Esse aqui foi foda demais, tem nem oque dizer. Tudo nesse jogo é bom, a direção de arte é foda, as OSTs são surpreendentemente muito boas, e a gameplay não deixa a peteca cair, com diversas setpieces durante a campanha, isso sem falar da história, que despensa apresentações, pesada pra caralho, faz desse jogo uma das melhores obras anti guerra que eu já vi.

Uma experiência curta, mas é consistentemente de alto nível por toda a sua duração

Não é o caso do jogo, mas ele me passa uma vibe de um projeto que foi feito pra ser de uma IP diferente no meio do desenvolvimento, tipo o filme de Starship Troopers que no início era outra coisa. Esse jogo é tipo MGSV ou Prometheus no sentido de que é uma prequel feita pra fazer conexões que....ninguém liga? Ou só eu não ligo. Existem histórias e histórias e casos e casos que uma prequel pode funcionar mais ou funcionar menos. Metal Gear é uma história mais introspectiva e por isso prequels como MGS3 funcionam, mas Deus Ex é sobre o mundo inteiro e como ele reage à tecnologia, e o final desse jogo é inteiramente sobre isso. Eu não sei como o Mankind Divided vai tratar isso mas a gente meio q já sabe como as coisas vão estar no primeiro Deus Ex, então essa história, pelo menos pra mim, acabou não tendo muito impacto.

Falando no primeiro Deus Ex, uma das coisas que contribuem pro sentimento que eu apontei no início, é a estética e os visuais desse jogo. O primeiro se passa em 2050 e é um jogo extremamente pé no chão. Óbvio que existem coisas como nanotecnologia, ciborgues e hologramas, mas no geral, na forma de veículos, prédios, armas, é tudo bem atual e relatável. Esse jogo se passa em 2027 e tudo parece mais tecnológico, fantasioso, diferente doque a gente tem. Esse tipo de diferença é bem explícita nos computadores, helicópteros, soldados, que no primeiro pareciam bem atuais e aqui se parece bem futurista. Isso de forma alguma é uma reclamação, mas é algo estranho no sentido de me deixar curioso, e acaba dando uma gigantesca identidade visual pro Human Revolution.

No departamento da gameplay, ela é funcional. Joguei o jogo inteiro no stealth sem matar ninguém e é bem viável, só se prepare pra ter MUITA paciência e dar load em save que é uma beleza. O tiroteio do jogo me pareceu bom e muitas vezes eu só queria dar tiro em todo mundo.

O level design é bom e muito bem pensado, como qualquer jogo que aspire o mínimo a ser um ImmSim deve ter, com bastante opções, como esperado.

E também, um grande salve pro sistema de diálogo desse jogo, é muito criativo, foda, interessante, e seria bom se mais jogos fizessem coisas assim.

Assim como o primeiro Deus Ex, esse jogo tenta fazer bastante coisa e acaba sendo o tanto quanto fraco em algumas partes, mas na soma das partes, acaba sendo uma experiência positiva.

Não é o melhor Immersive Sim da época dele e não deve ser o melhor Deus Ex, mas é um jogo bem massa, e foi uma boa repaginada do Deus Ex original pra uma geração mais atual, em um sistema e game design mais atual.

Não é a encarnação do diabo na terra mas prefiro gastar meu tempo jogando outra coisa. É um FPS com umas quests e uns elementos de ImmSim pra te deixar passar das coisas de vários jeitos. Até q isso é bom, mas a estranheza tanto estética tanto na gameplay de jogar isso dps de Deus Ex é simplesmente muito brutal pra você aguentar jogar isso. Taaaalvez eu volte mas duvido

Primeiramente, quero deixar claro que minha experiência foi apenas afetada pelas minhas experiências com Immersive Sims anteriores a Deus Ex(System Shock 1/2 e Thief 1/2). Joguei os jogos da Arkane (Dishonored 1/2, Prey, Deathloop) mas faz tempo que joguei eles, e não comparei eles com esse jogo em nenhum momento, tanto por serem diferentes dentro de suas propostas, tanto por eu achar retardado julgar um jogo velho por concepções atuais. Ninguém é totalmente imune disso, obviamente não sou, mas tento evitar

Esse jogo é, pelas pala palavras do próprio Warren Spector, uma fusão de RPG, FPS e Stealth, e pagou o preço da ambição dele, porque ele não é impressionante em nenhum desses 3 aspectos, e assim, pra mim, tornando toda a experiência chata, desinteressante, com diversos picos de interesse onde você reconhece a qualidade do game design e oque eles tentaram fazer. Sim, em 2000 você contava nos dedos quantos jogos faziam metade doque esse jogo faz, mas sempre que eu vejo as pessoas falando dos aspectos que "envelheceram mal" eu sempre vejo elas falando de coisas como controles e gráfico(que sinceramente, é a pior crítica que eu consigo imaginar) e não o jeito que o jogo funciona em si, oque me deixa com uma pulga atrás da orelha achando que eu não entendi algo, eu acharia isso jogando na época ou não? Provavelmente não, mas lembra que eu falei que ninguém é imune a julgar o jogo por concepções atuais? Então, é de se evitar, mas as vezes não dá.

A história desse jogo é outra coisa que não entendi porque falam tanto. Sobre a história, é realmente algo que é realmente muito foda na época dele, e isso eu respeito, mesmo que hoje em dia ela não seja tão foda. A história desse jogo é um enredo até que intrigante sobre todo tipo de teoria da conspiração, que é algo que tava muito em alta na época, então é certo falar que sim: A história desse jogo é massa, mas pra quem fala hj em dia que a história é uma masterpiece, vou assumir que metade jogou na época, 25% teve esse meu discernimento e o restante só não jogou o jogo.

Bom, gostaria muito de gostar mais desse, mas não teve a mesma mágica em mim que teve em outras pessoas. No fim, acho que os jogos da Looking Glass valem mais a pena, por serem mais focados e serem magistrais no que se propõem (não que Deus Ex não valha a pena)

Mas afinal, eu acharia tudo isso se eu tivesse jogado na época? Afinal, System Shock e Thief já existiam, e hoje em dia ainda não vi alguém com uma opinião semelhante a minha acerca dos elementos desse jogo, oque me dá a impressão que eu deixei algo passar. Vou ver se conforme esse jogo vai envelhecendo na minha memória, eu ache a resposta

Nota posterior: Tem umas coisas q eu lembro e penso "Era bem foda" não vou morrer de amores por esse jogo mas felizmente tá envelhecendo melhor na memória

Como eu queria ter gostado mais desse jogo

É um dos jogos mais emblemáticos do gênero, e muito doque ele faz devia ser muito foda em 98. Infelizmente, o encanto dele não conseguiu se manter, e só sobrou uma experiência em que eu não senti nada jogando.

Quer um mundo grande cheio de gente? Melhor jogar TES

Quer uma escrita foda? Melhor jogar Planescape

Quer os 2? Provavelmente os outros jogos da BioWare vão te atender melhor

Ainda vale a pena jogar, pois é parte integral da história dos WRPG, mas com a mentalidade atual, é difícil replicar a magia que esse jogo deve ter tido em 98

Acho q as pessoas tem algum problema com a história desse jogo, mas eu até q achei ela bem engajante, principalmente pelo trio de protagonistas que poderiam carregar qualquer jogo nas costas. Marcou uma geração e é totalmente compreensível, o ápice do sandbox que a Rockstar consegue fazer

Uma gameplay legal mas meia bomba em alguns pontos e uma arte muito carismática e bonita

Indo pra parte que importa, a história desse aqui não é tão boa quanto as do 1 ou do TSA. É um puta fechamento bom do personagem do Travis, mas esperava um pouco mais da história (e do jogo em si)

Se Deus quiser não tem sequência

PS:(Depois de refletir sobre porque esse jogo ser tão esquisito e ver oque outras pessoas tinham a dizer, dá pra se interpretar que esse jogo é uma carta de ódio ao estado atual da arte tal qual o primeiro NMH, e usa a si mesmo como sacrifício pra exemplificar tudo que o Suda sempre foi contra. É esse o caso? Nunca saberemos, mas agora esse jogo significa bem mais na minha visão)

Uma gameplay chata que só a desgraça, que é enterrada por uma história e temáticas tão boas e bem contadas quanto as do primeiro. Uma história mt foda sobre as experiências e visões do Suda

Pra um jogo que não foi dirigido pelo Suda, até que ele é bem massa e mantém a essência com suas discussões interessantes escondidas por trás de boss fights extremamente malucas e engraçadas. A história não é tão boa quanto a do primeiro, mas continua legal, e a gameplay tb melhorou. Só o loop dela que não, mas enfim

As melhores ficções da história são as que o autor só taca o fodase pro que os outros vão achar e fazem oque quiser, fiéis a suas capacidades e aos seus gostos.

Transcendental

Tava no DNA da porra da Bungie fazer checkpoint escroto

Um jogo lotado até a boca com originalidade, principalmente em seus visuais estonteantes de interessantes.

Sua história tem uma ótima mensagem, se aprofundando em um niilislismo-existencialista-surrealista com outras coisas como Dialética Hegeliana (Mesmo que dialética e Hegel sejam a antítese de boa parte do meu pensamento ideológico, respeito os caras por implementarem tão bem oque eles gostam)

Uma pena que o enredo engajante é manchado por personagens unilaterais e tão ridiculamente caricatos que eu quero acreditar que esse total descolamento da nossa realidade seja o motivo desse jogo se passar num mundo fictício e não no nosso próprio.

Porque, sério, o tom do jogo é magistralmente construído a todo momento, mas o jeito q esse jogo apresenta o mundo é um crime. Nesse mundo os conflitos são causados pelos mesmos motivos do nosso, a diferença é que esse mundo é apresentado como: "No ano [ano aleatório do calendário totalmente diferente do nosso] o [País com nome de etimologia estoniana] atacou a cidade [Cidade de nome alienígena] do país [País com etimologia Francesa e com pronúncia alienígena] vai se fuder kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Vi uma galera comparando com Planescape Torment, e são sim jogos bem semelhantes tematicamente, mas sinceramente nem se compara com Planescape

Mas mt bom o jogo, dá pra entender pq tem gente que acha tão foda

Uma história chata pra desgraça que desmistifica toda a história do Dark Descent porque "Haha olha que inteligente a gente explicando tudo". A gameplay é o Dark Descent só que sem a parte de estar num jogo bom. Ruim que só a porra

Esse é um caso interessante. Ele não chega a ser um jogo de terror mecanicamente, e sim um Walking Simulator (até porque ele é da mesma dev de Dear Esther). Isso explica o level design linear e a ausência de qualquer mecânica. Sabe oque é engraçado? É que Soma também é um pouco assim (não totalmente) mecanicamente você só anda pra frente, mas você resolve uns puzzles e se esconde de uns bixos no caminho (e se esconder no Soma tá longe de ser um deleite de game design bem feito).

Aqui no AMfP você só tem que achar pra onde ir mesmo (oque não é muito difícil).

Se esse jogo é uma proposta diferente, porque a galera não gosta mt dele? Bom, nesse texto eu pareço estar sendo imparcial com o jogo e bem justo, mas a verdade é q eu achei o jogo bem ruinzinho. Mesmo que você coloque isso na sua cabeça, é difícil tirar o gosto amargo da boca depois de ir pra um puta jogo interessante como o Dark Descent e ir pra esse jogo de andar pra frente (oque por si só não é um defeito).

Porém, o maior problema desse jogo é que ele parece bem incompleto (o que faz sentido, porque originalmente esse jogo ia ser um mod), e nisso, a maior qualidade do jogo, que deveria ser a história e a temática, se perde num "level design preguiçoso" e num "terror inexistente", coisas que um walking simulator nem precisa, mas está gravado na memória do jogador pelo Dark Descent. No fim, a pessoa que joga e não se importa de pesquisar sobre o jogo, acha uma experiência chata.

Por ser um jogo meio rushado, a história sofre muito. Ela tem uns momentos e temas bem interessantes, mas é desfocada, críptica até demais e quando vc finalmente começa a entender, o jogo acaba. Se o jogo tivesse um maior tempo de duração, uma história melhor desenvolvida (e um outro nome?) ele seria quase tão aclamado quanto Soma, como um jogo que mergulha na mentalidade distorcida de um homem que não tem mais nada à amar.

2015

A gameplay e as mecânicas estão ausentes, e certas perseguições e sessões de puzzle podem ficar bem cansativas, mas isso é em prol de uma das melhores histórias que já vi num videogame, e uma das mais fudidas de tristes de toda ficção, quem zera isso aqui com certeza fica com ele na cabeça por um bom tempo