Apesar de a sequência ser muito melhor, há muito o que gostar aqui. O carisma, humor e ambientação espetaculares já estavam presentes desde o início, por exemplo. Pena que é um jogo que exige bastante grinding, principalmente perto do final, o que pode tornar a experiência um tanto massante em certos momentos.

Zerei "sem querer querendo" durante a aula. Estava buscando algum joguinho só para passar o tempo e que fosse fácil de jogar na tela de toque. Já tinha jogado Lolo antes e tinha ele na minha pasta de roms do celular, achei que se encaixava, fui fundo. Nunca tinha zerado antes, curiosamente. Bem, o jogo é muito bonitinho e os puzzles divertidos. Dá para combater aulas chatas com louvor.

Igualzinho ao primeiro, com uma diferença: substancialmente mais difícil que o predecessor. A partir do sétimo andar tive que usar bastante a cachola.

Todo hype desse jogo é merecido. É ao mesmo tempo completamente diferente de Earthbound mas captura sua essência de maneira integral. Mas de quebra tem uma jogabilidade mais interessante, uma curva de experiência mais suave e agradável e uma narrativa de realmente tirar um pouco de suor dos olhos. Shigesato Itoi, você conseguiu mais um paga-pau.

Um exemplo de que pode-se, sim, ter muito de uma coisa boa. A fórmula da série se mantêm aqui, mas o game é longo demais para seu próprio bem. No final eu já não aguentava mais os puzzles.

Gostei bem mais do que achei que gostaria, viu? Apesar de ter achado o humor inepto e o visual não muito agradável, tenho que dar o braço a torcer para o puzzle design. Os puzzles são todos bem interessantes e usam muito bem os três personagens. Nota especial para a progressão da dificuldade, que achei na medida certa, sempre deixando o desafio num nível agradável.

Esse foi na verdade meu primeiro Resident Evil, e por muito tempo o considerei o melhor RE "clássico". Mas recentemente rejoguei o 1 e, somada a essa revisitação ao 2, reconsiderei minha opinião em alguns pontos. Ainda é um jogaço, com muito conteúdo e variedade sendo trazidos graças as tramas dos dois personagens que se entrecruzam. Mas a delegacia de Raccon City fica devendo bastante para a Mansão Spencer do primeiro jogo da série e o foco mais na ação (e menos nos puzzles) não me apetece muito. Não obstante, como eu disse, continua sendo um excelente game, um verdadeiro clássico que fãs do gênero devem jogar.

Another World é um jogo ruim mas ambicioso, que tenta elevar o "gênero" de platformers realistas de Prince of Persia ao próximo nível estético-narrativo. Já Heart of the Alien é só ruim, mesmo: simplório, desinteressante e sem novas ideias. Pelo menos é curto.

Provavelmente o jogo que mais zerei na vida - todo santo ano dou pelo menos uma rejogada. Ainda considero o melhor jogo de plataforma 2D da existência, com level design impecável, música obscenamente boa e desafio na medida. Continuo à espera de algo capaz de superá-lo.

10 anos depois de eu ter jogado esse game pela primeira vez, minha opinião não mudou muito. É uma experiência bem polida mas, em última instância, entediante. O grande foco, que são os personagens, nunca ressoou comigo de maneira efetiva - continuo a achar Tidus e Yuna dois protagonistas insuportáveis. Tenho que reconhecer que o combate é mais interessante do que eu lembrava, apesar de somente o último chefão me ter feito utilizar minimamente as possibilidades estratégicas permitidas por ele. Enfim, um dos famosos casos de "todo mundo adora, mas não é pra mim".

A LucasArts estava acostumada a lançar jogo marcante e inovador um atrás do outro desde Maniac Mansion. Mesmo seus jogos mais fraquinhos eram admiráveis pela originalidade.

Sam & Max é o inverso disso. É um dos games menos ambiciosos da empresa, mas extremamente polido. Os anos acumulados no gênero deram à LucasArts experiência e maturidade para trabalharem num produto em que tudo funciona direitinho. Todos os pontos fortes da empresa estão aqui: lindos visuais, grande senso de humor e ótimos puzzles.

Ainda assim... Que uma empresa tão criativa tenha feito um produto tão... acomodado? não deixa de me dar sentimentos mistos. Felizmente, uma nova onda criativa da LucasArts começaria depois de Sam & Max, com The Dig e Grim Fandango no horizonte.

É legal, apesar de ser lotado de "bullshit". Nem me refiro à dificuldade, mas ao fato de que o game te obriga a refazer todas as fases pelo menos uma vez para coletar anéis que te dão acesso ao último chefão... E então te obriga a fazer os níveis de novo para coletar ainda mais anéis para enfrentar o último chefão verdadeiro. Isso sem em nenhum momento te avisar de nada - você só é informado da importância de coletar os itens quando chega no portão do chefão e recebe a mensagem "putz, que azar, tenta de novo". É um jogo bacana e desafiante, mas seria melhor sem essa essa zoação com o jogador só para encher linguiça e fazer ele parecer mais longo do que é. Se algum dia eu rejogar, vou sumariamente ignorar a parte final.

Não joguei RE3 em sua época - pulei do 2 direto pro Code Veronica (que só joguei um pouquinho, não cheguei a zerar). É interessante ver como no próprio PlayStation a série foi deslizando cada vez mais para a ação. Claro, as mudanças trazidas por RE4 foram bem mais radicais nesse sentido, mas RE3 foi um passo importante para isso.

Não obstante, achei que RE3 faz um bom balanceamento entre horror-exploração-ação... Pelo menos no início. O primeiro ato, em especial, está no mesmo nível de qualidade de RE2. Entretanto, senti que o jogo começou a deixar a peteca cair a partir do segundo ato (Clock Tower) e o final foi bem apressado.

O jogo tem uma reputação bem ruim. Essa má reputação é, ao mesmo tempo, merecida e injusta. A história é realmente um lixo, mas é meu tipo de lixo: podem enfiar o máximo de Sailor Moon e jpop em meu FF que vou é ficar feliz. Mas se você é muito apegado aos personagens de FFX, vai entrar em combustão espontânea com as personagens completamente descaracterizadas (principalmente Yuna). As palavras chave aqui são "over the topness" e "magical girl" desde o início, algo que é refletido em tudo, inclusive o combate (que é um das melhores implementações do ATB em toda a série, diga-se de passagem).

Dos REs "clássicos", esse é o que mais se aproxima da fórmula do original. Exploração, ação, horror e breguice: todos os elementos que fazem a série ser o que é estão aqui, com foco na exploração e breguice. Destaque para o vilão bizarro e os chefes super-apelões. No final das contas, achei melhor que o 3 — mas não tão bom quanto o 1 ou 2.