Que potencial jogado fora.

É ruim? Talvez não, mas tem muitos fatores que puxam pra baixo. Esse sistema péssimo de gemas é uma das coisas mais atroz que já vi em um jogo de luta.

Vale pela curiosidade, mas a história é bem qualquer coisa.

Divertido? É, mas não necessariamente pelo jogo. É nítido, claro, cristalino, que a Sony foi extremamente mercenária em, não só transformar uma DLC em um jogo standalone, como vendê-lo pela bagatela de 250 reais. O jogo não tinha conteúdo algum que justificasse o seu preço cobrado.

Mas, falando sobre o que ele é, estamos tratando de uma história bem mediana, antagonistas genéricos e desinteressantes, bons gráficos, boa jogabilidade, mas novamente, uma falta muito grande de conteúdo.

É uma experiência ok, se você curtiu o primeiro jogo, vai pelo menos de divertir. Mas é uma experiência mais fraca e bem mal aproveitada que o original.

Eu não vou me estender muito, mas foi a pior experiência que eu tive com jogos em muitos anos. É inacreditável como esse jogo é desbalanceadom, é frustrante e depende que você tenha o c* virado pra lua para as coisas darem certo.

Eu nunca vi em toda minha vida um jogo que se alimenta da frustração de quem tá jogando a esse ponto, é quase sádico o negócio. Não é que o jogo é difícil ou coisa do gênero, o jogo só te esgota devido a extrema frustração causada e desgaste mental de você repetir a mesma porcaria de novo, de novo e de novo. Tem conceitos legais? Tem. Mas de maneira geral é uma experiência frustrante e bem desgastante. Não quero ver nunca mais esse jogo na minha frente.

Assim, ao mesmo tempo que Bloodstained: Ritual of the Night é um abraço bem carinhoso no coração do fã de Castlevania, é bizarro como ele bebe quase que descaradamente da estrutura do SOTN especificamente. Gosto de enxergá-lo como uma grande homenagem, mas mesmo assim, chega algumas horas que você percebe que todas as qualidades do jogo são originadas de castlevania e que a maioria do que ele traz de original não é tão interessante ou não funciona muito bem.

A história é bem qualquer coisa, o twist do final do jogo foi produzido pelos alunos do quinto período de cinema da Faculdade Tirey Doku na Malásia, é algo construído mal e porcamente.

O jogo brilha na sensação nostálgica de você se reencontrar com algo que tem muito carinho, é um jogo muito divertido, apesar dos problemas.

Na minha jornada Yoko Taro, chegamos, enfim, em Nier. Foi uma experiência muito curiosa, especialmente nos paralelos que fiz com Drakengard durante a minha jornada.

Em primeiro lugar, falando especificamente de Nier, é um jogo agradável de se jogar... Tem mecânicas de hack n' slash/character action, leves mecânicas de RPG e uma história extremamente densa (chegaremos lá), personagens incríveis e uma conclusão extremamente bittersweet, sem falar da trilha desse jogo que é extraordinária.

Esse re(make)master é bem interessante, pois adiciona uma nova rota e consequentemente um novo final. Se levar em consideração o final original de Nier, é de uma criatividade e niilismo que poucos jogos conseguem ser. Acho que o adjetivo "único" define bem a experiência com nier.

São ótimos personagens contidos em uma história sobre amor e tragédia, a Kainé é uma personagem extraordinária (apesar da roupa que deram pra coitada), Grimoire Weiss é o melhor livro falante que flutua da história dos videogames e o Nier (você) é um protagonista que, apesar de ser os olhos do jogador, também tem um arco narrativo que o torna algo muito além de ser o interlocutor.

Falando sobre como o jogo conta sua história, isso é bem divisivo e é um dos motivos pelos quais eu não consigo dar uma nota máxima pra ele. Eu admiro que o Yoko Taro seja tão singular nessa forma de você ter múltiplos finais que se complementam e vão liberando pedaços na história, mas isso também é um tico perigoso, especialmente como é feito em Drakengard e Nier Replicant (ainda não joguei o Drakengard 3 e o Automata). Primeiro, a primeira playtrough leva algo entorno de 30-40h a depender do quanto você se aprofunda naquele mundo, lógico que o tempo é menor se você foca só na história principal, mas tu estará perdendo uma porção importante da história daquele mundo, chegando ao fim, a rota A. Pra você fazer a rota B, você começa no último terço do jogo, então tem aí pelo menos umas 6-7h de gameplay até tu chegar no final B. As rotas C e D te exigem que tu pegue todas as armas pra conseguir destravar o final, então vai depender muito de quanto você já tinha pego até então, mas vamos colocar aí mais umas 4h pelo menos. E por fim, pra chegar no final verdadeiro, você joga do início do game até o momento em que você enfrenta o Boss no vilarejo da Kainé, só aí são umas 6-8h de jogo. Então só o pós game de Nier para que você chegue no final do jogo equivalem ao tempo da sua primeira playtrough. Isso é bem cansativo, e pra te falar a verdade, é bem complicado você jogar e rejogar as mesmas porções pra ter ligeiras diferenças... Acredito que o Drakengard 1, apesar de ser muito mais cansativo e tediosos, te recompensava mais com as demais rotas e finais, já que era um completamente diferente do outro, e não leves mudanças.

Enfim, dito isso, Nier é extraordinário e é uma experiência satisfatória. O jogo tá na PSN Plus Extra, pra quem tiver tempo de aproveitar um jogo de 50h (caso queira fazer tudo), é uma boa chamada.

Minha série favorita de jogos é Metal Gear, adoro o trabalho do Kojima e a franquia me abriu os olhos para o mundo dos videogames. Devido a barreira da disponibilidade, levei quinze longos anos para colocar minhas mãos em um PlayStation 3 e em uma cópia de Metal Gear Solid 4, passado esse tempo, cá estamos.

Confesso que fico feliz por ter tido uma experiência nova com minha franquia favorita, até porque, a priori, está morta. Essa sensação de nostalgia e descobrimento foi algo que me cativou durante a progressão.

Esse jogo é brilhante e brega quase que simultaneamente, é uma ode a própria criação. Na mesma medida que você tem umas coisas meio estranhas como a B&B Unit, você tem inúmeras cenas icônicas, diálogos lindos, cenas cinematográficas antes disso virar uma toada da indústria, etc.

MGS4 envelheceu como um bom vinho, joga tão bem quando qualquer jogo atual. A história tem seu ponto alto quando centrado no cerne principal, mas peca nos entornos... Alguns desenvolvimentos são estranhos e corridos, outros detalhados com maestria. Eu digo que esse jogo é um diamante, é triste ele estar preso no PS3, mas talvez esse seja o seu grande charme. Ele não vai até você, você vai até ele.

Obra prima, perfeita com todos os seus defeitos.

Simplesmente um Silent Hill SEM NEBLINA

2022

Sifu é o típico jogo que eu acho difícil recomendar pra alguém devido a inflação que a gente vive em relação ao preço de cada jogo. É notável que a desenvolvedora teve um carinho bem grande no projeto, mesmo com aparentemente pouco orçamento, que é bem nítido no design simples dos cenários, da certa falta de conteúdo, enfim, Sifu usa dessas adversidades para criar uma experiência sucinta.

A jogabilidade é bem complicada, o jogo tem uma curva de dificuldade alta, especialmente se você se recusar a entender o sistema de esquiva e parry. O jogo flerta com mecânicas rougue like, mas não chega a ser extremamente punitivo. Acho que é até justo.

Enfim, foi uma experiência legal, vale a pena pegar numa promo.

Eu não tenho PALAVRAS pra descrever como esse jogo é uma obra de arte irretocável. Não que não tenha defeitos, pois Maridia é um inferno na terra, mas poucos jogos passam a sensação de horror cósmico e opressão, sendo o teu maior inimigo o lugar em que você se encontra. Isso é uma A-U-L-A de game design, esse jogo tem quase 30 anos e dá um baile em muito AAA contemporâneo.

Cara, que sabor. Por um lado, que pena de eu ter demorado tanto para experenciar isso. Por outro, que bom que tive esse contato mais maduro e pude aproveitar o que esse jogo tinha pra me oferecer.

This review contains spoilers

Começo dizendo que: Final Fantasy XIII é um jogo injustiçado, inclusive por mim. Sim, não estamos falando da melhor entrada da franquia, mas foi um jogo extremamente subestimando e que fora resumido em seus defeitos. Fiz parte da minha primeira tentativa com esse jogo em seu lançamento, acabei não curtindo... Especialmente porque FFXII havia sido muito bom, então o decimo terceiro jogo da série principal me soou muito lento e linear se comparado ao antecessor. Hoje, após 13 anos da minha primeira tentativa com esse jogo, dei uma segunda chance e mesmo que eu não estivesse errado, acho que o jogo vai muito além do que isso. Estamos falando de um jogo com personagens bem desenvolvidos, com motivações bem estabelecidas, com uma química muito boa entre eles, uma das trilhas mais extraordinárias que um Final Fantasy pode proporcionar e um sistema de batalha muito solido e desafiador. Em relação aos seus pontos negativos, a linearidade é latente. O jogo começa a ficar mais aberto e explorável passando vinte horas de gameplay, isso passa a impressão que o jogo guarda seus melhores momentos mais próximo do final, o que me deixou bastante incomodado. O que mais me deixou incomodado, além da própria história, é como o jogo decide contar ela. O que são os l'Cie e porquê você deveria se importar com isso é algo que a história de FFXIII não consegue deixar claro, isso mesmo tendo personagens carismáticos. O fato do jogo passar 10 CAPÍTULOS dividindo a história em núcleos diferentes é extremamente irritante, leva-se muito tempo até se ter uma party completa e possível de explorar os melhores pontos do combate. Enfim, digo que esse é um jogo subestimado, tem mais qualidade que defeitos, acerta no combate, nos personagens e na criação de mundo, mas peca no ritmo e em como quer contar a sua história.

Tempo de gameplay: 35h

Eu não vou me estender muito, é o jogo da minha vida, acho impecável e não consigo enxergar nenhum defeito. É a edição definitiva de Metal Gear Solid 3, ótimo Port feito pela Bluepoint.

É o auge do Kojima como storyteller, a The Boss é uma das personagens mais incríveis da história dos jogos, o arco do Snake até ser entitulado Big Boss, a Cobra Unit, os biomas, as Boss fights, as infinitas formas de você jogar esse jogo... Tudo impressiona e envelheceu bem. Extraordinário e meu amor por MGS3 atravessa o tempo.

Tempo de jogo: 13h

É um jogo peculiar. Você pega uma estrutura semelhante ao Doom Eternal, adiciona elementos de ritmo e voalá. O jogo tem alguns vários defeitos, infelizmente sinto que o orçamento deve ter faltado em diversos momentos, nem tudo é tão interessante quanto parece em questão de game design, as fases tem uma estrutura muito semelhante (arena, arena, chefe), as lutas com os chefes (salvo um) são bem parecidas também... Fica difícil você distinguir uma Boss fight da outra na maioria das vezes.

A jogabilidade se sustenta, é um jogo que tem uma curva de dificuldade relativamente alta e quem não tem boa coordenação em jogos de ritmo irá sofrer. A história é o ponto mais irrelevante do jogo, não vale nem mencionar.

De resto, é um jogo curto, tá na Plus/game pass, muito divertido.