Ocelot infelizmente sofre de uma doença rara que é ser o melhor personagem da história dos jogos.

Gameplay razoável com alguns bons momentos, porém o ponto principal aqui é a história. Swery mitou honestamente.

This review contains spoilers

O Kojima tipo galera Solid Snake foda nesse jogo ele vai- pegadinha vocês vão jogar com um twink lidando com questões existencialistas e impasses morais da pós-modernidade.

Persona 3 é um jogo com uma história excelente e uma ambientação única, se tiver com horas disponíveis e disposto a grindar vale muito a experiência.

Dito isso é um jogo que inevitavelmente envelheceu e isso não teria como deixar de ser perceptível num jogo com mais de 70hrs, alguns momentos ficam mais repetitivos e existe uma ausência do que fazer a noite por exemplo, também tem limitações óbvias de combate em comparação aos títulos mais novos. Jogar a versão P3P me deixou com a pulga de estar perdendo o conteúdo exclusivo da versão FES.

Fora esses detalhes é um jogão, os personagens são interessantes em sua maioria, o combate é bom e a história é um sabor que apenas os enredos edgy dos anos 00's podem oferecer, tivesse jogado esse mais cedo teria moldado minha adolescência.

Um dos pontos mais cativantes desse jogo é uma delicadeza aos detalhes que você percebe um carinho na criação, seja de level design, interação com personagens, trilha sonora ou mecânicas básicas.

São os detalhes mínimos de Ocarina of Time que remetem a algo quase mágico, que faz o jogador presenciar a narração de uma fábula fantástica.

Silver Case tem provavelmente uma das narrativas mais incríveis que já vi em um jogo, é tão completo e você fica tão absorto na atmosfera de todo o caso e das ideias dos personagens que cada virada de roteiro com novas informações colocam o jogador em um êxtase.

As mecânicas são meio clunky e os puzzles podem ser irritantes, também tenha consciência que pela quantidade de informação o jogo pode ficar maçante ou confuso em alguns momentos, mas se você conseguir superar isso vai ter a oportunidade de ver uma trama absolutamente única e incrível.

Existem ótimas ideias que vão ser aperfeiçoadas nos jogos posteriores, mas também problemas que por bem a FromSoftware corrigiu mas acabam incomodando quem vem dos outros títulos.



Se você estiver disposto a lidar com vários momentos de mecânicas estúpidas e partes bem tediosas pode acabar encontrando um jogo bem divertido e charmoso. Eu entendo completamente quem ama esse jogo pela nostalgia, isso teria sido incrível na infância.

Meia estrela a mais pela fase do Estranho Mundo de Jack e meia estrela a menos pelas partes obrigatórias das viagens de nave.

O jogo obviamente envelheceu, a falta de variedade de modos e alguns problemas de mecânica vão ser visíveis, porém fora esses pequenos detalhes você vai encontrar um jogo de corrida tão único que pode te encantar com sua beleza e te manter jogando mais tempo.

R4 é lindo, quando falo isso não são apenas os gráficos muito bonitos pra o PS1, mas também a clara paixão que a equipe de desenvolvimento teve dando uma identidade visual tão bela e uma trilha sonora absurda. Uma gema.

DAMN PEGGYYY

É meu primeiro contato com a série Ys então vou ser bem breve. Eu esperava menos desse jogo, digo isso por saber que era um jogo com mecânicas datadas e sem muita reverência, porém mesmo encontrando vários dos problemas que eu já esperava na gameplay o jogo me agradou em alguns pontos.

Ys vai ter o que se espera de um RPG antigo, fase da caverna, fase com parede secreta, sidequests de coletar itens para os npcs e tudo que possa manter o jogador mais tempo, também tem um problema grande com balanceamento de nível e introdução ao jogo. A história ainda está engatinhando e as mecânicas também e dá pra perceber que é a primeira tentativa, porém o jogo merece alguns créditos.

O papel de remake e remasterização do jogo dá uma vida nova ao clássico de DOS, o game ganha uma nova trilha sonora incrível e gráficos mais próximos da nossa geração. Após me acostumar passei a achar o Bump System bem divertido e o grind geral do jogo. O jogo tem boas propostas e dá pra ver ótimas ideias que percebem-se inacabadas ou envelhecidas pelo tempo.

Não recomendaria pra qualquer um, mas com certeza indicaria pra um amigo boomer de RPG.

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É complicado falar de um jogo que tive uma run de 90hrs sem deixar se levar um pouco por emoção - inclusive de um jogo que apela tanto pra esse lado.

Persona 4 tem vários defeitos de roteiro - falando isso deixo de lado as problemáticas óbvias que todo mundo que já jogou algo da Atlus sabe do que estou dizendo - porém a história tem sim seus baixos em vários momentos, sem falar que algumas adições como a Marie e outros personagens dão zero vontade de completar um S. Link, alguns personagens são um saco de interagir. O jogo também tem alguns problemas na jogabilidade, no late game as dungeons vão ficando cansativas e é bem mais fácil e tranquilo optar por golden hands que vão te poupar horas de um grind injusto e tedioso. O mascote é um dos personagens mais irritantes de toda a história da ficção.

Apesar disso e outras coisas Persona 4 é um bom jogo e deixando de lado os personagens desinteressantes, os bons são um dos pontos mais altos do jogo. É muito divertido ter interações e você acaba desenvolvendo um carinho pelos seus amigos, sua casa em Inaba e sua família, o que torna a despedida no final do jogo tão triste.

Persona 4 tem vários problemas, porém não deixa de ser um jogo divertido com uma história que dá pra te fazer gastar várias horas. Naoto e Kanji eu vivo por vocês.