2005 foi o ano que o ZUN decidiu experimentar um pouco com a fórmula dos touhous, e por mais que PoFV não tenha me agradado tanto, eu até gosto bastante desse aqui. eu gosto da Aya, e eu gosto como as mecânicas de fotografia são usadas como moldura narrativa. o loop de gameplay é bem gostosinho.

acho que eu amaria ele mais ainda se tivesse como alternar as dificuldades (o jogo inteiro é no modo lunático), mas estaria mentindo se dissesse que o desafio intenso não é parte do apelo pra mim, por mais que signifique que eu provavelmente não vou conseguir completar esse jogo.

tentei rodar ele ano passado depois do vídeo do hbomberguy (e do grim beard, que eu recomendo), e após uma quantidade sofrida de troubleshooting, o único prazer que eu tive jogando ele foi pelo simples fato dele estar rodando. 20 minutos depois eu perdi completamente o interesse nele. eu nem falaria sobre ele aqui mas o fato desse jogo ter só 2 reviews nesse site tava me incomodando por algum motivo. não gostei muito mas sabe. videogames são difíceis de se fazer. esse jogo não vai parar no guinness world records (gamers edition) mas eu espero que as mães deles estejam orgulhosas. oof. etc.

eu te amo para sempre flipnic ultimate pinball

peguei esse jogo aqui por ter lido sobre ele no "The CRPG Book Project". o livro o define como um jogo mediano, mas com ideias interessantes pouco exploradas dentro do gênero, e como estava barato na steam, decidi comprar e jogar junto com a minha namorada, sem nem mesmo a pretensão de avançar muito nele. acabou que ele encantou nós duas o bastante para chegarmos ao final com todas as conquistas.

não dá pra dizer que não tem falhas. o sistema de combate é simples e só foi minimamente engajante pela presença de uma mecânica de vantagens e desvantagens elementais. a história é boba, esticada demais e tem o gancho mais bobo do mundo para uma sequência que nunca foi feita (e talvez nunca será). ainda assim, é um daqueles casos em que é impossível não torcer pra esse jogo. é bem aparente que ele não foi finalizado apropriadamente por uma questão de ambição excessiva, o que gera problemas como a conclusão anticlimática que seria na verdade a primeira metade da história, além do mundo final ter sinais claros de uma produção correndo para atingir seu prazo. mas ainda assim, é um jogo que tem uma vibe imaculada em todos os mundos que você explora, como o lugar onde todos seus habitantes vivem em uma árvore gigante (relativa às proporções dos personagens). o design dos personagens variam entre genéricos e completamente inspirados, como o ADORÁVEL chugflea e seus primos distantes. voar nesse jogo é sempre uma delícia, algo que o próprio CRPG Book elogia como algo que deixa as travessias constantes entre um ponto A e um ponto B, algo visto em abundância nesse gênero, bem menos maçantes. em topo de tudo isso, cada skill que você avança muda uma parte diferente do seu corpo, o que permite uma quantia gigante de personalização da personagem que você controla, além de me deixar fazer uma fada com uma cauda de escorpião, longos chifres circulares e antenas de percevejo.

se você gosta de crpgs feitos na europa com orçamento baixo, esse jogo é uma boa escolha, apesar de sua simplicidade. mas se você gosta da ideia de um rpg onde se controla uma fada viajando por mundos visualmente bonitos e interagindo com maravilhosas criaturas esquisitinhas, esse jogo foi tão feito pra você quanto foi para mim. relativamente curto e fica bem barato na steam durante promoções.

tecnicamente o primeiro crpg que eu joguei na vida. bem quebradinho mas mora no meu coração por ter sido tão intrigante para uma jovem julha mexendo no clickjogos.com no computador da tia dela

jogando com a minha namorada para fortalecer os laços

eu não gosto da inconsistência dos anéis que você derruba quando você toma dano: as vezes eles ficam tempo o bastante pra você pegar de volta de boa, outras eles desaparecem dentro de um segundo, que geralmente é o tempo que o sonic toma pra se recuperar do dano que ele sofreu. de resto é um jogo até ok, só não sei se vou jogar ele de novo. pelo menos não pegando todas as esmeraldas do caos.

This review contains spoilers

eu gosto que o cenário é um vale montanhoso lindo cheio de detalhes indicando a presença das tribos da região, da caracterização do Joshua Graham, do uso da trilha sonora de Fallout 2 que me deu uma vibezinha gostosa e da limitação do peso do inventário no começo da dlc pra te forçar a caçar armas da região e ficar caçando fruta pra comer. a minha build em nv é meio survivalist então isso é algo que eu apreciei muito

o problema que eu tenho é que a decisão central da dlc é meio fraca no sentido de que uma das respostas é bem mais plausível que a outra. a grande mudança que você pode fazer no vale é apoiar o cara que quer que a tribo dele fique e contra-ataque uma tribo simpatizante à legião de caesar que quer matar um monte de gente ou apoiar o cara que quer abandonar o lugar porque ele não quer ver a tribo dele trocando uma vida pacífica por uma cultura baseada em guerra, o que até que é uma boa motivação, mas nesse contexto não funciona muito por conta da diferença da agressão feita por simpatizantes de (literais!) fascistas com a autodefesa das vítimas. isso machuca um pouco a importância do dilema porque um deles tá BEM mais certo, o vale tem fauna e flora boa o bastante pra se viver bem mesmo desconsiderando que o mundo lá fora é um wasteland desolado e pós apocalíptico. abandonar essa terra em geral não é lá a melhor ideia.

eu tinha achado meio esquisito que a dlc tem uma tendência não crítica com os missionários mórmons que tomam as decisões das tribos, mas de acordo com a wiki de fallout, as tribos eram pra ser etnicamente mixas (o que deixaria menos white savior) mas por conta de limitações da engine gráfica eles tiveram que deixar elas visualmente parecidas entre si. uma pena aliás, essa história soava bem interessante pela descrição dos desenvolvedores, mas pra variar a culpa disso foi de fallout 3. uau. quem diria

enfim achei ok só fiquei com isso na cabeça

esse jogo ama tanto faust que o gen urobuchi queimou a carteirinha do fã-clube oficial do goethe dele

bota o mod "dreamcast conversion" e esse jogo vai ficar lindo. é velhinho e tem animações esquisitas mas uau. kino

é kino mas não é tão kino quanto sonic adventure 1

eu gosto muito desse jogo, mais do que o original (edit: em retrospecto eu discordo com essa afirmação. um dia eu refaço essa resenha). eu gosto como ele eleva os riscos e escala da narrativa além de trazer expansões interessantes e bem pensadas à lore de fallout. hora de eu reclamar um pouquinho:

alguns slides finais não tocaram de acordo com as minhas decisões o que me frustrou um pouco? isso não afetou minha opinião sobre o jogo em si, foi só meio estranho considerando que uma das coisas que eu mais gostei em fallout 2 é a maneira que ele reage às minhas decisões, o que não foi traduzido tão bem nos slides finais mesmo considerando que alguns não apareceram pra mim devido a bugs no script. eu tava jogando sem o patch não oficial do killap e isso é um erro que eu não irei repetir. eu também acho que a maneira que fallout 2 tenta lidar com assuntos sérios é um tanto juvenil demais pro meu gosto, mas o que se esperar de um jogo parcialmente escrito pelo chris avellone (eu acho ele um bom escritor e gosto da maioria dos jogos que ele trabalhou, mas quando ele decide que quer escrever a coisa mais edgy e estúpida do planeta terra ninguém nunca tem o bom senso de dar um tapinha na mão dele). eu realmente tenho coisas bem rudes a dizer ao dev que teve a ideia de fazer com que a sua possível esposa fosse uma companion que não apenas é extremamente não eficiente, mas que também SE RECUSA a aceitar ordens estratégicas ou a sair do seu grupo sem um divórcio, ao contrário de literalmente todos os outros companions do jogo. eu descobri isso no pior momento possível, quando eu pedi para ela me esperar no lado de fora da base da enclave em navarro, a qual eu ia me infiltrar pra pegar um item necessário para finalizar o jogo, e os guardas de lá atiram em qualquer pessoa que seja de fora. ela se recusou (repetidamente) a ficar longe de mim e em um ponto literalmente se teleportou pro meu lado quando eu pensei ter despistado ela, iniciando uma batalha com os guardas e morrendo no primeiro espirro dado na direção dela. o mais engraçado nisso é que os diálogos de ambos npcs disponíveis como parceiros românticos usam falas bem possessivas quando recebem a ordem de manter distância e são, em geral, companions bem inúteis por serem os únicos a não subirem de nível e a não terem habilidades decentes com qualquer arma, além do que eu mencionei anteriormente. é engraçado porque isso é o tipo de coisa que reflete tanto a mentalidade dos caras que escreveram esse jogo, tipo, se eles realmente tavam casados nessa época eu sinto pena de quem quer que sejam seus parceiros. mas convenhamos eles são devs de um crpg isométrico eles com certeza não sabiam conversar com mulheres. vou parar de falar do chris avellone desculpa

tendo dito isso tudo (meu deus eu disse muita coisa), é uma pena que o único fallout clássico que me falta agora é o tatics, pois eu realmente gostei muito desse jogo apesar de seus defeitos. eu adoraria do fundo do meu coração experimentar fallout 2 novamente.

bom, de toda forma eu posso jogar new vegas de novo mas com todo o contexto dos originais.

as cenas de sexo são bem cringe mas eu meio que gosto o quão longe a história vai pra deixar bem claro que o shiki é uma pessoa quebrada e vítima de seus próprios impulsos ao ponto de que uma relação completamente saudável com uma vampira como a arcueid talvez seja impossível. a rota da arcueid em tsukihime quebrou meu coração de uma maneira que poucas outras obras já conseguiram. a track 05 da trilha sonora está tocando na minha cabeça a 3 dias sem interrupção.

a heartbreaking masterpiece. the deadname bit was a bit unconfortable but getting to manipulate a chaser right after that made it up for me. really loved playing this one