Pra alguém que nunca experimentou um soulslike até a presente data, Another Crab's foi uma experiência positiva. Mas com alguns pontos que, se eu fosse mais experiente com o gênero, talvez me incomodassem mais.

Os principais pontos negativos pra mim ficam por conta de uma quantia razoável de falhas técnicas (series s, mas ainda sim...) e áreas desinteressantes, além de uma variedade de inimigos que podia ser um pouco mais caprichada, mas que sim, tem um lado criativo.

A campanha é arrumadinha, e faz paralelos bacanas pra tratar do que quer, mesmo com certos exageros que me deixaram um pouco incomodado, consegui aproveitá-la. Sem contar o senso de humor do jogo, que me pegou de surpresa.

Jogo bem sólido e que não exige tanto tempo assim, acho que vale dar uma passada se você relevar esses tropeços em certas partes.

Cheio de charme, Octopath Traveler mostra que até na simplicidade você pode se divertir com um RPG bem feito.

O jogo é lindo, as histórias separadas são bem proveitosas, apesar de que a distância de progresso entre seus capítulos possa não ser tão engajante.

E a gameplay é super divertida, montar as combinações de personagens, trabalhos e habilidades junto ao manuseio dos boost points (BP).

Se não fosse o ritmo mais lento entre os capítulos e o jogo saindo do gamepass pra eu fazer o superboss, acho que minha impressão seria ainda melhor. De qualquer forma, recomendo muito.

É um tira gosto bem feitinho pra quem gosta da franquia e estava a muito tempo esperando o "terceiro" jogo da franquia.

Bem simples, e apesar dos problemas de performance no ps4 é divertido e tem sua dose de desafio (que eu aproveotei bem). E a customização é bem legal, pena não ter algo parecido na sequência.

Final Fantasy VII Rebirth é certamente o jogo singleplayer que eu mais gastei tempo jogando até a data dessa review, e não é por acaso. Esperei desde 2021 pra jogar a segunda entrada da franquia, já sendo fã do primeiro.

O jogo tem uma campanha longa, que trilha o novo caminho da saga por estradas muito similares às do jogo de 97, mas que trazem mais riqueza de detalhes, imersão na vastidão de seu mundo e mais sensibilidade na direção, o que me fez gostar bastante da parte narrativa num geral, apesar do retorno de certos artifícios do 1º game...

Mas acho que, acima de tudo, Rebirth tem que ser reconhecido pelo seu tamanho, porque de verdade, é um dos jogos com mais conteúdo que eu já joguei (pro bem e pro mal). Missões secundárias, arenas de combate, interações de cenário e MUITOS minigames recheiam o mundo aberto. E aqui que estão alguns dos meus problemas com o jogo, visto que parte dessas acabam apenas como um tira gosto que só serve pra aproveitar espaço nas grandes regiões do jogo.

Porém, mesmo seguindo algumas fórmulas eu ainda me diverti com as missões secundárias, num geral agregam aos personagens aos quais são direcionadas e me aprofundei em todos os minigames mesmo não apreciando tanto alguns (parte da platina), sem contar o simuladores de combate que me debrucei por completo.

Vale ressaltar também uma mudança na dinâmica da gameplay, já que o jogo foca mais em saber lutar contra seus inimigos do que saber jogar com seus personagens. Fora isso, o jogo segue a base que deu muito certo no primeiro jogo e só deu um pouco mais de recursos pra diversificar mais o jogo, como as habilidades de sinergia.

Pra além disso tudo, o jogo usa alguns recursos que já vem se tornando clássicos na indústria que tiram muito da parte da intuição individual, como manchas amarelas pra escaladas e etc., só que pra ser honesto isso nem me afeta tanto.

Em resumo, foi uma experiência bem divertida e que valeu a pena no final. Não acho que seja uma obra prima ou coisa do gênero até por não ter tantos picos na história, e por ter alguns defeitos nela e no mundo aberto (principalmente nesse). De qualquer forma, recomendo.

"You don't have to save the world to find meaning in life... Sometimes all you need is something simple, like someone to take care of. I'll keep on living no matter what , so that I can protect you..."

História até interessante, mas que se perde com os trechos confusos de gameplay.

Traz temas até legais que me fizeram persistir até o fim, porém não me trouxe nada que de fato se comprovasse uma experiência acima da média.

Mágico e tocante, Yakuza 5 é um amalgama do que a Ryo Ga Gotoku fez de melhor na franquia até esse ponto.

Agora se aproveitando de tudo que os diferentes protagonistas podem oferecer em gameplay, com tramas verdadeiramente impactantes pra cada e um plot excelente para costura-las, isso sem falar das sub e sidestories. É difícil dizer algum ponto em que o jogo decepciona.

Tematicamente carregado, com uma construção que traz uma grande conjuntura de tudo que foi construído na saga Kiryu e com grandes complementos nas partes de Saejima e Akiyama e as fenomenais e surpreendentes novas histórias de Haruka e Shinada, sendo que todas dialogam com a trama e as ideias principais do jogo.

Resumindo: Yakuza 5 é uma grandíssima recompensa pra quem vem traçando a história do Dragão de Dojima e do mundo a sua volta, trazendo as grandes reviravoltas gigantes e as insanidades clássicas da franquia tanto na campanha quanto nas novamente maravilhosas missões e histórias secundárias, tudo para compor um desfecho temático e emocionante do que a franquia representa.

Absurdo, viciante e estonteante.

Explorar Tallon IV é magnífico e gratificante, um mundo que se aproveita do máximo da tridimensionalidade para deixar a exploração ao mesmo tempo que única, nostálgica para os fãs de longa data da franquia, te recompensando a cada passo que você dá rumo ao desconhecido.

De quebrar paredes secretas a descobrir mistérios novos dentro desse universo e combater piratas espaciais, esse jogo não tem uma parte que não seja minimamente instigante ao jogador.

Em suma, como uma sinfonia dos elementos mais marcantes da franquia, um sistema de combate divertido e dinâmico e um mundo com moldes diferentes do habitual, Metroid Prime Remastered tem potencial para encantar a qualquer um que lhe der chance.

Jogo muitíssimo carismático e engraçado, mas que se perde ao decorrer dos trechos longos e não intuitivos de gameplay.

Ainda sim achei a experiência agradável. Ri demais em alguns trechos, e o game tem sua dose gostosa de drama que cativa quem se apega aos personagens.

Pra além disso o jogo trás reflexões legais sobre o tema que cerca e constrói um mundo interessante. Julgo valer a jogatina.

Não há muito pra onde fugir aqui.

O jogo se utiliza dos moldes do sucesso de seu predecessor para, junto das características únicas de seu novo protagonista, criar uma aventura divertida.

Apesar de curta e de ter clichês marcados do gênero de super heróis, a campanha não tem problemas pra se desenvolver de forma concisa e instigante.

Como alguém que se admite fã do primeiro jogo, não nego que aproveitei de forma satisfatória o game, mesmo que eu não o acabe levando pra vida.

Não há muito o que se dizer a respeito do jogo que já não tenha sido dito por alguém.

Fantástico, aperfeiçoou basicamente tudo o que seu predecessor não conseguiu apresentar de forma magistral, com novas mecânicas que tornaram a liberdade do Link nessa diferente mas familiar Hyrule de 3 planos algo nunca antes visto.

A maior ênfase na história também foi muito de meu agrado, sendo muito bem dosada e não interferindo em nada no livre arbítrio que o jogo te dá.

Enfim, não tem porquê não jogar essa maravilha.

2022

Simples e carismático, Tunic é um jogo que traz uma curta e divertida campanha com um combate sólido e cenários diversos e interessantes.

Mas o maior destaque vai à resolução de puzzles que, principalmente no post game, revelam a criatividade e engenhosidade por trás do design do jogo.

Tunic é uma boa passagem, inclusive, pra quem tem afeição ao modelo antigo da série Zelda, mas que, apesar de beber bastante na base dessa, se aprofunda em níveis diferentes e se prova uma aventura única.

Indo por um caminho bem diferente da franquia em questão de gameplay, e recontando um ponto importante de sua história agora em moldes 3D, Kingdom Hearts Re:Chain of Memories ganha força nas suas linhas narrativas de conflitos pessoais dos dois protagonistas, se aprofundando nas relações interpessoais que sustentam Sora, e trazendo a tona um novo lado tridimensional de Riku.

O jogo traz isso por meio de uma aventura mais particular, em um cenário menor, guiada por suas estranhas leis que mantem a cativa no enredo e na construção do palco da sequência enquanto intercala com revisitas a antigos cenários para dinamizar a aventura.

O problema começa com a má utilização de alguns mundos Disney, que as vezes parecem mais empecilhos do que um apoio a narrativa devido sua repetitividade. O outro ponto notável é o modelo de gameplay que, por mais criativo que seja na adaptação da versão original, acaba apenas abrindo janela para soluções ou muito inteligentes ou muito bobas, o que frustra muito o sistema.

Por fim, Re:Chain of Memories é um jogo que vai pra um lado interessante narrativamente, mas que por decisões repetitivas de design e de gameplay acaba por ser um pouco rebaixado em comparação a outros da franquia.

O mais datado entre os disponíveis até então, e isso faz bastante diferença, tanto em quesitos narrativos quanto em de gameplay, principalmente quando visitado após Kiwami 2, a entrada mais moderna da saga Kiryu

A história não encontra tempo pra se desenvolver bem, perde muito ao tentar aprofundar no tempo do protagonista em Okinawa e acaba postergando demais o desenrolar da trama principal, mesmo que essa ainda tenha seus momentos principalmente tratado de alguns personagens.

Em quesito gameplay o jogo também deixa muito a desejar, abrindo poucas brechas para ataques e dando aos inimigos uma cautela desnecessária que só prolonga e aborrece a ação.

Yakuza 3 tem seus momentos, que merecem um pouco de respeito, mas que não conseguem carregar o suficiente os pontos negativos pra estabelecerem o jogo como uma experiência realmente agradável.

A jogatina veio com uma inevitável onda de nostalgia, do primeiro ao último level, mas ela não conseguiu ofuscar os defeitos do jogo a minha cabeça agora já amadurecida.

Muitas mecânicas subutilizadas pra destacar demasiadamente outras de forma que chega a enjoar, consequentemente uma quantidade de personagens mal aproveitados e poucos incentivos para o postgame, que é naturalmente um dos pontos mais fortes da franquia.

Ainda sim tem designs de level bem redondos e uma carisma de lego que me fizeram aproveitar bastante a experiência em alguns momentos.