568 reviews liked by Kuzunoha


Uma Boa estética
Um bom design de criaturas
Uma boa atmosfera
Um texto intrigante.

Porem em termos de gameplay, movimentação e etc, digamos que é precário até demais...

Infelizmente nao consegui jogar mais que 3 horas... Talvez numa sequel eu volte, fiquei curioso!

Simplesmente um filme do Michael Bay jogável, com o mesmo roteiro ruim (ainda que tenha sido escrito pelo autor de Altered Carbon), a mesma atuação questionável e a mesma falta de profundidade em basicamente tudo, mas divertido pra cacete.

Crysis 2 segue um caminho bem diferente do primeiro jogo, ele abandona as fases abertas e o combate cadenciado, substituindo eles por uma campanha genérica de tiro no mesmo estilo de qualquer Call of Duty dos últimos 20 anos, a diferença é que você tem uma gameplay extremamente fluída, muito melhor que a do primeiro jogo, com um combate delicioso e vários poderes pra você se sentir foda, e o principal, esse é um dos únicos jogos que dá pra fazer absolutamente tudo que é mostrado no trailer em CGI dele.

A história disso aqui é um chorume até a reta final, só ali que ela fica interessante, mas diferente do primeiro jogo onde eu tava cagando e andando pro Nomad como protagonista, o Alcatraz no segundo jogo não fala UMA palavra a campanha toda e é um boneco com mais profundidade, durante toda a história o jogo insiste em dizer que você é um "Dead Man Walking", um "Post-Human Warrior", já no começo do jogo o Alcatraz perde toda sua humanidade, ele se torna algo mais que humano (ou talvez menos dependendo do ponto de vista), ele não pode falar, ele não tem sentimentos, ele só tá vivo por causa da nanosuit e o próprio corpo dele tá se fundindo com ela, o nome do personagem representa muito bem isso, ele tá preso à roupa, assim como a prisão se chama Alcatraz, você joga com um homem morto que segue andando mesmo que ele não tenha nada a perder, e no fim, ele perde até o próprio corpo, ele é reduzido a uma mera arma de combate.

O maior destaque do jogo é o gráfico, a física e os mapas abertos foram reduzidos em prol disso rodar nos consoles, é simplesmente absurdo o gráfico até hoje, todos os cenários, sombras, iluminação, texturas, é tudo extremamente bem feito. Cada fase do jogo tem um ponto de Nova Iorque totalmente modificado e de encher os olhos, até a cabeça da estátua da liberdade você encontra, e mais pro final, vira literalmente um filme dos Transformers, naves alienígenas voando, prédio desabando, um monte de figurante morrendo, baboseira militarista, até umas minhocas robóticas saem de dentro dos prédios.

É um jogo que não se leva nem um pouco a sério, que apesar de ficar meio repetitivo depois da metade ainda se mantém divertido e que remete a uma época que não volta mais, onde os jogos eram mais simples e não tinham o compromisso de ser um RPG mundo aberto infestado de conteúdo inútil pra justificar seu preço, é só um jogo de tiro legal com uma campanha legal.

AAAAAAAH Granblue Fantasy.. como eu queria um jogo desse porte.. Sou um entusiasta pela franquia e busquei praticamente todas as mídias relacionadas a essa obra e sempre depois de consumí-las, ficava com aquele gosto amargo de insatisfação na boca, querendo muito mais do que elas podiam oferecer; do anime para o mangá, do jogo de luta para sua fonte original, sendo um gacha de navegador extremamente inacessível pra galera do ocidente. Por incrível que pareça o título é extremamente popular no Japão, uma mistura de One Piece com Final Fantasy com uma construção de mundo colossal e diversos personagens carismáticos, felizmente, essa franquia está ganhando mais reconhecimento aqui fora com esse jogo..

Mas vamos lá, o que é Granblue Fantasy ReLink? Ele é um action JRPG de progressão de personagens com sistema de missões ala Monster Hunter, e ainda temos um modo história bem apresentado que dura entre 15 ~ 20 horas de duração, onde iremos nos aventurar em mapas segmentados, realizaremos combates rápidos e fechamos o capítulo com uma luta de chefão. Vale pontuar que esse game NÃO É MUNDO ABERTO, tira da cabeça que esse negócio é um Tales of da vida; ele é aquele tipo de jogo voltado pro endgame, ou seja, depois que você finaliza a história principal, daí sim os conteúdos irão se abrir completamente.

A campanha pra mim foi excelente, mas pode assustar os novatos dessa franquia com diversas nomenclaturas, personagens já estabelecidos e eventos que antecedem o período atual do game, então sim.. o jogo não explica muita coisa, apesar de termos um códex bem extenso explicando tim-tim por tim-tim, ainda é uma parada resumida.. além de episódios de personagens, que apresentam uma boa base daquele indivíduo que entra na nossa party, mas seu formato de contar é meio tedioso.. vira basicamente uma novel, o que me faz questionar a qualidade do produto final, já que por um lado no modo história, temos cinemáticas fantásticas com uma trilha sonora incrível estralando na sua orelha, daí quando você vai nos episódios individuais.. se depara com aquela leitura estilo txt, sendo narrada por personagens com uma imagem estática de fundo na tela.. rola umas fases de ação uma vez ou outra dependendo do episódio, mas achei bem monótono essa parte do jogo.

E o combate? É bom mesmo? O combate é fantástico senhores, sinceramente se tornou um dos meus favoritos envolvendo JRPGs, tendo mecânicas fáceis de se aprender, mas difíceis de se dominar; as lutas são de uma fluidez, fator técnico e apresentação visual acima da média, pra você que está preocupado com dificuldade e fator desafio nesse título não se preocupe, a campanha é só a ponta do iceberg; cada personagem tem seu modo de jogo com habilidades únicas, determinadas por nossa escolha, de builds básicas através de selos (servindo como runas) garantindo atributos gerais, até efeitos passivos que afetam ativamente nossa gameplay, de armas únicas com atributos secundários, de até uma extensa árvore de habilidades por personagens, então é uma customização rica, onde você pode facilmente depositar horas e horas tentando criar uma build perfeita somente para um único boneco.

A estrutura do jogo lembra bastante Monter Hunter, temos uma base com diversas instalações que podemos utilizar, pra fortalecer nossa party, aceitar missões secundárias e partir pra missões de balcão, seja online ou offline, para ganharmos xp, pontos de maestria e recompensas gerais; tem também umas atividades diárias pra fazer, estimulando mais o cooperativo entre os jogadores; de certa forma, até dá pra encarar esse game como um jogo de serviço, previsto que ele já possui um calendário de conteúdo adicional anunciado, mas vale freezar que ele pode ser jogado inteiramente solo, com um grupo de personagens controlados pela máquina.

Graficamente falando o jogo é perfeito.. do 3D dos personagens até suas ilustrações maravilhosas, os menús tudo clean.. AS CINEMÁTICAS SENHORES, meu deus as cinemáticas, na reta final da campanha eu pulava da cadeira assistindo os eventos, de tão bonito que as coisas foram feitas.

A trilha sonora é só pedrada atrás de pedrada, escuta End of Ragnarok pra você ter noção, quando rolava aquelas entradas de piano nos momentos dramáticos eu já me emocionava de tão boas que as faixas eram, até agora eu ainda não consigo tankar Good Night, Good Morning..

Enfim, escrevi pra caralho desculpa kkkkj; FINALIZANDO, apesar dos pequenos erros, Granblue Fantasy ReLink me entregou o que eu tanto ansiava dessa franquia, e eu não poderia estar tão satisfeito com essa obra como estou atualmente, recomendo fortemente vocês assistirem a primeira temporada do anime para terem alguma base, caso queiram se aventurar pelos céus azulados desse universo fantástico.

Ps: DJEETA É CANON SIM POHA OOOOOOOOO

Se tratando de um remake de seu título original de 2006, Persona 3 Reload é o Persona 3 mais acessível que temos atualmente no mercado, trazendo novas mecânicas, visuais atualizados e seu roteiro já conhecido para novas gerações de jogadores.

Seguindo a velha fórmula de Persona, teremos interações sociais com diversos personagens interessantes e enfrentaremos batalhas por turnos, com um sistema de combate melhorado e algumas novidades para incrementar a nova experiência. De modo geral é divertido, bonito e dinâmico como tudo funciona, ouso dizer que essa versão diminuiu bastante o fator desafio, já que agora temos muitos facilitadores, mas o seletor de dificuldade acaba resolvendo esse problema.

A história é ótima, traz uma mensagem impactante e um final emocionante, eu fiquei assustado com a fidelidade do roteiro, já que praticamente todas as falas do original, estão de volta nessa releitura, além de alguns eventos extras aqui e ali, sendo algo maravilhoso. Tenho ciência que muitos não vão considerar o Reload a versão definitiva, devido a ausência da rota feminina do Portable e ̶o̶ ̶e̶p̶í̶l̶o̶g̶o̶ ̶c̶h̶a̶m̶a̶d̶o̶ ̶T̶h̶e̶ ̶A̶n̶s̶w̶e̶r̶ ̶d̶o̶ ̶F̶E̶S̶, MAS SINCERAMENTE SENHORES? EU FARIA ESSE SACRIFÍCIO PRA COLOCAR O 3 DE VOLTA NO MAPA, então pela qualidade do produto final.. ficou bom pra caralho. Os personagens principais continuam bem escritos e percebi uma leve alteração de personalidade da Yukari e Fuuka, MAS CALMA, ambas foram melhoradas (pelo menos ao meu ver), sejam pelas novas atuações de vozes, que deram mais vida pras personagens, ou simplesmente pelo roteiro do jogo.

A dublagem americana está fantástica, inicialmente tinha odiado o recast já que estava acostumado com as vozes originais dos personagens, sendo que são as mesmas tanto nas 3 variações do jogo base + o Dancing In Moonlight e aquele negócio que foi o Persona 4 Arena/Ultimax, de qualquer forma, queimei a minha língua fortemente, já que todos fizeram um excelente trabalho.

A trilha sonora é qualidade Persona rapaziada, não tem erro, quando tocava "It's Going Down Now" eu ficava cantando junto com a vocalista, "Full Moon Full Life" se transformou na minha faixa favorita da franquia, sem exageros, "COLOUR YOUR NIGHT? ANOTHER WANDER IN THE NIGHTTTTTT, LET ME PAINT THE VIEWWWWWWWW, CARA O REFRÃO DESSA MÚSICA É MUITO CHICLETE PQP, mas enfim, tudo de bom.

Pra finalizar, recomendo fortemente Persona 3 Reload para todos os públicos, ele comove jogadores desavisados com sua história única e diverte outros com seu combate de turno modernizado, ALÉM DE ESTAR L O C A L I Z A D O pro nosso idioma, o que me rendeu boas risadas no final de tudo (até hoje não tanko a tradução de chariot pra carro kkkkkkkkkkkkkj bom demais)

Ps: Yukari best girl

Unicorn Overlord evolui a fórmula de Fire Emblem em quase todos os sentidos, apresentando um mundo aberto segmentado com uma vasta gama de personalização, personagens carismáticos e uma direção de arte encatadora, se tornando PRA MIM um dos grandes pilares desse gênero estagnado.

Sua história é meramente simples, mas recebe grande destaque dentro do jogo com diversas cinemáticas, diálogos entre personagens e um códex cheio de informações adicionais sobre o mundo de Fevrith. E falando em personagens, temos mais de 50 companheiros para conhecermos, sejam em combate ou nas famosas rapports conversations, que seriam os eventos de interação daquele indivíduo em específico.

O mundo aberto é dividido por regiões com níveis recomendáveis, na qual podemos explorar livremente dentro desses limites, nesse momento, tudo fica em miniatura, não sendo exatamente aquele formato Chibi já conhecido dentro dos Open Worlds, como de Ni No Kuni, Bravely Default ou Final Fantasy VII por exemplo, mas meio termo; com isso temos cidades, vilarejos, florestas, pântanos, minas de mineração e por ai vai; dentro desse gigantesco mapa, temos os eventos de história, missões secundárias, tarefas opcionais e embates com inimigos de modo geral; quando entramos em combate, o mapa se fecha parcialmente e o cenário que estamos naquele momento se transforma em um grande tabuleiro.

As batalhas do jogo são automáticas, você inicialmente controla suas tropas em campo até que elas se choquem com o inimigo, a partir daí só poderemos assistir os enfrentamentos acontecerem, a graça disso tudo é ver o desempenho dos seus esquadrões durante esses momentos, já que o título conta com um sistema de gambits semelhante ao de Final Fantasy XII, onde podemos programar ordens diretamente sobre aquele personagem, seja uma ação específica quando um inimigo tipo X está em campo, ou prestar suporte caso algum aliado esteja com 50% de HP por exemplo, juntando isso com outros recursos que o jogo tem a oferecer, como a individualidade de certas classes de personagens, podendo ter ações únicas, customização de equipamentos, formação de esquadrão, utilização de itens e posicionamento tático em campo, se torna extremamente viciante.

O terreno desse jogo foi uma parada muito bem feita, além do combate se passando no cenário em tempo real, ainda temos que considerar certas estruturas naquele mesmo local, fortalezas dominadas fornece recuperação de HP, torres de vigilância garantem visão na região e se posicionarmos um arqueiro/mago/curandeiro na mesma, eles prestarão suporte a unidades adjacentes; além disso, temos ainda os tipos de terrenos, personagens que voam podem passar diretamente por riachos e escalar montanhas, enquanto a infantaria está limitada ao solo, cavaleiros tendem a ter mais mobilidade nessas situações, mas toma lentidão em terrenos arenosos e florestas. Temos ainda catapultas, balistas, monumentos mágicos, barricadas e portões trancados a serem pensados, então temos muita variedade.

A direção de arte como eu já tinha dito é maravilhosa, sendo a assinatura da Vanillaware, mesma criadora de 13 Sentinels e Odin Sphere; tudo em 2D, desenhado a mão, dos cenários detalhados aos personagens carismáticos.

A dublagem americana (foi a que eu joguei) também é muito boa, parece que as vozes foram escolhidas a dedo pra certas figuras da obra. A trilha sonora é boa, mas não achei tão marcante, tirando a faixa "Farde Mal Diavolo"

Por fim senhores, Unicorn Overlord é um jogo obrigatório para os amantes de JRPG tático, fiquei viciado e gostei pra caralho da minha experiência, me apeguei em diversos personagens desse universo e de quebra, ainda consegui me emocionar com o final verdadeiro. Recomendo pakas.

Ps: Na moral, eu adorei esse conceito de controlarmos BATALHÕES COM MAIS DE 4 PERSONAGENS na mesma unidade, parece que as coisas tem mais escala sabe? Diferente de um Fire Emblem da vida que tu vai lá e solta 8 personagens no campo de batalha, nesse jogo você pode literalmente acompanhar mais de 40 personagens na mesma fase, foda pra caralho.

Eu não sei o que pensar de Tales of Arise, o combate é muito bom, sem dúvidas, a trilha sonora é boa, as animações feitas pela Ufotable são maravilhosas, principalmente as aberturas; a história é UMA BAITA MONTANHA-RUSSA, no começo você ta no alto, tudo de boa, normal, tranquilo, apresentando proposta do game, personagens, universo, daí TOMA: narrativa rushada, Skits pipocando na tela nos piores momentos, cenários lineares, a retirada da tela de conclusão de batalha (isso aí me pegou) e a segunda metade do jogo, sendo um soco no estômago pelo péssimo quesito de ritmo; mas depois pega esse final que abre sorriso e de brinde um post-game bem gostoso de fazer.

Essa foi minha experiência :)

Putz mano, eu queria ter gostado mais desse jogo, os pontos positivos como já citados são ótimos, sendo estruturas bem sólidas pra um game desse porte, fora a apresentação visual dessa obra, que é excelente, tudo bonito, brilhoso, bem feito no geral; personagens? Só Shionne rapaziada, só Shionne.. infelizmente tem uma galera genérica que não curti tanto, tipo, olha o Law cara.. pelo menos temos a Shionne, adorei ela em particular. ELEMENTOS DE RPG, coisa que banalizei no Berseria e aqui eles concertaram, finalmente retiraram aquelas passivas herdáveis, que sinceramente era uma palhaçada, agora elas são fixas por item, glória senhor.

Mas é sobre isso, mesmo depois das minhas reclamações ainda joguei, platinei, comprei roupinha adicional e gostei pakas do game, mas ainda fico puto com a história, pelo péssimo rumo que ela acabou tomando, de qualquer forma paciência, TALVEZ EU SOU O PROBLEMA, recomendo pra geral ai.

Eu tô meio perdido, desnorteado e sem saber por onde começar, a crise existencial bateu forte com esse aqui. O tom do P3 é muito sério, fiquei bem surpreso com isso. As piadas não são frequentes e o plot passa uma sensação de urgência e ameaça logo de cara, não sei o quanto esse remake perde em tom e atmosfera pro original, mas esse tom sombrio do jogo foi praticamente um giro 360° do P5.

O jogo tem um pace bem lento, as vezes lento até demais pro meu gosto, mas tudo é trabalhado muito bem, sem deixar nada a desejar ou deixar de contar algo de forma que tire o impacto que poderia ter. Os personagens são simplesmente maravilhosos, e o quanto eles crescem durante o jogo é algo lindo de se ver. Não tem um arco que fecha no meio, todos aprendem até o último ato. Os Social Links como sempre foram incríveis também, esse aspecto da franquia eu simplesmente adoro. Eu acho que a trama é mais carregada pelos temas e personagens que por reviravoltas mirabolantes, mas no fim acabei gostando bastante. O gameplay é simplesmente fantástico, ter jogado isso aqui no hard trouxe uma experiência de RPG de turno maravilhosa, cada chefe e mini-chefe trouxeram um desafio super bacana e apesar de não ter sido um grande fã do Tártaro em si, tudo que rolou durante o combate me agradou muito, então nem dei bola de estar subindo pelo mesmo ambiente repetitivo por horas com aquela música enjoativa.

A morte, ou a perda de um ente querido é assunto delicado, complicado, e dificilmente sabemos qual a resposta certa pra lidar com esse tema. Eu já passei por isso, e até hoje não sei bem a resposta, a dor nunca some, mas aprendemos a lidar com ela. Honrar a pessoa e tentar ser o melhor que posso é o suficiente? Um dia todos vamos morrer, isso é inevitável, então que devemos fazer? Qual nosso objetivo, nosso propósito? Sendo bem sincero eu ainda não sei qual é o meu, mas a vida é curta e preciosa, e ficar sozinho é a pior coisa que pode acontecer. A dor da perda é difícil, mas pior que isso é nunca ter sentido nada por alguém. A dor só prova que já sentimos uma felicidade que mostra o quão preciosa é nossa vida. O mérito de estar vivo é o bem mais valioso de todos, e devemos aproveitar a vida sem arrependimentos. Persona 3 é maravilhoso em seus temas e personagens, pegou forte no coração.

Uma história brilhante com personagens incríveis, que apesar do pacing bem lento, acertou muito em seus temas e tendo um desfecho de arrepiar. A perda é difícil, mas todos devemos tentar dar nosso melhor sempre, afinal mesmo não que tenha achado seu propósito na vida, tá tudo bem, pois o simples fato de estar vivo é o bem mais precioso de todos e cada vida importa.

Dragon's Dogma 2 é um jogo complicado, de início acabou sendo uma decepção, muito parecido com o primeiro e com os mesmos problemas dele, mas ao longo da jornada ele foi se pagando e é sem dúvidas um dos melhores jogos do ano apesar dos problemas. Como alguém que jogou o primeiro, reconheço que pra época ele tentou dar um passo maior que a perna e só agora 12 anos depois, ele conseguiu caminhar direito na sequência, ainda que mantenha vários dos problemas do primeiro jogo, acabou virando mais um charme do que um erro propriamente dito.

Já começando pela história, ela é extremamente simples, você se torna o novo Nascen, descobre que um falso Nascen é o rei de Vermund e cabe a você desmanchar a farsa e assumir como verdadeiro Nascen pra liderar o mundo em uma direção melhor, pelo menos é isso que o jogo propõe inicialmente, as primeiras horas são cansativas, as missões não têm muita profundidade, mas com o decorrer do jogo elas vão ficando complexas, novos elementos são introduzidos e vai te dando uma baita vontade de continuar, o final verdadeiro do jogo é fantástico e recheado de conteúdo, recomendo todo mundo fazer, principalmente por ter como farmar uma cacetada de pedras de teleporte. Eu senti que a campanha é um pouco curta pro padrão dos RPGs por aí, mas é justamente o fato de ser curta que acrescenta muito no valor replay do jogo, logo quando você acabar já vai ter vontade de ir pro new game+.

A gameplay do jogo é uma melhoria absurda em comparação ao primeiro, já era boa apesar de ser um pouco esquisita e agora no segundo conseguiram melhorar todas as animações, deixar ela mais natural, fizeram o acréscimo de diversas habilidades e vocações novas, até eu que só joguei de ladrão no 1 acabei trocando, lanceiro místico e chefe de guerra são disparadas as classes novas que eu mais curti, não tem coisa melhor do que simplesmente arremessar um inimigo a quilômetros de distância com a habilidade "ao infinito". Fora o combate impressionante, a escalada ficou numa pegada mais Assassin's Creed, automatizada e fácil, a i.a. dos inimigos e parceiros melhorou consideravelmente, se juntam em bando pra te atacar, flanqueiam e fazem estratégias. Mas o que mais me encantou mesmo foi a tonelada de coisas aleatórias que podem acontecer, principalmente graças a física do jogo, você consegue se segurar em uma harpia e sair voando nela, consegue derrubar um ciclope em um vão e usar ele como ponte, se você cair de uma altura grande o seu pawn pode te segurar pra você não morrer, se um de seus pawns for arremessado de um penhasco você pode usar a corda do ladrão pra puxar ele de volta no ar, enfim, as possibilidades são inúmeras. O que mais fez falta mesmo foi um sistema de lock-on, que não tem igual no primeiro.

Sobre a exploração, ela tem pontos positivos e negativos, de fato, é divertido de se explorar e não usar a viagem rápida, no início é meio cansativo já que seu personagem tá fraco e os inimigos te deixam em frangalhos, mas com o tempo você vai upar e explorar vai ficar extremamente divertido, você realmente tem uma sensação de estar se aventurando, principalmente pelos acampamentos pra descansar, pelas interações entre o seu grupo apesar de terem várias falas repetidas e a caralhada de chefes que você encontra ao longo do caminho, ciclopes, grifos, dragões, medusas, ogros, a lista é gigantesca e a luta com cada um deles é divertidíssima e bem variada. Uma grande melhoria em relação ao primeiro são as paisagens também, a primeira região é a mais fraca, é um cenário de floresta um tanto quanto genérico igual o primeiro jogo, mas de Battahl pra frente muda muito, são vários lugares bem bonitos, sem contar todo o cenário do final verdadeiro que é de tirar o fôlego, com diversas lutas contra chefe fodásticas.

Agora indo pros problemas, o design de quest dele é meio falho assim como o do primeiro, diversas vezes você fica perdido sobre como proceder em uma missão, várias vezes o objetivo é uma área gigantesca e você que se vire falando com a cidade toda pra saber o que tem que fazer, sem contar quando ele te pede algo tão especifíco que é mais fácil ver na internet o que ele quer. Outra coisa que me desagradou foi o sistema de save, o jogo tem um autosave e também tem um save manual, já no início o jogo manda você não confiar no autosave e salvar manualmente sempre que puder??? Vai por mim, é inútil salvar nesse jogo, o autosave sempre vai salvar por cima do seu save e o jogo dá autosave o tempo todo, então se você se prender em uma luta ou coisa do tipo, ou volta pra cidade e perde todo seu progresso desde que você saiu de lá ou senta e chora.

O gráfico é esquisito, em alguns momentos é bonito e em outros é horroroso, no geral, ele é bonito no macro e feio no micro, a primeira região é meio feia mesmo, e falando em feio, as expressões desse jogo se resumem a abrir e fechar a boca, só melhora um pouco nas cutscenes pré-renderizadas, e o gráfico desse jogo com certeza não justifica a falta de otimização dele, e já falando dela, EU, repetindo, EU não tive muitos problemas, durante o mundo aberto eu mantive os 55-60 fps e nas cidades caía pra 40, isso PARTICULARMENTE não me incomoda, fora isso, eu não tive nenhum crash e o único bug foi de iluminação quando eu dei alt+tab várias vezes, isso numa RTX 3060, vi relatos do jogo rodando mal nela, o que não foi o meu caso. A interface do jogo é melhor que a do 1, mas ainda é esquisita de mexer, meio ruim de entender e feia de se ver, o mapa do menu de pausa é melhor do que o mapa do jogo mesmo.

Sobre as microtransações, PARTICULARMENTE não me incomoda, a Capcom faz isso há anos e se a Capcom caga eu como, o ideal era não ter, mas até o fim do jogo eu fiquei lotado de pedra de teleporte, além do fato de ter como comprar a arte da metamorfose e mudar o visual do personagem já no comecinho do jogo.

Sinceramente, eu gostei muito da experiência, tem seus problemas como qualquer jogo, mas não acho que eles apaguem o brilho da aventura, ainda mais que eu não tive muitos problemas de desempenho.

Fácil de jogar, difícil de masterizar e mais difícil ainda de parar de jogar

A essa altura do campeonato o Kiryu é quase um familiar, um personagem absolutamente icônico eternizado na história dos jogos, tantas coisas que vimos o personagem passar ao longo de tantas entradas na franquia. Sabemos exatamente como ele é, como ele pensa, e como vai agir, é quase algo pessoal de tão fácil que é se conectar com o personagem. Eu considero Yakuza 6 incrível e genuínamente gosto de seu desfecho, o ponto que a galera toca é que ele não focou muito em ''velhos rostos'', ou não tenha tido uma batalha final memorável pra um suposto adeus ao ''Dragão de Dojima'', embora eu até concorde com essas pautas, não acho que seja algo que machuque a história do Y6, e agora com o Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name (nome curto), bato firme na tecla de que o Yakuza 6 é incrível, já que o Gaiden complementa o mesmo, trazendo o que a galera sentiu falta e dessa vez com uma batalha final inesquecível para o último jogo de porradaria protagonizado por Kazuma Kiryu.

E claro, o maior fator denominante no jogos da franquia e o que mais pesa: sua história. Gaiden é uma ponte entre Yakuza 7 e o vindouro 8, sem conspirações ou reviravoltas mirabolantes dessas vez, apenas um Kazuma Kiryu lidando com o peso de suas decisões, mas ela é igualmente incrível. Os novos personagens são todos memoráveis, os callbacks a personagens e acontecimentos passados são incríveis, nem que sejam só uma linha de dialógo, mostram que tudo que o Kiryu passou, todo seu desenvolvimento e construção de personagem é levado em conta e tudo faz o personagem ser o que é, sem deixar passar ou renegar nada. Todo o jogo culmina num capitúlo final absolutamente incrível, com toda a adrenalina que só a franquia consegue trazer, e aquele final, como de costume, é emocionante. Yakuza é diferente, tudo que a franquia me proporcionou é algo que vou levar com carinho pro resto da minha vida, cara como eu amo essa franquia de coração.

Considerando que o jogo foi feito em apenas 6 meses, eles conseguiram entregar um saldo bem positivo, ainda irei fazer o 100% já que em todo jogo da fraqnuia eu foco na história primeiro por motivos de pacing. Gaiden tem uma modesta campanha de 9 horinhas, mas ele parece ter uma quantidade justa de conteúdo considerando seu curto tempo de desenvolvimento. O gameplay é muito bom, no que se diz a Dragon Engine, nada chega perto do Lost Judgment, mas ainda sim é muito bacana e o novo estilo ''Agente'' é bem divertido e mirabolante pelo quão ''tosco'' ele é. Foi muito bom descer a porrada com o Kiryu novamente, toda a magia das batalhas contra chefes que a franquia tem vem em peso aqui, em especial a citada última, que uau.. genial.

Dois Yakuzas no mesmo ano, com um próximo vindo logo mais é algo que nem nos meus sonhos mais esperançosos era algo que parecia realidade, e fico muito feliz em como a franquia anda crescendo cada vez mais, agora o que resta é esperar o que vem por aí em Infinite Wealth enquanto eu tento ao máximo segurar o hype.