Essa foi minha primeira experiência com Crisis Core em muitos anos. Categoricamente, é o mesmo jogo do PSP, mas com algumas melhorias aqui e ali. A Square ressuscitou esse jogo com um propósito e esse propósito será respondido nos próximos dois jogos da nova trilogia de Final Fantasy 7. Falando sobre o jogo, sempre achei CC divertido, a gameplay é bem fluida e leve, o jogo em muitos momentos é meio bobo, mas não deixa de ser um produto de sua época. Não confunda, isso não é um remake de Crisis Core, é uma leve atualização com uma roupagem muito bonita. Bela remasterização. Indispensável a quem se interessar pela jornada que o Remake abriu para a história de FFVII.

Eu não sei a terminologia correta para definir esse relançamento de Diablo II, se podemos chamar de uma remasterização bem feita ou de um remake preguiçoso. Confesso que tive sentimentos conflitantes ao revisitar esse clássico dos jogos de computador, parte de mim estava profundamente admirado com a construção de mundo e a outra parte extremamente frustrada com a quantidade de mecânicas rudimentares transportadas diretamente dos anos 2000. Sinto esse jogo como uma oportunidade perdida em se atualizar um clássico, adicionar mecânicas apresentadas na sua sequência e melhorar a qualidade de vida do jogo, especialmente no tocante ao grinding, que é a pior parte do jogo para mim.

Foi uma experiência muito legal passar 30h nesse mundo novamente, só esperava que o jogo tivesse algo além de uma atualização gráfica, faltou razão de ser ao meu ver.

O fato do último chefe SEQUER lhe dar experiência ou um item que preste é uma das maiores frustrações que já tive com jogos, é um game extremamente desbalanceado que não recompensa o jogador em batalhas difíceis.

Diablo II Resurrected vale a pena numa promoção, mas não sei se é a melhor porta de entrada pra essa franquia. É um jogo cheio de mecânicas datadas e que exige um grinding inimaginável.

Eu não sei nem por onde começar e o que falar... Sinto que a falta de contexto é o ideal nesse caso. Sam Barlow é um dos diretores mais incentivos que os jogos tem a oferecer. Eu estou muito impressionado com esse jogo.

Eu não pretendo dar spoiler de nada, mas tá no gamepass e eu recomendo que você experiencie a obra sem saber exatamente do que se trata. Tive uma experiência do zero e garanto que foi uma das melhores que tive em minha vida. Brilhante.

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Eu afirmo e banco o que digo: Melhor que o original. Da pra perceber o quão traumático foi o RE3R pra Capcom, pois o RE4R é uma aula em expandir o cerne do jogo sem a perda de identidade no caminho. Acho que essa versão alcança o patamar do remake do primeiro jogo no quesito impecabilidade, pois é impressionante o quão divertido é explorar as três áreas (até a ilha, dessa vez), o quão interessante as pequenas mudanças deixaram o jogo.

Enfim, já emendei uma nova playthrough e estou indo rumo a platina, fazia tempos que não me divertia tanto com um jogo.

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Eu sei por onde esse jogo (não necessariamente essa versão em específica) é um clássico atemporal, devido a sua trilha sonora magnífica, visual deslumbrante, história com um lado sentimental extremamente carregado, um mundo vasto, solitário em que você é a grande ameaça.

SOTC é um clássico, a Bluepoint fez um bom trabalho em revitalizar a obra pra geração do PS4, trata-se de um jogo tecnicamente impressionante.

Confesso que experenciei diversos glitches, especialmente relacionados a física do jogo e a mecânica de grip. Como nunca joguei o SOTC de ps2, não sei até que ponto são heranças da primeira versão, mas o grip em vários momentos carecem de consistência, você cai em momentos que não deveria cair, também sinto que os pulos nas plataformas são meio "clunky".

A história é linda e te deixa com um sentimento amargo na boca, quase nada é dito durante a jornada, mas tudo que sai tem um impacto muito forte. Esse jogo consegue impor muito bem a relação de você ser um vilão involuntário cego pelo seu próprio objetivo quando destrói tudo ao redor.

SOTC é uma obra extremamente influente, fiquei feliz de poder experenciá-lo pela primeira vez, gostei bastante da obra, mesmo tendo problemas que não venceram o tempo.

Há um lado dentro de mim que se entristece ao perceber que os dois melhores jogos desse ano até então são remakes, mas por outro lado, é incrível o trabalho feito pela Motive em melhorar um jogo que já era excelente. A franquia Dead Space ganhou um novo fôlego graças a um excelente jogo que respeita o original, na mesma medida em que acrescenta novidades bem-vindas. Gráficos maravilhosos, a atmosfera na Ishimura é magnífica, a jogabilidade é propositalmente "clunky", já que tudo naquela situação é improviso, então isso acrescenta uma camada a mais de horror. Acho que o único defeito que consigo apontar é que eu não sentiria falta dos momentos de horda de inimigos mais pro final do jogo, sei que isso é herança do original, mas acho que essa situação é muito prejudicial ao clima do jogo. No mais, é um puta jogaço.

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Final Fantasy XVI foi um carrossel de emoções pra mim. O prólogo desse jogo é extraordinário, cria uma ambientação política complexa, faz uso dos summons/eikons como entidades importantes para justificar as politicagens entre reinos, tem traição, tem violência e traz uma premissa dark fantasy extremamente interessante e revigorante para a série, com uma boss batle incrível entre os dois eikons de fogo, com uma trilha pulsante pra tirar você da cadeira. Depois, especificamente até a metade do jogo, ele vive alguns altos e baixos. A história sempre se mantém sendo muito boa, porém sinto que há uma falha em manter o jogador engajado entre os momentos impactantes, mas essa questão é resolvida da metade em diante. Os personagens são bem escritos, todos os membros da sua party passam por arcos narrativos interessantes, a história é muito coerente e encerra os capítulos que se propôs a contar e o Clive é um ótimo protagonista, sem contar o desfecho extremamente emocionante.

A gameplay é onde esse jogo brilha, é um combate extremamente bem feito, a jogabilidade é impecável tal qual a integração dos poderes elementais dos eikons. Falando sobre, há uma pontinha de decepção em meu coração no que diz respeito a como esse jogo lida com os poderes elementais, não há buff/debuff ao seu favor (apenas contra), não há dano elemental, não há envenenamento e outras características de combate de RPG que acabam fazendo falta, trariam um dinamismo interessante. Os elementos de RPG no geral eu sinto que não fazem diferença no game, é muito difícil (e desnecessário) você estar levels acima do normal, porque a progressão do jogo é bem linear, já que equipamentos novos só são liberados através da progressão da história principal, na maior parte dos casos, apenas com crafting. Então, no geral, o quesito RPG dele decepciona bastante, mas o espírito de Final Fantasy está lá

A trilha é outro festival a parte. Toda música que toca nesse jogo é épica, não existe um segundo de trilha que não beire a perfeição.

É um jogaço indispensável para donos de PS5, arrisco a dizer que estamos diante do primeiro grande lançamento pro console. Vale cada centavo.

Tempo de jogo: 81h

Não há muito o que elaborar a respeito de Sea of Stars. É um jogo bonitinho, mas que é muito bobinho e tem uma história/construção de mundo que atira pra todos os lados, acaba que não dá profundidade a nada e não desenvolve o suficiente para que o jogador se importe com o que está acontecendo. Vejo problemas na progressão do jogo, onde o jogador leva MUITO tempo pra liberar poderes diversificados, a party ser somente 3 também é algo que me incomoda. Mas é um jogo divertido, um JRPG legal pra quem quer desligar um pouco a mente e aproveitar uma aventura.

Eu até demorei pra escrever sobre psychonauts 2, porque esse jogo acabou mexendo comigo em vários polos. Sem sombra de dúvidas se trata do melhor jogo plataforma 3d que eu já joguei e provavelmente um dos melhores da história do gênero (só consigo pensar no Mário Galaxy fazendo frente). É uma verdadeira obra de arte.

É indispensável pra quem pretende jogar o Rebirth, muito desafiador (chega a ser desbalanceado, inclusive), a Yuffie e o Sonon são ótimos personagens... Porém, a história em si é um recorte muito pequeno, gostaria que fosse mais complementadora ao que vamos ver pela frente. É uma jornada para desbloquear alguns pedaços pro rebirth.

Os personagens ao redor são meio estranhos, legal ver o vilão do jogo de novo e reintegrado.

Enfim, bem curto, mas desafiador e interessante.

2017

O reboot de Prey me lembra muitas coisas, menos o Prey (2006). O jogo tem várias mecânicas interessantes, mas desencoraja o jogador a fazer upgrades dos poderes (já que a porcaria de um inimigo gigantesco fica aparecendo cada vez que você faz isso) e tem uma variação muito pequena de inimigos pro tamanho do jogo que tem. A questão do immersive sim aqui funciona bem, mas acho que existem opções melhores e mais interessantes. O ambiente é legal, a história é interessante... Mas poderia ser bem melhor. Enfim, ótimas ideias, execuções boas e ruins, na mesma medida que não tem absolutamente nada a ver com o nome que carrega.

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Meu irmão, que bagunça é esse jogo. A única coisa que se salva é o co-op. De resto, é um grande funeral do melhor vilão da franquia (e digo isso no pior sentido da palavra).

Se não fossem os primeiros 5-6 capítulos serem tão enrolados, se o jogo não fosse tão inchado e demorasse pra acontecer, estaríamos diante do melhor jogo da franquia.

Os últimos 3 capítulos são o puro suco da obra de arte, o final do jogo é incrível, a história como um todo é tensa, pesada e cruel. É um baita JRPG.

Maiores defeitos são o ritmo e o grind excessivo, há duas paredes muito clara nesse jogo que, caso você não esteja em um nível alto, você não vai conseguir passar.

De qualquer forma, é um jogo que tem picos altíssimos de brilhantismo, mas que também é muito inchado e arrastado em momentos distintos.

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FF7 Rebirth é uma experiência bastante sólida, acredito que o jogo seja uma boa evolução do remake, prepara o terreno pro final e é bastante corajoso em diversos pontos. Graficamente é exuberante, é um jogo de nova geração mesmo, os personagens são muito bem escritos, a interação entre eles é muito boa.

Confesso que a explicação do mundo aberto foi o que mais me frustrou, em especial, nas últimas áreas do jogo... Quanto mais você avança, mais o secundário de torna cansativo. O game design também é um ponto negativo em diversos momentos, tem áreas que são terríveis de se localizar e de se locomover, acaba tornando a experiência que era boa em algo muito frustrante.

No fundo, Rebirth é agridoce, o saldo geral dele é muito parecido com o do Remake, a balança de qualidades e defeitos tornam o resultado bem semelhante. Achei uma ótima experiência, é um jogo muito bom.