If you think Dark Souls should not have a easy mode and think this game is "too dated" or "too difficult" you have no fucking right to say Dark Souls should not have a easy mode.

This review contains spoilers

AVISO EXTREMAMENTE IMPORTANTE: Esta review tem uma grande quantidade de spoilers pesados, leia com cautela caso não tenha jogado.
Fora que ele tocará em temas mais sensíveis, como o Black Lives Matter.

Finalmente, eu cheguei nos portões do inferno, depois de jogar ambos os Bioshock (e Minerva's Den, que cobrirei eventualmente) e ambos os System Shock, e se você está vendo minha nota é porque coisa ruim está por vir, eu já estava preocupado em jogar ele não só por tudo o que cobrirei, mas por causa que meu PC é ruim e eu achava que ia fritar ele, felizmente ele sobreviveu ao ataque cerebral que essa merda desse jogo realiza em qualquer um.

Por onde eu poderia começar por tudo de errado que esse jogo faz?! É claro, a gameplay, que é um dos primeiros e mais óbvios exemplos do que eu posso chamar de Síndrome de TROS, um termo que inventei baseado em Star Wars A Ascensão Skywalker, onde uma empresa fica tão insegura vendo a recepção do que veio anteriormente que ela tenta desesperadamente apelar para todos os lados, como o infame exemplo de quando ressuscitaram o Darth Sidious no Star Wars A Ascensão Skywalker, e isso se aplica para a gameplay, o gunplay do jogo foi reduzido ao gunplay que você veria em um jogo de FPS genérico do Xbox 360 (geralmente clone de Call of Duty), com certeza em uma tentativa de fisgar mais o público, achando que Bioshock 2 não vendeu tanto pelos motivos errados (um dos principais provavelmente foi o fato de que muitos viram o jogo de longe e viram Bioshock 2 como só um cashgrab feito só para surfar no hype que foi o primeiro jogo, entretanto a 2K acertou no motivo ser pelo jogo não ser que nem Call of Duty), o que eu acho engraçado já que o mesmo povo que diz que esse jogo é maravilhoso ficariam altamente revoltados se vissem qualquer outro jogo sequer ousar fazer isso, como Redfall, enfim, o exemplo perfeito de uma empresa alterando algo de um jogo para fazer ele vender mais (e jesus cristo (eu chego em jesus depois) como isso mostra nas vendas desse jogo). Até se ignorarmos tudo isso o combate é super sem graça, já que de algum jeito conseguiram quebrar os plasmids, chamados de vigors em Infinite, superficialmente eles ainda têm uma função similar aos plasmids, uma arma secundária para auxiliar no combate, só que aqui alguns ainda são mais daoras do que os vistos nos dois primeiros jogos, tipo o Return to Sender que absorve tiros de inimigos e atira eles de volta, e alguns ainda são realmente necessários para progredir tipo o Shock Jockey (o Electro Bolt), só que existe um enorme problema neles (na verdade dois mas chego nisso na parte da história), e isso vem do combate do jogo, percebe-se que a gameplay ser alterada para ficar mais parecido com CoD afetou muito o combate do jogo, herdando o que faz CoD ser CoD, como o limite de duas armas equipadas ao mesmo tempo, e o escudo regenerável, sabe o que isso significa? Que os vigors são essencialmente inúteis, já que só sair atirando em tudo já resolve o trabalho, até contra inimigos mais forte tipo o Handyman é só atirar no ponto fraco deles (ou até nem isso), sério, quando usei vigors sempre eles só caima nessas três situações:
1 - Eu dei misclick
2 - Return to Sender
3 - Necessário para progredir
Vezes que eu usei vigors fora desses casos foram super raros, e como o Return to Sender você libera lá para a segunda metade do jogo, nem sequer vale a pena upar os vigors para começo de conversa. Pra falar a verdade, não só os vigors no geral são meio inúteis, mas o jogo é ridiculamente fácil durante a maior parte do jogo, me levou um bom tempo para eu morrer pela primeira vez no jogo, e até quando você morre, você perde um tanto dinheiro e, dependendo de onde tiver morrido, respawna exatamente onde morreu, ou pelo menos perto, deixando o combate muito fácil, o que não ajuda é que dinheiro tem de monte (mais ainda dependendo dos equipamentos equipados), ou seja, se quiser recuperar munição e vida, com o tanto de dinheiro é muito fácil conseguir isso, é incrível como nunca conseguiram resolver esse problema em mais de 20 anos de evolução. E só pra terminar, o level design é bem sem graça, e na verdade, dá para ver que, de System Shock até aqui, foi lentamente perdendo motivos para voltar para áreas anteriores mais e mais, até chegarmos em Infinite, onde existe praticamente NENHUM motivo para voltar em áreas anteriores, quer dizer, até tem um pouquinho, mas tudo o que você libera explorando é munição, kits médicos (ou sais para vigors), equipamentos (que podem dar buffs tipo dano extra contra Handyman ou aumento do pente das armas de fogo) e upgrade de vida/escudo/vigor, mas como falado antes, vigors são inúteis, e mesmo se não explorar muito ainda tem uma boa quantidade de upgrades de vida e escudo, então explorar é meio desnecessário, mas o jeito que as fases são construídas também não é muito melhor não, algumas fases parecem que foram construídas menos como lugares e mais como fases de um CoD com skin de cidade flutuante (que falarei muito depois ainda) e mais apetrechos tipo aerotrilhos, tem tantas salas que são claramente setpieces de combate que eu podia ter feito um contador contando tudo, mas apesar disso,alguns setpieces ainda são parcialmente divertidinhos até, mas como um todo, o level design sem graça, abundância de munição e vida, pouca penalidade por morrer e habilidades que acabam sendo inúteis, torna a coisa bem cansativa lá para frente, já que as hordas de inimigos vão aumentando e o jogo constantemente troca de foco entre X, Y e Z (em questão de história), nem mesmo as fendas temporais ajudam, algo que de início parece uma mecânica bem bacana até, poder escolher entre um objeto do cenário para te auxiliar na batalha, mas no final geralmente acaba em "usar torreta, se tiver pouca vida usa medkit" e pronto. Antes de terminar, eu quero falar isso logo antes que alguém que estou sendo parcial ao Bioshock 1, eu vou rejogar ele eventualmente também, eu joguei muitas vezes os System Shock e também zerei Bioshock 2 e sua DLC, mas ainda assim, pelo menos algumas dessas coisas que citei do Infinite, nos equivalentes do primeiro tem melhor contextualização na história…

E falando em história, e aqui onde entramos no assunto da aberração que a história de Infinite, eu nem consigo começar a falar por onde de tão ruim, primeiramente eu quero falar do quão merda são os dois personagens principais, Booker DeWitt e Elizabeth, primeiro o DeWitt, ele é o protagonista mais genérico possível de um jogo da geração do PS3 e Xbox 360, o clássico estereótipo do homem branco hétero de 1,90 (ou 6'1" como aparece no jogo), o que parece algo besta falando assim mas vai ser importante logo, mas ele também tem pouquíssimo carisma e personalidade, realmente uma tábua, e antes que alguém cite o Jack do Clube da Lu-... Bioshock 1 e Delta do 2, eu sei que esses personagens não tinham muita personalidade em questão de falas também, mas eles (quase) nunca falavam nada em voz alta, e no caso do Delta, ele é um Big Daddy, geralmente esses bichos não falam, enquanto o DeWitt toda hora fala cara, é bem irritante, e pior ainda é a Elizabeth, que é o exemplo perfeito de uma Mary Sue, ela aparentemente consegue fazer tudo só porque "leu livros", e é meio ridículo como em algumas ocasiões a personalidade dela muda do nada kkkk, e por sinal ela consegue abrir portais para outras dimensões, que é um tópico que tocarei nisso lá para frente, mas significa que ela consegue até entregar recursos para DeWitt durante a gameplay, deixando o jogo ainda mais fácil na gameplay, e falando dos dois, eles têm uma relação "amorosa" bem bizarra (e não exatamente no bom sentido), já que Booker é bem mais velho que Elizabeth, deixa esquisito demais e até desconcertante as vezes, apesar de ter certos momentos bem bons. E enquanto os vigors, eu tinha falado que eles não faziam sentido no mundo do jogo, certo? Lembra que eu falei que o Devil's Kiss é uma granada de fogo? Enfim, esse é o problema, os vigors não fazem sentido nenhum fora da gameplay, tipo, sério mesmo que o povo vende armas que poderiam potencialmente destruir um país como se fosse chocolate? Não tem nexo, se comparar o Devil's Kiss com o Incinerate do 1, o Incinerate do 1 podia ser usado para o mau sim, mas também para acender fogo em certas ocasiões normais, tipo acender uma churrasqueira, enquanto o Devil's Kiss é imprático por ser uma FODENDO GRANADA DE FOGO!!! Sem contar que isso estaria acidentalmente armando a Vox Populi, que é a rebelião que Columbia quer tanto exterminar, enquanto vende armas perigosíssimas como se fosse vender chocolate da Garoto. E falando em Vox Populi, tudo isso que falei é nada perto do quão podre é a história como um todo, e o pior é que o jogo começa muito bem, talvez até tanto quanto o primeiro jogo, e Columbia tem um conceito tão foda, de uma cidade que parece viva e colorida no exterior, mas que na verdade tem coisa muito pior no interior da cidade, e como Columbia é basicamente o mais extremo do americanismo, enquanto a Vox Populi que era uma minoria sendo maltratada pelo povo em Columbia cria uma revolução para tentar mostrar como as coisas deveriam mudar, no papel essas ideias são fantásticas, genuinamente tinha muito potencial, mas em execução ficou uma porcaria, principalmente como o jogo segue a lógica do "ambos os lados são ruins", o que definitivamente soa muito escroto, ainda mais em um mundo pós-BLM (Black Lives Matter), mas ok, no início até posso dar uma colher de chá pois é Columbia e o povo que apoia Comstock que está vilanizando a Vox Populi, é natural que um Estado tão conservador iria tentar parar o outro, até chegar em um ponto onde eles tentam ao máximo possível vilanizar a Vox Populi agindo como se eles fossem tão malvados quanto o povo supremacista de Columbia, o que não só é muito escroto vendo na perspectiva de hoje em dia, mas também isso acontece muito sem motivo, em nenhuma ocasião Daisy Fitzroy ou quaisquer membro da Vox Populi tinha intenção de deliberadamente matar pessoas por matar, se olharmos para o próprio Black Lives Matter, muitas pessoas tacaram fogo em delegacias dos EUA, é errado? Sim, mas eles fizeram isso como uma resposta ao que o policial fez com George Floyd, enquanto o Vox Populi estão matando um monte de gente por zero motivo, só por matar mesmo, e quando encontramos a Daisy Fitzroy (novamente), ela se torna uma vilã super caricata que só está matando Finkton e seu filho porque SIM!!! Fica tão ridículo ao ponto de que depois da morte dela, a Vox Populi vira só um grupo terrorista genérico no terceiro terço do jogo, na verdade esse é um grande problema da maioria dos personagens do jogo, ou eles são pouco desenvolvidos, ou estereotipados, ou são lotados de problemas, e tudo começa a piorar ainda mais quando o jogo começa a enfiar a palhaçada do multiverso, uma praga que foi se espalhando na cultura pop nos últimos anos (hot take: Homem Aranha Sem Volta Para Casa é ruim, só você que tá cegado pela nostalgia), quando o jogo começa a usar o negócio de fendas temporais, no início até que é um negócio bacana, ainda mais com o que falei na seção da gameplay, viajar entre dimensões para resolver algo de um jeito que não daria em outro é interessante, até a parte onde temos que enfrentar o Vox Populi, onde começa a decair, apesar de ainda introduzir coisas muito interessantes como expandindo os irmãos Lutece, que junto com o Songbird são os únicos personagens que gosto do jogo, mas depois de Emporia começa a perder muito a linha e fica jogando a história para lá e para cá até o final onde acontece um monte de coisa, como aparecer Rapture em uma tentativa de fisgar os fãs do primeiro jogo (como Citadel Station em System Shock 2), enfim, eu não curti o final do jogo muito não, apesar de ainda ter seus momentos. Como deu para ver, ele é muito confuso em seu tema principal da história, constantemente trocando entre Americanismo, Racismo e Multiverso, e no final apenas um dos três temas é bem desenvolvido (e ainda cheio de furos), os outros dois acabam abruptamente e, no caso do segundo, acaba sendo muito nojento e às vezes soa reacionário até, eu podia continuar falando sobre mais problemas da história mas se eu continuar eu morro… Puta merda eu esqueci de falar dos audio logs, pois eles são tão inconsequentes para o jogo que não vale muito a pena discutir eles, são um grande downgrade em relação a System Shock 2 e Bioshock, mas já é fichinha perto de tudo o que falei antes.

Finalmente indo aos visuais e a trilha sonora, visualmente a maioria concordaria que é lindo, eu adoro o conceito que citei atrás de "um exterior bonito com um interior grotesco", apesar de que ainda existem problemas, a maioria dos lugares são meio homogêneos visualmente, fazendo muitos dos cenários ficarem meio esquecíveis, sendo que isso não acontecia muito em Bioshock 1 por exemplo, só olharmos para Fort Frolic e Arcadia do primeiro jogo e, digamos, Finkton e Battleship Bay do Infinite, que são meio similares, apesar de ainda ter lugares visualmente muito bons tipo Emporia, mas isso definitivamente compensa nos visuais de outras coisas tipo o Songbird e o Handyman, com designs muito bons, especialmente o Songbird, e também eu gosto muito da estética do início do século 20, pessoalmente ainda prefiro Rapture, mas Columbia também é bom nesse quesito. A trilha sonora não tem muito o que falar, algumas músicas são muito boas, e o jogo tem mais música licenciada do que os dois primeiros jogos combinados, mas é, nunca tive muito o que eu falar sobre isso durante toda a franquia.

Agora sim, chegamos nas conclusões finais, é um jogo muito complicado de se falar, apesar de ter alguns méritos, tudo isso é fichinha se comparado a quantidade de coisa que esse jogo faz errado, ele erra até em coisas que a franquia sempre fez bem, tipo os audio logs e os vigors (plasmids), a história podia ser aceitável quando foi lançado, mas hoje em dia ela é bem furada e ainda reacionária, e eu acho impressionante como tem gente que acha que isso é o pico dos jogos de FPS, sendo que esse jogo é só Call of Duty, a mesma franquia que essa turminha aí diria que foi uma bomba atômica para a indústria, e ainda o Infinite faz as mesmas coisas que essa mesma turminha aí condenaria se acontecesse hoje em dia, só ver Redfall e Liga da Justiça (2017), para mim esse jogo é o equivalente do Lorax de 2012, deturpa o que fez Bioshock (e o livro original do Dr Seuss no caso do Lorax), mudando a mensagem e a gameplay para satisfazer os desejos por dinheiro por uma empresa cuja sua agenda se resume ao dinheiro, e Bioshock Infinite é um jogo que basicamente quanto mais você pensa mais você detesta, mas infelizmente muita gente ainda não tem a capacidade de pensar mais sobre o produto que jogaram e agem como se fosse o melhor jogo de FPS, é o equivalente de um filme de ação blockbuster, que fará um garoto de 10 anos achar o melhor filme de todos, mas se pensar mais… Você sabe. Eu detesto um monte de coisa desse jogo, mas ainda não o suficiente para eu achar ele uma abominação para a indústria, por isso…

3.5/10

Anteriormente era 4/10, mas quanto mais eu penso no jogo maid revoltado eu fico pensando em tudo de errado que esse jogo faz*

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Aviso; Desta vez eu joguei no GZDoom mesmo, nada dessa palhaçada de DOSBox

Finalmente zerei o diabo do Doom 2 (não foi um trocadilho intencional), eu estava muito animado para jogar esse senhor depois de zerar o Doom clássico, e meu hype valeu muito a pena, se eu não acho o primeiro Doom um dos melhores jogos de FPS pré-Quake, então o dois com certeza é.

A gameplay é mais ou menos a mesma do primeiro, ainda rodando na mesma engine do primeiro Doom, as únicas novidades sem serem as fases são a Super Shotgun, a arma que todo mundo concorda como a melhor coisa do Doom 2, e alguns inimigos novos, dentre eles os Chaingunners, Pain Elementals, Arch-viles, Revenants, Arachnotron, Mancubus, e mais uns outros inimigos aí, de cara parece que é a mesma coisa que o primeiro Doom com algumas coisas extras, mas eu acho que o povo geralmente subestima demais os inimigos novos e como eles são utilizados, no papel parecem poucos inimigos novos, mas o que eleva eles é o potencial deles para fases, olha por exemplo os Revenants, ele não tem muita vida, mas ele atira projéteis de fogo TELEGUIADOS e eles se movem bem rápido, quando tem apenas um sozinho numa arena até que aberta ele não é um problemão, mas quando combina mais de um Revenant ou ele e mais outros inimigos (especialmente hitscanners), a situação muda e os combates ficam muito mais engajantes e desafiadores por causa disso, outro exemplo é o Arch-vile, ele se move ainda mais rápido que o Revenant, tem um ataque de fogo que demora para atingir mas quando atinge causa dano para um cacete, e o único jeito de evitar o ataque dele é se esconder dele, de novo, o mesmo caso do Revenant se aplica aqui, só que com o extra do archvile ser ainda mais perigoso em locais fechados combinados com hitscanners ou Pinkies por exemplo, o que, mais ainda do que no primeiro jogo, exige uso adequado do arsenal do Doom Guy, mesmo que a Super Shotgun seja bem forte e cause muito dano de perto, você ainda precisará engajar no resto do arsenal e usar ele no seu potencial máximo, seja a Chaingun para inimigos tipo Pain Elementals e Mancubus (ou economizar munição da Super Shotgun), o Rocket Launcher para matar vários inimigos ao mesmo tempo, o que é óbvio mas como aqui salas com hordas grandes de inimigos são ainda mais frequentes, o uso do mesmo é muito mais crucial aqui do que no primeiro jogo, tendo um dos bestiários mais perfeitos de qualquer jogo de FPS existente, não é atoa que tantos WADS usam de inimigos como Revenants e Arch-viles. Mas é claro, level design também é algo super importantíssimo para um boomer shooter, como ele se sai nesse quesito em relação ao primeiro? Eu não sei muito bem dizer, mas uma coisa é fato, quem fala que o level design desse jogo é ruim com certeza está super exagerando demais o level design do jogo inteiro, ainda mais comparado com outros jogos de FPS tipo Hexen e Jedi Knight (Dark Forces 2 e principalmente sua expansão), mas isso também não quer dizer que ele não tem problemas de level design, ele definitivamente tem problemas, que surgem especialmente da necessidade de aumentar o escopo das fases do jogo, sendo bem maiores que as do primeiro, com algumas contendo foco bem maior em verticalidade tipo The Industrial Zone, algumas fases podem ser meio arrastadas e até confusas de saber o que tem que fazer para progredir na fase, tipo fases como The Chasm, o que já era algo comum no primeiro Doom (especialmente no Episódio 3) e se repete aqui, e falando na The Chasm, a qualidade das fases é meio inconsistente, algumas são muito boas, tipo Tricks and Traps, Suburbs e Barrels O'Fun enquanto outras são meio fracas tipo a citada The Chasm, The Factory (que parece tudo menos uma fábrica só para ressaltar) e entre algumas outras, mas as fases que são boas são com certeza MUITO MUITO MUITO BOAS e superam qualquer fase do primeiro Doom, Tricks and Traps é um highlight em especial por conter inúmeras salas com inúmeras armadilhas e várias salas com inúmeros inimigos para você matar, alguns momentos podem ser frustrante, mas no geral uma das fases mais distintas do jogo junto de Barrels O'Fun, com inimigos que atiram projéteis e explodem os vários barris explosivos nas salas, te obrigando a correr o mais rápido possível até a próxima parada da fase antes de ser explodido, mas ainda mesmo desconsiderando esses highlights, dá para ver que os duelos contra os inimigos ficaram muito maiores e mais perigosos no geral, até mesmo sem a presença dos dois diabos citados acima, com hitscanners sendo mais comuns do que nunca, Imps e Cacodemons que atiram em você em lugares não tão fáceis de desviar, tudo isso contribui também mais ainda para o design de encontros de inimigos nas fases, sem contar é claro quando vem um trilhão de inimigos em um plano para te matar em fases tipo a citada Suburbs, coisa incrível, ah, eu também já tenho que tirar isso da frente, o jogo não é dividido em episódios igual o primeiro jogo, ele segue uma grande sequência de 30 fases ao contrário de 3 episódios de 8 fases cada (sem contar fases secretas e Thy Flesh Consumed), o que gera alguns probleminhas na minha opinião, o mais óbvio é que você carrega todas as armas mesmo depois de cada parede de texto que você vê, o que faz sentido já que vem muito mais inimigos aqui do que no primeiro, mas o primeiro tinha um ritmo melhor devido ao fato de ser dividido em episódios. E por último o chefe final, eu não vou spoilar ele aqui, mas ele ainda é MUITO MELHOR QUE OS CHEFES DO QUAKE, e olha que é só um no fim do jogo, ele não tem um puzzle que até gente com 3 anos de idade resolve sem nenhum obstáculo no caminho ou o puzzle mais estúpido do mundo.

Visualmente o jogo é bem mais ambicioso do que o primeiro, apesar de ainda ser bem datado, pelo meno nos cenários, as fases de cidade são tão realistas quanto o CGI do traje do Homem-Aranha do MCU, ou seja, NADA, muitos ainda são retângulos gigantes que dão ilusão de uma cidade, mas é nada comparado com System Shock (que lançou apenas alguns poucos meses antes de Doom 2 por sinal), mas a direção de arte ainda é legal, ainda mais nos inimigos, visualmente os inimigos são tão maneiros quanto os do primeiro, especialmente os Revenants. Trilha sonoramente, é Doom, então ainda é muito bom, talvez não tão bom quanto o do primeiro, mas ainda muito bom.

Enfim, muita gente diz que esse não é tão bom quanto o primeiro jogo, e depois de zerar eu acho que esse povo está exagerando demais os problemas do Doom 2 e agindo como se o primeiro fosse uma obra prima, sendo que eu acho que o primeiro é mais amado por ser um jogo icônico na cultura pop do que pelo próprio jogo em si, porque muitos jogos já superaram ele mesmo depois de apenas alguns anos, como é claro, sua sequência, que pega o gunplay do primeiro que já era muito bom e eleva a níveis estratosféricos que o primeiro apenas reza para sequer ter algum dia, e tudo que ele traz de novo faz dele uma sequência incrível apesar de alguns de seus problemas, se você amou o primeiro Doom, recomendo demais que jogue este, e se antes você achou Doom 2 ruim, dê uma nova chance para o mesmo e preste mais atenção no impacto que as novidades dele trazem para o jogo no geral, você não vai se arrepender.

Depois de um tempo, oficialmente decidi que é 9/10

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Em Dark Forces 2: A minha jornada com a Sith Engine não acabou no entanto... (ou mais ou menos isso)

Isso porque ainda tem a expansão Mysteries of The Sith, e já vou tirar logo da frente o elefante na sala, essa expansão é horrível em quase TUDO!!! SIM, EU ESTOU FALANDO SÉRIO!!! É inacreditável o que aconteceu aqui.

A gameplay... Bem, tecnicamente eu poderia estruturar a review desse jogo aqui como a de uma DLC (já que o conceito de DLCs vem de expansões de jogos de PC dos anos 90), por enquanto vou deixar assim mesmo. Enfim, no geral é mais Dark Forces 2, um jogo que apesar dos pesares eu curti muito, e ver como essa porra pega tudo de errado com aquele jogo e piora ainda mais, sabe que eu não vou pegar leve com esse cara. O arsenal de armas é mais ou menos o mesmo, exceto por variantes novas tipo um Blaster Rifle com um scope para poder atirar de longe (meio imprático de usar por sua gameplay base seguir a de Quake) e um lança foguetes com tiro teleguiado, mas similarmente aos outros dois jogos, o sabre de luz já faz mais do que parte do recado o suficiente, mas alguns puzzles usa dessas variantes até que bem, eu digo alguns porque, como dá para ver, eu não cheguei a zerar o jogo, eu lhe explico daqui uns instantes, então não sei muito sobre o resto do jogo além da história, e isso por causa de uma coisa, o level design, ai ai por onde começo? Se em ambos os Dark Forces eu já criticava o level design, então aqui tudo de errado com o level design de Dark Forces 2 se torna ainda pior, eu nem consigo começar a explicar o quão péssimo o level design aqui é, das cinco fases que joguei, APENAS UMA EU NÃO PRECISEI VER GUIA PARA SABER ONDE EU TINHA QUE IR!!!!!!!!!!!!!!!!! TODA FASE TEM ALGUMA COISA QUE LHE FAZ QUERER INVADIR A DISNEY PARA FAZER REMAKE DESSA PORRA, tá desculpa o Caps Lock, mas toda fase tem algo errado, sejam puzzles que são puro tentativa e erro, salas que têm caminhos para o resto da fase super escondidos, sejam um spam de inimigos absurdos, inimigos estes que podem aparecer ATRÁS DE VOCÊ DO MEIO DO NADAAAAAAAAAAAAAAA, e muito mais coisa errada, mas pra mim a gota d'água foi numa seção na quinta fase onde você tem que pular de plataformas minúsculas em plataformas minúsculas com o Force Jump, só que por causa de algo que já era presente no jogo base onde se você se bater na parede você é empurrado para o lado, deixa tudo ainda mais estressante, eu tinha tomado softlock pois eu literalmente não conseguia mais sair de um certo canto com um SEGREDO AINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!

Tá, antes de acabar logo com essa merda eu quero falar da história, a história é um dos maiores nadas que já vi, deixa a história de Star Wars Episódio 9 parecendo Star Wars KOTOR 2, eu vi na internet que a história do Outcast seguia após esse jogo, mas durante 14 fases do jogo inteiro, apenas as primeiras e últimas fases são sobre a história principal, de resto é uma história completamente filler onde Mara Jade tem que fazer umas missões sem graça (e aposto que certamente terríveis também) para o sucessor do Jabba The Hutt, e depois caçar uns mercenário besta qualquer que eu nem me dei o trabalho de decorar o nome desse filho da puta porque ele é tipo uma tábua, na verdade, falando em tábua e Mara Jade, se você está mais ligado no universo expandido de Star Wars, deve saber quem é Mara Jade, antes era do império mas foi trazido para o lado da luz por Luke Skywalker e se casou com ele (eu acho, não me importo muito com o universo expandido para ir atrás disso), dizem que ela é uma personagem bem daora lá, mas aqui ela e o Kyle Katarn são as maiores tábuas do universo, não tem carisma quase nenhum, e o pior de tudo, JASON COURT NÃO REPRISOU O PAPEL DELE COMO KYLE KATARN NESSE JOGO (e nem no resto da franquia inteira), e a voz nova do Katarn é a coisa mais sem sal possível, é maluquice, realisticamente Kyle Katarn nem deveria estar nessa expansão, ele só existe para ser mandado para o lado negro da Força e ser um boss do jogo (fodase eu vou spoilar essa porra mesmo), CARALHO VELHO NEM AS CUTSCENES FMV DO DARK FORCES 2 ELES COLOCARAM NO JOGO (eu sei que isso tem a ver com o orçamento mas ainda assim), é pura piada de mal gosto a história desse jogo.

Visualmente e trilha sonoramente é a mesma coisa do Dark Forces 2, então ele ainda continua graficamente datado, o que para Dark Forces 2 era perdoável em 1997, mas em 98 tinha sido lançado Thief The Dark Project e Half-Life, mas ainda isso é só fichinha perto de tudo de errado que tem com esse jogo. Trilha sonoramente ainda é trilha sonora dos filmes, só isso mesmo.

Sério vai se foder mano, sério, como que isso aconteceu, tudo o que é original daqui é horrível ou desinteressante, e quase tudo o que trouxeram do Dark Forces 2 ou do universo expandido de Star Wars e transformaram em lixo, é inacreditável, algumas coisas eu posso entender por causa do orçamento, mas outras são absolutamente inaceitáveis, depois desse Chernobyl eu comecei a apreciar mais Quake e Dark Forces 1, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

3/10 (talvez aumente para 3.5/10, mas dificilmente vou aumentar ele para 4/10 e muito menos 5/10).

1993

Doom é Doom!

10/...

Mentira é claro que não vou acabar aí, quer dizer, o que há para se falar de Doom que já não foi falado? Não tem muito, mas definitivamente é interessante de vez em quando jogar esses clássicos que inspiraram gerações por vir, esse ano foi meio que um ano onde me aprofundei mais em jogos mais velhos considerados clássicos incríveis, e se joguei Quake (que se você viu minha review dele deve saber o que acho do mesmo, se não, medíocre beirando o ruim), com certeza jogaria Doom, e surpreendentemente achei ele melhor do que eu esperava, ainda mais para um jogo tão velho assim e tão tecnologicamente defasado se comparado a outros jogos de FPS futuros.

A gameplay todo mundo que acompanha videogames já sabe, pra falar a verdade, muita coisa do jogo o pessoal já sabia dele sem nem ao menos ter jogado ele, e isso inclui eu, mas eu quero falar sobre ele então explicarei mesmo assim. As armas... Eu realmente preciso falar algo? É o feijão com arroz que Doom trouxe e com sucesso, o arsenal surpreendentemente é muito divertido de usar e bem consistentemente úteis durante todo o jogo (exceto a pistola e a motoserra), os inimigos é a mesma coisa, todo mundo sabe como funciona os Imps, os Pinkies, os soldados hitscanners, os Cacodemons, tudo basicamente, a variedade de inimigos, apesar de pequena, têm uma fundação tão boa que a maioria dos WADs ainda usam esses mesmos inimigos com maiores resultados ainda, não é a toa que tantos boomer shooters têm pelo menos dois moldes de inimigos baseados em Doom, meu único problema vem justamente que, por ser uma das primeiras engines de jogos de FPS, não dava para realmente ter uma quantidade grande deles no geral, então eles repetem muito os inimigos durante todos os episódios, mas hey, ao menos os inimigos básicos não levam 4 tiros de ESPINGARDA para morrerem (não é mesmo, QUAKE?!), fora que os encontros deles as vezes não são tão bons quanto deveriam ser e as vezes pode ser bem nojento em dificuldade alguns deles. É aí que chegamos na coisa mais discutida de todos os Dooms clássicos e a única coisa que era quase obscura para mim, as fases, geralmente sempre que falavam de Doom, nunca realmente se aprofundavam nas fases, e quando um vídeo do youtube chegava a mostrar momentaneamente Doom, geralmente mostravam as primeiras fases do jogo, então eu não sabia de absolutamente nada sobre as fases do episódio 2 e 3, salvo alguns aspectos específicos tipo os chefes, e eu posso com toda a confiança dizer que o level design é SIMPLESMENTE... Ok, deixa eu explicar, o primeiro episódio é certamemte o melhor dos três, não é atoa que geralmente sempre mostram ele (quer dizer também tem o fato de originalmente o episódio 1 ser shareware, então...), mas no geral o level design é sólido, nada sensacional mas para o pioneiro certamente é, só acho que o jogo, apesar de toda hora passar a vibe de "PURA AÇÃO E ADRENALINA!!!", tem vários momentos até no episódio 1 que contradizem totalmente isso, e tu só fica que nem tonto procurando chaves para avançar na fase, até aí tudo bem, mas eu acho que isso vai ficando pior a cada episódio, ao ponto de no terceiro episódio ter uma fase onde eu literalmente não fazia IDéia de onde eu tinha que ir, já que a fase é tão grande e não tem nenhum caminho fácil de memorizar, então eu fiquei minutos que nem imbecil andando pelo mapa (não direi qual é exatamente mas se jogou acho que tu sabe qual é), e falando no terceiro episódio, no geral eu acho ele o mais fraco dos três episódios principais (não joguei Thy Flesh Consumed ainda), ele manda uma overdose de inimigos para cima de você, o que geralmente é comum em episódios finais de boomer shooters, mas aqui já é um exagero, a ponto de que algumas fases matei poucos inimigos e mais saí correndo para o final o mais rápido possível por causa disso e da incessante repetição de inimigos conforme o jogo passa, similar a Quake, mas ao menos em nenhum momento do jogo (tirando um único, que foi o que eu falei antes) eu quis matar alguém da Id Software na porrada igual em Quake (né SANDY PETERSON?!). Ah e eu quase esqueci de falar dos chefes, eles são o padrão de chefes de boomer shooters, ou seja, esponja de danos counteradas por circle strafe, mas isso é um crime que muitos até hoje cometem então não culpo muito.

Visualmente, sempre tenho que lembrar, esse jogo veio em 1993, então como um dos primeiros jogos de FPS, com certeza os cenários iriam envelhecer mal, e na maioria são só vários salões grandes e quadradões, no geral gostei mais do episódio 3 visualmente, o episódio 1 e 2 são muito parecidos uns com os outros, mas o 3 tem boa variedade visual, mas os inimigos visualmente ainda são icônicos por um motivo (especialmente Cacodemon), e nem preciso falar o motivo. Trilha sonora é muito boa também, mesmo na versão MIDI, especialmente aquela que todo mundo conhece (eu nem preciso dizer qual é), mas outras são muito boas tanto quanto.

Enfim, eu não me sinto com tanta coisa para falar de Doom quanto de Quake por certos motivos, o primeiro é óbvio, o que há para falar dele que já não foi falado sobre? Nada basicamente, e segundo que, Quake é um jogo extremamente problemático com muito mais problemas que Doom, então acho mais divertido falar de Quake (sério como que falam que Quake é uma obra prima cara, eu me sinto tentando desvendar um enigma de Euclides porque não faz sentido nenhum), agora você me pergunta, Doom é realmente a obra prima que todo fã de boomer shooter gosta de dizer que é? Não, mas é melhor que Quake? Sim, com certeza, mesmo com seus defeitos, ainda recomendo muito jogar Doom mesmo hoje em dia, tu pode talvez até apreciar ele mais do que eu.

7.5/10

Aviso: Dessa vez eu decidi parar para baixar o Quakespasm para rodar o Quake original.

Como eu falei na minha review de Quake, eu acho ele um jogo que tem inúmeros problemas que me tiram do sério, mas curiosamente elogiei o level design de Quake, e bem, depois de jogar essa expansão minha opinião sobre o jogo base só começou a ficar mais negativa quanto mais eu parava para refletir sobre Quake. Mas antes logicamente eu cobrirei essa expansão aqui, e como ela é.... Éééé... Competente, isso eu digo.

Primeiro quero falar das adições dessa DLC, primeiro as três armas novas, o Laser Cannon, o Grenade Launcher que ativa quando o inimigo estiver próximo, e por fim o martelo do Thor (que me fez pensar o quão mais aturável os inimigos seriam se o protagonista fosse o Thor da Marvel), no papel elas são interessantes, especialmente esse último, mas no geral essas duas últimas armas são meio inutilizasas por assim dizer, o Laser Cannon é basicamente o Super Nailgun que ricocheteia na parede (provavelmente) e é provavelmente o melhor dos três apesar de ser bem básico, o Grenade Launcher alternativo ainda não supera o Rocket Launcher, e a Mjolnir acerta vários inimigos ao mesmo tempo, mas gasta muitas células de energia, que são meio escassos do episódio 2 em diante. Que tal os inimigos? Três novos, os Centroids (não confundir com Metroid), os Gremlins e as Spike Mines, os dois primeiros são adições interessantes, mas o Centroid é tão pouco utilizado durante toda a expansão que não vale muito a pena comentar sobre ele, enquanto os Gremlins, podem comer cadáveres de inimigos para criarem clones e roubar sua arma equipada, mas no geral muito raramente isso realmente se torna algo muito grande, nunca aproveitando totalmente seu potencial, enquanto os Spike Mines, apesar de raros, são inimigos irritantes e colocados nos piores lugares possíveis, as vezes aparecem até do meio do nada e te matam, mas é aquilo, estou falando de Quake, um jogo que já cometia inúmeros crimes de level design que só pioram cada vez mais e mais a cada episódio. E falando em level design, a coisa mais importante de qualquer boomer shooter... É ok, as vezes é bom, as vezes é ruim, eu acho que as fases são as vezes meio longas, mas isso o jogo base já cometia de crime, meu episódio favorito é o primeiro, é as vezes desafiador mas não no nível de tu querer matar um level designer na base da espingarda, as vezes pode ser injusto tipo armadilhas que te matam insta, mas não é excessivo igual nos dois episódios seguintes que as vezes vem a merda de uma Spike Mine e te mata insta (quem diria né), mas mesmo nos episódios seguintes não é muito que nem no jogo base (E NÃO, EU NÃO ESTOU FALANDO SÓ DO EPISÓDIO 4 DO JOGO BASE!!!), eu curto como o jogo encoraja mais uma gameplay rápida mesmo, e algumas fases eu até curto bastante tipo o HIP1M3 (HIP de Hipnotic, devs dessa expansão que foram torturados para trabalharem em shovelware lixo de celular), e falando nessa fase, algo que aprecio nessa expansão é como eles tentam expandir mais o escopo da engine de Quake, adicionando a possibilidade de mais inimigos na tela de uma vez só, por melhor ou pior que seja, e ainda tem interatividade no cenário tipo explosões e pedras caindo, até no final tem uma semi-cutscene que é provavelmente o meu highlight pessoal do Scourge of Armagon, e falando em Armagon, o chefe final é um chefe de verdade e não seja lá o que for Chthon ou Shub-N-Wordurath eram, mesmo que ele ainda seja fácil (único perigo são as bombas que causam um dano colossal). O único assunto que tenho ainda para falar é a trilha sonora... Ela é ok, a do Nine Inch Nails era melhor, aqui é um metal mais tradicional mesmo e nada da atmosfera sinistra do jogo base (a melhor coisa), mas ainda tem seus momentos.

Enfim, continuando o que eu estava falando antes, depois de jogar Scourge of Armagon, eu comecei a perceber mais problemas de level design e comecei a ter uma opinião mais negativa ainda sobre o jogo do que eu já tinha antes, o fato de que o jogo base abusava de inimigos tipo Fiends e Spawns que geralmente sempre eram botados em locais tipo perto de lava, combinado com um arsenal muito fraco que causa nada de dano, eu me impressiono como o pessoal acha Quake o melhor jogo de FPS, quando pra mim a única coisa que pra mim realmente salva de eu achar um lixo são coisas que ou outros jogos depois começaram a fazer ou Nine Inch Nails, e fiquei surpreso com Scourge of Armagon, que apesar de ter alguns dos problemas que Quake já tinha, ainda achei até que legal, melhor que o jogo base? Com certeza, não muito melhor, mas ainda é melhor.

6/10, talvez eu até diminua mais ainda a nota de Quake para 5/10, eu peguei pesado demais com Star Wars Dark Forces.

This review contains spoilers

Nota: Antes eu estava pensando em fazer review do Origins e depois do Legends, mas como os dois são meio similares em certos aspectos, eu decidi que falaria de certas coisas do Origins nessa review.

Por muito tempo eu procurei um jogo de plataforma que fosse meio como Donkey Kong Country (especialmente Tropical Freeze), e parece que agora finalmente achei o jogo que eu tanto queria por todo esse tempo, Rayman Legends, que é simplesmente um dos melhores jogos de plataformas lançados na década passada, e ainda um dos melhores jogos de plataforma 2D, e olha que ele foi lançado faz 10 anos!

Jesus Cristo por onde eu começo a falar desse jogo? É claro que pela gameplay, a única coisa mais importante de qualquer jogo de plataforma existente, e é claro que ela é executada excelentemente aqui, mas por quê? Primeiro tenho que dar destaque aos controles do jogo, de primeira pode parecer simples o suficiente, além de pular você pode usar um hover no meio do ar e usar um ataque com um combo de 3-4 ataques, no papel parece simples, mas também tem um certo grau de "masterização" dos controles do jogo, já que, ao contrário do Origins (onde seus movimentos são liberados nas primeiras fases de cada um dos 5 mundos principais), aqui você já começa com tudo de movimentação liberado de uma vez só, e em suma, tem mais para dominar dos controles, seja usar o ataque giratório e pular logo em seguida durante o ataque para alcançar distâncias maiores, usar o ataque aéreo para controlar a velocidade do personagem no meio do ar, e entre outras coisas, e apesar da movimentação aqui não ser uma parte realmente crucial do jogo durante sua duração principal igual um Pizza Tower da vida, ainda existem dois tipos de fases que incentiva isso no entanto, os desafios (que infelizmente não estão disponíveis na versão de PC, só nos consoles PS4 e Xbox One para cima, não me pergunte o porquê), e as fases de invasão, nos desafios diários e semanais (até onde eu sei já que, de novo, não estão mais disponíveis no PC) você compete contra outros players no mundo, mas no principal tem que chegar o mais rápido possível até o final da fase, já as fases de invasão é algo parecido, exceto que nesse caso inimigos de mundos anteriores invadem fases de mundos posteriores (e vice-versa), e você tem que chegar o mais rápido possível até o final para resgatar os três Teensies presos no final da fase, só que claro baseado nos inimigos presentes na fase, quando você zera o jogo até aparece uma variação dessas fases com um Rayman das Sombras, onde o Rayman vai copiar seus movimentos feitos, o que adiciona uma camada extra de desafio, já que agora não só você tem que se preocupar com o tempo para chegar e pegar os três teensies, mas também tomar cuidado para não trombar com o Rayman e morrer logo em seguida, o que eleva a movimentação do jogo até o limite, a única outra coisa que tenho pra falar sobre os controles do jogo é o Murphy, que é usado para mover objetos pela fase para poder tirar obstáculos ou adicionar plataformas extras, o Murphy ele é mais um produto do seu tempo, ele tá mais pra algo que você usaria melhor no Wii U, mas mesmo assim fora do Wii U, algumas fases integram ele de forma muito boa (como você verá logo abaixo). Mas é claro, não existe um jogo de plataforma bom sem um level design TÃO BOM QUANTO, e Rayman Legends entrega um dos melhores level design existente entre os jogos de plataforma, e existem muitos motivos para isso, mas o principal definitivamente seria que, enquanto outros jogos de plataforma tem idéias de mecânicas diferentes que são expandidas conforme a fase avança, Rayman Legends segue um caminho diferente, as mecânicas diferentes são expandidas durante todo o mundo ao invés de uma única fase, o que faz com que toda fase de todo mundo seja mecanicamente única entre cada uma, seja expandindo em idéias trazidas de uma fase anterior do mundo ou fazendo algo quase totalmente diferente com uma mecânica que apareceu antes, o melhor exemplo disso é o mundo que todo mundo que jogou este jogo adora, 20,000 Lums Under The Sea, a primeira fase é basicamente se você juntasse fase debaixo d'água com fases de stealth, uma das minhas fases favoritas do jogo inteiro inclusive, aí na próxima fase, ao invés de continuar a fórmula de fase debaixo d'água da primeira, muda para uma fase onde você tem que usar o Murphy para ativar objetos para bloquear as Sentries (que te detectam e te atacam em seguida), para assim algumas fases depois, expandir na idéia da segunda fase, dessa vez com objetos que se movem, fazendo com que o jogador tenha que ficar constantemente se movendo para o objeto não sair e ser pego pela Sentry, não quero spoilar mais ainda do que já spoilei do jogo aqui, mas no geral, 20,000 Lums é o melhor mundo do jogo que melhor exemplifica o level design e a filosofia de design por trás do mesmo, mas outros mundos como Toad Story e Teensies in Trouble são tão bons quanto, e falando em mundos, todo mundo é distinto entre si em ambos mecânicas e visuais, raramente reutilizando mecânicas apresentadas em um mundo em outro, o que deixa tudo ainda mais variado, e isso que no final de todo mundo tem a cereja para completar o bolo, as fases musicais, elas são incríveis, sério, é quase Sayonara Wild Hearts ANTES de Sayonara Wild Hearts, apesar deles quebrarem um pouco a progressão das fases do mundo em algumas dessas fases musicais. Antes de terminar aqui eu quero falar também das fases do Origins, liberados pelos Tickets da Sorte liberados ao terminar todas as fases de um mundo ou pegar um certo número de Lums durante a fase, que também na maior parte do tempo são muito boas, ainda tendo o mesmo padrão de level design presente também no Legends, exceto pelas fases de Mosquito, que eu particularmente não curto muito, já que comparado às fases de Minecart ou Foguete do DKC, elas no Origins são meio lentas por assim dizer, mas ainda tem coisas que deixam elas menos cansativas tipo integração de mecânicas das fases normais, mas aí já é culpa mais do Origins do que do Legends.

Visualmente é um dos jogos de plataforma mais lindos que já vi, todas as cores são muito mais vibrantes e animados aqui do que em Origins que já era visualmente muito bom, todo detalhe nas fases é muito expressivo, especialmente os personagens (não acredito que conseguiram deixar o Rayman bonito por uma única vez em um jogo dele) misturando 2D com 3D incrivelmente bem, e todo mundo tem temáticas altamente distintas entre cada uma, enquanto o Origins seguia algo mais padrão nas temáticas tipo desertos e tundras enquanto ainda botava seu próprio tempero para deixar as temáticas especiais, isso aqui é elevado ao nível 11 no Legends, com castelos medievais, a Grécia Antiga, a Fiesta de Los Muertos, e assim como cada fase expande as mecânicas do mundo, também expande as temáticas, tipo Luchadores, frutas e utensílios de cozinha em Fiesta de Los Muertos, mais e mais armadilhas em Teensies in Trouble, e entre outros casos assim. Em questão de trilha sonora também não está nem de longe atrás, também é muito boa a trilha sonora do jogo, especialmente nas fases musicais com covers de músicas tipo Eye of The Tiger e Woo Hoo, que são absolutamente sensacionais aqui, tão boas inclusive que tem até um mundo dedicado a versões 8 bits das músicas das fases musicais com até uma música inédita (Grannies World Tour), mas as músicas originais são tão boas quanto.

Dá para ver aqui como tudo nesse jogo é feito excelentemente bem pra cacete, seja seus controles fáceis de pegar o jeito mas difícil de dominar 100%, fases engajantes e distintas entre si, visuais sensacionais mesmo 10 anos depois, com músicas muito boas, tudo isso combinado em um dos melhores jogos de plataforma 2D já lançados até hoje, será meio difícil de um jogo de plataforma que eu jogar depois ser tão bom quanto este, depois de Rayman Legends até estou interessado em jogar mais jogos da franquia Rayman além desse, e também jogar mais jogos de plataforma 2D.

10/10!

1996

IMPORTANTE: Eu joguei na versão original, não no remaster da Nightdive.

Se eu joguei Dusk e ULTRAKILL antes, é claro que eventualmente eu finalmente jogaria o jogo que inspirou os dois e mais muitos outros "Movement Shooters" e até jogos tipo Half-Life, e é claro que estou falando de Quake, o jogo que evoluiu mais ainda o gênero de jogos de FPS, mas é claro, só porque o jogo foi importante para a indústria não quer dizer que ele por si só é o melhor jogo de todos, e infelizmente fiquei muito decepcionado quando joguei esse cara aqui.

A gameplay a essa altura do campeonato todo mundo que é fã de Boomer Shooters deve manjar, mas se eu fosse resumir em algumas palavras seria "DOOM 3D", não literalmente é claro, mas dá para ver como alguns dos aspectos que faziam DOOM ser DOOM estão presentes aqui, como algumas das armas que eram presentes lá, e falando em armas, quero é claro falar da coisa mais importante de qualquer boomer shooter, o arsenal, e infelizmente Quake tem um dos arsenais mais insatisfatórios e desinteressantes que já vi em qualquer jogo de FPS, a maioria das armas são fraquíssimas e causam dano pífio se comparado a tudo que vem da segunda fase do PRIMEIRO EPISÓDIO em diante, tipo, caralho velho, uma espingarda de dois barris causam pouquíssimo dano velho, uma FODENDO ESPINGARDA DE DOIS BARRIS, claro ela também não precisa matar tudo em um único tiro, mas poxa, podia ser mais forte que isso, e isso se aplica a quase todo o resto do arsenal, as únicas três armas que valem a pena usar são a Super Nailgun, o Rocket Launcher e o cajado de raio lá, esses até conseguem causar um dano decente, e quando digo decente quero dizer que para matar alguns inimigos tu vai gastar pelo menos um quarto dos tiros da Super Nailgun ou o cajado de raio para matar certos inimigos mais fortes, eles são mais uma necessidade mesmo, enquanto o Rocket Launcher... Bem, se quase todo jogo de FPS tridimensional indie lançado nesses últimos 5 anos tem Rocket Jump, é porque o jogo que originou tinha que ter um muito bom, e realmente, o Rocket Launcher desse jogo é muito divertido de usar, e o jeito que você pode skipar uma grande parte da fase com o negócio é muito divertido e dá mais valor de replay para Quake, e o Grenade Launcher até que é legalzinho também, mas fica ultrapassado com o Rocket Launcher por ter tiros muito inconsistentes, mas é claro, armas não são o suficientes sem inimigos para usar as armas não é mesmo? E como eles são aqui? Bem, eu tenho uma opinião meio neutra sobre os inimigos, por um lado, sim, os inimigos conseguem bem cumprir o papel de fazer o jogador ficar se movendo pelo mapa, e alguns inimigos são realmente perigosos de se lidar parados tipo os Shamblers e aquela aranha que spawna bomba teleguiada que causa muito dano, porém, o que reduz a qualidade do bestiário aqui é, primeiramente, como tem poucos inimigos no geral e ficam reaparecendo de novo e de novo durante todos os atos, porém o jogo tenta ainda agir como se você nunca tivesse enfrentado eles em todos os episódios, nunca tem um real fanfare para quando eles aparecem, eles só aparecem meio do nada na maioria das vezes, mas o que irrita de verdade é o quão esponjas de dano eles são, sério, os Shamblers devoram METADE das balas do Super Nailgun (isso se você não tiver menos ou não errar nenhum tiro), só que ok, os Shamblers são o inimigo mais forte do jogo, mas aí o que fode é que outros inimigos bem mais comuns são muito resistentes também, tipo um tigre(???) que aparece na segunda fase, ele tanka 2-3 tiros do Rocket Launcher, é muito tiro para um bicho que faria mais sentido se ele fosse "letal, mas frágil", e falando nesse diabo (o nome é Feams ou coisa do tipo seila não sei o nome de quase nenhum), o jogo abusa para um caralho de inimigos rápidos que causam dano pra cacete tipo esse que citei e os spawns, o que em certas doses é usado muito bem, mas em outros já é meio que um exagero, especialmente quando combinado com a movimentação do personagem e o level design (algo que por muito tempo subestimei demais quando o assunto era game design), e quanto ao primeiro ponto, sim, a movimentação é bem boa, entretanto eu não sei se foi porque eu joguei Dusk e ULTRAKILL antes mas as vezes a movimentação é um pouquinho travado até, mas no geral existe um motivo para muitas técnicas de movimento tipo o strafe e o rocket jump serem tão usados hoje em dia em jogos de FPS, entretanto o que limita a movimentação é o level design, que as vezes tem arenas bem abertas, incentivando se mover pelo mapa frenéticamente, mas muitas vezes é apertado demais, muitas vezes lhe PUNINDO por jogar do jeito que todo mundo fala que é divertido, ou seja, pulando pelo mapa com lança foguetes, isso é especialmente prevalente no episódio 2, onde muitas salas são tão apertadas que usar o lança foguetes é suicídio imediato, é ridículo, mas para não ser injusto, eu gosto como todo o level design é muito bem sinalizado e em nenhum momento tu fica confuso sem saber onde tem que ir, uma grande evolução se comparado aos outros jogos de FPS antes dele que muitas vezes você era obrigado a ver guia pelo menos duas ou três vezes durante o jogo para saber onde tem que ir, agora só antes de finalizar eu quero criticar também o quão repetitivo no geral o jogo é, o jogo tem 4 episódios, porém eu acho que o jogo arrasta MUITO durante sua duração, algumas fases são curtinhas, mas outras são grandinhas e combinado com tudo o que falei antes, mais alguns outros detalhes muito malvados tipo armadilhas que te matam imediatamente ou inimigos que spawnam ATRÁS DE VOCÊ(!!!), deixa a experiência muito cansativa em certas fases a ponto de tu só querer chegar logo no final assim que possível, o que não ajuda também é um outro detalhe que falarei daqui um instante, e assim como isso também o quão raramente o jogo sequer traz coisa nova para deixar o jogo mais divertido ou desafiador do episódio 2 em diante, exceto os inimigos novos ocasionais tipo os Spawns (pior coisa do mundo), e curiosamente, dos quatro episódios, apenas dois terminam em chefes, o que sinceramente acho que é por melhor, porque os chefes são um lixo total, o primeiro é literalmente só apertar uns botão para ligar um raio chocar ambos você e o chefe (no caso você pelo fato da boss fight ser são estupidamente fácil e o chefe com o raio) e atirar nele e PRONTO, MORREU, mas o último é pior ainda, não vou spoilar ele mas acredite, ele é um lixo. Mas é claro que não posso acabar essa seção sem falar do elefante na sala, o multiplayer, que não vou gastar muito tempo falando sobre o que todos sabem, mas de fato, é divertido para um cacete, mesmo que a curva de aprendizado seja um pouco alta.

Eu só quero ir logo para os visuais e gráficos que são ambos tecnicamente e visualmente sem graça e feios para um cacete, os gráficos serem feios posso até passar pano, foi um dos primeiros jogos de FPS 3D de todos, mas isso nem de longe justifica o quão raso e sem graça a direção de arte do jogo no geral é, lembra do meme lá do "Too Much Brown" quando o assunto era Quake? Eles não estão errado, tudo tem sempre a mesma paleta de tom sem graça de marrom e cinza, deixando as fases super esquecíveis por causa do quão idênticas elas são visualmente, o que também não ajuda é como o jogo nunca mantêm uma temática consistente para cada episódio, todo episódio pode ser resumido assim: "Uma ou duas fases militares, depois todo o resto medieval"... O que eu acho muito preguiçoso, seria menos repetitivo se fosse um episódio num futuro militar, e depois outro com temática gótica, e os outros dois daria pra tentar desenhar como seria, e visualmente os inimigos também são super esquecíveis, salvo alguns exemplos raríssimos tipo os Shamblers. Agora o que esse jogo erra com visuais, ele acerta com trilha sonora, a trilha sonora é MUITO BOA, ele ao invés de seguir a linha heavy metal de DOOM, ele segue algo mais sombrio e atmosférico, o que deixa algumas fases até um pouco mais assustadoras, uma pena que ela NÃO TOCA NA VERSÃO ORIGINAL QUANDO COMPRA ELA NA STEAM, eu ouvi falar que é porque as músicas ficavam no CD e como não vem as músicas fora do CD ela não toca, mas sem as músicas deixa as fases ainda mais sem graça do que já são.

Agora chegamos na conclusão final, e honestamente, eu estou muito decepcionado com Quake, eu estava tão hypado para jogar esse jogo, principalmente porque não só ele inspirou alguns dos meus jogos favoritos de todos os tempos, mas também como todo mundo falava que o jogo era do caralho, mas depois de jogar eu acho que ele é melhor lembrado como um marco nos jogos de FPS e nos jogos competitivos, eu não sei, talvez o fato de eu ter jogado Dusk e ULTRAKILL antes colocaram minhas expectativas um pouco altas demais, e também pode ser porque a versão original do jogo é um lixo mesmo, mas ainda assim, se for jogar Quake, algo que ainda assim recomendo depois de tudo o que falei, jogue pelo remaster da Nightdive, não só a movimentação é melhor, visualmente melhorado, e a trilha sonora ela funciona de fábrica, sem precisar baixar um mod para as música funcionar, ou então jogue Dusk, que é uma incrível sequência espiritual de Quake que melhora tudo o que o mesmo faz, não joguei Hrot ainda mas dizem que é muito bom, então talvez um certo dia eu jogue ele. E isso que só julguei o jogo base, dizem que os mission Packs Scourge of Armagon e Dissolution of Eternity são melhores que o jogo base, mas nem consigo rodar eles aqui fora do remaster. Enfim...

5.5 (quase um 6)/10

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Estou aqui de volta a franquia Jedi Knight, dessa vez realmente chamada de Jedi Knight - Dark Forces 2, o que fica muito ridículo quando consideramos os dois jogos (três se contarmos a expandalone como seu próprio jogo) que aparecem depois desse, e também aquela regra onde terei que censurar tudo que for jogo de FPS ou coisa de Star Wars fora do jogo (ou franquia agora) está de volta. Enquanto ao jogo em si, eu tenho umas certas desavenças com ele, algumas bem grandes inclusive, mas no final do dia ainda é até que divertido.

A gameplay logo de cara já dá para perceber a diferença, ao invés de tentar seguir a fórmula do (CENSURADO), ele é mais inspirado em (CENSURADO), e como é uma sequência de Dark Forces, o sistema de objetivos por fases e certas armas do primeiro jogo estão de volta aqui, apesar de que no caso do sistema de objetivos ele é usado meio mal durante o jogo se comparado ao primeiro que fazia a progressão de certas fases serem genuinamente diferentes umas das outras, enquanto aqui ele é reduzido ao "vá do ponto A ao ponto B com algumas inconveniências no meio do caminho", enquanto ao arsenal ele tira algumas armas do primeiro e adiciona outras no lugar tipo o lança foguetes que NÃO DÁ PARA FAZER ROCKET JUMP, o Bowcaster e é claro, o santo graal, o sabre de luz, falo dele logo logo mas similar ao primeiro jogo, eu raramente tive incentivo real para usar a maioria das armas, o bowcaster e o repeater ficam meio inúteis e o concussion rifle continua meio imprático de usar como no primeiro jogo, assim como o thermal detonators que continuam inutilizados devido a falta de uma barrinha para indicar o quão longe está tacando a granada, mas eu dou um pouco uma colher de chá para isso tudo porque o principal diferencial desse jogo se comparado ao primeiro é o SABRE DE LUZ, que geralmente é usado para matar inimigos de perto (DUH) e quebrar dutos, o que acho bem legal é como o sabre de luz apesar de bem fortinho é balanceado o suficiente para não deixar as outras armas completamente inúteis, e vão ter momentos onde até com o sabre de luz você vai precisar usar as armas normais para por exemplo aqueles robô doido de duas pernas gigante lá da franquia (eu realmente não sei o nome), meu maior problema como sabre de luz é que o block dele é muito inconsistente, as vezes sai só um tiro de BLASTER e ele não bloqueia, e se vier rajadas deles esquece o sabre de luz, ele NÃO VAI BLOQUEAR OS TIROS DOS STORM TROOPERS, e também inconsistente diria que são os golpes do sabre de luz em si, as vezes bate várias vezes no inimigo com o treco e ele não morre, mas isso é de menos perto de outros defeitos maiores que citarei daqui certas linhas, mas antes quero é claro falar dos poderes da força, onde Dark Forces 2 decidiu integrar elementos de RPG para um jogo de FPS, e por boa parte do tempo foi executado até que bem, e ainda um destaque definitivamente tem que ir ao sistema de moralidade, enquanto em jogos de RPG tipo o próprio KOTOR define a sua moralidade baseado em suas escolhas em diálogos, o jogo aqui define sua moralidade baseado em quantos cidadãos você está matando e quais poderes da força você está usando mais, e quando chega nas cutscenes que mostram o impacto de suas ações, o grandioso protagonista do primeiro jogo Kyle Katarn realiza suas ações baseado no que você fez durante o jogo todo, o que é um toque muito maneiro e é algo que foi pouco executado até hoje, e é claro dependendo da sua moralidade você vai poder somente usar poderes do lado da luz ou do lado negro da força, tipo a cura e o raio para cado lado respectivamente, meus únicos criticismos sobre o sistema de poderes da força são dois, primeiro que você consegue mais pontos para upar poderes da força achando SEGREDOS pela fase, o que falarei logo logo o por quê disso ser um problema, e o segundo é como alguns poderes são meio inúteis se comparados aos outros, mas isso a essa altura já é padrão, e é claro agora chegou a hora de falar sobre o elefante na sala, o level design, e é aqui onde os problemas do jogo começam a ficar muito piores, mas muito piores mesmo, o level design tenta incorporar fases mais abertas para o jogo, claro também não é um (CENSURADO) da vida, mas ainda é grande, e adiciona isso a verticalidade que já era presente no primeiro jogo, deixa tudo maior, só que aí tem um enorme problema, muitas fases são muito mas muito confusas, tipo a fase 19, onde algumas soluções de puzzles não tem nexo nenhum, tipo, ativar um botão lá no outro lado da fase para abrir um portão em outra extremidade da fase? CORRETO! E o pior são os momentos onde o jogo lhe obriga a fazer coisas absurdas para progredir no jogo, tipo fazer saltos de fé em locais onde pareciam buracos que iriam te matar mas na verdade eram o lugar correto para ir, ou ter que usar os poderes da força universais (os quatro primeiros) de maneira e com timing bem específicos para passar um obstáculo, ou botões camuflados com o cenário, e entre outras coisas ruins, e se julgarmos as fases em si, eu só te conto uma coisa, as primeiras fases são horríveis, te dão uma impressão ruim do que o jogo será dali pra frente, tipo, caralho velho o jogo começa em fodendo Nar Shaddaa, a cidade onde se cair você morre, ou seja, é claro que ele vai ter momentos de saltos de fé, fora que tem vários inimigos de soco que atravessam a armadura já na PRIMEIRA FASE, e o level design da segunda fase é uma bagunça absurda, na real não só as primeiras como também toda a primeira metade do jogo é muito confuso e é cheio de momentos onde você precisa ver um guia para entender bulhufas do que precisa fazer para progredir por certas fases, e na primeira metade do jogo eu tive que checar um guia pelo menos mais de DEZ vezes, e não como se o jogo fosse um (CENSURADO) onde as fases são abertas e permitem várias maneiras de atravessar a fase, ainda são simples fases de ir do ponto A ao ponto B, o que deixa tudo isso pior ainda, mas depois de um tempo você se acostuma com os puzzles obtusos e consegue progredir mais de boa, na própria segunda metade chequei bem menos o guia, com raras exceções tipo as duas últimas fases antes dos dois chefes finais, mas ainda não justificam toda essa bagunça no level design, e falando em chefes, eles também são muito fáceis, na maioria das vezes eles são uns Zezinho Pitoco que você consegue vencer rapidamente, ou eles são muito irritantes e ficam pulando pelo mapa que nem malucos tipo os da fase 11 e fase 20, esse primeiro usa INVISIBILIDADE para atacar sem ser visto, forçando você a upar o Seeing para sequer atacar ele enquanto invisível, enquanto seu irmão maior é tão fácil quanto a maioria dos chefes, e uma vez que você conseguir upar a barreira da força (quando você consegue ir full lado da luz), a maioria dos chefes dali em diante viram um piada, mas mesmo assim eles têm MUITA vida, ou seja as boss fights são mais arrastadas que o normal, especialmente os dois que citei antes e a batalha final também. Em suma, enquanto a gameplay por si só é decente, ela é meio reduzida pelo level design, mas pra mim o maior problema mesmo é que o que esse jogo faz errado ele faz MUITO errado, e o que ele faz certo outros jogos fazem significativamente melhor tipo suas sequências, e certos aspectos dele hoje em dia são coisas que ou era um detrimento para o jogo ou são meio que banais hoje em dia tipo elementos de RPG, que já ficou banal assim que chegou (CENSURADO).

A história, assim como o primeiro, não é das melhores, em resumo, Super Kyle Hyper Mega Ultra Katarn está em sua casa em Nar Shaddaa, até ser oferecido algo por 8t88 (1888) por uma oferta que nem faço idéia do que é, isso tudo por um jedi negro chamado Darth Xereca Jerec, é claro depois de vermos ele matando um outro jedi chamado de Kool Rahn (quase nunca ouve o nome completo dele então vai ser isso), então Katarn vai atrás do droid depois de recusar a oferta dele. O jogo tem uma história ok por si só, mas o que eleva ela são as cutscenes FMV, que são muito bacanas apesar da idade, especialmente adoro a performance do bicho lagartixa lá (esqueci o nome dele também), ele é hilário pra cacete, e é claro o lendário KYLE KATARN interpretado pelo grande JASON COURT, apesar dele agir meio fora de personagem considerando o tempo que passou desde o primeiro jogo, ele é incrível aqui, provavelmente a melhor versão dele da franquia inteira (vou ver ainda como ele é nos próximos jogos), mas no geral é isso, o único outro detalhe a se dizer é que ele se passa depois de (CENSURADO)(?) Mas no geral é isso, eu não achei tão interessante falar da história aqui quanto no primeiro apesar das cutscenes FMV lendárias.

Visualmente o jogo é horrivelmente datado, os modelos 3D dos personagens são horríveis de tão datados, ainda mais quando compara eles com eles nas cutscenes FMV, o alien doido lá que aparece na cutscene em nar shaddaa mesmo parece que tem um pênis na cabeça dele no modelo 3D, até alguns dos modelos 3D bizarros do primeiro jogo têm mais polígonos do que certos objetos aqui nesse jogo, sem contar que o trabalho com textura aqui é tenebroso e deixa os cenários que já são visualmente sem graça ainda mais feios do que já são, e deixam as fases mais confusas ainda também, sem contar o formato das fases ser muito inconsistente, algumas fases parecem lugares de verdade mesmo, enquanto outros são labirintos muito sem nexo que nem parecem que dá para viver neles, no entanto o CGI nas cutscenes FMV ainda é legal, especialmente em Nar Shaddaa. Trilha sonoramente, é Star Wars, porém aqui até isso conseguiram fazer meio zoado, enquanto Dark Forces tinha renders Midi das músicas de Star Wars e eram muito legais, aqui é super sem graça, seria tipo se um jogo de Touhou tivesse música sem graça kkk.

A partir daqui o desafio acaba.

Enfim, eu acho que no geral, apesar de preferir mais esse do que o primeiro provavelmente, ainda não é muito bom, o que ele faz errado ele faz muito errado, e o que ele faz correto outros jogos da época fazem muito melhor tipo Quake, Deus Ex e suas sequências Jedi Outcast e Jedi Academy, talvez o Dusk também foi um grande fator para eu não ter achado ele tão bom quanto falam que esse jogo é, esse jogo ainda foi até que divertido, alguns momentos bem divertidos, mas ainda recomendo se você quiser jogar o resto da franquia, e parando para pensar agora, o Dark Forces é mais inútil ainda para a franquia agora que joguei esse, mas ainda assim.

6/10, enquanto Dark Forces cai para 5.5/10 mesmo

As palavras censuradas: DOOM, Quake, Deus Ex, System Shock 2 e O Retorno do Jedi.

Edit: Eu subirei a nota de Jedi Knight para 6.5, enquanto Dark Forces 1 cairá mais ainda para 5/10, isso depois de jogar Quake.

A minha jornada com a engine desse jogo, no caso a Sith Engine, não acabou ainda no entanto...

Definitivamente um alívio escrever sobre esse jogo depois de jogar a merda que é as piores fases do Thief Gold (pretendo rejogar ele), e assim como isso também o próprio.

A gameplay... Primeiro quero falar do objetivo do jogo, escalar o Pinto Pico do Gavião, o jogo em si você consegue zerar bem rapidinho, mas a graça do jogo não está só nisso, e sim em todo o resto. Enfim, ele é um jogo de aventura com elementos de um collectathon(?) junto. Como falei logo agora, seu objetivo é escalar o Pênis Pico do Gavião, mas é claro que tenho que falar de como controlar A protagonista (Claire) é divertido pra caramba, no início até que é simples, basicamente o feijão com arroz (ugh) de um jogo de plataforma, exceto que você pode planar, porém, conforme você joga você também libera penas douradas que permite pular mais uma vez no ar por pena dourada, percebe como falei sobre penas douradas no plural? É porque tem um monte pelo mapa, e quando você libera penas douradas o suficiente você pode simplesmente skipar todo o percurso do Pico do Gavião, só que é claro, você não recebe tudo de bandeja, alguns você ganha comprando, e outros você ganha EXPLORANDO... E falando em explorar, é depois de chegar ao topo que você realmente percebe o que o jogo realmente oferece, facilmente a melhor parte do jogo é o conteúdo extra e explorar o mapa, o mapa apesar de pequeno tem vários baús para coletar, digo vários mesmo, alguns com dinheiro, outros com PENAS DOURADAS e outros com coisas diferentes, mas é claro, não é ó isso que o jogo tem a oferecer, tem também inúmeras atividades extras a la Animal Crossing, eu nem quero falar aqui pois eu recomendo que VOCÊ JOGUE para descobrir o que eu estou falando, eu só adianto, são mais divertidos ainda do que só o "objetivo" do jogo, e a verdadeira experiência do jogo é descobrir isso tudo por conta própria. Só resumindo, jogo perfeito para relaxar depois de uma experiência difícil tipo Celeste (ou Thief Gold mas aí já seria demais), que ironicamente também é sobre escalar uma montanha.

Visualmente o jogo é bem bonito e combina muito bem com o estilo pixelizado dele, e ver a ilha de longe é lindo demais, eu sempre adoro quando jogos são visualmente coloridos e "otimistas", apesar de ser bizarro quando desativa os pixels e fica bizarrão kkk. Trilha sonoramente é perfeito para o que jogo faz, bem calma e relaxante, e algumas músicas são lindíssimas tipo... Seila não sei o nome de nenhuma, mas ainda é muito boa.

Enfim, eu definitivamente recomendo esse jogo se, como falado antes, você quer uma pausa de um jogo mais difícil, e por si só o jogo é muito bom também, bem que eu queria muito ter jogado isso depois de (tabom chega né?!).

8.5/10

"O melhor jogo de stealth de todos!"
Enquanto isso o melhor jogo de stealth: Matando uns zumbis com uns golpe de espada que deixariam Zezinho Pitoco parecendo o Alexandre O Grande da espadada.
Brincadeiras da parte, acho esse um dos jogos mais superestimados que eu já vi na minha vida, é quase nível Homem Aranha Sem Volta para Casa, exceto que ao menos as qualidades são daqui mesmo e não foram roubadas do Sam Raimi e do Marc Webb (ou nesse caso do Warren Spector né, e depois ainda têm a pachorra de falar que ULTRAKILL e Pizza Tower são superestimados.

Está bem mas falando sério agora, a gameplay por si só é muito boa, possivelmente uma das melhores de qualquer jogo de stealth (pelo menos a gameplay BASE no PAPEL, coloque muita ênfase nesse gameplay BASE no PAPEL), o sistema de stealth em si provavelmente é o melhor que eu já vi em um jogo até hoje, usando TOTALMENTE do audiovisual para mostrar o quão escondido você está dos inimigos, e as fases (pelo menos as que são de stealth e não um boçal igual boa parte das fases são como falarei logo logo) usam muito bem desse sistema, apesar de as vezes poder ser um pouco frustrante, ainda mais no Expert onde os inimigos te matam em pouquíssimos golpes, mas nada disso tiraria a satisfação de se esconder num lugar escuro e nenhum guarda te ver no escuro, isso ou sair roubando tudo o que vê pela frente e sair com dinheiro suficiente e torrar tudo em instantes, nesse(s) quesito o stealth é (quase) impecável, e muito bom também o arsenal que reforça muito bem como o Garrett é apenas um bandido de rua e não um assassino de elite ou um espião cheio de melhorias tecnológicas igual o Corvo ou JC Denton em Dishonored e Deus Ex respectivamente, não me entenda errado, você pode até derrotar um guarda ou dois com sucesso na espadada, porém com mais guardas você está ferrado, fora que no Expert em algumas vezes você é punido por matar guardas, então poucos itens são focados em matar, e quando são, tipo a flecha de fogo ou a mina explosiva, geralmente são usados para matar ZUMBIS E OUTRAS CRIATURAS SOBRENATURAIS (você vai entender o por quê de estar tudo maiúsculo logo logo), e alguns itens do arsenal são divertidos pra cacete de se usar tipo a flecha de gás e a flecha de corda, e esse último é facilmente o meu item favorito do arsenal dele, podendo até mesmo atravessar áreas que normalmente seriam complicados ou até impossíveis de se atravessar muito mais fáceis ou acessíveis, e é claro não posso esquecer das gazuas mais legais de se usar que já vi em qualquer jogo que joguei até hoje, ah e também tem um dos sistemas de dificuldade de jogo mais interessantes que já vi em um jogo, onde normalmente só aumentaria o dano e a vida dos inimigos, aqui aumenta a quantidade de objetivos, assim como a quantidade de dinheiro necessária para terminar a fase (e se a fase não tiver nem isso e nem o objetivo de fugir do local, ele adiciona essas duas), e ainda tem algumas bem interessantes tipo resgatar alguém importante da Cragscleft Prison além do Cutty (nesse caso Basso). Enfim, eu falei tudo isso e agora você me pergunta o por quê de eu ter dado uma nota tão baixa para esse jogo aqui, enfim, eu falei do quão boa a gameplay principal do jogo é, mas eu não falei das fases, a seleção de fases aqui é uma das coisas mais sem noção que eu já vi em qualquer jogo de stealth aqui, esse jogo tem genuinamente algumas das PIORES FASES QUE EU JÁ VI EM QUALQUER JOGO EXISTENTE NA SOCIEDADE IMBECIL DE QUASE 8 BILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO, dá vontade de querer mandar esse povo que deixou essas fases num jogo de stealth pra cadeia (e de praxe manda o RK Play junto kkkkk), pra não ser injusto aqui algumas fases são realmente muito, mas MUITO BOAS, tipo Lord Bafford's Manor (um pouco fácil demais mas uma ótima introdução para o jogo), Assassins e The Sword (uma fase tão boa que tem até uma parte dessa fase no Dusk, ah e falando em Dusk isso é foreshadowing para o que está por vir), mas também tem algumas das piores fases de qualquer jogo existente, tipo Lost City e Return of The Cathedral, duas fases TÃO MAS TÃO RUINS QUE QUASE DÃO ATAQUE CARDÍACO, e essas duas fases são uma bagunça, extremamente confusos de explorar e PIOR, cheio de inimigos sobrenaturais onde é quase impossível fazer stealth sem ser pego, tanto que não tem quase nenhum lugar para ficar escondido no Return to The Cathedral, SIM, a melhor parte do jogo não está presente nessa fase, você é obrigado a sair no soco com uns guardas ZUMBIS (ou seja, não morrem com ESPADADA) que atacam mais rápido que o The Flash e que falando nisso, nem adianta usar flash bomb neles, só correr até um elevador, mas outras fases também não ficam muito atrás não tipo Bonehoard e Thieves Guild (essa última é uma fase de stealth horrível com um dos layout de mapa mais confusos que já vi, é inacreditável como conseguiram cagar uma fase de STEALTH que veio um ano depois do lançamento do jogo original, no caso Gold é um relançamento com 3 fases novas, essa, Mage Towers e Song of The Caverns), e o pior é que esse povo que fala que esse jogo é o melhor jogo de stealth de todos deve usar LSD e cocaína porque muitas fases nem SEQUER são de stealth e ao invés disso você mata uns zumbi tosco lá que só morrem com água benta e bomba, algumas fases nem vergonha de terem feito eles um perigo tiveram já que tu pode andar do lado deles e não tomar dano, e são tantas que quando vem UMA fase de stealth tu sente um alívio de que passou aquela tosqueira, e falando nisso o ritmo do jogo é péssimo, as vezes tu tá numa fase de stealth e a próxima é fase tosca de matar zumbi, as vezes DUAS EM SEQUÊNCIA, e o pior é que algumas fases ficam deploráveis em dificuldades mais altas tipo Haunted Cathedral, Thieves Guild e as duas fases que citei antes (Lost City e Return to The Cathedral), recomendo jogar só no Normal, ou se tiver mais no momento jogar no Hard, pelo amor de deus não faça que nem o povo recomenda fazer e jogar no Expert, você vai querer (CENSURADO) de tanta raiva, ao menos no Normal você não tem uma quantidade tão absurda de objetivos. Mas em suma só para não ficar mais revoltado, o jogo tem uma gameplay incrível arrastada pelas fases terríveis do jogo, e as fases terríveis desmotivam quase completamente de continuar o resto do jogo, se não fosse pelas fases horríveis e só tivesse as fases de stealth (tira também a Thieves Guild, ninguém merece jogar isso também), seria facilmente um 9.5 ou até um 10, mas as fases horríveis dão vontade de dropar o jogo de tão ruins e são muito mais abundantes se comparado as melhores fases.

A história por si só pode não ser incrível, mas o worldbuilding é muito bom, ainda mais dos Hammerites, e sem contar duas coisas, primeiro que o Garrett é um protagonista muito legal, ele age cínico e egocêntrico pra caralho e eu adoro isso, já que ele age como se ele fosse o melhor de todos, só que como falei antes na gameplay um guarda derrota ele facilmente, e segundamente as cutscenes são bem daora, uma pena que elas não apareceram em momento nenhum na gameplay.

Mas é claro que não posso terminar a review sem citar os visuais e a trilha sonora, primeiro os visuais que sim, visualmente os modelos 3D dos NPCs são datados pra cacete, mas eu adoro a mistura de Steampunk com fantasia medieval, ainda mais com os Hammerites que são tipo a Brotherhood of Steel do Fallout só que 50/50 medieval e steampunk, quanto a trilha sonora não tem muita música, mas as músicas são legais, porém o que carrega de verdade é o sound design, o sound design é sensacional, as vezes deixa o jogo mais assustador do que muito jogo de terror aí, até mais que System Shock 2 (que ironicamente também usa a Dark Engine), e o jeito que ele é usado na gameplay também é muito foda, tudo isso culmina em um jogo altamente atmosférico.

Enfim, sinto muito se soei como um psicopata nessa review, mas pra mim esse jogo é complicado de falar sobre, porque ao mesmo tempo que ele tem uma ótima gameplay, as fases quebram muito a gameplay principal, pra mim só não dou nota mais baixa por causa disso e dos visuais e sound design do jogo, e sinceramente esse povo superestima esse jogo para um caralho como se fosse o melhor jogo de todos, sendo que muitas fases nem são de stealth, e o que encontrei foi um dos jogos mais indecisos que não sabe se decidir entre nada, ele não sabe decidir se vai ser um jogo de stealth ou um dungeon crawler a la Ultima Underworld (depois um tempo pesquisando eu descobri que antes o jogo era para ser um dungeon crawler como Ultima Underworld mesmo, só que de última hora fizeram dele um jogo de stealth, o que explica o tanto de fases de matar zumbi, mas não justifica o level design horrível do jogo), eu acho que o pessoal julga o jogo mais pela nostalgia e por apenas seus conceitos do que pelo produto inteiro em si, é tipo o povo que fala que digamos, Maid Dragon é horrível só por causa do Ecchi ou o povo que fala que PvZ2 é horrível só por causa das microtransações (não que esse povo esteja necessariamente errado ou alguma coisa, longe disso), e depois de desistir do jogo por causa do quão ruim a Return to The Cathedral era (e também ouvi falar que as três fases finais são horríveis de qualquer forma então né), só recomendo jogar isso se for para jogar o resto da trilogia ou por curiosidade, eu odiei boa parte do meu tempo com esse jogo, mas não consigo negar que o que ele faz bem ele faz bem pra cacete, então por isso...

6.5/10 (Admito que peguei pesado demais com esse jogo antes, ah e eu vi a intro e ela é foda demais.)

Eu genuinamente me pergunto como o pessoal que adora jogos indies não falam mais desse jogo aqui, ainda mais pelo o quão incrivelmente sensacional ele é!

A gameplay é simplesmente perfeita, mas se eu fosse explicar mais aprofundadamente eu podia resumir como uma amálgama entre Zelda, Okami e Epic Mickey, o ponto principal do jogo são as mecânicas de colorir o mapa, e o jogo tira proveito total disso, já que o pincel é usado para desenhar pênis resolver puzzles e atravessar o mapa, algumas áreas usam o pincel de forma mais simples tipo colorir uma planta para tirar ela do caminho, ou colorir um cogumelo para pular para um lugar inalcançável normalmente (pelo menos por enquanto), mas conforme você avança, o jogo vai elevando cada vez mais os puzzles e as mecânicas de colorir no jogo, especialmente nas "dungeons" onde cada uma usa o pincel e os upgrades de forma interessantíssima, tipo pintar o chão para revelar a senha para avançar na dungeon ou mover algum objeto com ele para algum canto da TELA (bote ênfase nesse TELA por sinal), e isso que nem entrei no assunto dos upgrades do jogo que você libera no final de cada capítulo, que deixam a exploração pelo mapa extremamente divertida, tipo nadar pela água e escalar paredes desde que estejam coloridas, atravessar buracos pequenos enquanto nada pelo chão (ou água) colorido e entre outros upgrades, e meu amigo tem tanta coisa para explorar nesse mapa apesar do tamanho dele que você nem imagina, não só tem inúmeros colecionáveis para coletar (assim como dinheiro, ou nesse caso Sucata, para comprar decorações para as TELAS, e bote ênfase no decorações e no TELAS), mas também tem tanto conteúdo extra também, tipo side quests envolvendo entregar cartas, tirar fotos de áreas adivinha só? COLORIDAS, e fazer aulas de adivinha só também? DESENHAR, ah sim, eu já estava devendo falar disso, não só o pincel é usado para explorar o mapa mas também pra ficar desenhando coisas pelo mapa, e combinado com as decorações que você libera seja comprando com sucata ou fazendo side quests, você pode criar uns cenários bem bacanas, sendo o perfeito passatempo para enquanto não continuar a quest principal ou mesmo as side quests, e eu tinha citado desenhar antes, também tem certos momentos onde você tem que desenhar algo (tipo TODAS as aulas de arte em uma certa área do jogo), seja tentar imitar um outro desenho ou desenhar algums coisa para uma loja, e como é divertido demaid desenhar coisas nesses minigames, é quase como jogar um Mario Paint Lite, e ainda os personagens falarem bem dos seus desenhos mesmo ficando realisticamente horríveis é bem bacana. Só mais uma coisa que quero falar antes de ir pra história é falar das boss fights, SIM, apesar de não ter nenhum inimigo que você pode lutar contra diretamente, o jogo tem boss fights bem legais, especialmente as que envolvem doppelgangers de outros personagens, e também assim como todo resto do jogo usam muito bem as mecânicas de colorir e o pincel combinado com Bullet Hell meio Undertale por assim dizer. Enfim, deu para entender o quão excelente a gameplay é, e ela se conecta extremamente bem com os visuais e a história.

E falando no tal, a história é simplesmente fantástica, resumindo a premissa, você era faxineiro da Chicória (personagem que dá nome ao jogo) até por algum motivo todas as cores sumirem de Piquenique, aí o (ou a) protagonista pega o pincel e começa a fazer serviços envolvendo (É CLARO) colorir e desenhar pelo mapa, eu sinceramente eu acho que estou fazendo um desserviço resumindo a história desse jeito, mas é que eu não quero spoilar a história de jeito nenhum por causa que ela é simplesmente incrível, ela conta com temas meio sensíveis tipo depressão, síndrome do impostor e expectativas, ao mesmo tempo que brilhantemente balanceado a história com seus momentos de leveza bem humorados, e os personagens são muito carismáticos e memoráveis no geral, tipo a própria Chicória (uma das minhas favoritas do jogo inteiro sem sombra de dúvidas) e a sua ex-professora Amora, fora toda a backstory por trás do pincel e o templo dos pintores que é muito daora.

Visualmente o jogo é lindíssimo e complementa a gameplay e a história de forma muito boa, as TELAS são todas em preto e branco como se fosse um livro de colorir, reforçando as mecânicas de colorir do jogo, fora que no geral o jogo é lindo também, algum cenários são genuinamente fantásticos tipo o Templo dos Pintores no exterior, e quando combinado com o sistema de decoração de cenários e um certo item aí que não irei falar, você pode desenhar cenários ainda mais belos do que os já presentes no jogo, até quando você desenha o cenário e você acha que ficou uma porcaria ele ainda fica muito bonito, sem contar no design de cada um dos personagens sejam principais ou secundários que fazem deles ainda mais memoráveis do que já seriam só baseado em personalidade. A trilha sonora é muito, mas muito boa, o que faz sentido considerando que foi composta pela aclamada Lena Raine de Celeste (até a história do Chicory tu pode dizer que lembra Celeste, e olha que eu acho a história do Celeste meio superestimada hein), eu até prefiro bem mais a trilha sonora dela aqui do que em Celeste, a maioria das músicas aqui são muito boas tipo todas as músicas de todas as cidades do jogo, as músicas de certas dungeons tipo a da Ilha das Colheres e o Pico da Sobremesa (Celeste 2?!) são muito boas.

Para mim o melhor do jogo é como ele consegue integrar uma gameplay excelente com uma história tão excelente quanto, eu nunca imaginaria que o jogo seria tão bom quanto Hyper Light Drifter, um jogo inspirado em Zelda tão bom quanto, esse jogo merecia muito mais reconhecimento entre os fãs de jogos indie, se você não jogou esse jogo, eu só falo uma coisa... Jogue este jogo logo!

10/10!

Eu falei que System Shock 2 é um dos melhores jogos de PC da época, mas não o melhor, justamente porque esse trono vai para Deus Ex, um dos melhores jogos de todos os tempos, sem brincadeira.

A gameplay de início pode ser meio difícil de pegar o jeito, e admito que na primeira vez eu não entendia o hype por trás desse jogo, mas depois de finalmente pegar o jeito (e inúmeros rebinds de teclas), o jogo finalmente clicou e descobri um dos melhores jogos que já joguei, simplesmente uma combinação dos melhores jogos de PC da época em um, o jogo no início pode parecer um jogo de FPS comum, mas na verdade ele é um jogo de stealth a la Thief (faz sentido vendo que Thief (os dois primeiros) foram desenvolvidos pela Looking Glass Studios), só que se já não bastasse, ele expande mais nas idéias vistas em Thief com mecânicas de RPG e inúmeras maneiras de customizar seu personagem, no início tinha achado isso uma idéia terrível de combinar stealth com RPG, mas a verdade é que as mecânicas de RPG elevam esse jogo, você pode virar o Garrett cyberpunk focando seus Skill Points (obtidos ao completar quests e até mesmo EXPLORAR O MAPA) em Electronics e Lockpicking, ou virar o mestre do terrorismo (irônico vendo a premissa inicial da história) e upar tudo em armas, ou mesmo virar um psicopata e focar em upar SWIMMING (HABILIDADE DE NADAR), e isso que nem tinha entrado os Augments na conversa ainda, alguns Augments são genuinamente extremamente divertidos de usar tipo o Speed Enhancement que no level máximo tu vira o Tarzan saindo pulando pelo mapa, ou mesmo o Regeneration com Power Circulation ambos level max que viram uma fonte de cura tão boa que deixa os medkits completamente inúteis de tão absurdo, esse sistema de customização de personagem deixa até System Shock 2 parecendo um jogo de FPS da primeira metade dos anos 90, ainda mais quando você combina com um level design sensacional que incentiva ao máximo a exploração e o uso das habilidades adquiridas ao longo do jogo, lhe permitindo passar pela fase de múltiplas maneiras, de novo, digamos que tenha uma porta com Keypad e durabilidade da porta, quer explodir ela? Você pode! Quer procurar a senha, ou até mesmo usar os Multitool para ultrapassar ela totalmente? Você pode! Além disso ainda existem várias maneiras de atravessar outros obstáculos do jogo dependendo de seu personagem, por exemplo, digamos que tem robôs pelo mapa, robôs imunes a tiros normais de rifles, tem um nível Heavy (armas pesadas) alto e um lança foguetes? BUM, explosão, não tem isso mas tem munição explosiva de Assault Rifle e nível Rifles alto? BUM, não tem nem um nem outro? Vai no stealth! Enfim não vou ficar me repetindo o que já falei antes em Dishonored e Cruelty Squad, mas dá pra ver que explorar as várias maneiras de passar pela fase é muito divertido, e também muito recompensador, você ganha de Skill Points até mesmo armas e AUGMENTS (caso você já não tenha pego antes), e além disso ele ainda depende quase totalmente do audiovisual para saber onde está os inimigos assim como Thief, pra mim algumas das melhores fases do jogo são a base da UNATCO em Hell's Kitchen e a Catedral de Paris, não vou falar com são pois (SPOILER), mas no geral, tudo isso que falei pode parecer que tem um sacríficio ou outro, mas surpreendentemente ele não sacrifica nenhum aspecto do jogo por outro, ele tem uma gameplay de stealth muito boa sem sacrificar a capacidade de matar gente igual Thief, ele tem uma customização de personagem bastante complexa sem ter um tiroteio piorado igual System Shock 2, e tem uma história muito boa sem sacrificar a gameplay no geral igual o Planescape Torment.

Ah sim, a história! Ela é uma das melhores de qualquer jogo de RPG, ou até de qualquer jogo, ainda mais para um jogo de RPG que não é isométrico ou um JRPG, e nem tem 40 horas de duração, no início parece uma simples história de "Grupo anti-terrorista, AKA UNATCO, contra um grupo terrorista, AKA NSF", mas depois de um tempo a história toma um rumo bem diferente e fica mais interessante, não posso contar pois (SPOILER), mas o jogo vira basicamente uma batalha de ideologias muito daora e também é muito interessante ouvir sobre cada um dos lados lá para o fim do jogo, onde não existe lado bom ou ruim, todos podem ser beneficiais e perigosos ao mesmo tempo. O jogo curiosamente também tem uma boa quantidade de escolhas que afetam o rumo daquele personagem ou evento, claro eles podem até não afetar o final da história, mas é bem interessante e alguns até afetam gameplay como por exemplo a citada escolha do arsenal inicial, e é incrível como alguns dos eventos do jogo refletem em muita coisa que aconteceu anos depois do lançamento desse jogo, tipo a invasão da Área 51 (mesmo que tenha sido por meme) e a COVID-19, o que é simplesmente surreal para um jogo de 2000 que parcialmente previu o que aconteceu 20 anos depois.

Visualmente o jogo pode não ter envelhecido dos melhores (apesar de ainda ter envelhecido melhor do que System Shock 2), mas ainda assim por causa da "datadice" da parada toda, alguns personagens tem visuais bem mais memoráveis do que eles já seriam por causa disso, além disso algumas fases tem um visual muito legal tipo a citada fase da Catedral de Paris que podia ser facilmente uma fase em algum jogo de Thief, até o corredor antes de chegar na Catedral em si lembra uma fase de Thief. A trilha sonora por outro lado é sensacional, e é mais maneiro ainda o balanceamento de tom, algumas músicas dão vontade de chorar de tão lindas, algumas passam uma vibe de filme de ação e entre outras coisas, mas as músicas ainda assim são genuinamente sensacionais, tipo a música da Mansão de Beth e a da fase do Ocean Lab, apesar de que no início a trilha sonora pode não ser incrível, mas da Hell's Kitchen em diante a trilha sonora vai ficando cada vez mais incrível.

Agora sim, esse jogo é simplesmente algo especial para os jogos de PC da época, ele é um dos melhores jogos de todos os tempos por vários motivos, pra mim um dos motivos principais é como ele combina vários elementos de alguns dos melhores jogos da plataforma em uma combinação surrealmente fenomenal, ele tem a história complexa de um Planescape Torment, ele tem a customização de personagem complexa de System Shock 2 e a incrível gameplay e level design de um Thief, tudo em um, e mesmo que tenha algumas coisas meio datadas nele, essas coisas meio "datadas" são fichinha perto do quão sensacional todo o resto do jogo é, não é atoa que é considerado um dos melhores Immersive Sims de todos os tempos, pra mim é um dos melhores Immersive Sims, e também um dos melhores jogos de todos os tempos!

10/10!

Ah sim, Postal, a franquia conhecida pelo segundo jogo pelo seu humor negro de alto calibre, mas e o primeiro jogo? Bem, além de um tom muito diferente também não é muito bom.

Eu sei que esse jogo não é o dos mais focados em história, mas eu quero começar falando dela primeiro, e ela é no mínimo peculiar, ao contrário do segundo jogo, esse tem um tom bem mais sombrio, muitas vezes lembra um jogo baseado em Heavy Metal de tão mais sombrio que é em relação ao segundo jogo, enquanto a história em si, bem, ela segue o Postal Dude com a insanidade dele matando inúmeras pessoas por vários lugares, simples assim, mas o que acho interessante é como conectar esse jogo ao segundo, existem várias teorias, algumas acreditam que é um universo alternativo em relação ao segundo, outras acreditam que seja só um pesadelo, outros acreditam que são duas pessoas diferentes que coincidentemente têm o nome Postal Dude, e entre outras, particularmente acredito mais na segunda. Agora algo interessante é como tudo isso reflete ao principal ponto do primeiro jogo, criticar jogos de tiro e como você saía matando tudo sem pensar duas vezes, o que apesar de meio datado hoje em dia já que muitas pessoas se acostumaram com isso, é um toque interessante já que apesar dessa ladainha de "video games deixam pessoas violentas" ser uma grande farsa, uma pessoa ainda pode levar conhecimento em algum jogo para a vida real, seja positiva ou negativa.

Uma pena que esse trabalho que foi para a história e o meta comentário deles não foi igualmente feito na gameplay, que é um jogo de tiro isométrico onde algumas fases ficam vistas de cima por algum motivo, mas no geral é um monte de nada, a maioria das armas são completamente inúteis e poucas vezes o jogo traz inimigos que lhe incentivam a usar o resto do seu arsenal, e mesmo quando isso acontece eles são facilmente evitáveis, deixando a gameplay do jogo bem repetitiva e cansativa, ainda mais nas fases mais difíceis que tem quase centenas de inimigos, nem mesmo nas fases extras introduz muita coisa interessante (se não nada né).

Visualmente a maior parte é muito bom, as title cards antes das fases são visualmente muio insanas e lembram muito capa de álbum de Heavy Metal, na real a estética geral quando o assunto é menus e os créditos é muito foda, as fases em si também não são ruins visualmente, algumas fases até que são legais visualmente, enquanto os personagens (ao menos os sprites) são bem feios e repetitivos aparecendo um trilhão de vezes. Trilha sonora não tem muita, mas o que tem é bem legal, especialmente a dos créditos.

Enfim, tem pouquíssima coisa para falar sobre Postal 1 além do seu impacto na indústria dos video games sendo reconhecido como uma das franquias mais notoriamente controversas dos mesmos, definitivamente recomendo jogar se tu for fã de Postal ou fã de jogos controversos/perturbadores, caso contrário melhor só jogar o 2 mesmo.

5/10

Agora sim chegamos na atração principal que todo mundo adora, System Shock 2, simplesmente um dos melhores jogos de PC de todos os tempos sem sombra de dúvidas, e com certeza um dos ícones dos Immersive Sim.

A gameplay é uma das coisas mais importantes desse jogo, e também com certeza a melhor coisa do mesmo, pra começar, esse foi um dos primeiros jogos de FPS (bem, tecnicamente Strife fez isso primeiro mas é aquilo né) a implementar mecânicas de RPG como algo fundamental do jogo, e senhor como a customização de personagem é grande para um jogo com uma campanha relativamente linear se comparado a outros jogos de RPG lançados alguns poucos anos antes, dá pra jogar de várias maneiras, quer jogar como um mago espacial? Você pode! Quer ser um típico cara das armas de fogo convencionais? Você pode! Quer ser um guerreiro completamente corpo a corpo? Você pode! Quer jogar de forma stealth a la Thief The Dark Project, considerando que ele usa a mesma engine do tal? Deu para entender a essa altura o que quero dizer, dá pra jogar com várias builds diferentes, todas têm vantagens e desvantagens, por exemplo, se você focar em poderes psiquicos, você terá acesso a alguns poderes que variam de "ok" pra "muito loko" tipo a barreira mágica ou o anel de fogo em torno do personagem, mas fica vulnerável sem mana (ou PSI como é chamado), e por aí vai, e ainda por cima dá pra fazer umas coisa muito loka tipo stackar tanta velocidade com speed booster e agilidade máxima e o poder que aumenta agilidade que tu vira o fodendo Flash voando pelo mapa, a ponto de tu tomar dano quando bate numa parede (eu não estou brincando), já que o jogo não tem speed cap, o único defeito disso talvez seria que alguns poderes e upgrades são muito mais fortes que os outros, mas ao menos não é no mesmo nível que Bioshock onde pelo menos uns 90% dos poderes são quase completamente inúteis (edit: Retiro o que eu disse o System Shock 2 sofre de desbalanceamento mais ainda que Bioshock), e inclusive alguns upgrades dá até para ignorar completamente tipo alguns atributos Tech ou até mesmo os poderes psíquicos, além disso aqui ao invés de você precisar de XP (que na maioria dos jogos seria pego matando inimigos ou fazendo quests) para liberar os upgrades, aqui você precisa de Cyber Modules, que são liberados avançando nas quests principais OU explorando o mapa, é claro, e como os Cyber Modules são relativamente limitados, realmente te fazer pensar no que você deseja upar ou não, e mesmo com tudo isso de poder daora, nem pense que esse jogo vai ser 100% fácil, dependendo da sua build algumas partes vão ser até que difíceis. Ah e falando em explorar o mapa, o Von Braun é também muito legal de explorar também, apesar de eu preferir a Citadel Station, e aqui não tem a mecânica de Nível de Segurança envolvendo câmeras igual o primeiro jogo, ou seja, quer explorar o máximo do Von Braun possível? Sai hackeando tudo por aí caso tenha alto atributo Hack. Além disso também tem outras mecânicas que você pode manjar como é caso tenha jogado Bioshock antes tipo um Replicator (Vending Machine no Bioshock) e o alerta de câmeras (aqui atrai a atenção de vários inimigos ao invés de spawnar inimigos exclusivos ao contrário de Bioshock), e também a mecânica de pesquisa, que ao contrário de Bioshock onde você tira fotos com a câmera nos inimigos para receber bônus de dano extra contra eles, aqui a pesquisa é um pouco mais complicado e meio chato, você tem que ter um item que tem chance de dropar de um inimigo, por exemplo, se for o macaco (SIM, TEM MASQUEICO NO JOGO), tu tem que botar pra pesquisar o cérebro, e ainda por cima precisa de um produto químico para completar, as vezes 2 ou mais dependendo do item, enfim algo bem chato, mas assim como o hack pode ser ignorado quase completamente (exceto por uma parte do jogo). Enfim, tudo isso culmina em uma das melhores gameplays de qualquer jogo de PC, ele combina tudo de bom do primeiro System Shock e mais um pouco de jogos como Half Life, Thief The Dark Project e Strife numa combinação muito insana, apesar de alguns elementos da gameplay serem meio datados tipo a droga da DURABILIDADE DAS ARMAS, algo que dependendo da build nem incomoda tanto mas se for jogar pra sair atirando em tudo tu pode se incomodar, e o quão desafiador pode ser o jogo no início, mas uma vez que pegar o jeito fica muito daora.

Agora cheguei numa parte que queria muito chegar, a história, e ela também é muito interessante assim como o primeiro, o plot inicial é um pouco diferente, ao contrário de você ser preso e mandado para um lugar por tentar hackear um site, você é convidado para uma missão especial na grande nave Von Braun, mas para isso precisa completar três testes antes (incluindo escolher a classe do jogo, OSA, Navy e Marine (nem sei se acertei os nomes kk)) e aí depois de três anos de treinamento tu vai na missão do Von Braun, porém um certo período tu acorda e tudo está errado, com é claro uma grande diferença, ao invés do vilão principal ser a SHODAN, aqui temos algo diferente, uma outra IA chamada Xerxes e os The Many, monstros que agem como uma mente só, e é muito daora ver esse conflito de interesses entre a SHODAN e o The Many, SHODAN é extremamente egocêntrica e quer a destruição da raça humana agindo por si só, enquanto o The Many agem num grupo como se fosse o corporativismo, com todos colaborando para o mesmo objetivo, e aqui SHODAN é reduzida a uma aliada do jogador, o que soa bizarro mas definitivamente foi uma escolha boa, imagina se em todo jogo você enfrentasse sempre o mesmo vilão de novo, e de novo, E DE NOVO? Seria chato né, NÉ CAPCOM E MEGA MAN X E SIGMA?! Mas mesmo assim, a atuação de Terri Brosius aqui ainda é sensacional e ainda assim assustadora, facilmente uma das melhores dubladoras dos videogames. A história ainda é contada por audio logs, só que dessa vez é meio óbvio que essa decisão foi 100% intencional para a imersão do jogo, afinal de contas é uma nave abandonada, sendo que Half-Life já fazia cutscenes entre personagens 100% in-engine, mas não me entenda errado, o método de audio logs ainda funciona muito bem aqui e assim como no primeiro jogo, alguns oferecem dicas para objetivos principais, enquanto outros contam relatos que ocorreram antes ou DURANTE a sua jornada no Von Braun, e é muito legal também ver gente sendo dominada pela mente do The Many e tendo a voz até mesmo corrompida por isso. Enfim uma história muito boa, apesar de definitivamente ser um pouco bizarro jogar isso depois de Bioshock, já que ele contém alguns aspectos similares em ambos história e gameplay como falei antes.

Visualmente o jogo não é dos mais impressionantes por assim dizer, os modelos 3D definitivamente envelheceram não exatamente dos melhores, os modelos 3D dos fantasmas das pessoas mandados na missão do Von Braun são genuinamente hilários olhando de perto, parecem uns bando de ET com olhos gigantes kkk, O Von Braun no entanto é legalzinho até, toda área é bem distinta entre si com uma paleta de cores diferente uma da outra, assim como no primeiro jogo. A trilha sonora é mais atmosférica, mais ao mesmo tempo também tem umas músicas mais techno que são muito boas, mas algo que todos citam e não posso esquecer é que o sound design dele é tipo Thief 1 e 2, por compartilhar a mesma engine de ambos, a Dark Engine, o que combina perfeitamente com o jogo, deixa o jogo mais assustador e com uma atmosfera de terror até mais eficaz que a do primeiro jogo (pelo menos na Enhanced Edition do primeiro, pretendo jogar a versão original eventualmente), de novo a atuação da Terri Brosius da SHODAN é sensacional e ocupa alguns dos momentos mais assustadores do jogo, e também alguns dos meus favoritos, ah e também tem os masqueico.

Em suma, no início eu não tinha curtido e achei inferior ao primeiro, mas depois de zerar ele, posso dizer que certamente prefiro mais esse que o primeiro jogo, um dos melhores jogos de PC e também um dos mais importantes da história dos videogames inclusive, dá pra ver muito bem como vários jogos se inspiraram em certos aspectos vistos aqui, tipo Bioshock ou até mesmo jogos tipo Far Cry (e talvez Fallout 3?? Duvido muito), eu posso até preferir Cruelty Squad e Deus Ex mais que System Shock 2, mas isso não faz do mesmo menos do que um jogo incrível!

9/10

Ah, e antes de terminar a minha review, eu quero me retratar sobre Bioshock, eu falei antes em outras reviews que Bioshock é um Immersive Sim, eu retiro o que eu disse, Bioshock não é um Immersive Sim, mas também não quer dizer que o mesmo não tem elementos de um, porque com certeza ele tem, tipo fases abertas com segredos para pegar, vários poderes para variar seu playstyle e entre outras coisas, porém é tudo bem mais simplifcado do que System Shock 2 ou outros jogos do gênero (e nem vem com o papo de que Immersive Sim é uma "FILOSOFIA DE DESIGN" e não um gênero, ele pode até ser uma filosofia de design, mas dizer isso me faz parecer um imbecil, além disso se for seguir essa lógica metroidvania também é uma filosofia de design), mas mesmo assim eu ainda continuo com a mesma opinião, de que Bioshock é a melhor porta de entrada para o gênero, e também recomendo jogar Bioshock antes de System Shock 2, já que assim tu pode se adaptar um pouco mais fácil com as mecânicas presentes aqui. Agora sim vou terminar a review de vez.

Edit: Depois de rejogar ele, eu mudei de idéia, prefiro mais o System Shock 2 do que Deus Ex, esse aqui dá pra fazer umas builds mais malucas que no Deus Ex não dá kkk, os dois jogos ainda são excelentes no entanto.