Team Sonic Racing é um jogo de corrida bem legalzinho por assim dizer, apesar de sua simplicidade e poucas pistas, ele conseguiu me divertir como qualquer outro jogo de kart.

- A história é completamente dispensável, ela é contada como forma de visual novel e seu roteiro é nada mais que bobo.

- O gráfico é minimamente decente, ele não chega a ser feio mas também não impressiona.

- A trilha sonora é bacaninha, contém boas faixas além da música tema do jogo.

- O gameplay é divertidíssimo, bem Mario Kart da vida, mas com seu toque de Sonic apresentando algumas originalidades nas mecânicas de tag team, que pessoalmente me agradou bastante.

Existe ainda uma boa variedade de personalização no game, podemos customizar nossos veículos tanto esteticamente quanto na parte da performance.

Em questão de modos de jogo o título foi bem criativo, existem fases que devemos coletar um número X de anéis, destruir alvos com mísseis, passar por mini túneis para conseguirmos pontuações, bater o tempo recorde do amiguinho e por vai; fora a corrida padrão.

De problemas eu poderia apontar o tamanho do elenco de personagens, que sinceramente senhores, jogo de corrida spin-off deveria ter bem mais que 15, os cara me bota Zavok como jogável e esquece do Espio, Cream e Chaos kkkkkkj (embora agradeço por lembrarem da Blaze). A pouca variedade de pistas como já citei, no modo história por exemplo existe muita reciclagem. E finalmente o multiplayer, o matchmaking do jogo é simplesmente horrível e tu só consegue jogar caso tenha amigos.

Apesar disso, mesmo com seus altos e baixos eu gostei pakas do game, caso você goste de jogos de kart como do Mario ou até mesmo do Crash, recomendo darem uma olhada nesse título.

Valkyria Chronicles 4 jogou seguro seguindo os mesmos moldes do primeiro jogo, conseguiu acrescentar algumas novidades e de certa forma foi mais audacioso na narrativa.
Aqui vai uma observação: a quarta sequência na verdade se passa durante a história do primeiro título da série, então de certa forma é uma continuação, mas também pode ser jogado de forma independente tranquilamente.

Seu sistema de combate se manteve o mesmo, o game segue a vibe de RPG tático ala XCOM meio Fire Emblem da vida; algumas características da obra como o famoso permadeath (morte permanente de unidades), sistema de classes, taxa de acerto, movimentação e mais coisas estão presentes nesse quarto título. Em questão de dificuldade, ela aumenta gradativamente conforme vamos progredindo na história, mas depende bastante de cada jogador pelo nível de estratégia. A progressão é a mesma coisa do primeiro jogo, vamos ganhando xp e investindo inteiramente nas classes dos soldados e com o dinheiro, podemos melhorar seus armamentos e veículos do esquadrão.

O gráfico melhorou bastante e a apresentação visual ficou mais fluida, os personagens estão bem mais bonitos em comparação ao primeiro Valkyria, além dos cenários mais coloridos e diversos.

A trilha sonora continua boa no geral, teve algumas ressalvas e repetições mas é minimamente decente.

A história como eu disse foi mais audaciosa, ela é misteriosa e mais grandiosa por conta do elenco de personagens estarem do lado da Federation, o país "bonzinho" por assim dizer, e falando neles, posso dizer que gostei bem mais dos integrantes do Squad E do que da Squad 7, e a narrativa não decepciona, ela é cheia de reviravoltas e momentos emocionantes, o final no entanto.. é bonito, mas perde pro final do primeiro game.

De novidade, temos uma nova classe chamada de Granadier (muito útil por sinal), o Cactus (veículo que transporta unidades), novas mecânicas como o Inspire, Last Stand, Direct Command e o mais importante, episódios de personagens, onde podemos saber mais sobre cada indivíduo. Felizmente agora os personagens em que recrutamos de forma opcional aparecem de vez em quando na narrativa, coisa que não acontecia no primeiro jogo.

Enfim senhores, Valkyria Chronicles 4 é um jogo muito bom, (vale a recomendação das DLCs, um puta fanservice que complementa ainda mais o elenco de personagens e adiciona algumas skins e unidades exclusivas), foi uma ótima sequência e recomendo fortemente.

Ps: Riley best girl

Oneechanbara Origin se trata de um remake da antiga franquia conhecida aqui no ocidente como Zombie Hunters, lá na geração do PS2 em meados de 2007; essa nova versão adapta os 2 primeiros jogos de gêneros hack'n'slash/beat'em up lançados até então.

Origin por ser uma reimaginação abriu portas para novas adições, alterações e infelizmente exclusões na série.
O visual dessa versão de 2019 totalmente anime´like substituiu aquela aparência "realista" dos jogos passados; alguns elementos como quebra-cabeças, mini mapas e até inimigos foram retirados; certos personagens e cenários receberam um retrabalhamento e agora temos cutscenes na hora da narrativa; enfim, o resultado final foi esse jogo que chamou minha atenção por lembrar bastante jogos como Lollipop Chainsaw e Killer is Dead.

O combate é prazeroso e funcional na medida do possível, algumas mecânicas clássicas desse gênero como dash, parry, double-jump, chain combo estão obviamente presentes nesse título; troca de personagens, variações de armas com movesets únicos, awakenings exclusivas, menu de itens consumíveis e iara iara iara. O diferencial de Oneechabara é o sistema de reloading, onde as personagens "recarregam" suas armas brancas retirando o sangue dos inimigos que as sujaram, dessa forma o dano causado será maior dependendo do quão sujo (ou limpo) a arma está no momento. E ainda falando de diferencial, não posso deixar de comentar da própria protagonista do jogo; uma caçadora de mortos-vivos usando bikini e um.. chapéu de caubói? A Aya em sí não tem nada de especial, ela segue aquele estereótipo de personagem destemida em que busca respostas para suas perguntas no começo da aventura, mas enquanto eu jogava sempre me questionava o motivo da sua vestimenta (com certeza é fan service vindo dos criadores mas mesmo assim) é tão deslocado do universo onde ela se encontra que chega a ser cômico. Enquanto isso, as outras personagens como Saki e Reiko se vestem normalmente.

Em questão de história, é puramente simples apenas servindo como base para o gameplay acontecer, ela é contada através de missões em poucos momentos assim que começamos ou finalizamos aquele pequeno trecho de combate. A narrativa é funcional mas extremamente curta, em uma campanha de 5 horas no máximo até o zeramento.

O gráfico do jogo segue aquele cel shading incrivelmente bonito, os modelos das personagens são extremamente belos, mas já os cenários.. é aquela simplicidade padrão de jogo japonês. O sangue é um elemento bastante presente nessa franquia, rola muita poluição visual com ele. A trilha sonora é boa, com algumas faixas vocais e a do pós crédito "Unbreakable Trust" é simplesmente maravilhosa (chupa Devil Trigger)

O conteúdo do jogo tirando a campanha principal, temos um modo de horda infinita, pequenas side quests para liberarmos artworks, loja onde podemos comprar anéis que nos dão status e itens consumíveis; somente isso.

Para estender minha experiência com esse jogo, eu finalizei o modo história 4 vezes em todas as dificuldades e brinquei um pouco no modo horda, totalizando 21 horas de jogatina. Por fim, recomendo fortemente Oneechanbara Origin para os fãs das franquias de No More Heroes, Bayonetta e os já citados Lollipop Chainsaw e o próprio Killer is Dead. Ele acerta muito bem na sua aparência e no combate, mas acaba pecando no seu conteúdo de pós-game (fora a dublagem americana, onde simplesmente não existe sincronia labial), mas de qualquer forma mesmo com seus altos e baixos, ainda o considero um ótimo game.

Saki best girl btw.

Acabou sendo mais do mesmo, depois que finalizei Burst Re:Newal entendi como a franquia funcionava e nesse título em questão não foi diferente. O jogo continua sendo beat 'em up/musou'like com pequenos trechos de visual novel. De novidade temos mais personagens para jogarmos, assim como 5 episódios para cada garota no game, onde iremos jogar esses pequenos fillers para conhecermos melhor cada uma delas.

Se tratando de lançamento, esse jogo veio antes do Burst Re:Newal, então o motor gráfico é o mesmo, assim como as animações, cenários e até mesmo alguns inimigos, mostrando que ambos os jogos infelizmente são quase idênticos. A trilha sonora é decente, dessa vez não se destacou tanto mas também não deixou a desejar. A história é meio chatinha trazendo como mensagem a perda de entes queridos, mas não convence devido a sua simplicidade e o texto mal escrito. No entanto a gameplay é divertida e desafiadora. Já o fan service continua sendo aceitável na franquia, apesar de ser apelativo ele é totalmente proposital.

Por fim terminei o jogo com 20 horas no total e minhas expectativas foram atendidas (afinal, é um jogo simples, então eu esperava pouca coisa), por conta disso fiquei satisfeito depois que finalizei o game; possuindo mais de 20 personagens, gameplay divertida e uma história boba, Estival Versus valeu a pena sim ao meu ver.

ps: Murakumo best girl.

Pirate Warriors 4 é um jogo musou situado no universo de One Piece, a grandiosa franquia japonesa que dispensa apresentações. Honestamente, eu nunca assisti ou tive o prazer de ler os mangás tão falados da obra, então fiquei com o pé atrás em relação a esse jogo, por ser uma quarta sequência nada convidativa era óbvio que ela não contaria o começo da aventura, mas mesmo assim eu queria jogá-la, então simplesmente comecei e agora que finalizei, aqui vai uma mini análise de alguém totalmente de fora em relação a One Piece, mas que terminou PW4 como um jogo independente.

No game existe o modo história com o nome de "Log Dramático", um modo livre aonde você pode repetir todas as fases jogando com personagens da sua escolha chamado de "Log Gratuito" e um modo de jogo extra, aonde o jogador vai habilitar diversos objetivos para se fazer em novas fases chamado de "Log do Tesouro". Em relação a campanha principal, devo dizer que ela me surpreendeu, a mesma aborda arcos já conhecidos pelos fãs da franquia e oferece um final original para o game, nesse meio tempo, veremos cutscenes, diálogos entre personagens e até alguns trechos da animação do próprio anime; apresentando uma campanha bem bacaninha até mesmo para aqueles que não conhecem One Piece, mas é claro que algumas coisas vão passar batido por conta do jogo não ser tão longo, ele aborda 6 arcos ao todo e leva 15 horas mais ou menos para alcançarmos o zeramento, mas vale mencionar que existe uma enciclopédia para quem quiser conhecer melhor os personagens ou o universo do título.

Agora por ser um jogo musou, é claro que o nosso objetivo em todo percurso de PW4 vai ser esmagar botão e ver inimigo voando na tela, o game não foge disso e acaba sendo aquele tipo de musou bem quadradão mesmo, o diferencial é que ele oferece um sistema de paleta de skills, onde podemos definir até 4 habilidades para nossos personagens deixando o gameplay menos repetitivo. Sobre o elenco jogável, temos um total de 43 indivíduos ao todo, cada um com seus movesets únicos, (incluindo alguns awakenings) além de árvore de habilidade voltada na progressão do jogo. Com o fim de cada fase, ganhamos dinheiro e moeda de personagem, itens necessários para melhorarmos o status dos nossos aliados jogáveis.

A trilha sonora é decente, apresenta faixas bacanas e se destaca em momentos de cinemáticas. Já o gráfico é simplesmente bom, os cenários que são destrutivos são bem feitos e variados; os modelos dos personagens são fiéis ao original, existe até mesmo
customização onde podemos alterar a aparência deles.

Enfim senhores, recomendo One Piece Pirate Warriors 4 somente para aqueles que GOSTAM DE JOGO MUSOU, eu pessoalmente achei ele ótimo dentro desse gênero estagnado, é simplesmente divertido e descompromissado do jeito que tem que ser.

2020

Hades é foda senhores, simples assim.
Apresentação visual fantástica, o estilo artístico do game é fenomenal, todos os personagens são bonitos e bem desenhados, os cenários randômicos com diversos detalhes e animações é de se aplaudir.

As músicas tem aquela pegada chiclete que fica na sua cabeça por um tempo e todas são de alta qualidade, principalmente a pós-crédito "In the Blood". A dublagem do jogo é surreal de tão boa, a voz do Zagreus, Zeus, Hades e outros deuses com efeitos sonoros e tals é simplesmente incrível.

O combate é muito divertido, responde bem e é desafiador como qualquer rogue'like da vida; o protagonista tem diferentes movesets para cada arma que empunha; existe as bençãos dos personagens onde nos dá habilidades ativas e passivas na nossa playthrough atual e fases e chefes aleatórios para cada vez que entramos em fuga no submundo.
A progressão do game é satisfatória, tem um espelho mágico onde aprimoramos alguns atributos do Zagreus, nos dando mais hp, dano por trás, arrancada e até ressurreição.

A história é bacana e te prende por boa parte do tempo, os personagens são bem carismáticos e apesar de toda narrativa ser simples, acaba funcionando bem. O objetivo principal do jogo é fugir do submundo, mas mesmo quando fugimos pela primeira vez não é de fato um "zeramento"; para se ter a conclusão do jogo com os créditos rolando e tudo é preciso fugir 10 vezes no total, um valor um tanto exagerado e cansativo de se alcançar, mas ta ai né. Existe ainda um epílogo para aqueles complecionistas que ousarem maximizar tudo que tem na obra.

A dificuldade é moderada, o lance mesmo é decorar o que cada inimigo faz e quais vantagens são boas para sua jogatina atual, então não é nada impossível.

Por fim finalizei o game com 15 horas no total, gostei bastante do que esse indie ofereceu e com certeza ele dá um pau monstruoso em muito Triple A por ai.

Edit: Rejogado e platinado em 2022, foi bem divertido fazer o epílogo, agora é só esperar pela sequência..

Valkyria Chronicles é um RPG tático ala XCOM com temática militar e visual anime'like da vida.

Sua narrativa é simples e funcional, pautas como preconceito, amor e obviamente guerra são os pilares centrais da história. Seu background e world building são ótimos, como exemplo temos a lenda das Valkyrias, a realidade dos Darcsens, o Ragnite sendo o principal causador de todo o confronto entre a Federation e o Empire etc. Com isso temos um bom elenco de personagens, onde a maioria assim como todos possui seus problemas e objetivos na vida, dando aquela humanizada em cada indivíduo como um todo.

A trilha sonora é boa e consegue aparecer nos momentos certos.
O visual do jogo é meio ultrapassado, mas estamos falando de um remaster de um game de 2008 que saiu originalmente pro PS3, então né.. paciência; a franquia possui uma identidade excêntrica que seria a "borda branca" em que estranhamos inicialmente e não existe uma opção de remoção, isso se dá por conta do jogo ser uma espécie de conto ou relato vindo de algum personagem, então de fato tudo aquilo que aparece no game é uma história e a borda branca seria esse efeito visual sugestivo.

O combate como eu disse lembra bastante XCOM, existe o permadeath (morte permanente de personagens), movimentação tática, classes de soldados, gerenciamento de equipamentos, taxa de acerto e por ai vai. O "divertimento" está atrelado na dificuldade do jogo, então pra mim quando as minhas estratégias davam certo eu adorava o game, mas quando o jogo me macetava eu dava rage quit, então vai de cada um. O fator RPG do jogo é bacana, nós podemos recrutar soldados para nosso esquadrão e cada um deles são personagens únicos, com aparência, lore e talentos individuais; no entanto eles não tem envolvimento na história, somente no gameplay, mas apesar disso é difícil o jogador não criar um vínculo com alguém em específico. Podemos subir o nível das classes dos soldados com xp e comprar melhoramentos para armas e afins através do dinheiro.

Enfim senhores, esse jogo é muito bom, seu gameplay é desafiador, o final é satisfatório pra caralho e a Selvaria é motivo suficiente pra todo mundo começar a jogar Valkyria Chronicles, recomendo pakas.


Scarlet Nexus é um JRPG bem trabalhado, ele acerta bem na sua aparência, trilha sonora, combate e personagens, mas acaba falhando em alguns aspectos como a própria história e conteúdo secundário.

Inicialmente o que me chamou atenção no jogo foi seu visual, apesar da obra não possuir um dos melhores gráficos da geração ela consegue ser estilosa e bonita ao mesmo tempo, escondendo sua simplicidade na estética brain punk e destacando algo chamativo para o player direcionar sua atenção. O cel shading é muito bonito e a aparência dos personagens é bem agradável, tornando a apresentação visual de modo geral bem satisfatória como um todo.

A trilha sonora é bem bacaninha, elementos como rock/pop e jazz aparece constantemente no decorrer do jogo, em momentos emocionantes ocorre algumas entradas de piano e por ai vai, experiência bem positiva nesse aspecto.

O combate hack and slash é bem divertido, possui elementos estratégicos como usar uma skill na hora certa ou explorar as fraquezas dos inimigos, elementos de rpg como valores de dano pipocando na tela e preparação de equipamentos, fora a identidade do jogo que seria as ações especiais que podemos realizar através da psicocinese dos protagonistas. Falando neles, apesar de ambos possuírem o mesmo poder, o playstyle de cada um se difere, então vale freezar que cada personagem tem uma abordagem diferente no combate.

A história é dividida por rotas onde cada rota jogaremos com um protagonista da nossa escolha, no entanto a narrativa é a mesma, então depois que terminarmos o jogo pela primeira vez, já saberemos como tudo irá terminar na próxima jogatina com outro protagonista; O que difere mesmo uma da outra é a primeira metade da playthrough, assim como uma nova perspectiva na história já que assumiremos um novo personagem. Pessoalmente não gostei muito da temática do jogo, assim como seu enredo bagunçado, onde chega um momento em que ele joga plot twist em cima de plot twist no jogador não dando tempo para ele processar tudo que testemunhou; Embora a trama é interessante, não deixa de ser simplista e mal nivelada, trazendo um vilão vazio com motivos superficiais na batalha final bem previsível.

De conteúdo secundário nós temos side quests desinteressantes, sendo basicamente desafios em combate, não trazendo nenhum enriquecimento no universo do jogo, muito menos recompensas decentes; Episódios de personagens, onde você passa tempo com seus aliados ouvindo seus problemas e conhecendo melhor cada indivíduo, sendo esse no caso uma secundária bastante positiva pra esse tipo de game. Shiden, Hanabi e Tsugumi foram meus favoritos enquanto os outros personagens foram decentes de modo geral (tirando a Arashi, ela foi um completo desperdício). Yuito e Kasane tem seus prós e contras mas só pelo fato de ambos não seguirem aqueles arquétipos de perspectiva já fico contente.

Por fim finalizei Scarlet Nexus com 60 horas no total, save digno de platina, apesar do título possuir seus altos e baixos é um bom jogo como um todo, acredito que é o JRPG mais acessível para o público geral que não tem familiaridade com esse gênero, de qualquer forma, foi muito bem vindo em 2021.


Ys VIII é um jogo fantástico, possui ótimos personagens, uma narrativa bem construída, trilha sonora digna de diversos elogios junto com um sistema de combate divertido e desafiador.
Nota: não precisa ter conhecimento dos outros jogos para aproveitar esse título ~

Sua exploração é prazerosa, cada canto e cada cenário no jogo esbanja carisma e identidade, a ilha de Seiren é gigante mas segmentada, com isso iremos nos aventurar em diversos biomas e localidades. Existem ainda passagens secretas e muitas ramificações de caminhos, onde só iremos liberar com certos itens ou equipamentos mais futuramente no jogo.

O combate é ação em tempo real com uma paleta de skills para cada membro da party, sendo que cada um é especializado em um tipo de ataque, seja ele cortante, impactante ou perfurante; e os inimigos possuem suas resistências e vulnerabilidades se baseando nesse sistema. A progressão do jogo está atrelado ao combate e missões gerais, sejam elas principais ou secundárias, ganhamos níveis derrotando monstros e consequentemente aprendemos novos golpes, já as quests desbloqueiam novos recursos para a nossa base, como uma bancada de crafting, criação de poções, comércio dentro da ilha e por ai vai. E sinceramente, dá gosto de fazer side quests e falar com os NPCs nesse game; pois tudo tem relevância.

A história é muito bem nivelada, ela consegue te deixar intrigado com a ilha misteriosa além de apresentar os personagens no devido momento, inicialmente parece tudo muito simples, mas depois as coisas vão escalonando até você ficar de queixo caído.

Os personagens são muito carismáticos e a dublagem é muito bem feita, a Dana provavelmente é uma das melhores protagonistas femininas de JRPGs em que conheço e ela sendo dublada pela Brianna Knicker foi a cereja do bolo. No geral gostei de todo mundo do elenco, até mesmo dos secundários como Dogi, Miralda, Alison e Kathleen, além de outros.

A trilha sonora é de qualidade Falcom, belíssima com faixas marcantes como "Sunshine Coastline", "A Footprint in the Wet Sand", "Sound of the night" etc.

O gráfico é simplista mas é bonito, me lembrando bastante os primeiros jogos de Cold Steel, que é da mesma desenvolvedora. As ilustrações de personagens são lindíssimas.

Por fim, eu adorei a minha experiência com Lacrimosa of Dana, sendo meu primeiro Ys e com minhas 50 horas de completude definitivamente recomendo esse game para todos os públicos.

Primeiramente Berseria é meu primeiro Tales of da franquia, portanto não tenho nenhuma familiaridade com os outros títulos anteriores até o momento, com isso em mente vou passar as minhas experiências que tive com esse game nesse formato de review.

Como um todo eu tive uma onda de impressões positivas e negativas com esse episódio da série, ele acerta muito bem na sua história e nos seus personagens mas falha no sistema de combate e nos elementos de RPG.

O ritmo é bem lento no começo e as coisas só começam a se engrenar lá pras 30 horas de gameplay, mas analisando tudo inteiramente posso dizer que seu roteiro foi bem completo até sua finalização, não deixando quase nenhuma nuance em seu caminho e apresentando tudo no seu devido momento.

Entre exploração em terceira pessoa simplista, belíssimas cinemáticas feitas pela Ufotable e muitas cutscenes você vai pegando o jeito da coisa, acompanhando tudo isso temos o sistema de combate de movimentação livre meio hack and slash/beat 'em up/esmaga botão com uma customização gigante de ataques e combos da escolha do jogador. Mas analisando esse sistema mais a fundo, apesar dessa suposta liberdade onde podemos "montar" nossos ataques e combos, na prática isso acaba se tornando meio chato e cansativo de se mexer, quando nossos personagens upam de nível eles adquirem novos ataques e com isso você precisa reorganizar seu combo mapeado se quiser colocar esse novo ataque no meio dele, e tenta fazer isso com 6 personagens onde cada botão do controle é um combo de 4 golpes, isso acaba se tornando um saco senhores, por conta disso lá pro late game eu só me importei de jogar com a Velvet e fiquei por isso mesmo. Uma outra coisa que eu não gostei foi a mecânica dos equipamentos, todos eles possuem um status único onde pode ser herdado pelo personagem que equipá-lo, para isso basta o sujeito equipar o item específico até um tempo determinado que ele herdará aquele status permanentemente; esse sistema quebra completamente o gerenciamento de equipamentos nos personagens, ele basicamente obriga o jogador a equipar equipamentos horríveis só para pegar aquele status único para o personagem, então não, builds gerais não funcionam nesse game.

Em questão de gráfico e trilha sonora o título em questão não se destaca mas também não deixa a desejar, os modelos dos personagens são bons e até customizáveis, os cenários possuem uma boa diversidade mas seguem aqueles padrões de mapas JRPGs simplórios, já a trilha sonora infelizmente me decepcionou um pouco, achei bem genérica como um todo com quase nenhuma faixa marcante ou interessante.

Por fim, eu diria que entrei no jogo pelo combate mas terminei ele pela história, gostei pakas de personagens como Magilou, Eleanor, Velvet e Aizen mas sofri com o restante do game, mesmo assim fiquei satisfeito quando finalizei Tales of Berseria nas minhas 70 horas de jogatina, recomendo ele para os interessados do gênero e detalhe, o jogo está inteiramente em português, então sim Juquinha você vai conseguir entender a história tranquilamente, bom jogo ai.

Ps: Biefu é o pior mascote de jogo japa que eu tive o desprazer de conhecer, a Magillanica merece um troféu por aturar ele, o bixo é pior na dublagem japonesa, fica naquele bordão desgraçado de BIEEEEEEN.




Persona 5 Strikers é um exemplo de como um spin-off deve ser, ele aposta em novas experimentações sem abandonar a identidade do jogo base, atraindo novos jogadores para a série principal e ainda agradando os antigos com suas características predominantes.

Se tratando de uma sequência do Persona 5 (embora pra mim o Royal seja canônico e ninguém irá me convencer de que não seja mas anyway) os eventos do novo título se passam depois de uns meses do jogo original, com isso os nossos queridos Phantom Thieves acabam se metendo em algumas confusões e voltam à ativa, mais unidos do que nunca.

Devemos lembrar que esse projeto não é um game principal da franquia, portanto muita coisa foi reduzida e simplificada, então não espere confidants com rank até o 10 ou uma baita liberdade de decisões que você podia tomar a cada dia do jogo passado; espere algo simples mas com selo de Persona, ainda temos o elemento visual novel com lindos sprites e aquele visual estiloso muito bonito que conhecemos, além de uma trilha sonora excelente (The Ai and the Heart e Counter Strike que o diga), novos personagens que foram muito bem vindos para o grupo e por ai vai.

O combate pode ser um divisor de águas para o público, apesar de ser musou ele tem uma certa complexidade que não deixa o jogador apenas esmagando botões; as magias tem uma grande importância nas batalhas assim como no original, os Shadows tem suas determinadas fraquezas e isso que define o fator estratégico do jogo, você prefere castar aquele curse naquela Pixie do seu lado ou usar um Matarukaja na sua party pra enfrentar aquele mini boss? A escolha é sua. Cada personagem tem seu playstyle, todos individualizados com ataques e elementos únicos, além de golpes especiais de encher os olhos e ainda podemos interagir com o cenário, ir atrás de chefes secretos e fazer side quests durante o game inteiro.

A dublagem americana deve ser mencionada, em alguns momentos ocorre um problema de volume nos diálogos, tem certos momentos em que a trilha sonora acaba se sobressaindo em algumas situações. A história tem seus altos e baixos, arcos bons e arcos ruins como um todo, mas o que realmente me importou foi a satisfação de acompanhar novamente aqueles personagens em uma nova aventura.

Durante minhas 50 horas de jogatina, como um fã da franquia gostei bastante do jogo; pra um spin-off musou que ninguém dava nada quando foi anunciado, isso daqui é ótima derivação da série principal que todos os jogadores de Persona 5 deveriam jogar.


Remaster do jogo base onde o original só tinha saído no Japão, com essa nova versão é visível as melhorias gráficas, o aprimoramento no sistema de combate, a redublagem japonesa, além de um novo final para bugar ainda mais as nossas mentes.

Eu tive uma montanha-russa de emoções enquanto estava jogando esse game, em certos momentos a história me deixava intrigado com personagens excêntricos que eram apresentados, em outros eu ficava entediado e principalmente frustrado realizando as side quests totalmente repetitivas ala MMORPGs, já mais pra frente eu ficava maravilhado com a trilha sonora, depois voltava aquela angústia de NÃO TER A POHA DE UM FAST TRAVEL DECENTE EM UM MAPA COM MAIS DE 10 LOCALIDADES, logo em seguida eu sempre me pegava elogiando a dublagem muito bem feita durante as conversas, mas por fim, eu já estava querendo me jogar de um prédio logo quando zerei o game pela primeira vez, pois eu já não estava aguentado mais. (Aqui vai uma observação: Para ter a experiência completa de Nier Replicant, assim como Nier Automata e Drakengard por exemplo, você precisa zerar os jogos múltiplas vezes para ter um melhor entendimento, sem falar que em certas playthroughs os eventos da história podem sofrer adições ou até mesmo alterações) Então tive que me forçar a jogar mais 3 vezes, ou melhor dizendo, pegar o maldito final E pra ver FINALMENTE O FINAL DEFINITIVO e meu deus como foi frustrante.

O combate desse jogo bebe bastante da fonte de Nier Automata, mas é bem diferente quando se trata de progressão de personagem; níveis aqui não tem muita relevância fora aumentar sua barra de HP E MP, e o protagonista não possui tanta variedade de ataques, então.. meh, tem aquele sistema de words que adiciona umas passivas no personagem, como mais dano nos ataques ou menos consumo de MP nas magias, mas não é nada tão complexo ou tão legal de se mexer.

A trilha sonora é excelente mas infelizmente enjoa com o tempo, ela acabou perdendo seu brilho ao meu ver no decorrer da aventura.

A história é confusa, enigmática e até mesmo simbólica, sendo bem difícil de se entender todos os pontos e mano do céu, tive que procurar explicações na internet para compreender tudo, pois não manjo tanto da lore de Nier e Drakengard no geral e infelizmente o jogo não te explica muita coisa, apenas te taca as informações e fica por isso mesmo; ele possui personagens com um enorme potencial mas que não receberam um devido desenvolvimento (e não me venha com aquelas backgronds em formato de txt que eles nos tacaram da Kainé e do Emil, que isso eu não engulo nem fodendo), poha eu gostaria de ter conhecido melhor a Yonah por exemplo, descobrido mais sobre o Weiss e que poha era aquele shade bonecão que estava tentando usar a Yonah como receptáculo pra invocar a shade irmã dele e por ai vai.

No total levei 40 horas para atingir o último final e como podem ver eu não tive uma experiência positiva com o game, ele apresenta boas características no começo da aventura que vão se perdendo com o tempo, (lembrando de sua simplicidade por ser um jogo de nicho) logo eu acabei me vendo zerando o mesmo jogo pela quarta vez (final A, B, C e D) e quando cheguei no final E, desliguei meu PS4 com aquele gosto ruim de insatisfação na boca. Um clássico cult do Yoko Taro que definitivamente não me agradou.



Days Gone é mais uma IP da Playstation nos moldes de mundo aberto cinematográfico junto com Horizon Zero Dawn e Ghost of Tsushima, trazendo aquela fórmula de gameplay totalmente mecânica que agrada as massas com sua acessibilidade, mas também consegue entregar uma experiência positiva como um todo para todos os públicos.

Se tratando de um título de zumbis pós apocalíptico, a ambientação acerta perfeitamente em representar essa realidade e praticamente tudo nesse mundo é explorável, de cabanas abandonadas à mini cidades inteiras, com isso o jogador consegue entrar em qualquer edifício sem nenhuma limitação em busca de recursos livremente, tornando a exploração bem prazerosa para um game open world.
O sistema de hordas vale ser destacado por ser o carimbo do jogo, sendo muito divertido de se enfrentar além de ser a real dificuldade para aqueles que buscam um desafio durante a aventura.

Em questão de gráficos, progressão e história acaba sendo tudo mais do mesmo para aqueles que já jogaram os outros jogos citados; visualmente muito bonito, evolução na base de xp junto com pontos de habilidades para fortalecer o protagonista e uma história que inicialmente parece genérica, mas que no decorrer do game acabou ganhando minha atenção mais por conta dos personagens do que propriamente o roteiro do jogo; e a trilha sonora conseguiu apimentar tudo isso com ótimas faixas bem colocadas nos devidos momentos.

Então no geral senhores, o jogo é bom?
Eu com minhas 55 horas de completude digna de platina, te respondo que sim, quer um Left 4 Dead com cinemáticas ou qualquer jogin com zumbizada frenética? Pega Days Gone.

Senran Kagura Burst Re:Newal se trata de um remake do primeiro jogo da série originalmente lançada no 3DS, sendo classificado como um beat 'em up/hack and slash/musou´like, muito simplista a ponto de ser considerado jogo trash mas que conseguiu sua fama entre os adoradores do gênero junto com os verdadeiros homens de cultura.

Mas falando sério agora, simplicidade é a palavra chave pra esse game, o combate por exemplo mesmo contendo mais de 10 personagens jogáveis se mantém o mesmo, o jogador realiza umas 3 combinações de botões nos inimigos e já conclui aquele episódio e avança para o seguinte; fórmula que se repete até o final da aventura.

O roteiro do jogo é bem simples no geral, além de eventos bobos aqui e ali ele consegue soltar uns backgronds interessantes das heroínas; e o final por incrível que pareça consegue dar aquela emoçãozinha caso você se apegue a elas. Sua narrativa é dividida em duas partes e cada parte acompanha um grupo de personagens, onde você pode escolher por qual lado começar assim que inicia o jogo. A trilha sonora é um dos seus pontos mais altos, gostei bastante da maioria das faixas que foram apresentadas. A customização e o fan service é bem agradável como um todo, o jogador vai desbloqueando roupas e acessórios na loja conforme vai avançando na história e tem uma boa variação para as personagens.

Por fim, durante minhas 25 horas de complitude nesse remake, Senran Kagura me provou que ele é mais do que um joguinho pornográfico pra marmanjo de meia idade, apesar da sua simplicidade como mencionei diversas vezes acabei me divertindo bastante com o título, e pretendo ficar de olho na série daqui pra frente para novas sequências.

Ps: Yomi best girl

Nem preciso dizer que pra jogar esse daqui, você precisa pelo menos ter jogado os 3 jogos de Cold Steel, e é altamente recomendável que tenha conhecimento dos arcos de Liberl e de Crossbell (Trails of Zero/Trails in the Sky).

Trails of Cold Steel IV ou Sen no Kiseki IV para os íntimos, é o capítulo final que fecha com chave de ouro a saga da Class VII como um todo; e apesar dessa longa jornada ainda temos o Hajimari no Kiseki nos aguardando, uma continuação desse quarto game que atualmente ainda não foi lançado pro resto do mundo.

Mas vamos lá senhores, Cold Steel IV segue a mesma vibe do Cold Steel III só que com mais adições; entre elas temos a volta das Lost Arts do segundo jogo, um mini game ala Tetris chamado Pom! Pom! Party! e claro mais faixas musicais pra nossa alegria. O combate continua bom como sempre, a exploração continua simplista como de costume e a narrativa muito bem escrita continua sendo envolvente para nós jogadores, tanto que no final eu chorei que nem uma menina, (além daqueles créditos finais) então posso dizer que gostei bastante como tudo se concluiu. Minha única reclamação sobre esse jogo é voltada na dublagem americana, eu não sei o que aconteceu durante a produção desse game que teve tanta troca de dubladores, personagens como Lecter, Leonidas, A POHA DO OSBORNE, LAURA, tiveram suas vozes trocadas; é até compreensível a dificuldade de juntar os mesmos dubladores em 4 títulos diferentes, mas infelizmente isso não impede de ser broxante. RIP Laura fans.

Por fim durante minhas 100 horas de playthrough em Trails of Cold Steel IV e mais de 300 horas nos jogos anteriores, posso dizer com toda certeza que não só esse jogo em específico mas como toda franquia The Legend of Heroes vale muito a pena jogar, eu adorei ter acompanhado essa jornada do Rean Schwarzer; Recomendadíssimo!

Ps: REAN FOR SMASH, PROTECT ALTINA FOR ALL COST, Laura minha DPS abençoada, Elise melhor garota, Crow melhor amigo dos JRPGs, Alisa canon girl, Aurelia pisa em mim pelo amor de deus! Towa is bae!