Alan Wake 2 é uma das melhores experiências que tive com videogame em anos. Trata-se de um jogo brilhante, a maior obra-prima da Remedy que ao invés de se desprender do seu passado, agrega absolutamente tudo de forma genial. Alan Wake está aqui, Quantum Break está aqui, Control está aqui, Max Payne está aqui. Gosto de acreditar que o mais próximo que teremos do Silent Hills de Kojima será Alan Wake 2.

Um dos melhores survival horrors já feitos, tem seus problemas, a jogabilidade as vezes deixa a desejar, mas o jogo é tão brilhante em outros aspectos mais relevantes, seja no roteiro, na construção de mundo, na jornada, que os seus problemas se tornam secundários ou terciários.

Vale cada centavo e cada segundo. Uma obra prima do horror e meu jogo do ano. De quebra, se tornou um dos meus jogos favoritos da vida.

Não vou me estender muito, então de maneira sucinta digo que: É um jogo muito divertido, mas pouco desafiador. A expansão é bem fraquinha e pouco acrescenta.

Legal jogar em Coop, mas muuuuuito fácil.

Minha relação com Persona 5 foi de "Jogo que nunca irei finalizar" para uma das melhores experiências que já tive com videogame. Sempre tive vontade de experimentar o jogo, mas me sentia intimidado pelo fato de o jogo exigir no mínimo 100h de jornada para ser concluído. Pois bem, entre idas e vindas, minha jornada se encerrou e com um sorriso no rosto, misturado com um certo cansaço que um jogo tão longo pode causar. Eu joguei apenas o primeiro palácio da versão vanilla de persona 5, então não sei opinar exatamente as nuances que as diferenciam de sua versão Royal (fora o palácio a mais e a extensão do desenvolvimento de alguns personagens).

Sobre a gameplay, é o melhor que um JRPG pode oferecer. Mesmo sendo relativamente complexo devido a quantidade exorbitante de sistemas concomitantes, me pareceu extremamente amigável a novos jogadores. Explorar o mementos é divertido, os palácios são interessantes (uns mais que outros).

A história tem alguns probleminhas ao meu ver, principalmente na sua escrita. Há algumas situações que eu considero relativamente problemático se tratando que a grande maioria dos personagens são menores de idade, mas nada que exatamente contamine a experiência. Os personagens são muito interessantes, sejam os protagonistas ou os antagonistas, mesmo que eu sinta falta de um protagonista (no caso, o próprio Joker) um pouco mais presente, tendo em vista que o personagem tem umas duas falas no máximo.

Falando especificamente dos palácios principais, infelizmente os dois primeiros são os dois que mais me interessei. Não que os demais sejam ruins, mas aquele sentimento de fascínio com os palácios foi diminuindo no decorrer do jogo.

Enfim, definitivamente um dos melhores jogos que já joguei e adoraria ter essa experiência novamente.

Judgment é quase perfeito, acho que essa é uma boa frase pra iniciar uma conversa sobre ele. Não quero dar muitos detalhes, mas tudo que envolve o enredo, personagens, mundo e sua conclusão é impecável, vive no panteão dos melhores dias de Like a Dragon. Porém, acho que faltou uma variedade de gameplay (sinto falta de estilos mais variados como em Like a Dragon) e também acho que faltou uma maior densidade nas mecânicas de investigação... Todas tem uma estrutura idêntica, é maneiro das primeiras vezes, mas depois de 10-15h, fica muito cansativo. Sinto que a principal diferença de Judgment e Like a Dragon se da pela seriedade que o jogo tem, Yakuza tem seus diversos momentos de galhofa e novela mexicana, enquanto Judgment toma um caminho mais sombrio e assim se mantém até o final. O jogo é bem longo, mas justificado. No final, acho que a experiência foi MUITO positiva, sai bastante satisfeito, apesar de enxergar algumas rebarbas de gameplay que espero que tenham sido revistas em Lost Judgment.

Não há muito o que se dizer em relação a esse jogo. Doom Eternal reinventa um gênero que ele mesmo ajudou a criar, uma bela brisa fresca em um mundo de FPS deficientes de qualquer criatividade. Só perde meia estrelinha pela Id/Bethesda terem cometido aquela atrocidade com o Mick Gordon, a única coisa que o 2016 supera o Eternal é no quesito trilha sonora. De resto, estamos diante do melhor FPS de todos os tempos.

Não tem muito o que dizer. É um jogo bom, é divertido, mas tinha potencial pra ser melhor. As mecânicas acabam ficando repetitivas, a maioria dos personagens são chatos e o jogo demora a ficar interessante. Tem um momento do jogo que eu pensei que ele iria abraçar um lado mais Evil Dead e infelizmente ele não foi pra esse lado, lamento muito, teria agregado bastante a experiência.

Assim, tá na plus e vale por isso. Jogo legal, se tu curte um terror slasher é uma boa homenagem. Agora, 350 reais nesse jogo é uma putaria sem tamanho, não vale nem ferrando.

Mas é ok, achei melhor que o Until Down.

Mesmo que o jogo seja curto e repetitivo, não apaga de forma alguma o brilho gigantesco que ele tem. É uma jornada que você precisa estar de peito aberto.

É único, é cruel, ao mesmo tempo tempo que é uma reflexão muito bonita sobre a mortalidade. Valeu cada milésimo de segundo.

Eu fico genuinamente triste que esse jogo não fez o sucesso que merecia por conta daquela porcaria de Marvel's Avengers. Cara, que jogo legal! A história é interessante, os personagens são muito bons, os diálogos, a gameplay, COSMO (simplesmente o cão astronauta soviético), a trilha, a ambientação... Você sente o amor dos desenvolvedores com esse projeto, o jogo é quase impecável.

Vale muito a pena, muito mesmo. Espero que tenha uma continuação, apesar de ser difícil.

Eu acho que a melhor definição que dou para esse jogo é: Oportunidade jogada fora. Ele é legal, tem seus momentos bons, mas cada hora que passa da gameplay ele piora consideravelmente.

A história é nada com nada, você começa e termina praticamente do mesmo jeito. O protagonista só passa a ter motivações fora fugir da onde está do meio pro fim, os coadjuvantes são irrelevantes (fora a Nakamura). A dificuldade é extremamente desbalanceada e chega a ser torturante muitas vezes. Os gráficos são lindos, até o presente momento, o jogo mais bonito da geração na minha opinião. As armas são interessantes, os inimigos são extremamente repetitivos e pouco engajantes, o sistema de combate é totalmente quebrado (especialmente quando há mais de um inimigo na tela), a ambientação talvez seja a melhor parte do jogo, mas esse fascínio dura até a metade, porque da metade pro final o cenário é idêntico. A duração dele é boa, finalizei em 12h.

Enfim, tudo que há de bom nesse jogo vem com um grande asterisco do lado e tudo que há de ruim é ruim mesmo. Vejo potencial para uma continuação, mas não sei se rola. Eu fui com a expectativa bem baixa, sabendo que ele não correspondia ao hype, então foi uma experiência menos desagradável, mas muito frustrante em diversos momentos.

Vivo sentimentos conflitantes no que diz respeito a esse jogo. Tirando o elefante da sala, é imperdoável o que a CDPR fez. Mentiram, prometeram e não cumpriram, fizeram o consumidor de otário. Porém, não há de se negar que Cyberpunk hoje é jogável e isso ascende suas qualidades.

Começando por elas: Night City é uma baita ambientação, mesmo que seja uma cidade morta que não te permite fazer muita coisa, os personagens são muito bons na sua grande maioria, a questline de alguns são fantásticos e o jogo é muito divertido, eu engoli 40h desse jogo em uma semana após idas e vindas.

Dito isso, vamos ao que interessa: Mesmo com muitos personagens cativantes, ainda assim a história consegue ser meia boca. Não é ruim, mas o arco narrativo linear vai de encontro com as promessas da CDPR de que iríamos escrever a história do personagem. Não, o arco do/a V está ali, você só altera alguns rumos, mas em sumo, não tem muito o que fazer. Desde o Ato I o jogo é bem claro na sua direção e não se altera até o final.

Graficamente é muito bonito, apesar de eu achar alguns bonecos extremamente feios, da pra ver que houve dedicação em uns e outros mais secundários ficaram com cara de boneco de cera, faz parte.

O combate oscila entre momentos legais e frustrantes, acho que o jogo carece de um bom polimento no que diz respeito a combate, falta expertise da CDPR. Usar as katanas e pistolas me alegraram durante a playthrough, mas de resto é dispensável, muito chato. Não existe física e nem mecânica de colisão, pilotar motos é legal, dirigir carros é uma porcaria.

Enfim, esse jogo conflita. Ele é fascinante na mesma medida que é defeituoso. Há defeitos crônicos aqui, na estrutura, no que venderam e no que entregaram, na história. É cheio de defeitos. Ainda assim, fascinante. Você se envolve com o/a V, com Silverhand, Judy, Panam, enfim, muitos personagens bem construídos e arcos bem interessantes. Você piscou e está no final do jogo.

Bom, se você, assim como eu, achar cyberpunk por menos de 50 reais, vai fundo.

A sequência do soft-reboot de God of War encerra esse ciclo de maneira magistral. É um jogo de pouquíssimos defeitos... Se fosse apontar um, talvez o ritmo. No demais, a sequência supera em absoluto o seu antecessor, nenhum aspecto, tudo é aprimorado e elevado a outro patamar. Goste ou não, a Sony tem um portifólio impecável de exclusivos e a qualidade desse jogo é um belíssimo exemplar.

Graficamente é belíssimo, não sei como está no PS4, mas é um dos jogos mais bonitos que já vi. Claro, não é um jogo de nova geração, mas é uma chave de ouro que encerra a biblioteca de um dos melhores consoles da história.

A construção do Kratos como personagem é uma das coisas mais brilhantes que já vi, está no mesmo panteão de Arthur Morgan em Red Dead Redemption 2 e do Big Boss em Metal Gear Solid 3, é explorado um lado muito além do matador de deuses. A Freya é outro destaque importantíssimo.

A gameplay também teve melhoras ao meu ver, é muito divertido realizar combos com as armas fornecidas e utilização do cenário no combate, que é mais vertical que o 2018.

Apesar do preço exorbitante, estamos falando de um jogo extremamente recheado de conteúdo, tanto a história principal (que passa facilmente das 20h) quanto o conteúdo opcional.

REVISÃO V1.0
O negócio é o seguinte: Esse jogo está envelhecendo na minha memória como leite quente no asfalto. Então, cada vez que jogo um jogo bom, venho aqui e tiro meia estrela dele. Ainda é um bom jogo, mas bem decepcionante considerando a construção do jogo de 2018. Enfim, que pena.

This review contains spoilers

Eu não curto muito falar de jogos com spoiler, mas sinto que é impossível descrever a experiência que é Drakengard sem entregar alguns pontos do jogo.

Primeiro de tudo é questionar se é possível você fazer um jogo ruim propositalmente (ou até que ponto é proposital), a resposta é depende em qual aspecto. Há elementos em Drakengard que são nitidamente propositadamente ruins, o loop de gameplay, a dificuldade, as batalhas extremamente longas e exaustivas, o que eu sinto não ser proposital são a falta de responsividade nos comandos e as bizarras quedas de frame que esse jogo tem.

Os personagens são muito bem escritos, a relação entre eles é bem construído, tudo é muito interessante. Toda a sua parte, fora uma personagem, é composta pelos seres mais repugnantes que pisaram na terra, o jogo em si é uma grande discussão sobre o uso da violência desenfreada como entretenimento (vide um dos motivos dos quais eu falei do loop da gameplay ser proposital). Os gráficos são bem bonitos pra um jogo da época, mas a performance é algo assustadoramente ruim... Sei que o terceiro jogo sofre da mesma questão, mas vejo pouca gente falar da quantidade absurda de travamentos que esse jogo tem.

Acho que Drakengard é único, é um jogo horrível que dá uma volta tão grande que fica genial. Eu não sei se existe outro jogo que consiga ser tão desagradável de jogar mas tão bem sustentado pelo seu propósito.


Estamos diante de uma das maiores jóias ocultas de 2023. Um ano expendido que acabou ofuscando um excelente jogo de ação.

Quase tudo feito em Armored Core VI no tocante a gameplay e game design é impecável, tudo no jogo funciona, há build pra todo tipo de jogador... Com uma apelação aqui e ali, o jogo é relativamente balanceado, as batalhas nas arenas são bem legais... Enfim.

Trata-se de uma baita porta de entrada para a franquia, espero que a From siga fazendo AC's, são jogos muito diferentes e muito divertidos. Acho que do momento em que você se acha no jogo até o final, é algo que te cativa momento a momento.

A curva de dificuldade é até bem balanceada, acredito que a curva seja mais alta em três chefes em específico, mas se você dominou os sistemas do jogo, nada que algumas tentativas não resolvam. Não é um jogo de dificuldade alta, mas você precisa entendê-lo e se adaptar a sua forma.

Enfim, foi uma ótima experiência, só não é impecável como um todo porque eu realmente não me conectei tanto com a história, tem personagens legais, as decisões levam a plots interessantes, mas foi o que menos me cativou. O fator replay também não me atraiu tanto quanto outros jogos da From

Essa foi minha primeira experiência com Crisis Core em muitos anos. Categoricamente, é o mesmo jogo do PSP, mas com algumas melhorias aqui e ali. A Square ressuscitou esse jogo com um propósito e esse propósito será respondido nos próximos dois jogos da nova trilogia de Final Fantasy 7. Falando sobre o jogo, sempre achei CC divertido, a gameplay é bem fluida e leve, o jogo em muitos momentos é meio bobo, mas não deixa de ser um produto de sua época. Não confunda, isso não é um remake de Crisis Core, é uma leve atualização com uma roupagem muito bonita. Bela remasterização. Indispensável a quem se interessar pela jornada que o Remake abriu para a história de FFVII.

This review contains spoilers

Eu afirmo e banco o que digo: Melhor que o original. Da pra perceber o quão traumático foi o RE3R pra Capcom, pois o RE4R é uma aula em expandir o cerne do jogo sem a perda de identidade no caminho. Acho que essa versão alcança o patamar do remake do primeiro jogo no quesito impecabilidade, pois é impressionante o quão divertido é explorar as três áreas (até a ilha, dessa vez), o quão interessante as pequenas mudanças deixaram o jogo.

Enfim, já emendei uma nova playthrough e estou indo rumo a platina, fazia tempos que não me divertia tanto com um jogo.