até um lugar seguro. Na manhã seguinte, os caras que perseguiram eles, batem com tacos no taxi de Tommy e quebram farois e amassam o carro, Tommy foge de encontro com o bar dos mafiosos e é salvo por eles. No decorrer da conversa com o Don, ele diz que quer se vingar dos caras que amassaram o taxi dele e é assim que ele entra para a família, tipo, sério que não tinha outro motivo para fazer ele sentir raiva? Tipo fazer mal a algum parente ou coisa do tipo? Mas amassar o carro? Beleza que ele pode ter se sentido ameaçado e passar a não dirigir e andar pela cidade com a cabeça tranquila, mas poxa, que motivo mais simplório.

Enfim, o jogo se desenrola a partir disso. Tommy faz amizade com os dois mafiosos que se chamam Paulie (referência a Poderoso Chefão) e Sam, os caras de confiança de Don Salieri. Com um total de 20 missões, o jogo tem um pace muito corrido, pois de uma hora pra outra você faz parte da família, logo depois já é um cara crescido no crime e a guerra com a outra família (sim só tem duas famílias) se desenrola e o jogo acaba, então é tudo muito rápido, mas mesmo com essa rapidez, a história não é de todo ruim, ela só poderia ser muito melhor. Os diálogos são bons e os personagens são ótimos, se tivessem mais profundidade seria perfeito, mas infelizmente não é. Só tiro o chapéu para o final do jogo que foi bem interessante como eles conectaram com os outros dois jogos.

Falando sobre o restante, a jogabilidade é esquisita, mas nem por conta da direção que é bem desafiadora e sim pela forma como o personagem se move que não parece fluido o suficiente deixando o combate não tão satisfatório. Voltando sobre a direção, o jogo conta com um "modo clássico" que deixa a direção ainda mais desafiadora, os policiais são alertas a tudo e a dificuldade geral aumenta muito. Se você tem paciência para várias tentativas e erro, onde é muito mais culpa de você conseguir um RNG decente do que qualquer outra coisa, vá na fé, pois o estresse é garantido, principalmente nas missões da corrida e de fuga da prisão e da igreja que são as mais chatas. A corrida os outros carros são bugados e nas fugas spawnam uma caceteda de policial com mira teleguiada e, pela época, todos os carros demoram um zilhão de anos para dar partida, fazendo com que você vire uma esponja furada dentro do carro, bem ao estilo Sonny no Poderoso Chefão "look how they massacred my boy"

O mundo aberto é tão aberto que eu acho que toda a possível diversão que poderia existir nele aproveitou a abertura e fugiu, pq só tem vários coletáveis inúteis para pegar (e eu ainda me aventurei tentando completar pq sou maluco) e uma espécie de missão secundária onde você precisa pegar uma carta no bar do salieri e ir até um dos vários telefones públicos espalhados pela cidade para receber a missão, mas é tão chato pq não agrega em nada na história, eu joguei apenas duas e consegui uma skin dourada para pistola e um carro mega tunado. Então sim, é um mundo sem alma. Além do que ele só está 100% disponível no modo "free ride" pois o modo história é deveras linear. Você até consegue andar na cidade de forma "livre" no decorrer de algumas missões, mas não faz sentido, pois você precisa ir pra missão.

Recomendável apenas se tiver em promoção e você não tiver absolutamente nada melhor para jogar. Agora vou ter que pegar o Poderoso Chefão para me lembrar se realmente ele é a experiência definitiva para uma imersão no submundo do crime dos anos 30.

Já ia me esquecendo, mas outra coisa ruim é que ele tem conquista bugada no xbox :D