que desgraça é isso?

quem foi o filho dum arrombado que criou essa merda?

vaitomarnocu



Uma DLC que provavelmente na época que lançou, ninguém esperava que poderia ter... surfando no hype que o tema de Apocalipse Zumbi estava começando a ter em 2010. É uma expansão, onde basicamente o Red Dead abraça a galhofa do gênero e faz algo bem divertido...

Da pra ver que a DLC se inspira bastante em filmes de terror de zumbi, é muito notório isso na direção do jogo, em diversas cenas ele se parece com um filme dos anos 80 (ou até mesmo 70), e como sou um entusiasta do gênero terror, no geral, essas pequenas referências me agradaram bastante.

Por ser uma expansão que não se leva tão a sério, então tem muitas piadinhas e momentos irônicos na história, não que no jogo principal já não tivesse uns momentos assim, mas aqui é muito mais "exagerado" e engraçado.

Como sempre pra mim, John Marston continua roubando totalmente a atenção do jogo... e como aqui é uma história menos "séria", então ele ta mais solto pra fazer umas piadas e ser mais carismático ainda...

No geral, é uma DLC bem divertida de jogar, terminei com 69% de progresso... infelizmente eu não me senti muito incentivado em buscar os 100% (assim como o jogo principal), por ter umas tarefas muito chatas de fazer, mas ainda tentei pelo menos fazer o máximo que dava durante minha zerada.

Uma aula de que simplicidade em narrativa pode ser muito algo muito bom.

KILLER IS DEAD, um dos jogos, talvez mais "esquecidos", do renumerado criador SUDA51., e praticamente o primeiro jogo de sua carreira que eu já joguei até agora.

Admito que foi uma baita experiência, em relação a parte mais estética e técnica do jogo. Começando pela estética que é deslumbrante de tão interessante e bonito que é, seja em cenários, ambientação, fotografia, modelagem de inimigos e de personagens, é tudo único e lindo de se reparar. A direção do jogo, em diversos momentos é uma aula de CINEMA, seja em cutscenes ou em momentos de gameplay que a câmera fica fixa em algum ponto. O SUDA51 sabe como demonstrar seu jeito de fazer as coisas serem tão interessantes (as cenas de ação que ele faz é fenomenal).

A narrativa do jogo, como eu disse antes, é simples e rasa, mas não significa que seja ruim. O jogo carrega muitas sutilezas em seus detalhes, em seus diálogos e personagens. Talvez eu tenha usado a palavra errada ao me referir que é uma narrativa rasa, ele usa de uma estrutura 'rasa', onde só parece ser um jogo de ação genérico, mas ali... com o decorrer do game, se percebe uma narrativa além do que ele tenta passar e isso acaba trazendo uma imprevisibilidade na história. Quando se zera pela primeira vez, você perde tanta coisa importante nos diálogos, mas quando vê uma segunda vez, tava tudo ali, mas com outro significado. O ritmo da história e missões principais são muito boas e divertidas, ele tem um tom de humor, KILLER IS DEAD sabe que é um jogo de ação meio escrachado, então ele brinca muito com isso, seja quebrando a quarta parede ou fazendo umas piadas meio no-sense.

Depois de tanto elogio da narrativa do jogo e da parte técnica, o mesmo não pode se dizer pro restante do game.

Falando ainda sobre uma parte narrativa, temos as missões secundárias do jogo, que são basicamente fases variantes das missões principais, mas com outros objetivos, sendo estes resumidos a: pegue um objeto e volte, pegue um determinado número de objetos e volte, mate todos os inimigos e........ enquanto eu digitava isso, já tinha ficado com preguiça, pois é isso que essas missões são, elas são chatas, preguiçosas e comparando com o ritmo divertido que é fazer as principais, as secundárias tem um efeito completamente o contrário, onde a recompensa por elas, sinceramente, quase não vale a pena.

O jogo tem uma mecânica hack'n'slash, mas que pra mim, não é um hack'n'slash bem feito. É somente um esmaga botões, mas precisamente, você so esmaga um botão. Sabe aquela piada do só aperta QUADRADO? então... é basicamente isso. O jogo não tem muitas variedades de combate para se realizar, é muito preso, mesmo com uma arma ou outra que o personagem tem, o que é uma pena, pois os controles do jogo são excelentes, são refinados, é rápido e funciona muito bem, mas o hack'n'slash não compensa, e se ele não compensa neste tipo de jogo, então pra mim, o fator replay não compensa também. Então eu só zerei o jogo uma vez, tentei jogar em uma dificuldade mais alta pra ver se eu tentava algo mais, se eu tentava fazer 100% das conquistas na Steam, mas eu não senti nem um pouco de necessidade e só parei (mas só na gameplay, a narrativa eu vi por uma segunda vez depois de zerar e valeu muito a pena, assim como eu disse anteriormente). Outra coisa que atrapalha muito a gameplay de combate, é a câmera, que não é tão livre, então às vezes ele da uma bugada e te confunde na hora de bater nos inimigos e até nos bosses do jogo.

Eu joguei o jogo com a dublagem em japonês, porque pra mim, pro estilo do game é o que faz mais sentido, mas o estúdio parece que não se incomodou em fazer a sincronização das falas dos personagens em japonês. O lip sync é muito atrasado em diversas cenas, em alguns momentos tem como ouvir as vozes em inglês. Não é exatamente um ponto negativo pra mim, não atrapalhou muito, mas eu só achei curioso eles terem feito isso.

E a trilha sonora? ela existe..... pra mim, não foi nada muito especial ou marcante (sinceramente, acho que não dou nem um mês pra me esquecer das músicas desse jogo).

Essa foi minha primeira experiência com o SUDA51.... uma boa narrativa, por mais que o jogo tenha os estereótipos de "ANIME", o game quebra isso sabendo disso e faz coisas interessantes. Pena que a gameplay e outras funções do jogo não acompanham os pontos positivos do game.

"These lips are sealed!"

Provavelmente o melhor jogo que a Telltale já fez em anos e também o mais diferente.

The Wolf Among Us carrega consigo uma história bem curiosa e interessante, principalmente com o fato de ser personagens já conhecidos dos contos de fada, mas apresentados de um jeito "melancólico" e "monótono". Os personagens não possuem as suas tão famigeradas riquezas ou castelos. As suas vitórias, derrotas e histórias agora não valem de nada, ou seja, tudo que vemos são personagens de fábulas famosas tendo que sobreviver na dura realidade, onde a vida está bem longe de ser um conto de fadas que sempre tem um final (de certa forma) feliz.

Artisticamente é de longe o melhor trabalho da Telltale, o jeito que eles utilizam as cores/iluminação/sombreamento, que combina muito com o estilo noir que eles trazem, passa muito uma sensação de ser um quadrinho animado mesmo ( pra explicar melhor, foi algo meio parecido com a sensação que o filme do Aranhaverso passa) e a direção ajuda muito também (acho que aqui eles fazem um trabalho melhor do que no The Walking Dead).

Infelizmente por ser um jogo da Telltale, ele acaba seguindo aquela fórmula muito saturada deles de contar uma história baseado nas suas escolhas e que..... provenhamos, não altera em literal quase NADA no jogo e como já de costume na maioria dos jogos da produtora, ele também passa essa falsa sensação de "sua escolha terá consequências pra narrativa", mas você ainda segue uma história já fixa e também um roteiro fixo. Entretanto, a narrativa e o ritmo dela ainda é muito boa, as reviravoltas e relação dos personagens são muito bem exploradas e também desenvolvidas. Uma pena o jogo ser tão curto, mas ainda consegue entregar bem o que ele quer passar e consegue trazer um bom desfecho pra história (AQUELE FINAL..... PUTA MERDA, UM FINAL DAQUELES BRINCA MUITO COM A ANSIEDADE, QUE FINAL BOM).

Depois de 10 anos finalmente teremos uma continuação e totalmente merecido. Por mais que seja possivelmente o melhor trabalho da Telltale, eu acabo não vendo muito gente falar sobre (talvez por isso a demora de uma sequência), mas fico feliz que temos novidades e pelo trailer PARECE TA LINDO DEMAIS e ainda MUITO ÚNICO ESTETICAMENTE (só espero que não passem adiante a fórmula cansada deles).

Extra: a trilha sonora é muito marcante e gruda fácil na cabeça.

Eis que os desenvolvedores do jogo são fãs de Devil May Cry e Berserk, assim fazendo um jogo unindo as duas obras.

Coincidentemente, essas duas obras são uma das minhas favoritas também, então... tecnicamente, jogar Soulstice seria unir o útil ao agradável. E o resultado?

Assim....

NÃO FOI NADA AGRADÁVEL......
MAS NEM UM POUQUINHO AGRADÁVEL.

Eu já esperava que Soulstice não fosse nada demais, mas que fosse pelo menos divertido de jogar. Sempre que eu olhava os trailers de gameplay, me passava uma lembrança da época do PS2, onde tinha aqueles jogos que surfavam na onda de Devil May Cry e God of War, aqueles bem cópias mesmo, só que com nomes diferentes, mas pelo menos... eram divertidos (que eu me lembre eram divertidos). E vendo Soulstice, me passou a relembrar esse sentimento, então pensei: "UAI, POR QUE NÂO JOGAR, NÃO É MESMO? NÃO DEVE SER TÃO RUIM"

Mas é bem ruim sim....

Começando pela duração do jogo, já que ele tem ai mais ou menos, de 16 a 18 horas de jogo (ele tem 25 capítulos no total), e OKAY é uma duração razoável pro gênero, o problema é a falta de ritmo que o jogo tem e a execução/dinamismo das fases. A maioria dos cenários são extremamente repetitivos e geralmente você passa uns dois a três capítulos no mesmo cenário, sem mudança alguma, com hordas de inimigos que não acaba e chega a cansar de enfrentar.

Na verdade, o termo "cansaço" é o que define bastante minha trajetória com Soulstice, talvez por isso que eu demorei tanto pra zerar. Os inimigos são extremamente chatos de enfrentar, a trilha sonora é esquecível, a história é simples e existe, mas ao mesmo tempo é ignorável (até porque a maioria dos grandes "PLOTS" do jogo, é completamente previsível e a narrativa se estende até demais pra tentar explicar algo), os puzzles são sempre os mesmos, as boss fights são extremamente fáceis, e os personagens da trama também não se ajudam (é sério, todos são esquecíveis pra mim, inclusive as protagonistas).

O jogo se estende demais pra uma história que nem tem muito pra o que oferecer, e ainda deixa um puta de um gancho no final (um gancho bem ruim inclusive) para uma continuação.

Poucas coisas se salvaram no jogo pra mim, como a ambientação, que realmente lembra muito Berserk e seu tema de Dark Fantasy, e o combate que é divertidinho e funciona pra um Hack and Slash, tem uma boa variedade de combos que da pra fazer.

Foi uma grande decepção pra mim, achei que seria algo legal e divertido, mas no final só me fez ficar cansado com o passar dos capítulos.

"We'll all fly away together..... one last time, into the forever and beautiful sky"

Primeiro jogo ZERADO de 2024 e não podia ser nenhum além desse. Um dos jogos que eu estava mais ansioso e mais enrolei pra jogar até então e finalmente tive acesso.

Aqui vai uma curiosidade sobre mim: Os Guardiões da Galáxia, desde o seu segundo filme pra ser mais específico, se tornaram o meu grupo favorito de heróis até então (ou seja, fodase Liga da Justiça, Vingadores, X-Men e etc.), então eu tenho uma relação muito especial com esse grupo maluco e desordenado e nunca imaginei que veria um jogo dessa magnitude pra esse grupo e ser de tanta qualidade.

Muitos falam que a história do jogo é melhor coisa que ele tem e eu discordo. A história não é ruim, longe disso, a história é maravilhosa. A narrativa desenvolve um tema de tentar superar e seguir em frente diante da morte de alguém importante pra eles, e admito que esse tema combina muito com os Guardiões, além de ser uma história que caberia fácil em um filme do grupo e ficaria muito bom (seria até diferente do que a gente ta acostumado hoje em dia pro padrão de heróis). Mas, voltando pro inicio do tópico, pra mim a melhor coisa do jogo inteiro, é as interações que os personagens tem (e também os personagens em si).

No jogo, eles são um grupo meio que recém formados, então eles não tem tanto respeito, intimidade ou até mesmo confiança uns com os outros ainda. O jogo faz questão de mostrar colocando diversos diálogos deles conversando entre si, sendo desde xingamentos até ideias de deixar outro membro pra trás ou expulsar alguém do grupo, até chegar o momento que eles realmente começam a se tratar como uma família, confiando e respeitando a importância que cada um tem naquele lugar, e é tudo desenvolvido de maneira bem orgânica, tem uma construção de desenvolvimento em suas relações sendo feita e é nitidamente visível. Então vê essas interações com o passar do jogo e a evolução de cada um pra mim foi a melhor coisa disparado. O que deixa melhor essas interações é a atuação, que por sinal achei que iria estranhar por estar acostumado demais com o elenco e as vozes originais dos filmes, mas não.... a escolha de elenco pra esse jogo ficou tão bom quanto.

Falando em diálogos, puta merda, que negócio bem escrito. E são bem escritos tanto em gameplay quanto em parte de cutscene/história mesmo. O jogo ainda possui uma funcionalidade com esses diálogos de influenciar certos rumos da história e que funciona muito bem. Não é nível de mudar a história totalmente que nem os jogos da Quantic Dream, mas também não é no nível dos jogos da Telltale. Dependendo de diálogos específicos ou até mesmo escolhas, ele muda os cenários que você passa em algum capítulo, faz certo personagem te ajudar ou não, muda a cena pós-crédito, adiciona ou remove personagens que era pra aparecer no final e etc... Enfim, essa função é bem executado e de certa forma é legal ver que a experiência vai ser diferente pra cada um que for jogar.

O combate não curti tanto, não que seja ruim, mas que de certa forma quando vai chegando na metade do jogo ele começa a ficar bem repetitivo e enjoativo, mesmo sendo um combate que funciona muito bem, só não fica tão divertido quanto nas primeiras vezes. Eu joguei no difícil e não é tão desafiador (devo ter morrido duas vezes o jogo todo).

Outra coisa que não curti foi o quão longo os capítulos vão ficando, e de novo começando da metade do jogo até o final. Parece que os capítulos começam a dar voltas e voltas pra te fazer chegar em um destino e com sessões de combate até demais e que duram muito tempo, então meio que a duração dos capítulos fez pra mim, o combate ter se desgastado um pouco.

Minha experiência com o jogo até o final ainda foi muito positivo, tive alguns bugs aqui e ali, mas eu amei cada segundo e nunca achei que um jogo dos Guardiões da Galáxia ficaria tão bom. Eu amo os filmes (o que eu chorei no terceiro não é brincadeira), ainda vou começar a ler os quadrinhos, mas do pouco que já vi parece sensacional, e o jogo ainda consegue ser um dos melhores jogos de heróis dos últimos anos (talvez até mesmo top10 ou top5).

Espero muito por uma sequência, o próprio jogo deixa muitos temas que podem ser explorados em um próximo (quem jogou e assistiu o segundo filme sabe o que eles podem fazer), com um combate melhorado, um bom refinamento pra não ter tanto bug e etc....

Evil West é aquele joguinho pra desligar a mente e apenas ir jogando e aproveitando o combate, até porque:

De história ele não tem NADA;

Trilha sonora existe mas é esquecível;

Level design te deixa mais em desvantagem do que qualquer outra coisa (só Deus sabe quantas atrocidades falei xingando esse jogo por isso), principalmente contra hordas de inimigos e boss fights;

Sound design é zuado, principalmente a dublagem em momentos de gameplay, onde a voz fica abafada;

Os personagens são clichês e genéricos e suas expressões faciais são... travadas, simplesmente não existe emoção em seus rostos.

Entretanto... o combate e as mecânicas dele é tão gostosinho, que consegue te acompanhar e te levar até o final. Além de ter uma sensação boa de evolução, você realmente sente que ta ficando forte e isso me induziu a continuar.

A estética também é bem bonita, por algum fucking motivo combinar a temática de velho oeste com steampunk fica muito bom (se bem que quase qualquer outra temática com steampunk fica bom).

Os gráficos são legais, da pra apreciar junto da iluminação, mas... essa mesma iluminação, em algumas partes de combate também não ajuda muito pra esquivar de golpes ou atirar (ou então eu sou muito cego) .

Eu joguei o jogo no difícil, e PUTA QUE PARIU QUE JOGUINHO DO CAPETA ESSE... é bem desafiador, ás vezes é até meio desequilibrado, então exige certa concentração e até estratégia em algumas partes. O jogo te obriga a usufruir mais das mecânicas pra continuar jogando, mas até eu perceber isso... eu acabei tomando todo tipo de surra.

Eu ainda não testei o modo multiplayer, mas jogando com um amigo provavelmente vai ser mais divertido e não sei se ainda vou platinar o game. A lista de conquista do jogo é desafiador, mas não é tão chato... o problema pra mim, é só ter que jogar no modo mais difícil e nem por um caralho (la ele) que vou me estressar sozinho de novo, provavelmente vou tentar jogar no modo coop pra platinar o jogo....

Se for jogar sozinho, recomendo ir no normal pra passar o tempo, mas se for jogar coop, então recomendo jogar no difícil, onde pode gerar mais entretenimento.

Welcome to Silent Hill!

Acho que genuinamente, esse foi um dos jogos que mais me deu medo, mesmo sendo já um jogo "DATADO".

A primeira coisa que mais me encantou foi a atmosfera do game, quem já jogou a intro, provavelmente vai saber do que to falando. É impossível NÃO se sentir imersivo e assustado só com aquela intro. Tudo é muito estranho, pois o personagem já chega em uma cidade totalmente sem presença de qualquer ser humano comum e com uma neblina tão intensa que não te permite ver nada, o personagem e a gente já ta mais perdido do que cego em tiroteio, enquanto você persegue o que você acha ser uma pessoa. Sempre fui apaixonado pelo gênero de terror, ainda mais aqueles que exploram um desconhecido tão absurdo que nem é retratado aqui. Uma mistura de obras do Stephen King (como O Nevoeiro por exemplo, servindo como inspiração pro game). Talvez por isso que, mesmo com uma hora de jogo, eu já estava apaixonado por aquele clima e a tensão que o jogo passava mesmo nas Safe Zones, eu já estava desesperado pra sair daquela cidade e ter paz. Os cenários são horripilantes, e capazes de arrepiar todos os cabelos do corpo.

A trilha sonora contribuiu muito também para a imersão... sem brincadeira, acho que não tem uma música ruim ou medíocre nesse jogo, todas são nível BOM pra cima (uma pena não ter nem metade delas disponível em plataformas de música). Destaque para a música "Not Tomorrow", que toca em uma respectiva cena do jogo e que te faz entrar na maior tristeza do mundo (estou escutando ela agora enquanto escrevo isso, admito... estou arrepiado). Akira Yamaoka foi quem fez não só a trilha desse jogo, mas parece que também fez dos próximos três jogos da franquia, eu não ouvi muito, mas do pouco que já experimentei, digo sem tremer, que esse cara é um gênio.

O contexto da narrativa é simples, uma pessoa pela qual você se importa desaparece no meio da cidade e naquela neblina, e você tem que salvá-la e ir embora. A partir dai a história vai se desestruturando com elementos sobrenaturais. Não quero me adentrar muito, justamente para evitar spoilers, mas é muito interessante todo o desenrolar da narrativa, tem muita interpretação e o ritmo é constante, só teve dois momentos que eu senti uma enroladinha que foi a parte dos ESGOTOS (quem jogou talvez entenda do porque pra mim, essas partes prejudicarem o ritmo da gameplay e história). A narrativa por mais que seja interessante e excelente, ela ainda tem um problema que é a falta de informação que o jogo fornece. Existem elementos importantes que vão simplesmente passar batido pelo jogador, não importa quantas vezes você zere, o que acaba impossibilitando alguém de usufruir 100% das camadas que a narrativa apresenta, e foi justamente o que aconteceu comigo, às vezes parece que o jogo deixa mais perguntas do que responde, até mesmo contexto e background de alguns personagens são deixados de lado até o final. A pessoa que zerou e se interessou pelo jogo, tem que fazer um puta TCC pra adentrar de fato na história (o problema é que também tem muita desinformação espalhada pela internet sobre o enredo desse jogo, inclusive canais grandes do youtube contando a história de uma maneira totalmente errada), o que pode desmotivar um pouco a pessoa em querer entender mais desse jogo, o que é uma pena, pois é um jogo que tem muito conteúdo pra explorar, pra ler e etc. Existem algumas conveniências de roteiro, que eu entendo que a função deles é pra fazer a história ir pra frente, mas é bem mal feito, e alguns diálogos chegam a ser bem estranhos (a atuação medíocre meio que colabora um pouco para esses diálogos estranhos).

A gameplay do jogo é travada, seja em movimentação, câmera, combate... tudo que envolve a gameplay. A mecânica é semelhante/quase igual aos jogos Survival Horror da época.

A parte técnica do jogo em relação a sound design é decente, mesmo pros dias de hoje, e a direção das cutscenes também não ficam muito pra trás. Falando nas cutscenes, eu elogio e muito as cenas CG desse jogo, por mais que sejam antigas, ainda é legal de ver, é um trabalho bem feito (pra época que foi lançado deve ter sido o ápice).

Acho legal o fato do jogo ser quase um "MUNDO ABERTO" entre muitas aspas. O jogo tem muito lugar pra explorar, lugares que eu inclusive nunca nem vi durante as minhas duas runs, que quando eu vejo que existem eu acabo nem acreditando. Os desenvolvedores se dedicaram muito pra manter uma cidade interessante de se explorar, mas que acaba não te encorajando o suficiente pra tal ato, principalmente perto da segunda metade jogo onde você segue somente um caminho e não tem muito como explorar o mapa por conta de limitações.

Os puzzles são de altíssimo nível e criativos e por mais que eu goste de solucionar, eu sou simplesmente horrível fazendo isso, então admito que usei um guia pra passar de alguns puzzles do game (ressaltando, o fato de eu ter usado o guia não foi demérito do jogo, eu só sou muito ruim em puzzles).

O fator replay do game é alto, o motivo principal é pela história do jogo, onde você tenta jogar mais vezes pra tentar achar mais pistas e entender mais da história e simbolismos, e também pra explorar áreas antes que você não viu (como eu disse antes, o próprio jogo não colabora pra isso)

Minha primeira experiência com Silent Hill que eu tive em toda a minha vida e eu simplesmente não sabia nada do jogo ou da franquia em si, fico grato por finalmente ter tido a oportunidade de jogar. Foi agradável, o que é irônico pra um jogo de terror que tenta te deixar desconfortável. Silent Hill deve ser uma das franquias na qual eu sempre tive muita curiosidade de tentar, mas eu tinha uma extrema preguiça de jogar, pois sabia que a única maneira que tinha, seria através de emuladores e eu nunca tive muita paciência pra mexer com esses programas, mas eu deixei essas frescuras de lado e decidi dar uma chance.... que bom que aconteceu.

PS: não é querendo dizer nada não, mas assim, um remake desse jogo acho que seria mais bem-vindo do que o do 2....

"Contemple-se!
Você não tem ideia de quem é essa COISA, não é?
O que isso SIGNIFICA? Que emoção você está tentando esconder?"

Acho que esse é um dos jogos mais difíceis que decidi de falar sobre e eu acho que é principalmente pela complexidade dele, isso no geral, como gameplay, narrativa e etc.

Eu passei um dia inteiro pensando: "O que KRLHS eu posso falar sobre ele sem que seja de uma maneira supérflua ou repetitiva?"
Juntando isso com o fato de que minhas habilidades analíticas não são lá essas coisas, eu fiquei contra a parede... assim como o protagonista de Disco Elysium fica confuso ao iniciar essa jornada, eu fico confuso sobre o que falar dela.

Preso nesse dilema, provavelmente falarei só o básico por aqui.

Acho que todos já estão cansados de ouvir o tanto de elogio que essa obra tem, e não é atoa não. É uma das melhores experiências, principalmente com investigação, que tem nessa mídia de jogos, isso eu não nego. O jogo te prende com a história e o jeito que ela é contada, principalmente em suas reviravoltas e seus diálogos muito bem escritos e desenvolvidos, sem falar em suas mecânicas que podem afetar profundamente e acarretar outras linhas de diálogo ou outras situações futuras. Eu quase ia esquecendo de citar, mas a principal mecânica dele é a rolagem de dados, assim como um RPG de mesa, onde dependendo de seus resultados nos dados podem ocasionar possibilidades que eu disse agora pouco, fazendo você ter que aprender a prosseguir com seus acertos ou, principalmente, com seus erros de escolhas, é muito bem feito. Existem pessoas que infelizmente vão abusar do LOAD quando algo der "errado" e na minha opinião o fato de dar LOAD em um save só porque não gostou de determinado resultado, pra mim estraga totalmente a essência do que essa mecânica quer te passar e não te faz aproveitar 100% do jogo, mas é só minha opinião, o jogo é de cada um, quem quiser dar LOAD ou quem faz isso, tranquilo, fica a vontade, como dito antes: o jogo é de cada um, então faz o que quiser com ele (isso eu falo não só de Disco Elysium, mas outros jogos em geral que tem essas mecânicas de "consequências de escolhas").

O trabalho de áudio disso aqui é incrível... todas as vozes são excelentes, principalmente a do "Narrador", e os efeitos de som também são muito bons. Acho que é um dos melhores que já ouvi.

Então, além de ter uma mecânica, de certa forma, envolvente; uma belíssima trilha sonora; estética/estilo de arte muito único e um universo muito bem construído, eu ainda tive alguns problemas pessoais na minha jornada com o game.

Disco Elysium, tem muitos temas centrados em política, o universo desse jogo é centrado nesse tema, e eu... sou muito, mas muito LEIGO, quando o assunto é política, e em muitos diálogos, esse é um assunto bastante recorrente. O que estou querendo dizer é: quando esses tipos de diálogos aconteciam, eu me desligava um pouco do jogo e por mais que seja legal ver que o mundo de Disco Elysium é bastante vivo, eu me sentia muito deslocado nessas conversas... e devo dizer que algumas dessas conversas são até importantes pra entender mais da história e personagens e mesmo não curtindo muito eu ainda me obrigava a ler, o que me cansava.

Falando em canseira, não sei se isso já é muita frescura minha, mas eu imagino que não seja só comigo que aconteceu.... mas o tanto de leitura que Disco Elysium tem, me fazia sentir tanto cansaço, o que também me tirava um pouco da imersão, fazendo eu pular muitos diálogos, principalmente nas quests secundárias.

As quests secundárias é outra pauta que eu quero esclarecer aqui.... eu acho elas: meio/meio. Tem muitas chatas, mas tem outras legais, isso eu achei bem equilibrado, então não fede tanto e nem cheira também.

Disco Elysium ainda pode ter tido seus problemas comigo, mas ainda é envolvente demais. O desenvolvimento que cada jogador pode trazer pro seu protagonista, as possibilidades de histórias... é tudo muito bem construído. As diversas situações que o jogo te coloca, sejam elas de tensão, paz, sentimentais e etc... sem falar nos diálogos com os personagens e os próprios personagens em si e a relação construída com cada um deles, é tudo feito de maneira muito orgânica.

Um extra aqui: eu até pensei em platinar a versão dele da Steam, mas não dá, acho que é uma das listas de conquistas mais chatas que já vi... boa sorte pra quem for tentar.

Um remake de um dos grandes clássicos do terror, ou melhor, do pai do gênero survival horror e como eu sempre tive curiosidade pela franquia, decidi começar por aqui.

Surfando no hype dos remake's de Resident Evil, o novo Alone in the Dark, desde os seus trailers, já se mostrava ser uma produção com um orçamento meio... precário (acho que a maior parte do dinheiro deve ter sido pra pagar os dois atores principais do jogo).

Infelizmente a falta de verba pesou muito no jogo (e como pesou), poderia começar falando dos gráficos, que não são tão feios, mas chamar de bonito também já é se iludir demais, além de também conter bugs constantes de textura... um combate feito de maneira completamente nojento, é lento e travado que só o caralho... na verdade, a maioria das mecânicas que o jogo se propõe em executar, ele falha miseravelmente em QUASE (tem somente uma exceção) todas elas... o jogo ainda tem uma mecânica meio pseudo-stealth, que também não funciona (olha que surpresa).

O jogo foca em dois núcleos de mapa, um na mansão, onde temos grande parte da exploração, que é até bem gostosinho de ficar indo e voltando, resolvendo os puzzles (depois falo mais sobre eles) e a ambientação entrega bastante, e o outro núcleo é quando vamos para uma espécie de "realidade alternativa", onde enfrentamos os inimigos mais genéricos existentes, em fases lineares e totalmente broxantes de explorar por conta do horrível level design (o boss final desse jogo, acho que é um dos mais horrendos que já vi).

Eu tinha dito antes, que havia uma exceção de mecânica que esse Alone in the Dark tava fazendo, e é justamente os puzzles... são até divertidos de fazer (mesmo que a grande maioria eu tenha feito de primeira ou na cagada), mas mesmo os puzzles saturam muito depois, já que a maioria é só um quebra cabeça besta.

Em relação a narrativa, ele tenta dar uma de RE2 Remake, onde você tem que jogar com dois personagens para a história se "complementar"... pelo menos essa foi a expectativa, mas a realidade é que a história da pra entender perfeitamente se você jogar somente com um dos personagens, não é necessário jogar duas vezes...

"Mas as fases devem mudar pelo menos né?"

não... não muda... são as mesmas fases para ambos os personagens e com uma pequena novidade somente em um dos capítulos finais do jogo, e essas partes novas você passa em meia hora no mínimo.

A história existe, mas quero que se foda também, tão ruim quanto o resto e nenhum personagem é bom, todos são extremamente rasos...

Joguei isso por 12h (contando com as duas campanhas que zerei).... deveria? não.... recomendo? também não... me fez ficar broxado pra jogar o original? com toda certeza...

"Do you feel like a hero yet?"
(Você se sente um herói?"

Não... em nenhum momento, me senti um herói.

Enquanto eu jogava, eu me senti um conquistador... com uma sensação de falso heroísmo, mas o que me carregava durante o jogo, era uma promessa onde os "fins justificavam os meios", certo? na verdade não, isso era apenas uma falsa justificativa, algo para você se enganar...

Nada o que se faz no jogo é de fato heroico ou recompensador, e isso acontece desde os primeiros minutos do jogo, onde seus primeiros inimigos que você mata, sem pensar duas vezes, eram pra ser as pessoas que você deveria salvar... e depois, você começa a matar seus próprios aliados, depois uma cidade inteira, até que você começa a matar tudo que transmite vida na sua tela... e se você não aperta o gatilho, você morre e não termina o jogo.

Durante essa jornada, o jogo te faz esquecer qual era seu objetivo principal nisso tudo e te obriga a seguir em frente enquanto toma decisões horríveis (ou pelo menos, que na visão do personagem, seriam "as certas"). Spec Ops desconstrói a narrativa do herói e também o jogador...

Infelizmente, é um jogo preso na geração do PS3 e Xbox 360 e foi retirado da Steam, então o único meio de jogar, é através da pirataria (ou se você ainda tiver os respectivos consoles)... é uma experiência sobre os desastres da guerra que impacta muito, principalmente quando o principal causador delas, é quem está jogando.

Porém, existe uma contraparte... ao jogar na dificuldade mais difícil do game (que por sinal esse deve ser um dos jogos mais difíceis que já joguei de tiro), a sensação de passar cada parte, é um alívio... porque É DIFÍCIL PARA UM KRLH ESSA PORRA... então, você começa a entrar mais ainda no estado mental dos personagens, onde cada bala conta e cada inimigo que você mata é um passo pra concluir o jogo, ou seja, um passo pra vitória, onde você já não se importa mais quem os inimigos são e apenas atira para sobreviver.

Mas como diria uma das telas de loading do game:
"Isso tudo... não é real, então por que você se importaria"

Se tiverem a chance, JOGUEM SPEC OPS: THE LINE.

esse prólogo engana ein...

se eu tivesse jogado isso antes do jogo principal, acho que eu teria ficado mais hypado e provavelmente a decepção seria maior.

Um dos jogos mais completos que eu devo ter jogado em toda minha vida até agora.

Eu já tinha ouvido elogios absurdos sobre Silent Hill 2, mas nunca me aprofundei pra saber tanto, justamente pra não atrapalhar minha experiência com o jogo. Esses elogios com certeza não são um exagero, o jogo de fato é especial.

A atmosfera continua incrível e agora com a tecnologia que o PS2 proporcionou pra equipe de desenvolvimento, acabou trazendo mais vida para a neblina que nos acompanha durante todo o game. Diferente do primeiro, desde o início da pra sentir algo muito maior do que somente medo ou tensão, tudo é muito melancólico, dramático e desconfortável. O game te conta uma história através desses sentimentos, por cada cenário que você passa tem uma história, assim como cada monstro, linhas de diálogos, documentos, tudo se complementa, tudo tem uma história que retrata os personagens da forma mais sutil. Diferente do primeiro jogo, onde eu reclamo que existe uma falta de informações no game, nesse é o contrário. O jogo faz questão de dar todas as informações necessárias para a compreensão da narrativa, mas não joga tudo completamente na sua cara, tudo é questão de prestar atenção, explorar o mapa e interpretar (e mesmo assim tem doido que espalha desinformações a rodo pela internet achando que entendeu o game). O game é um dos mais completos que eu já vi, até mesmo uma "DLC" que só tem 1 hora de duração, consegue ter tantos detalhes incríveis e que só acrescenta mais pra história principal. O fator replay desse jogo é muito alto e jogar uma segunda vez, sabendo de tanta coisa, pegando todos os mini detalhes que você deixou passar de primeira traz uma riqueza maior ainda pra narrativa. O jeito como um player joga pode alterar completamente todo um final, além de também mudar algumas utilizações de itens chaves pra história do jogo, todos esses detalhes só transforma Silent Hill 2 em uma experiência definitiva do que é videogame.

O desenvolvimento do protagonista é um dos melhores que eu já vi em mídia no geral. Todo o debate que gira em torno dele, toda a relação que ele tem com a história e com outros personagens, incluindo com a cidade... é um negócio de maluco, é fenomenal como a equipe do jogo fez isso.

Quem for olhar o making of do jogo, sabe o quanto a equipe tava realmente comprometida em trazer uma das melhores experiências que dava pra ter naquela época e não falo só da equipe de desenvolvimento, também falo dos atores que deram a vida pelos personagens ou até mesmo o lendário Akira Yamaoka que faz a trilha sonora. Todo mundo estava devidamente comprometido.

A exploração do mapa melhorou bastante, você se sente mais motivado a explorar cada canto dos mapas e diferente do primeiro jogo onde se torna inviável explorar a partir de certo ponto da história, aqui no segundo é mais tranquilo.

As mecânicas continuam as mesmas do primeiro jogo, mas eles deram uma atenção especial pros puzzles. Se no primeiro, além de serem difíceis e criativos, no segundo toda a dinâmica de puzzle muda. A cada run, o jeito de solucionar cada puzzle muda pra cada jogador, então os documentos que você pegou pra fazer um determinado puzzle no seu jogo, pode conter informações diferentes na minha vez de jogar. Dependendo da dificuldade do jogo também, os puzzles se tornam mais difíceis o que gera resoluções mais randomizadas ainda. Os puzzles aqui estão mais criativos do que nunca, mais do que o primeiro inclusive.

A direção do jogo continua sendo acima da média, assim como a trilha sonora. A atuação no inicio pode parecer meio estranho, mas devido a alguns problemas na época envolvendo o trabalho de áudio, acabou que deixou dessa maneira meio estranha (também é dito que os atores não recebiam exatamente detalhes sobre o que era pra fazer por parte da direção que era meio inexperiente com motion captures na época). Como dito antes, a trilha sonora é espetacular e aqui vai mais uma indicação de música: Theme of Laura (acho que é uma das melhores que já ouvi).

A movimentação ainda é aquela de costume dos Survival Horrors antigos, somente deram uma refinada, mas ainda não é perfeito. A câmera do jogo não melhorou em nada, é muito limitado a ação de controlar ela e o combate é nada mais que OK.

Silent Hill 2 conseguiu me dar um sentimento que não sentia com um jogo há muito tempo, que é não conseguir parar de pensar no jogo mesmo depois de zerar. Eu passava horas no jogo sem cansar, apenas querendo mais. A minha experiência com Silent Hill 2 foi uma das melhores coisas que eu tive em anos com videogame e que abriu muito a minha mente, mesmo os problemas de gameplay, ainda são problemas pequenos que
da pra desconsiderar por conta de toda a grandeza do game. Pode vim o remake e espero que seja ou do mesmo nível ou até melhor.

PS: "In my restless dreams,
I see that town.
Silent Hill."

"As long as there's music, I'll keep on dancing"

Um jogo feito pela Platinum Games, sobre uma bruxa sexy que usa pistolas nos pés e também abusa de seu cabelo para invocar demônios e que mata seres com aparências "angelicais", dirigido pelo Hideki Kamiya, criador da minha franquia favorita de Hack'n'Slash, e claro... polêmico... muito polêmico (até hoje)... tinha como dar errado?

LÓGICO QUE NÃO PORRA!!

Bayonetta é o puro suco do esmaga botão, ainda sendo feito pelo cara que praticamente popularizou... ou melhor, talvez não seja prepotente em dizer, que patenteou o gênero do Hack'n'Slash... aqui ele acerta mais uma vez em criar um combate com identidade, originalidade e gostoso de bater, talvez uma das coisas que mais atrapalha o combate é a câmera (que parece ser uma maldição recorrente do gênero que não sai nem por reza, não importa o jogo).

Falando em identidade, é algo que o jogo sustenta até o final seja em trilha sonora, direção, cenários, inimigos e obviamente, os personagens... que conseguem ser bastante carismáticos e extravagantes, principalmente se falarmos da Bayonetta, que carrega toda aquela polêmica da "sexualidade exagerada" em cima dela, porém na minha visão, existe uma função em cima dessa sexualidade... além de obviamente proporcionar cenas totalmente bizarras e cômicas... muito além de criar esse tipo de cena, essa sexualidade em volta da personagem conversa muito com a sua personalidade e seu jeito de lidar com as situações que ela enfrenta. A Bayonetta é extremamente soberba (mesmo ela sabe disso), seja no quesito força ou beleza, então ela não se importa em destacar seus pontos mais fortes, muitas das vezes pra demonstrar confiança, demonstrar que não possui fraqueza em nenhum quesito sobre si, diante de qualquer situação complicada (como ter que lidar com uma possível destruição do mundo inteiro), ademais de também querer provocar e zoar seus inimigos, então a tal da sexualização polêmica que ronda a personagem, na minha interpretação, vai muito além do que só mostrar que a personagem é sexy, tem um propósito envolvido e que funciona.

A história admito que com o passar do tempo, eu já não curtia tanto, principalmente levando em consideração quando ele tenta ter uma carga mais "dramática" perto do final... eu não acho que funciona tão bem assim, principalmente quando praticamente durante a metade inteira do jogo, a história é totalmente quase uma novela de tão escrachada, então não acho que o jogo conseguiu misturar bem essa super comédia e o tom de seriedade em alguns momentos... sem falar no recurso de roteiro safado, conveniente pra caramba, no final do jogo, que não faz sentido nenhum. Além de também alguns personagens que muitas vezes parecem não ter exatamente motivações tão claras no enredo para estarem ali.

Existem algumas missões, que MEU DEUS DO CÉU, POR QUE ELAS EXISTEM??? como a famosa missão da moto, que é horrível, ou até mesmo a missão que você controla um míssil.... são horríveis em level design e até mesmo jogabilidade.

As boss fights, são INSANAS... são muito FODAS, são bem equilibradas (uma hora os filho da puta te bate, outra hora tu apanha), mas.. durante o progresso do jogo, começa a rolar uma repetição, uma repescagem de boss fight... então o mesmo boss que tu matou na missão 4, aparece mais 3 vezes depois pra tu matar de novo, em uma versão mais nerfada... e po... é meio broxante... não sei o motivo pra essa repescagem, não sei se foi proposital, mas é zuado.

Bayonetta por muito tempo foi meu porto seguro... sempre que não tinha vontade de jogar absolutamente NADA, eu entrava na minha Steam e instalava o jogo, e sempre com a ideia de: "AGORA SIM, EU FAÇO 100% DESSA PORRA"...

Essa minha promessa durou 4 anos... de tempos em tempos (mais especificamente uma vez por ano), eu sempre jogava Bayonetta por um ou dois dias, pegava uma conquista ou outra, mas no final eu sempre acabava largando o jogo e voltava a jogar somente no próximo ano, então com o passar do tempo, eu fui fazendo 100%, porém bem aos pouquinhos... até que em pleno 2024, finalmente decidi que já era hora de terminar essa nossa relação confusa... e devo dizer, zerar isso aqui na dificuldade mais difícil, é um teste de paciência... mas valeu a pena... a platina do jogo é desafiadora, porém gostosa de fazer.

Extra: a versão "Fly me to the Moon" dessa porra é viciante e é um pecado que não tenha no Spotify.