Em meio a todas as suas imperfeições, Dragons Dogma 2 é uma das melhores experiências que um videogame pode te proporcionar. É um jogo estranho, com decisões questionáveis, um produto que pode se considerar inacabado, além da performance horrível. Porém, é um jogo tão estonteante, um mundo opressivo, desconhecido, cheio de mecânicas que pode passar completamente batido.

Esse jogo tem tanta coisa e é tanta coisa que eu consigo perdoar suas falhas. Não passo pano pra performance, realmente faltou polimento, e acredito que tenham faltados outros pontos no desenvolvimento, balanceamento do jogo não é bom também.

É perfeito nas curvas de suas imperfeições.

This review contains spoilers

FF7 Rebirth é uma experiência bastante sólida, acredito que o jogo seja uma boa evolução do remake, prepara o terreno pro final e é bastante corajoso em diversos pontos. Graficamente é exuberante, é um jogo de nova geração mesmo, os personagens são muito bem escritos, a interação entre eles é muito boa.

Confesso que a explicação do mundo aberto foi o que mais me frustrou, em especial, nas últimas áreas do jogo... Quanto mais você avança, mais o secundário de torna cansativo. O game design também é um ponto negativo em diversos momentos, tem áreas que são terríveis de se localizar e de se locomover, acaba tornando a experiência que era boa em algo muito frustrante.

No fundo, Rebirth é agridoce, o saldo geral dele é muito parecido com o do Remake, a balança de qualidades e defeitos tornam o resultado bem semelhante. Achei uma ótima experiência, é um jogo muito bom.

Mesmo que o jogo seja curto e repetitivo, não apaga de forma alguma o brilho gigantesco que ele tem. É uma jornada que você precisa estar de peito aberto.

É único, é cruel, ao mesmo tempo tempo que é uma reflexão muito bonita sobre a mortalidade. Valeu cada milésimo de segundo.

Se não fossem os primeiros 5-6 capítulos serem tão enrolados, se o jogo não fosse tão inchado e demorasse pra acontecer, estaríamos diante do melhor jogo da franquia.

Os últimos 3 capítulos são o puro suco da obra de arte, o final do jogo é incrível, a história como um todo é tensa, pesada e cruel. É um baita JRPG.

Maiores defeitos são o ritmo e o grind excessivo, há duas paredes muito clara nesse jogo que, caso você não esteja em um nível alto, você não vai conseguir passar.

De qualquer forma, é um jogo que tem picos altíssimos de brilhantismo, mas que também é muito inchado e arrastado em momentos distintos.

É um jogo peculiar. Você pega uma estrutura semelhante ao Doom Eternal, adiciona elementos de ritmo e voalá. O jogo tem alguns vários defeitos, infelizmente sinto que o orçamento deve ter faltado em diversos momentos, nem tudo é tão interessante quanto parece em questão de game design, as fases tem uma estrutura muito semelhante (arena, arena, chefe), as lutas com os chefes (salvo um) são bem parecidas também... Fica difícil você distinguir uma Boss fight da outra na maioria das vezes.

A jogabilidade se sustenta, é um jogo que tem uma curva de dificuldade relativamente alta e quem não tem boa coordenação em jogos de ritmo irá sofrer. A história é o ponto mais irrelevante do jogo, não vale nem mencionar.

De resto, é um jogo curto, tá na Plus/game pass, muito divertido.

É indispensável pra quem pretende jogar o Rebirth, muito desafiador (chega a ser desbalanceado, inclusive), a Yuffie e o Sonon são ótimos personagens... Porém, a história em si é um recorte muito pequeno, gostaria que fosse mais complementadora ao que vamos ver pela frente. É uma jornada para desbloquear alguns pedaços pro rebirth.

Os personagens ao redor são meio estranhos, legal ver o vilão do jogo de novo e reintegrado.

Enfim, bem curto, mas desafiador e interessante.

Estamos diante de uma das maiores jóias ocultas de 2023. Um ano expendido que acabou ofuscando um excelente jogo de ação.

Quase tudo feito em Armored Core VI no tocante a gameplay e game design é impecável, tudo no jogo funciona, há build pra todo tipo de jogador... Com uma apelação aqui e ali, o jogo é relativamente balanceado, as batalhas nas arenas são bem legais... Enfim.

Trata-se de uma baita porta de entrada para a franquia, espero que a From siga fazendo AC's, são jogos muito diferentes e muito divertidos. Acho que do momento em que você se acha no jogo até o final, é algo que te cativa momento a momento.

A curva de dificuldade é até bem balanceada, acredito que a curva seja mais alta em três chefes em específico, mas se você dominou os sistemas do jogo, nada que algumas tentativas não resolvam. Não é um jogo de dificuldade alta, mas você precisa entendê-lo e se adaptar a sua forma.

Enfim, foi uma ótima experiência, só não é impecável como um todo porque eu realmente não me conectei tanto com a história, tem personagens legais, as decisões levam a plots interessantes, mas foi o que menos me cativou. O fator replay também não me atraiu tanto quanto outros jogos da From

Na minha jornada Yoko Taro, chegamos, enfim, em Nier. Foi uma experiência muito curiosa, especialmente nos paralelos que fiz com Drakengard durante a minha jornada.

Em primeiro lugar, falando especificamente de Nier, é um jogo agradável de se jogar... Tem mecânicas de hack n' slash/character action, leves mecânicas de RPG e uma história extremamente densa (chegaremos lá), personagens incríveis e uma conclusão extremamente bittersweet, sem falar da trilha desse jogo que é extraordinária.

Esse re(make)master é bem interessante, pois adiciona uma nova rota e consequentemente um novo final. Se levar em consideração o final original de Nier, é de uma criatividade e niilismo que poucos jogos conseguem ser. Acho que o adjetivo "único" define bem a experiência com nier.

São ótimos personagens contidos em uma história sobre amor e tragédia, a Kainé é uma personagem extraordinária (apesar da roupa que deram pra coitada), Grimoire Weiss é o melhor livro falante que flutua da história dos videogames e o Nier (você) é um protagonista que, apesar de ser os olhos do jogador, também tem um arco narrativo que o torna algo muito além de ser o interlocutor.

Falando sobre como o jogo conta sua história, isso é bem divisivo e é um dos motivos pelos quais eu não consigo dar uma nota máxima pra ele. Eu admiro que o Yoko Taro seja tão singular nessa forma de você ter múltiplos finais que se complementam e vão liberando pedaços na história, mas isso também é um tico perigoso, especialmente como é feito em Drakengard e Nier Replicant (ainda não joguei o Drakengard 3 e o Automata). Primeiro, a primeira playtrough leva algo entorno de 30-40h a depender do quanto você se aprofunda naquele mundo, lógico que o tempo é menor se você foca só na história principal, mas tu estará perdendo uma porção importante da história daquele mundo, chegando ao fim, a rota A. Pra você fazer a rota B, você começa no último terço do jogo, então tem aí pelo menos umas 6-7h de gameplay até tu chegar no final B. As rotas C e D te exigem que tu pegue todas as armas pra conseguir destravar o final, então vai depender muito de quanto você já tinha pego até então, mas vamos colocar aí mais umas 4h pelo menos. E por fim, pra chegar no final verdadeiro, você joga do início do game até o momento em que você enfrenta o Boss no vilarejo da Kainé, só aí são umas 6-8h de jogo. Então só o pós game de Nier para que você chegue no final do jogo equivalem ao tempo da sua primeira playtrough. Isso é bem cansativo, e pra te falar a verdade, é bem complicado você jogar e rejogar as mesmas porções pra ter ligeiras diferenças... Acredito que o Drakengard 1, apesar de ser muito mais cansativo e tediosos, te recompensava mais com as demais rotas e finais, já que era um completamente diferente do outro, e não leves mudanças.

Enfim, dito isso, Nier é extraordinário e é uma experiência satisfatória. O jogo tá na PSN Plus Extra, pra quem tiver tempo de aproveitar um jogo de 50h (caso queira fazer tudo), é uma boa chamada.

Alan Wake 2 é uma das melhores experiências que tive com videogame em anos. Trata-se de um jogo brilhante, a maior obra-prima da Remedy que ao invés de se desprender do seu passado, agrega absolutamente tudo de forma genial. Alan Wake está aqui, Quantum Break está aqui, Control está aqui, Max Payne está aqui. Gosto de acreditar que o mais próximo que teremos do Silent Hills de Kojima será Alan Wake 2.

Um dos melhores survival horrors já feitos, tem seus problemas, a jogabilidade as vezes deixa a desejar, mas o jogo é tão brilhante em outros aspectos mais relevantes, seja no roteiro, na construção de mundo, na jornada, que os seus problemas se tornam secundários ou terciários.

Vale cada centavo e cada segundo. Uma obra prima do horror e meu jogo do ano. De quebra, se tornou um dos meus jogos favoritos da vida.

Divertido? É, mas não necessariamente pelo jogo. É nítido, claro, cristalino, que a Sony foi extremamente mercenária em, não só transformar uma DLC em um jogo standalone, como vendê-lo pela bagatela de 250 reais. O jogo não tinha conteúdo algum que justificasse o seu preço cobrado.

Mas, falando sobre o que ele é, estamos tratando de uma história bem mediana, antagonistas genéricos e desinteressantes, bons gráficos, boa jogabilidade, mas novamente, uma falta muito grande de conteúdo.

É uma experiência ok, se você curtiu o primeiro jogo, vai pelo menos de divertir. Mas é uma experiência mais fraca e bem mal aproveitada que o original.

Judgment é quase perfeito, acho que essa é uma boa frase pra iniciar uma conversa sobre ele. Não quero dar muitos detalhes, mas tudo que envolve o enredo, personagens, mundo e sua conclusão é impecável, vive no panteão dos melhores dias de Like a Dragon. Porém, acho que faltou uma variedade de gameplay (sinto falta de estilos mais variados como em Like a Dragon) e também acho que faltou uma maior densidade nas mecânicas de investigação... Todas tem uma estrutura idêntica, é maneiro das primeiras vezes, mas depois de 10-15h, fica muito cansativo. Sinto que a principal diferença de Judgment e Like a Dragon se da pela seriedade que o jogo tem, Yakuza tem seus diversos momentos de galhofa e novela mexicana, enquanto Judgment toma um caminho mais sombrio e assim se mantém até o final. O jogo é bem longo, mas justificado. No final, acho que a experiência foi MUITO positiva, sai bastante satisfeito, apesar de enxergar algumas rebarbas de gameplay que espero que tenham sido revistas em Lost Judgment.

Eu até demorei pra escrever sobre psychonauts 2, porque esse jogo acabou mexendo comigo em vários polos. Sem sombra de dúvidas se trata do melhor jogo plataforma 3d que eu já joguei e provavelmente um dos melhores da história do gênero (só consigo pensar no Mário Galaxy fazendo frente). É uma verdadeira obra de arte.

Não há muito o que elaborar a respeito de Sea of Stars. É um jogo bonitinho, mas que é muito bobinho e tem uma história/construção de mundo que atira pra todos os lados, acaba que não dá profundidade a nada e não desenvolve o suficiente para que o jogador se importe com o que está acontecendo. Vejo problemas na progressão do jogo, onde o jogador leva MUITO tempo pra liberar poderes diversificados, a party ser somente 3 também é algo que me incomoda. Mas é um jogo divertido, um JRPG legal pra quem quer desligar um pouco a mente e aproveitar uma aventura.