O jogo que se propõe a equilibrar as caracteristicas dicotomicas de seus protagonistas, um representando uma juventude desesperançosa e o outro um trabalhador de meia idade que perdeu sua vida em prol de seu serviço.
Com a união dos dois exploramos o além vida e lidamos com problemas pessoais e misticos desse mundo, e diferente do que eu esperava a mensagem não vangloria o desapego que tem nucleo em parte da mitologia apresentada, ela é uma jornada de apego a vida que por vezes soa como uma maldição, mas é dentro do espiritual que ela acha forças pra ressoar forte nesse mundo morto-vivo onde apenas o coletivo pode nos reerguer.

Doom Eternal me empoderou com uma curva de dificuldade que complementa sua narrativa me transformando em uma maquina de trucidar demonios, é um excelente exemplo de ludonarrativa por mais que pontualmente ocorram deslizes, segue sendo até o final um otimo power fantasy.

É impossivel alcançar o céu duas vezes com a mesma obra, é por isso que Final Fantasy VII retorna desafiando a industria, os fãs e seu proprio legado enquanto mira no céu pela segunda vez.
Mais que uma transposição do mesmo jogo para as gerações mais modernas de console, o remake usa de sua proposta dentro de uma industria que se apropria de obras já consolidadas para a produção de lucro fácil, e se usufruindo disso para ao mesmo tempo que narrativamente trabalha temas diferentes do OG como reencontro e determinismo, aqui também se utiliza de sua estrutura como remake para fazer um meta comentario sobre a industria e seu contexto inserido nela, e isso tudo retorna a narrativa como um grito por liberdade, que fala sobre como após a passagem disso tudo não apenas FFVII irá mudar, mas nós também, e mudamos.
Deixaremos o facil para trás, arriscaremos no futuro pois por mais que doa, por mais que o futuro seja assustador, o que nos espera após ele pode ser necessario. Não é a mesma historia, é o proximo capitulo. É um Final Fantasy.

Uma guerra de interesses que rasteja sob o amor, o odio, a raiva, a tristeza, a dor, o medo, a tristeza e o fim... Esse mundo merece mais, nós merecemos mais, coma a cobra.

Persona 3 Reload é uma tentativa de atualização de linguagem de um dos mais clássicos RPGs do PS2, após o sucesso explosivo de Persona 5 viu-se uma demanda enorme por um remake do terceiro título da série, e aqui estamos, eu já havia jogado uma das versões do Persona 3 então o Reload soa muito mais pra mim como uma revisita do que como uma experiência nova.
Persona 3 foi revolucionário dentro da sua franquia por sua fórmula, algo que por mais que ainda não polida te entregava a experiência de ser um aluno do ensino médio do Japão ao mesmo tempo que você lutava para salvar o mundo como um típico RPG, tudo isso se propunha a girar em torno do sistema social que posteriormente nos outros títulos chegaram a um equilíbrio em que você focar na sua vida como estudante era diretamente conectado a sua evolução como um lutador,
e ele era quase que uma transposição perfeita de um tema sobre seus laços sociais serem sua força, na versão Reload no entanto eles optaram por manter muito da versão arcaica da fórmula de P3, e embora influencie sim na criação de criaturas, ainda assim é seco comparado ao que a franquia veio a se tornar, isso além de sistemas sociais pode ser aplicado na própria Dungeon do jogo, que embora tenha tido adições se comparada a sua versão original, ela funciona de forma muito semelhante e desnecessariamente massante, mudanças mínimas que o time já havia se mostrado capaz de fazer ajudariam na sensação de desbravar o Tartaros, mas o que realmente chega a dar um ar novo é o sistema de combate em muito pego de Persona 5, o que não é um problema, embora como dito antes, a carência de uma densidade sistêmica maior faz com que o combate do jogo seja uma versão lavada daquele combate, ainda continua muito prazeroso e dinâmico, mas por ter encontros fáceis demais, unido a uma dungeon enorme e repetitiva isso não faz com que o combate brilhe tanto quanto poderia e quanto já mostrou brilhar.
Entretanto, não são apenas mazelas, o remake adiciona interações novas com sua party que fazem o jogador criar uma empatia muito maior por cada membro, e eu que já conhecia os personagens e não via nada demais neles, acabei por entender cada um deles, e ver que o jogo tem uma maturidade muito grande na relação do cast, coisa que vinha me incomodando com a franquia, mais que personagens carismáticos com histórias interessantes, agora eles realmente parecem amigos além da relação com o protagonista, você vê a relação entre eles gradualmente evoluir e desabrochar, e em um jogo que carrega consigo a mensagem de aproveitar suas conexões e seus laços sociais, isso é muito importante e senti que isso foi o ponto alto de Reload para mim, entretanto com as pessoas fora da party a história é bem diferente, isso indo de dois ângulos, eu não acho o arco da maioria dos social links interessante isso se dá pra chamar alguns deles de arco, e outro é que o sistema do jogo para tua interação com eles é baseado em um quiz que em muitas vezes faz você parecer o maior inimigo daquela pessoa e quer que ela tome as piores escolhas da vida dela, e isso é outra coisa que muito facilmente poderia ter sido adaptado para essa nova versão da obra.
Embora as interações novas sejam algo muito bem vindo, está longe de ser perfeito pois a forma que a narrativa é estruturada cria vários vácuos que fazem com que acompanhar ela seja muito pouco engajante durante 2/3 do jogo, e essa parte final mostra muito isso, pois parece que todos os acontecimentos chave são direcionados para os últimos 3 meses, e não atoa é lá que a narrativa mostra um brilho temático muito grande, você sente o peso desse ano que você passou e do fato de ter tido e perdido coisas, e de que cada vínculo que você formou terá um fim inevitável, e a partir daqui você compreende, que perder e ter são duas faces da mesma moeda, o finito, o imperfeito, a efemeridade é o que mostra o quão incalculável é o valor de uma vida, e felizmente Persona 3 tem noção disso, por isso termina, e no fim ao olhar para trás, eu sinto satisfação. o Reload poderia ter sido maior, mas Persona 3 continua suficiente.

O HOMEM FEZ DE NOVO!!!! O final disso é uma sacanagem.

Silent Hill com 13 reasons why, tem seus meritos em composição de cena, mas a narrativa parece comercial do PROERD só que pra suicidio.

Podia ser mais, mas é muito maneiro.

As vezes parece que vai e não vai, ai quando vai ele volta e parece que nem foi, não gastei nenhum centavo nele ao menos.

Até tem uma base interessante pro combate e faz uma boa adaptação pra mobile por mais que mais rasa, mas o jogo é tão afundado em microtransação que fica dificil ignorar e focar nessa fagulha de qualidade que o jogo tem.

Elogiei o primeiro por ser ambicioso hahahah, aqui já temos um dos melhores jogos já feitos

"It doesn't matter who wins here. Our fight will continue. The loser will be liberated from the battlefield, and the winner will remain."