2017

Sensacional, como todo jogo da Supergiant!

Pyre, diferindo dos títulos anteriores da Supergiant, abandona o estilo de ação quase constante para focar mais no storytelling. Porém, mesmo que o jogo seja 75% Visual Novel, ele consegue ser tão dinâmico quanto seus antecessores durante sua progressão de história - tendo um ritmo que começa lento, para te apresentar bem aos diferentes aspectos do seu mundo único, e depois começando a acelerar freneticamente de forma que você não quer parar de jogar pra ver como tudo desenrola.

Os outros 25% do jogo cobrem o que seria sua parte de ação, que são partidas de um jogo estratégico que funciona como um "Capture a Bandeira" invertido: Pegue o Orb (bandeira) e leve até o Pyre (ponto de captura) inimigo para diminuir a vida do time adversário e repita o processo até ganhar a partida. Cada personagem possui habilidades e status únicos que podem ser usados de várias maneiras para elaborar estratégias durante essas partidas - e o jogo te pressiona a variar a formação do time, assim como aprender a jogar com todos os personagens.
Toda a história do jogo se baseia em volta dessas partidas e, dependendo de quais/quantas você ganhar ou perder, ela pode ir mudando (e, acredite, essas partidas vão ficando beeem difíceis, a um ponto que você realmente fica tenso com elas da metade do jogo pra frente)

Indispensável dizer, claro, da absurda criatividade, qualidade e riqueza dos diversos aspectos do jogo - Arte, história, músicas, ambientação, construção de mundo e personagens, etc - como é costume da Supergiant.

Se você gosta de jogos focados em história, especialmente de fantasias com construção de mundo original, Pyre é, de longe, um prato cheio. Apenas fique atento a dificuldade do jogo, pois, mesmo no modo normal, as coisas começam a apertar bastante perto do final - o que pode se tornar uma adrenalina emocionante pra uns, mas também uma experiência estressante para outros.

Bem diferente do primeiro jogo, e não apenas por ser 3D. Hexen II adaptou e retrabalhou vários aspectos do seu antecessor. A essência da coisa ainda está alí, e melhor trabalhada, porém ainda longe do primor.

Hexen II é um jogo experimental e a gameplay dele passa muito forte essa sensação - no sentido ruim e bom da coisa.
A exploração está melhor. Em vez de trabalhar com horizontalidade e áreas abertas (como seu antecessor) o jogo optou for brincar mais com verticalidade e câmaras pequenas (com partes bem apertadas e claustrofóbicas). Ainda existem passagem secretas que escondem caminhos essenciais ao progresso, no entanto existem dicas escritas que ajudam a encontrar algumas dessas passagens - mas nem todas, outras ainda precisam ser achadas pelo instinto de "Tem algo errado aqui...". Os objetivos são, na gigantesca maioria, um constante "Procure isso e leve lá" com um ou outro puzzle a ser resolvido no meio, mas não vou mentir que é divertidinho (e bem menos maçante que o primeiro jogo).
Vale salientar, porém, que alguns puzzles são meio bugados. Tive que pesquisar como passar de uma parte, achando que eu tava burro, mas era o jogo que se recusava a cooperar, daí tive que ficar repetindo o puzzle até o jogo se tocar e completar a coisa.

Em relação as batalhas, o negócio fica caótico. Começando com a distribuição de armas e habilidades dos personagens - uns possuem habilidades fantásticas, outros possuem habilidades totalmente inúteis, uns possuem armas extremamente úteis, outros possuem armas que são mais úteis servindo de enfeite. O jogo realmente não soube balancear bem a coisa, de forma que, em vez de fazer armas equilibradas para todos os personagens, parece que o balanceamento foi feito dando duas armas boas e duas armas horrorosas pra cada classe.
Os inimigos variam entre inimigos balanceados e bem feitos e inimigos quebrados e tenebrosos de lidar - com golpes teleguiados quase inescapáveis, previsão de movimento perfeita, ataques de hit rápido e/ou dano absurdo, etc - mas, por mais que eu tenha me estressado lidando com uns, não vou mentir que o jeito que eles me obrigavam a mudar de estratégia pra lidar com eles foi algo divertido. Além disso o jogo te dá vários equipamentos diferentes pra usar caso a situação esteja realmente tensa.
AH, um detalhe MUITO IMPORTANTE de dizer também é que os inimigos não respawnam mais e, nuss, COMO ISSO É BOM!

No mais, o jogo realmente me surpreendeu e se mostrou melhor que o primeiro - pelo menos na parte de gameplay, na parte de visuais e cenários o Hexen I ganha com as duas mãos nas costas.

Antes de fechar, aquela dica de sempre pra quem estiver interessando em jogar esse jogo mas está com problemas pra rodar ele em sistemas mais novos: Baixem Hammer of Thyrion.
Só pegar os arquivos e substituir na pasta de instalação do jogo (onde está o executável). Esse mod melhora uma porrada de coisas no jogo, mas, acima de tudo, dá suporte widescreen pra ele e permite mirar com o mouse sem problemas.

"Que tal se a gente pegar os aspectos mais horríveis do nosso jogo que já é chato pra krai, piorar eles ainda mais e fazer uma expansão em torno disso?"

"SÓ BORA!" ᕕ( ᐛ )ᕗ

Eu gostaria muito de entender o que se passou na cabeça dos desenvolvedores pra considerarem criar essa horripilosidade. Não apenas o pq de considerar lançar um jogo para Gameboy 8 meses dps do lançamento da pérola de ouro da série, chamada Symphony of the Night, como também considerar fazer um 3° jogo para Gameboy, ignorando totalmente as adaptações e melhorias de Belmont's Revenge (que é o Castlevania definitivo de Gameboy) e fazendo um jogo tão limitado quanto o The Adventure e surpreendentemente conseguindo ser AINDA PIOR!!!

A gameplay é lenta, limitada, cheia de inimigos que aparecem do nada e são difíceis de desviar e, o pior de tudo, os mapas possuem áreas opcionais que envolvem atravessar até duas ou três telas de fase a mais para pegar certos itens e então vc tem q voltar todas as telas extras dnv para prosseguir a fase. Beleza, isso serve para pegar as relíquias que desbloqueiam o final verdadeiro, compreensível - mas o verdadeiro problema está nas partes extras chatas e cheias de inimigos que respawnam que, no final delas, vc SÓ CONSEGUE UM ITEM DE RECUPERAR VIDA!!!
E UM DETALHE MUITO IMPORTANTE QUANTO A ISSO: Quando vc mata um boss, vc ganha uma habilidade nova, e a segunda habilidade que vc ganha É UMA HABILIDADE DE RECUPERAR VIDA! ENTÃO QUAL É O SENTIDO DE DESVIAR POR 2-3 TELAS INTEIRAS LOTADAS DE INIMIGOS PURAMENTE PARA PEGAR VIDA????? E UM ITEM QUE RECUPERA SÓ METADE DA VIDA AINDA, ENQUANTO A HABILIDADE RECUPERA TUDO!

E, outra coisa, a ideia de ter diálogos é legal, mas cara, os diálogos desse jogo são exageradamente grandes e monótonos, a ponto de parecer uma fanfic amadora.

Sério cara, quem diabos considerou como válidas todas essas ideias horríveis? É foda dizer isso, mas esse Castlevania não passa de uma gigantesca piada. Só passem reto desse negócio, pelo bem de vcs.

3 ⭐ - versão japonesa (Akumajou Densetsu)
2 ⭐ - versão americana (Castlevania III)

Enrolei pra mandar essa análise pq quis jogar as duas versões antes de escrever ela e, realmente, a melhor opção pra jogar é a versão japonesa, não tem como.
A versão americana possui uma dificuldade muito desbalanceada - e isso misturado as limitações da gameplay (que rolam bastante aqui e alí) torna a experiência de jogo um inferno!

As limitações do jogo são bem perceptíveis e impactam direto na gameplay, mas muitas dessas dá pra decorar e evitar, o problema mesmo é a confusão de comandos que rola nas escadas quando vc está tentando atacar ou usar o ataque especial - o personagem não sabe se desce, sobe, ataca, e isso é MUITO IRRITANTE!

No mais, o jogo é uma boa recuperação do estilo de gameplay do jogo 1, com ideias e melhoras muito interessantes - especialmente o sistema de personagens extras (Sypha é muito roubada, pqp). Isso tudo ajuda a dar uma personalidade única muito forte ao jogo que torna difícil não simpatizar com ele de uma forma ou outra.

Um ótimo remake do primeiro Metroid!
Zero Mission tem uma gameplay expandida em relação ao primeiro jogo, com várias novas áreas e conteúdos novos - e ainda assim é um dos Metroids mais rápidos de terminar.

A gameplay do Zero Mission é concisa, estável e agradavelmente equilibrada em suas mecânicas básicas, sendo uma experiência muito prazerosa de jogar. O mapa, mesmo que buscando ter uma construção geral mais simples que o do Super e do Fusion, ainda é riquíssimo e - como é comum na série - possui uma atmosfera fenomenal!

É uma gameplay obrigatória para todo fã de Metroid - além de uma forte recomendação para todos que gostam de plataforma e exploração.

Esse jogo mora no meu coração!
Klonoa: Door to Phantomile é, de longe, um dos melhores jogos de plataforma que eu já joguei até hoje. Eu nunca me canso de rejogar ele.

A frase de ouro que melhor define Klonoa é: "Complexidade na Simplicidade".

É uma gameplay simples, montada sob uma mecânica de ataque criativa e igualmente simples - porém o jogo sabe muito bem como trabalhar essa simplicidade toda pra montar situações cada vez mais dinâmicas e mais desafiadoras.

A parte artística do jogo não fica pra trás. Ou, melhor dizendo, é ela que alavanca enormemente a beleza e emoção que esse jogo trás. As fases possuem cenários lindamente trabalhados e vívidos. A história, mesmo que simples, consegue ser fortemente sentimental. Os personagens e monstros possuem designs simpáticos e marcantes. Tudo, tudo nesse jogo consegue ter uma personalidade própria e ser memorável.
E é claro, a Soundtrack do jogo, que está entre as melhores que já ouvi. O trabalho sonoro magistral das músicas de Klonoa consegue alcançar o fundo da alma de qualquer um. Cada música consegue intensificar a atmosfera e emoção das fases de maneiras indescritíveis.

Não, sério, se você gosta de plataforma, jogue Klonoa: Door to Phantomile. Pode ser qualquer versão: a de PS1, a de Wii, ou a Phantasy Reverie. Todas possuem suas diferenças, mas, em geral, todas são ótimas (eu, particularmente, prefiro a de PS1 por ser a primeira versão que joguei, assim como a que mais me marcou).
Apenas vá lá em jogue! Se submerja na magia de sonhos de Phantomile e veja o quão bom esse jogo consegue ser!

Imagina uma espécie de "Onde Está Wally?" com uma porrada de Wally's em uma única cena e com todos esses Wally's sendo gatos - Esse é o melhor resumo que eu posso dar do jogo.

A Castle Full of Cats tem um sisteminha divertido de progressão onde, em vez de você selecionar fases para jogar, com cada fase sendo um cenário diferente repleto de gatos (como a maioria nesse estilo faz), você começa em uma cena e vai progredindo como em um Room Escape, destravando portas conforme acha gatos ou chaves específicas. Essa progressão é feita de uma maneira meio brusca, mas ainda assim agradável de jogar - e é justamente isso que destaca esse jogo frente a outros no estilo.

O único ponto negativo, na minha opinião, foi a mecânica dos gatos que se escondem dentro de objetos no cenário. Para achar eles, você deve primeiro clicar em um objeto que tenha um gato escondido e depois clicar no gato que saiu desse objeto. O problema é que você não sabe quais objetos contém gatos, e mesmo que alguns desses objetos sejam mais detalhados e/ou chamativos do que os outros, boa parte acaba se mesclando muito bem ao cenário, transformado a procura em uma paranóia de clicar em qualquer coisinha do cenário para o caso de ter um gato escondido alí.

Mas fora isso é um jogo extremamente relaxante de jogar, além de ser repleto de referência e segredos pra explorar.

PowerSlave: Exhumed é o que Hexen sempre sonhou em ser: uma mistura bem planejada e perfeitamente balanceada entre os elementos de exploração e ação de um shooter, sem que um atrapalhe o outro, e sim se complementem.

Fiquei extremamente surpreso com o quão ótima é essa versão do jogo (que é uma mistura das versões de PS1 e Sega Saturn), tendo em mente a versão de DOS, que joguei antes. O nível de qualidade, conteúdo e diversão aqui é incomparável a versão de DOS - é uma diferença quase a nível de Ying e Yang. Enquanto a versão de DOS me deixava enjoado com só 3 fases, essa versão me animou de uma maneira que eu simplesmente devorei o jogo inteiro de uma vez!
Esse remaster, claro, poliu e melhorou todos os aspectos do jogo, mas a base das versões originais (PS1/Sega Saturn) foram mantidas - e são justamente essas bases, de game design e level design, que dão forma a grandiosidade desse jogo.

A principal e mais marcante diferença é quanto a progressão. Nessa versão o jogo é dividido entre fases revisitáveis e que podem conter diferentes caminhos que levam a outras fases, porém estes só se tornam acessíveis com a ajuda de upgrades. Sim, dá pra se dizer que o jogo é uma espécie de Metroidvania e, sim, esses upgrades vão tornando seu personagem cada vez mais poderoso e ajudam muito na exploração e nas batalhas - além de, claro melhorar o dinamismo da gameplay do jogo.
Outro aspecto - esse eu considerei genial - é que o jogo possui uma munição universal. É um pickup que dá munição para qualquer arma que você esteja segurando no momento e, não apenas isso, como há uma versão superior desse pickup (normalmente posicionado em locais de difícil acesso ou antes/após lutas consideráveis) que carrega a munição de todas as suas armas ao mesmo tempo. Isso auxilia muito a manter o ritmo dinâmico do jogo pois, ainda que seja bem comum ficar sem munição, o jogador escolhe a prioridade de recarregamento para as armas que ele considera mais úteis para o estilo de jogo dele.
Indispensável falar, também, da quantidade de inimigos a mais nessa versão, assim como o bom funcionamento de todas as armas (diferentemente da versão de DOS, todas as armas aqui são úteis e funcionam de acordo) e do escalar de dificuldade justo, com checkpoints bem posicionados pelas fases.

As únicas criticas que tenho para o jogo são quanto a certos glitchs que podem te deixar avançar por áreas que você não deveria ter acesso naquele momento, deixando a exploração confusa - porém esses glitchs são raros - e quanto a todas as fases reiniciarem ao serem revisitadas, sendo necessário pegar todas as chaves de acesso de novo. Mas essa última logo deixa de ser incômoda pois, com os upgrades de personagem, é possível completar rapidamente quase qualquer fase.

Assim sendo, o remaster de PowerSlave: Exhumed é a versão definitiva do jogo, trazendo uma experiência de gameplay fenomenal e ficando facilmente entre os melhores Retro-FPS's que já joguei.
Se você é fã do gênero, pode jogar esse aqui sem medo!

Se o Metro 2033 é um delicioso milho cozido, o Last Light é esse milho só que banhado caprichosamente na manteiga.
Em outras palavras, é essencialmente o mesmo jogo, porém melhor em todos os aspectos!

A história do Last Light é MUITO boa, e consegue te prender mais ainda que a do 2033. As fases foram melhor trabalhadas, de forma a tornar o stealth bem mais viável (e recompensador) e os cenários e a ambientação, especialmente na superfície, são impecáveis.
Além disso, há mais armas e mais tipos de inimigos para lidar mundo afora.

Se você gostou do 2033, você vai amar o Last Light - Simples assim.
E se você não jogou nenhum dos dois, pare o que você está fazendo e vá jogar o 2033 AGORA! E DEPOIS VENHA PRO LAST LIGHT E SEJA FELIZ!!!!

1997

Cara, é muito complicado falar de Blood.
Pensa em um jogo composto apenas de partes ótima e partes horríveis, sem meio termo, e com uma gameplay que pende constantemente entre ambos esses pontos numa espécie de dança caótica e selvagem incansável.

Isso é a experiência de jogar Blood.

Antes de aprofundar, eu aviso que vou basear essa análise no ponto de vista de alguém jogando a primeira vez (que foi o meu caso). Blood é um jogo que se torna muuuuuuito mais confortável e divertido de jogar ao entender como tudo funciona (e acredite, há MUITOS pormenores e detalhes no jogo a serem entendidos), então a primeira vez vai ser a pior experiência justamente por você ser largado em um jogo brutal e contraintuitivo, lutando pra pegar o mínimo do jeito da coisa enquanto praticamente tudo consegue lavar fácil o chão com a sua cara.

E já que estamos falando de "Jogar a primeira vez", permitam-me começar falando do que é o começo menos convidativo que eu já vi em um jogo - isso é, a primeira campanha (The Way of all Flesh).
Normalmente a primeira campanha de jogos 2.5D é construída de duas maneiras: ou é feita em uma qualidade bem superior ao resto (como em Shadow Warrior) ou é feita de forma a ser uma apresentação ao jogo, num ritmo de tutorial acelerado, para o jogador pegar o jeito rápido (como em Heretic). O começo de Blood foge desses padrões e constrói uma introdução repudiável, tacando uma dificuldade ridícula que escala muito rápido em um cenário com pouca vida, pouca munição e algumas armas bem exóticas que levam um tempo pra entender como usar efetivamente.
Junto a isso o jogador é introduzido aos inimigos iniciais, que são zumbis e cultistas. Os zumbis (como esperado, parando pra pensar agora) teimam muito pra morrer. Há formas eficazes e ineficazes de lidar com eles, mas isso você descobre só testando armas (e no começo você tem bem poucas - e com pouca munição). Já os cultistas são um bando de arrombados. TODOS ELES são regados a Hitscan, eles te perseguem, eles deitam no chão pra desviar dos seus tiros (o que funciona e dificulta o trabalho de matar eles) enquanto continuam atirando, eles usam metralhadoras, escopetas, jogam dinamite, etc. Pensa num ser DESGRAÇADO! Esses são os cultistas.
E agora a adição mais importante da primeira campanha: Junto a falta de vida e munição, adicione o fato que o jogo SPAMMA SEM MEDO os inimigos em vários lugares das fases. Um quarto fechado e apertado que a parede quebra e saem 8 zumbis em cima de ti ou um salão regado por uns 12 cultistas, todos mirando e atirando em você de todos os lados.
Como eu disse: "É o começo menos convidativo que eu já vi em um jogo".

Mas depois desse começo, o que vem? Essa que é a parte divertida. Depois desse maldito batismo de fogo que te força a aprender na marra alguns elementos do jogo, você entra nas duas melhores campanhas do jogo - e que são boas MESMO!
Lembra que eu falei que Blood é composto por partes ótimas e horríveis? Então, isso se reflete também nas campanhas. O jogo tem 6 campanhas (contando a expansão Cryptic Passage) e elas estão divididas meio a meio, com 3 campanhas ótimas e 3 campanhas horríveis - no caso, as melhores são a 2°, 3° e 6°campanhas (a 6° sendo a expansão).

O resumo das piores campanhas é justamente o spam de inimigos. São fases inteiras só com bicho aparecendo um atrás do outro, até mesmo bosses de campanhas anteriores - que tem vida e dano absurdos - sendo colocados como se fossem meros inimigos mais fortes. E somado a isso, pra vocês verem como esse spam é só uma tentativa porca de adicionar mais dificuldade nas fases, é possível só tocar o foda-se para a muca de inimigos e sair correndo e pulando por cima deles, progredindo a fase até completar ela matando o mínimo possível.

MAS, fora essa questão dos inimigos, eu gostaria de deixar algo BEM CLARO aqui: Não importa a campanha, o level design das fases do Blood é FENOMENAL! Se teve algo que os caras souberam fazer nesse jogo foi o design das fases! Eles ousaram e abusaram de diversos cenários, efeitos e construções de fase que faz com que, mesmo nas piores campanhas, você queira continuar jogando só pra ver como vão ser as próximas fases.
Além das fases, todas as armas do jogo são únicas e efetivas e os gráficos são extremamente bem feitos - de longe Blood, honrando seu título, tem os gráfico mais brutais e sanguinolentos dos jogos 2.5D, e isso nem pela forma como os inimigos morrem, mas sim pelo clima pesado, grotesco e infernal dos cenários e fases.
E já que estou na sessão de elogios, não tem como eu deixar de dizer o quão FODA é a quantidade de referências à filmes de terror que tem no jogo. Pra vocês terem ideia, tem fases inteiras feitas com base em O Iluminado e Sexta-Feira 13, além de diversas referencias perdidas aqui e alí pelos cenários ou em áreas secretas. Cara, pra quem é fã de terror, é um deleite gigantesco topar nessas referencias, vocês não fazem ideia.

Com tudo isso, sim, é um jogo que vale muito a pena jogar se você curte FPS's 2.5D, mas estejam avisados que ele tem partes exageradamente difíceis (e ruins) também. Então vai envolver um certo esforço pra querer continuar jogando, dependendo da campanha escolhida.

E antes de fechar, como de costume, pra quem quiser jogar esse jogo em sistemas mais novos, recomendo usar a versão original do jogo (que vem junto com a versão Fresh Supply) e rodar ela no Raze.
Raze é, praticamente, um GZDoom pra engine do Duke Nukem 3D, então ele também configura o jogo pra rodar em sistemas mais novos e resoluções mais altas de tela sem problemas.

Um downgrade monstruoso do Rondo of Blood, a nível de ser ofensivo com a versão original.

Mesmo tendo sido lançado 2 anos após o Rondo of Blood, todos os aspectos do jogo são inferiores - o que era algo de se imaginar, já que o jogo estava sendo adaptado de PC Engine para SNES - mas não apenas isso como a gameplay foi muito mal adaptada. Há diversos problemas irritantes de hitbox, a movimentação está mais limitada e muitas áreas e fases foram remodeladas de uma maneira ruim e chata de passar. Isso sem falar do aumento desequilibrado de dificuldade de várias partes do jogo.

O mais divertido de tudo, é que esse jogo foi lançado 4 anos DEPOIS do Super Castlevania IV (também de SNES) e ainda assim conseguiu ser inferior e mais limitado que ele na grande maioria dos aspectos.

AH, E MAIS UM DETALHE MUITO IMPORTANTE: NÃO DÁ PRA JOGAR COM A MARIA RENARD NESSA VERSÃO!!!
NA MORAL, COMO DEIXAR PASSAR IMPUNE UM VACILO DESSE NÍVEL???

Sério, recomendo fortemente passar reto desse versão, pq, vou ser bem sincero, essa é uma versão do Rondo of Blood que ninguém iria sentir a mínima falta se não tivesse existido.

Extremamente parecido com seu antecessor - A gameplay é essencialmente a mesma, assim como boa parte das fases e bosses - porém com boas melhorias em todas as mecânicas básicas.

Os minigames de conseguir 1Ups mudaram e estão mais justos e equilibrados, as habilidades do Kid Drácula estão mais úteis (com algumas não servindo simplesmente para passar de certas partes das fases) e os bosses foram reformulados e estão mais divertidos de lutar contra.

É um joguinho bem agradável de jogar até, não vou mentir. Vale a pena dar uma testada - mas o divertido é jogar ele logo após jogar o primeiro jogo, pq ambos estão diretamente ligados em todos os aspectos, desde a gameplay até a história.

Um remake ÓTIMO e que conseguiu manter bem a essência do Rondo of Blood, deixando ele até mais Castlevaneaesco que o Rondo of Blood original.

E o melhor de tudo, ele é um pack de 3 jogos em um: 'Castlevania Rondo of Blood Remake', 'Rondo of Blood Original' e 'Symphony of the Night Expanded'. Apenas isso já é motivo mais que o suficiente para dar 5 estrelas para ele, mas eu tirei meia estrelinha pq, quando fui testar o Rondo original, ele tava sofrendo com diversos probleminhas de áudio (sons cortando, músicas acabando do nada e ficando tudo silencioso, cutscenes com sons dessincronizados, etc), mas essa foi a única falha que eu encontrei no jogo inteiro.

Antes de tudo, quanto a comparação do Rondo original e do remake, ambos são incríveis à sua maneira. Claro, são bem parecidos na maioria dos aspectos da gameplay, mas o remake mudou certos quesitos, como adaptar a progressão para melhor direcionar a gameplay, mudar a personalidade dos personagens para um tom que melhor encaixa no tema gótico e melancólico dos Castlevanias e mudar as batalhas contra bosses para durarem mais tempo, assim forçando o jogador a ser mais defensivo e cuidadoso durante essas batalhas - para isso funcionar bem, vários bosses acabaram ficando mais fáceis (mas não todos, alguns ainda são uma desgraça de passar - Shaft, to olhando pra vc!).

Com isso, mesmo que o remake possa ser considerado uma versão definitiva do Rondo, tanto o remake quanto o original estão em pé de igualdade em suas qualidades gerais de gameplay, servindo como fator de desempate apenas o gosto pessoal pelo estilo artístico e personalidade dos personagens. Eu, particularmente, prefiro o Rondo original justamente por esses dois aspectos - amo pixelart e adorei as cutscenes animadas do jogo (além de ter simpatizado muito com a personalidade confiante e cômica da Maria original) - mas, mais uma vez, ambos são jogos incríveis e vale MUITO A PENA jogar ambos para poder presenciar as duas faces fenomenais dessa pérola que é o Rondo of Blood!

CARA! QUE OBRA-PRIMA SUPREMA!!!
Todas as análises e críticas que eu vi não estavam exagerando nem um pouco sobre o quão bom esse jogo é!

O sistema totalmente único de diálogos e habilidades, todas as possibilidades e variações narrativas, a exploração livre, detalhada e recompensadora, o jeito que ele consegue sempre manter seus diálogos interessantes e dinâmicos, sabendo muito bem como interseccionar o fator cômico ao sério, toda a teia de informações que se interconectam ou se dividem em ainda mais perguntas e opções investigativas... CARA, COMO ESSE JOGO É FANTÁSTICO!

Importante destacar, claro, que esse jogo é 90% leitura, então se for jogar, vá com a mesma vontade e determinação de ler um livro.

Com isso tudo dito, não tem como eu deixa de mencionar o quanto me dói MUITO saber de todo o problema que os desenvolvedores passaram e de como isso vai atrasar ou mesmo inviabilizar uma sequência ou jogo no mesmo estilo (óbvio, dificilmente mantendo a mesma qualidade também). O que nos resta é torcer pra que toda essa treta se resolva, mas, até lá, recomendo piratear o jogo (ou pegar ele no preço mais barato possível), pra evitar mandar dinheiro pros caras que deram golpe nos Devs.

E antes de fechar, claro:
KIM, VOCÊ É O MELHOR PERSONAGEM DE TODOS! NÓS TE AMAMOS!!!