2022

Stray é um dos melhores jogos de 2022

Assumimos a pele de um gatinho se aventurando em um mundo cyberpunk, e como qualquer gato, nosso protagonista sem nome consegue alcançar locais altos através do pulo, fazendo o level-design ser bastante verticalizado, enriquecendo ainda mais os cenários em que vamos passar no decorrer da nossa exploração. Falando em exploração, posso dizer tranquilamente que a ambientação desse jogo é uma das melhores em que já testemunhei, lembrando títulos como The Last of Us e a franquia Bioshock, onde possui muita vegetação, estruturas inabitáveis, cidades populosas e cômodos cheios de detalhes; o mapa é rico suficiente a ponto do jogador questionar o passado e o que levou aquele ambiente ao estado atual. Os gráficos são bons e os efeitos de iluminação são ótimos, tornando a experiência visual desse game um colírio para os olhos.

A trilha sonora é fantástica, não consegui categorizar quais gêneros algumas faixas se encontram, mas no geral combinam muito bem com a essência do game.

A gameplay é totalmente focada na exploração, vamos apenas andar, pular, correr e falar com NPCs, de vez em quando enfrentaremos alguns inimigos e pequenos quebra-cabeças; o jogo ainda tem colecionáveis chamados de lembranças.

Pra finalizar, Stray é um game único de incrível qualidade, acredito que faltam jogos como esse hoje em dia na indústria e definitivamente esse aqui vai ser um clássico daqui a 10 anos, recomendo fortemente para todos os públicos.

Jogo meme totalmente inspirado em Jaws Unleashed, basicamente você é um tubarão e seu objetivo principal é comer tudo que se mexe no seu caminho, consequentemente receberemos XP e nutrientes para fortalecimento do bixão, volta e meia ganharemos novas "partes do corpo" concedendo habilidades passivas e status melhores.

Fora esse conceito interessante de sermos um monstro marinho podendo tacar o terror nas águas, o jogo não oferece muita coisa; Os gráficos são datados, a história é inexistente e pra piorar o título é mal otimizado.

O mapa do game é segmentado e felizmente cada região tem sua personalidade, iremos nadar por pântanos, altos mares, praias, parques aquáticos e por ai vai; a variedade de inimigos não é muita, iremos enfrentar jacarés, tubarões, peixes grandes, baleias, orcas, além de humanos. Existe ainda uma black list de caçadores, quando você provoca o caos eles irão aparecer para te caçar, então tenha cautela.

Uma coisa bacana é que o game está inteiramente em português, a dublagem é boa graças ao narrador que fica nos acompanhando o jogo inteiro; a trilha sonora no entanto.. é basicona.

Por fim senhores isso é Man Eater, pessoalmente não gostei do título por ser muito repetitivo e simplório, nada te empolga mesmo com alguns acertos listados aqui, a gameplay é quebrada e nada te prende muito, então caso queira experimentar mesmo assim, vale a discrição.

Tokyo Xanadu eX+ é uma versão aprimorada da versão original de PS Vita lançada em 2015, essa nova edição conta com novas mecânicas de combate, personagens jogáveis, modos de dificuldade, histórias paralelas e um capítulo exclusivo pós-game.

Honestamente é difícil falar desse título sem mencionar Trails of Cold Steel, primeiramente por serem extremamente parecidos e segundamente por serem da mesma desenvolvedora; O primeiro jogo veio em 2013 enquanto o Tokyo original como eu disse é de 2015, portanto, quem deu CTRL C CTRL V foi esse aqui em questão; então por exemplo: visuais, mecânicas, customização, mini games e até mesmo progressão de jogo, é tudo retirado da fórmula de Cold Steel. O problema aqui é a falta de identidade e originalidade vinda de Xanadu, minha experiência com esse game foi bizarra justamente por que parecia que eu estava jogando um outro jogo; então fica aí meu ponto.

Voltando a falar dele unicamente, Tokyo Xanadu eX+ é um JRPG que mistura combate em tempo real com seções sociais entre NPCs, lembrando franquias como Persona, Blue Reclection e o próprio Trails of.

A história é decente na medida do possível, é uma experiência que ultrapassa 50 horas facilmente, apresentando personagens, construção de universo, eventos mirabolantes, mas não espere muita coisa; em alguns pontos ela é bem previsível e tem seus clichês aqui e ali, a narrativa lembra bastante aqueles animes colegiais sobrenaturais, então é aquele nível..

O combate é o ponto mais baixo do jogo, ele é simplesmente.. simples, não existe descrição melhor ao meu ver; temos ataque normal, ataque a distância, ataque aéreo, ataque de segurar o botão e 3 especiais, um com cinemática, o outro é tipo um poderzinho individual e o último você entra no estado de "awaken" com mais algum parceiro. As batalhas acontecem em labirintos no estilo corredor, onde no final delas tem um boss te esperando (na maioria das vezes); podemos levar até 3 personagens em um labirinto, onde cada um se difere do outro em questão de moveset e tals, mas não existe evolução ou aprendizado de novas habilidades; é daquele jeito do começo até final do game. Cada personagem tem seu elemento correspondente assim como os monstros, então antes mesmo de entrar na fase, vale a recomendação sobre quem levar de acordo com as fraquezas dos inimigos.

A trilha sonora é só elogios, felizmente nesse quesito o jogo tem identidade, faixas como "X.R.C", "The Usual Morning" "Today´s Schedule" ou "Looking for Clues" foram bem marcantes ao meu ver (Hazy Moon que o diga).

Os gráficos em si não me incomodaram, os personagens são bonitinhos, os cenários são decentes e as ilustrações são bonitas, nada mais que isso.

Por fim é isso senhores, apesar dos problemas eu ainda consegui gostar da aventura, o combate é chato? Sim; a história não é lá essas coisas? Com certeza, mas tem alguns personagens que me prenderam no fim das contas, Asuka, Hokuto, Jun e Kou foram bem bacaninhas de acompanhar, e apesar daquele final verdadeiro sem sentido no After Story ainda sim.. mas vale a discrição, então na melhor das hipóteses Tokyo Xanadu eX+ é mediano.

ps: bad ending > true ending, na moral que poha vocês fizeram Falcom?

Eu sei que é meme fazer uma review de Wild Rift mas cara, eu jogo esse negócio todo santo dia, então me sinto na obrigação de pelo menos fazer uma pequena menção dele aqui na plataforma, então vamos lá ~~

League of Legends: Wild Rift ou simplesmente Wild Rift ou também chamado de celulol para os íntimos é uma versão simplificada do gigantesco jogo da riot criado em 2009. Atualmente ele se encontra na versão 3.3 (marcado pela chegada do Kassadin) e como qualquer jogo de serviço, é interminável, não existe campanha principal, muito menos modo história.

O game é definido por partidas únicas de 20 a 40 minutos, onde 10 jogadores ao todo são distribuídos em 2 times, contendo no final 5 de cada lado e todos devem exercer uma função específica, tendo o atirador (adc), o suporte (sup), selva (jg), posição meio do mapa (mid) e posição topo do mapa (top). Depois disso iremos escolher um campeão que se qualifica nessa posição e começaremos o jogo.

O nosso objetivo principal durante a partida é destruir o Nexus do inimigo, mas para alcançarmos esse feito primeiramente teremos que fazer uma série de coisas antes mesmo de chegar na base do time adversário; realizar objetivos como destruir torres defensoras e abater dragões, além de arautos e até mesmo o famoso Baron é extremamente importante; no meio desse processo com certeza iremos confrontar o time inimigo, então abates de jogadores além de tropas que vão aparecendo no mapa infinitamente é muito importante também, com isso ganharemos dinheiro e compraremos itens para fortalecer ainda mais o nosso personagem e assim vai seguindo o jogo até o final da partida.

A complexidade de Wild Rift é a mesma do League of Legends, cada campeão precisa ser estudado, assim como seu conjunto de itens, suas formas de se jogar, mecânicas para explorar e builds para montar; existem ainda composições de personagens, combinações de feitiços e por ai vai. A diferença da versão mobile para PC é justamente o mapa do jogo; não existe por exemplo inibidores nessa versão, as partidas são mais rápidas e o nível máximo chega apenas no 15.

O visual do jogo dá de 10 a 0 do seu concorrente, os modelos 3D dos personagens, variações de skins e até mesmo pose de batalha são apresentações visuais muito positivas exclusivamente para essa versão. Os gráficos in-game são bonitos, mesmo nas resoluções mais baixas continuam sendo minimamente decentes. Conexão e performance do aplicativo varia bastante do seu dispositivo, pelo menos para mim quase nunca tive queda de FPS e a internet depende do seu roteador, e não do servidor como muitos acreditam e tacam fogo na empresa.

Como o título é gratuito temos micro transações, skins que variam de categoria normal, épica e ultimate; passe de batalha para aqueles que jogam diariamente e por fim alguns passes limitados de evento; felizmente nada de pay to win.

De modos de jogo temos o clássico normal game, rankeadas, rankeadas lendárias, urf temporários e por fim ARAM. Quase todos os modos se passam no icônico mapa de Summoner's Rift; onde pode ser encarado como um campo de futebol ou uma quadra de basquete por exemplo, a repetição é proposital justamente para que todos os jogadores conheçam o mapa e tirem proveito dele no decorrer das partidas.

Por fim senhores, isso é Wild Rift, se está atrás de um jogo viciante e competitivo para celulares recomendo fortemente, apesar da comunidade tóxica e falta de recompensas decentes, é um jogão que só promete evolução daqui pra frente.

Resident Evil 4 é um jogo atemporal com tamanha qualidade; jogando em 2022 é difícil de acreditar que esse game lançou em 2005 na geração do GameCube e até hoje consegue proporcionar uma ótima experiência para aqueles que desejam revisitar o título em questão.

A história é simples e funcional, os personagens são poucos mas são marcantes; como um survivor horror raiz, o gameplay é tiro em terceira pessoa com gerenciamento de recursos, onde precisamos gerenciar sabiamente nossos itens em uma maleta por quadrantes, onde nela colocaremos tudo que pegarmos no decorrer da aventura; esse sistema de inventário é bastante único e customizável, o jogador precisa pensar minuciosamente no que leva e o que ele precisa naquele momento, enquanto vai se deparando com novos itens e lidando com dilemas sobre o que levar e o que descartar.

A trilha sonora é boa, na maior parte do tempo é silenciosa devido a ambientação do título, mas faixas como do castelo do Salazar e da máquina de escrever por exemplo são simplesmente icônicas.

Os gráficos pra época eram muito bonitos e apesar de existirem modelos de inimigos reciclados, não chegava a incomodar.

De pontos negativos: a mira do jogo era lenta e a movimentação do Leon era muito durona, a câmera fixa em cima do personagem também não ajudava, mas tudo se tratava de adaptação do jogador. Essa versão HD em específico é simplesmente decepcionante, tirando personagens tudo nesse jogo está borrado, a campanha da Ada por exemplo que é um modo extra, não recebeu nenhum tratamento nas cinemáticas; foda que existem versões melhores desse game, mas infelizmente no PS4 é o que temos.

Por fim RE4 continua sendo um game excelente (apesar dessa versão porca) espero que o remake supere o original trazendo melhorias e mais incrementações, mas sem abandonar a fidelidade desse clássico da franquia.

ps: que ódio que passei contra o Krauser no profissional, mano do céu.

Crash 4 é um exemplo de como trazer novamente uma franquia de volta ao mapa, o quarto título não abandona suas raízes e ainda consegue evoluir junto com a indústria no quesito de acessibilidade, gameplay, além de gráficos atualizados.

Visualmente o jogo é deslumbrante, parece que estamos dentro de um desenho animado com diversos cenários e personagens caricatos, as animações e pequenos detalhes mostram o quão bem feito o game foi construído.

A história é bobinha e acessível até mesmo para aqueles que nunca jogaram um jogo do Bandicoot, acompanhada com uma excelente dublagem e ótimas cutscenes.

A dificuldade como um game platformer é alta, ela aumenta gradativamente conforme vamos avançando nas fases, introduzindo novas mecânicas e exigindo muito reflexo e concentração do jogador. O complecionismo que é uma característica enraizada na franquia Crash, nesse título em questão para alcançar os 106% você pode simplesmente vender sua alma pro diabo para conseguir tal façanha.

A trilha sonora é muito boa, combina bastante com os respectivos ambientes; a maioria são faixas urbanas, futuristas ou eletrônicas.

De coisas adicionais temos skins desbloqueáveis, modo cooperativo, N Verted (modo espelhado com filtros) e por fim fases adicionais.

Para finalizar, Crash Bandicoot 4 It's About Time é um excelente jogo de plataforma para os tempos atuais, mas a dificuldade chega a ser frustrante em alguns momentos, o que pode manchar um pouco a imagem do título maaas, vale a recomendação com toda certeza.

Se tratando de um standalone do miranha de 2018, esse novo título é uma sequência altamente recomendável para aqueles que desejam pegar o Marvel´s Spider-Man 2 futuramente; trazendo um protagonista extremamente carismático, novas mecânicas de combate e uma Nova York repaginada.

A história é o ponto mais fraco do título, trazendo uma trama previsível com vilões vazios, mas felizmente, o que a deixa interessante é algumas aparições de figuras conhecidas da franquia e claro, o Miles Morales. O personagem consegue carregar a narrativa inteira nas costas, graças ao seu grande carisma e desenvolvimento no decorrer do jogo.

As cinemáticas são de alta qualidade; os trajes do Homem Aranha durante as cutscenes com diversos detalhes e luz refletido sobre, é simplesmente incrível. O gráfico realista dispensa comentários, segue o mesmo motor gráfico do jogo original e continua sendo muito bonito.

O gameplay é divertido, ficar passeando pela cidade realizando manobras no ar, ou dando aquele sarrafo nos inimigos é extremamente prazeroso. De novidades temos uma nova mecânica de combate chamada de poder Venom, onde o Miles consegue realizar alguns movimentos únicos se diferenciado do Spider-man do Peter Parker; além disso, temos novos colecionáveis, trajes e atividades de treino. A cidade de Nova York apesar de ser a mesma recebeu algumas mudanças, como a chegada da neve, além de esconderijos novos.

A trilha sonora é fantástica, agora temos faixas urbanas devido a nova identidade do jogo e foram muito bem vindas.

Por fim senhores, recomendo fortemente esse jogo para aqueles que jogaram o primeiro Spidey e gostaram, esse novo capítulo da franquia abordando o Miles é indispensável para os adoradores do cabeça de teia.

O segundo episódio da franquia musou Hyrule Warriors e um "prequel" do tão aclamado Breath of The Wild.

A história do jogo é simplista, porém muito bem apresentada, as cinemáticas são lindas e a dublagem continua sendo de ótima qualidade. O roteiro do título complementa ainda mais a lore do jogo original de 2017, tornando a experiência de Age of Calamity indispensável para os adoradores dessa nova fase da cronologia Zelda.

O combate é aquele musou tradicional, onde um único personagem enfrenta hordas de inimigos com facilidade e vai dominando pontos no mapa naquela suposta missão. De diferente temos recursos únicos com o Sheikah Slate nas batalhas, como arremessar bolas explosivas, criar cubos de gelo, paralisar monstros e por ai vai. Ainda temos o uso de poderes elementais obtidos por magos elementais, além da troca de unidades nos campos de batalha, em algumas missões por exemplo podemos levar até 4 personagens.

A trilha sonora é boa e segue o mesmo nível de BOTW.

No entanto, depois de algumas horas o game começa a ficar repetitivo e cansativo de jogar, mesmo com diversos personagens diferentes com mecânicas e movesets únicos.. ainda assim, enjoa com o tempo; e pra piorar o jogo possui muito conteúdo secundário, na qual você precisa fazer sempre a mesma coisa, matar chefes específicos ou derrotar uma quantidade determinada de inimigos. Depois das 20 horas fiquei de saco cheio e rushei as missões principais até o final da aventura.

Para concluir, recomendo esse título mais pela história do que pelo gameplay, ele é bom, mas na minha experiência devido ao excesso de conteúdo e a prolongação desnecessária me irritou pakas no fim de tudo; de qualquer forma minha opinião sobre o game ainda continua sendo positiva, devido ao roteiro envolvente.

Ys IX é um ótimo jogo mas acaba perdendo em comparação ao seu título antecessor, o motor gráfico ultrapassado e a cidade simplista beirando o genérico dificultou minha aceitação pelo game, mas apesar disso, mesmo com seus erros ele ainda consegue ser um sólido JRPG que me agradou bastante.

A história é misteriosa mas de certa forma previsível, tem algumas figuras que não foram tão bem aproveitadas, mas no final do game existe um plot twist de cair o queixo, os personagens da party são bons e conseguem direcionar a narrativa devidamente, cada um deles possuem seus arcos atrelados na história principal e são minimamente decentes. Gostei bastante da White Cat e do Renegade em particular.

O combate se manteve o mesmo do Ys VIII; sendo assim, temos paletas de skills, tipos de ataques, perfect guard, perfect dash, ataque supremo etc. De novidade temos os "gifts" que são ações únicas em que cada personagem pode realizar, alguns atrelados à exploração, enquanto outros são utilizáveis nas batalhas; uma outra novidade é uma nova forma de supremo onde o personagem desperta e se fortalece por um determinado tempo até o medidor se esgotar, algo bastante bem vindo.

A trilha sonora se mantém no mesmo nível, continua sendo de alta qualidade com ótimas faixas.

O gráfico é simplista e os cenários são genéricos, a cidade de Balduq é totalmente esquecível devido a falta de cenários memoráveis; quando saímos dela, encontraremos masmorras no estilo corredor e campos amplos vazios. No entanto, uma coisa legal durante a exploração é a sua verticalidade, graças aos gifts podemos escalar paredes, chegar em pontos altos, além de voar, dando aquela dinâmica gostosa no gameplay enquanto jogamos.

Por fim senhores, mesmo com seus altos e baixos ainda recomendo Ys IX fortemente, apesar da aparência genérica nesse nono título da série, o combate, trilha sonora e principalmente personagens me asseguraram que esse jogo de fato.. é muito bom.

Foi uma boa experimentação, o combate é ótimo e o elenco de personagens é variado, os gráficos são bons mas o modo história.. ai ai.

A franquia Storm é um arena fighter altamente aclamado pelo público e não é por acaso, os comandos são de fácil aprendizagem; as animações são excelentes e o game é totalmente casual, fora a ótima fidelidade e criatividade vinda dos desenvolvedores com os movesets para os personagens.

O modo história no entanto, nesse primeiro jogo me decepcionou bastante, imaginei que seria algo como o Storm 2 e acabei quebrando a cara; aqui nesse título em questão tudo é passado como um pretexto para as coisas acontecerem, nada é desenvolvido, muito menos explicado. Alguns confrontos importantes no mangá/anime como do Rock Lee x Gaara ou Sarutobi x Orochimaru é só mais uma lutinha normal nesse game. Ainda existem aquelas boss fights incrivelmente animadas com quick time events e tudo, mas infelizmente são poucas.

O modo aventura é legal só nas primeiras 2 horas de jogatina, pois as atividades irão ficar repetitivas com o tempo e a progressão do jogo é baseado em complecionismo, então se você não fazer pelo menos algumas side quests em um certo ponto do game.. não vai avançar na história principal.

A trilha sonora é original e de alta qualidade, simples assim.

No geral o que realmente salva esse título é o combate divertido, se você gosta da franquia e tem curiosidade da fase criança do Naruto recomendo dar uma olhada, mas se está em busca de uma gameplay mais robusta e refinada, Storm 4 é a resposta.

ps: sim, eles cortaram o arco do Zabuza.

Persona 4 Arena é um excelente fighter, mas infelizmente uma péssima sequência.

Jogo de luta padrão, mas com alta qualidade voltada na estética visual, trilha sonora e conteúdo secundário. O competitivo é decente e o multiplayer é okay, joguei na versão de PS4 com aqueles lobby´s e tudo mas.. de certa forma envelheceu mal para os dias de hoje.

Seguindo para modos de jogo, temos o clássico versus, arcade, multiplayer, campanha principal e um outro um tanto peculiar chamado de Golden, onde é meio RPG, com sistema de andares, níveis de personagens e afins.

As mecânicas são de fácil aprendizagem e o título recebe de braços abertos qualquer jogador casual, com facilitadores como smart combos, inputs simples e diversas mecânicas que impedem de você ficar preso no canto da tela com um arrombado te rushando no 50/50 toda hora no online.

A campanha é dividida em 4 partes: Persona 4 Arena, Persona 4 Arena Ultimax (que são 2 rotas) e por fim um episódio especial do Adachi; totalizando mais de 35 horas de pura.. 𝗩 𝗶 𝘀 𝘂 𝗮 𝗹 𝗡 𝗼 𝘃 𝗲 𝗹. O modo história é totalmente mal nivelado, onde nele você fica lendo por mais de 40 minutos até chegar em uma luta que dura UM ÚNICO FUCKING ROUND e depois advinha? Mais uma hora de leitura. O duro senhores é que a história nem é tão interessante, a narrativa do P4 Arena por exemplo conta com 12 rotas sendo que 10 delas é um What if da vida totalmente repetitivo e cansativo de acompanhar. A história do Ultimax no entanto tem aquele senso de continuidade, mas também não é nada de mais, aquele Sho Minazuki não convence nem a própria mãe sobre ele ser o vilão da parada; e o episódio do Adachi é só uma encheção de linguiça; o fan service entre os personagens do Persona 3 e 4 é agradável mas infelizmente não consegue se sustentar o suficiente até o final do game, já que ele é bem longo.

Quando finalizei o modo história dei graças a deus e simplesmente decidi abandonar o jogo, como um fighter é excelente, mas como uma continuação de Persona 3 e 4 (é canon senhores, infelizmente) é puramente medíocre. Só recomendo esse título pelo gameplay divertido.

Ps: Sinceramente? Persona 4 Dancing foi bem melhor.

Meu guilty pleasure de 2022, Blue Reflection é um jogo que mistura combates em turno com interações sociais, lembrando bastante franquias como Persona e até mesmo Fire Emblem, onde através de relacionamentos com personagens ganharemos vantagens e habilidades que nos auxiliarão nos campos de batalha.

Situado em um universo de Mahou Shoujo, o game irá se dividir em 2 tipos de "modos" por assim dizer, o primeiro deles é a vida escolar, nele iremos acompanhar o dia a dia da protagonista na escola, participando das aulas, conversando com NPCs e fortalecendo seus laços com mais pessoas; já o segundo modo seria a exploração de uma dimensão alternativa, onde nela enfrentaremos inimigos e realizaremos side quests.

Agora seguindo para termos técnicos.. o combate é totalmente quebrado, simples assim; buffs e debuffs não tem efeito, algumas skills iniciais causam mais dano nos inimigos do que as finais, fora a queda constante de FPS durante as batalhas. A exploração no outro mundo chamado de Common é simplista demais, não existe um senso de aventura, muito menos loots decentes (detalhe que não existe dinheiro no game)

A progressão de personagem é totalmente voltada no sistema social do jogo, você não ganha level nas batalhas por exemplo, o jogador só vai conseguir fortalecer suas personagens avançando na história principal e interagindo com suas aliadas no decorrer da jogatina.

A trilha sonora no entanto é fantástica, Blue Reflection entrou no meu top 3 de soundtracks ao lado de Persona 5 Royal e Kingdom Hearts 2, pra quem é amante de piano, esse jogo é um prato cheio; além da dublagem que tem muita qualidade.

A apresentação visual também é bastante agradável, as ilustrações das personagens são ótimas e a modelagem 3D é bem feita; as interfaces e Menus do jogo são bem bacaninhas.

A história é bem divisiva, segue aquela vibe slice of life (vida cotidiana) o que pra muitas pessoas é uma narrativa bem tediosa, sem muito objetivo e afins; no meu caso gostei bastante, principalmente das personagens e o final é um puta plot twist que me fez gostar do jogo independente dos seus problemas.

Por fim finalizei essa obra na casa das 20 horas com platina e tudo, recomendo esse título para quem gosta de jogos com sistemas sociais recheado de personagens interessantes, o combate e a exploração pode te desgastar com o tempo mas o final da jornada é tão emocionante que acaba valendo a pena no fim das contas.

ps - YUZU & LIME BEST GIRLS

Catherine Full Body é a versão definitiva de Catherine, um clássico cult originalmente lançado em 2011 na geração do 360 e PS3, esse novo título expande a narrativa do jogo base, além de adicionar algumas mecânicas na jogabilidade e novos desafios.

A história é bem única e é dividida por rotas, tendo uma média de 10 horas de duração e apresentando mais de 12 finais possíveis. O adultério é o principal tema durante a narrativa, e nós jogadores, devemos assumir um protagonista já comprometido em um relacionamento, lidando com diversos eventos onde supostamente ele está praticando tal ato (mas calma senhores, nada explícito aparece no decorrer do jogo). Coincidentemente o nosso personagem principal acaba se envolvendo com 3 garotas de mesmo nome, Katherine, Catherine e Qatherine; e para piorar, ele é pego por uma maldição que ataca somente os infiéis, onde no meio das noites terá pesadelos mortais.

Agora pessoalmente falando, o enredo do game é simplesmente viciante, apresentando uma história madura, com personagens adultos lidando com problemas que podemos encontrar na vida real (mesmo com alguns exageros desnecessários). Os personagens são bem carismáticos, principalmente as garotas centrais, cada uma trazendo um contraste enorme mesmo com nomes iguais.

Em questão de gráficos e trilha sonora, o jogo acerta em cheio, trazendo ótimas faixas de jazz e soundtracks marcantes como a maravilhosa "Also Sprach Brooks". O cell shading é lindíssimo e o design de personagem é excelente, esbanjando personalidade.

O puzzle do título é algo bastante único, ele consiste em escalarmos torres gigantes movendo blocos pertencentes delas mesmas até chegarmos no topo, se provando bastante desafiador caso o jogador não aprenda a escalar corretamente (algumas vezes a dificuldade chega a ser frustrante).

Durante a noite, antes de voltarmos para a casa do Vincent, iremos passar 60% do game em um bar, onde nele poderemos interagir com personagens, mandar mensagens de texto, além de beber.

De novidades dessa nova versão chamada de Full Body, além da Rin trazer sua rota exclusiva, temos um modo alternativo para os puzzles, novos finais para as garotas do jogo original e novas faixas de música.

Para concluir, recomendo muito esse título para aqueles que estão em busca de algo diferente, Catherine Full Body é um game único e certamente merecia mais reconhecimento do público, tenho certeza que esse título irá envelhecer bem com o tempo, assim como um bom vinho (quem entendeu, entendeu)

ps: CATHERINE BEST GIRL

Boku no Hero versão Naruto Storm só que inferior, porém achei ele bem divertido como um Arena Fighter situado nesse universo de super heróis.

A história do jogo é só uma recapitulação da segunda temporada do anime, não oferece nada de novo ou relevante para quem já assistiu ou leu o mangá. No entanto para minha surpresa o game oferece duas rotas no modo campanha, a rota do herói e a rota do vilão, mas apesar disso acredito não bate nem 6 horas de duração.
De modos de jogo temos o modo história, arcade, versus, multiplayer (que está morto praticamente, já que todos os jogadores migraram para o One's Justice 2) e um modo missão meio RPG um pouco mais interessante.

O combate sendo o principal destaque é puramente divertido, os produtores foram bem criativos com certos personagens em seus movesets e a fidelidade que cada um deles foram retratados nesse título não foi brincadeira. Ainda podemos customizá-los mudando seus trajes ou colocando acessórios na cabeça por exemplo.
O tamanho do elenco é mediano, se tratando de um jogo de luta casual onde o principal fator é ter figuras conhecidas da franquia, tem o suficiente mas poderia ter bem mais.

A trilha sonora é decente e a apresentação visual do game é estilizado lembrando HQs com onomatopeias e afins, claramente o título não teve um bom orçamento na hora da produção, o cel shading usado na modelagem dos personagens é bem feinho.

Por fim considero o primeiro One's Justice simplesmente decente e divertido JUSTAMENTE por conhecer a franquia, para quem é de fora e nunca ouviu falar dessa obra.. é melhor passar longe.

Anno Mutationem surpreende com seus belíssimos gráficos em 2.5d, apresenta um ótimo combate side-scroller lembrando alguns metroidvania´s da vida, contendo uma trilha sonora de alta qualidade situado no gênero Cyberpunk e por fim, oferece uma boa história para quem busca um senso narrativo nesse título, tendo em média 10 horas de campanha até o zeramento.
Agora pessoalmente falando, gostei bastante da protagonista e de sua parceira em particular, a química entre as duas funcionou muito bem ao meu ver; fora os easter egg´s envolvendo VA-11 Hall-A, pra quem jogou a visual novel vai pular da cadeira com as surpresas.

Elementos de RPGs estão presentes no game e são bem decentes de certa forma, tem sistema de loot, árvore de habilidades, side quests, valores de dano, compra e venda de itens, status elementais e por ai vai.

O gráfico como eu disse é belíssimo, totalmente em pixel art, sendo provavelmente um dos jogos mais bonitos envolvendo essa direção de arte; as ambientações do jogo são incríveis, principalmente as cidades com diversos NPCs, carros e detalhes nas ruas.

A narrativa como eu disse é boa, porém a conclusão da história foi meio anti-climática, deixando algumas pontas soltas envolvendo certos personagens que me frustrou bastante, pois naquela altura do campeonato eu já estava bastante investido naquele universo e gostaria que certos indivíduos tivessem um desfecho melhor, coisa que não aconteceu.

De problemas gerais o jogo possui alguns, tive 2 crashes além de bugs envolvendo dublagem e algumas quedas constantes de FPS em certos cenários. Precisaria de uma otimização melhor.

Outro problema que me decepcionou com o título é a inexistência de um fator replay, não existe seletor de dificuldade, muito menos um new game+ por exemplo (pelo menos até o momento dessa análise).

Mesmo com seus altos e baixos, ANNO Mutationem ainda deixou uma imagem positiva na minha concepção e por isso ainda recomendo fortemente esse título para todos os públicos e detalhe, o jogo tem localização para o Brasil, então legendas em português estão inclusas no pacote.