Talvez a maior surpresa que eu já tive. Nunca gostei de CRPG e não entendia quase nada de Dungeons & Dragons, então adentrei nesse mundo com expectativas nulas e fui bem-afortunado com uma das melhores experiências que eu já tive com essa mídia.

É completamente inconcebível o quão bem esse jogo foi projetado e bem executado, seja pelo estúdio extremamente talentoso, competente e experiente, licença de uma das maiores propriedades intelectuais do mundo, a disposição de investir tanto em um projeto desta escala (coisa que pouquíssimas devs podem se dar ao luxo), o sucesso estrondoso de seu early access... Baldur's Gate 3 é um fenômeno, uma anomalia completamente irreproduzível e irreplicável.

Baldur's Gate 3 é o suprassumo, o ápice, a culminância máxima do que um RPG eletrônico pode ser. Apresenta uma revolucionária estrutura de jogo aonde todas as atividades feitas pelo jogador se entrelaçam entre suas missões principais e secundárias de maneira que uma missão tropeça na outra, um acontecimento deslinda no outro, ações menores tomadas no começo da aventura dimanam em consequências graves envolvendo tanto relações entre personagens quanto impactos reais no próprio mundo tardiamente de maneira em que se torna quase indistinguível o que é principal e o que é secundário, mesmo que existam arcos estáticos na história. As relações entre os personagens é igualmente dinâmica, orgânica e imersiva, essas que transcendem barras de vínculos ou mecânicas de relacionamento vistos em outros jogos, aqui cada frase, ação ou decisão é sentida por todos ao seu redor, seja positivamente ou negativamente, mesmo que eles reajam a isso ou não.

Absolutamente tudo o que acontece é interessante, envolvente, cativante.. seja em relação aos profundos e extremamente bem escritos membros da party cada um com seu(s) arco(s) primorosos, suas motivações convincentes ou suas personalidades bastante relacionáveis, a infinita possiblidades de bifurcação dos acontecimentos envolvendo tanto sua relação com eles, seus desejos e planos próprios ou quanto aos outros vários personagens, facções, locais e raças desse mundo e seus interessantíssimos conflitos "anti-maniqueístas" e a maneira inteligentíssima que a sua interação com os membros da party podem influenciar na maneira que você aborda as situações e o momento-a-momento da história.

O combate é muito bem estruturado para entrelaçar com as milhares de possibilidades que o jogo oferece e as várias maneiras de se abordar os conflitos, eu particularmente gostei durante quase o jogo inteiro mesmo não sendo acostumado com RPG estratégico, além de a evolução dos personagens, habilidades e a própria curva de aprendizado em executar as estratégias ser no geral bastante satisfatória. Minhas únicas ressalvas é a falta de um fast foward ou a possibilidade de poder voltar ações, já que a falta desses elementos começam a prejudicar um pouco da experiência no terceiro ato já que os confrontos se tornam muito maiores e mais frequentes, mas nada que atualizações futuras não resolvam

Ainda tem muito mais pra dizer que seria humanamente impossível colocar tudo em uma review do Backloggd, ainda espero conseguir tempo para fazer um vídeo-ensaio sobre essa obra-prima, por ora, fica expendido aqui o quanto essa experiência me impactou.



Boas ideias, mas que foram brutalmente assassinadas pelo baixo orçamento. Tenta brincar com convenções padrões de jogos mas ao mesmo dispõe de um level design simplório e engessado, com todos os objetivos ou obstáculos sendo explicados com mensagens na tela, side quests bobas feitas para aumentar artificialmente o tempo do game.. mas nada disso chega perto do problema que é o quanto esse mundo e basicamente tudo que envolve a estética dele e esses personagens são desinteressantes em todos os aspectos, a sexualização bizarra da Kainé e o troféu extremamente transfóbico terminaram de enterrar a minha experiência.

Acho praticamente impossível qualquer coisa tirar ACVI de ser o meu GOTY.. é completamente bizarro o tanto de carinho, cuidado e polimento que eles tiveram aqui, a ponto de até superar as minhas expectativas que já eram altíssimas, quando platinar ainda quero escrever uma review grande e detalhada.
OBRIGADO FROM SOFTWARE

Uma verdadeira hidden gem do PS1, quase tudo nesse jogo é impecável e polido. Desafio perfeitamente gradual e balanceado, jogabilidade que transita da melhor maneira possível entre um simulador da época e a clássica gameplay arcade, física, controles e dirigibilidade extremamente satisfatórios - tudo isso enquanto você ouve a magnífica trilha sonora que isso aqui tem - com certeza virou um dos meus jogos de corrida favoritos de todos os tempos.

Os games da franquia Yakuza me fizeram pensar que eu era um verdadeiro mestre de shogi, até me deparar com os últimos 4 oponentes deste jogo aqui...

É fácil entender o porquê deste jogo ter sido ofuscado na clássica trilogia do Super Nintendo e até ter vendido menos que seus antecessores, já que ele saiu meses após o lançamento do N64, muito provavelmente os holofotes e interesses dos jogadores da época agora estavam muito mais voltados para os jogos em 3D. Mas será que ele é realmente inferior aos outros dois games?

Começando pela apresentação audiovisual, que é certamente o ápice em aprimoramento do estilo gráfico que a Rare começou lá no primeiro título. Os cenários mais bonitos da trilogia inteira se encontram aqui, lindíssimas paisagens inspiradas em ambientes reais do norte europeu, céus absurdamente bonitos com belas palhetas de cores rosas, ambientes subaquáticos riquíssimos em detalhes e provavelmente o meu favorito de toda a série.. e como novidade, um magnífico overworld completo e interativo que até se tornaria padrão em jogos futuros.

Infelizmente, mesmo sendo o ápice técnico e visual, não se pode dizer o mesmo em relação a soundtrack. Já que o lendário compositor David Wise foi substituído por Eveline Fischer, que entregou um resultado até satisfatório com boas faixas como 'rockface rumble' e 'cascade capers'.. mas que no geral fica MUITO abaixo das trilhas sonoras do primeiro, e principalmente do segundo título - esta mudança é fortemente o maior problema do jogo, já que torna as fases menos interessantes.

Outra mudança bastante infeliz foi o Kiddy Kong como protagonista ao lado de Dixie.. não me entenda errado, eu adoro o Kiddy, mas não tem nem metade do carisma do Diddy ou do próprio Donkey. Outra coisa ruim é a própria desculpa que o jogo dá para isto, já que a plot basicamente é que o dois grandes heróis que passaram por tantas aventuras foram sequestrados pelo K rool..

O level design é muito bom e competente, provavelmente o mais rico e abrangente dos três jogos. Apesar de não ter fases tão marcantes quanto seus dois antecessores eu aprecio muito a experimentação e ideias novas que trouxeram aqui, sinto que o ritmo é muito variado e funciona e muito bem.

Realmente é inferior aos dois primeiros, mas mesmo assim é um jogo excelente e indispensável.

Eu tenho certeza absoluta que uma obra de arte desta magnitude é capaz de revitalizar até o mais cínico dos mortais.

Uma das coisas mais divertidas que existem. Basicamente Contra com skin de western bastante genuína e cativante, apresentando um desafio bem mais interessante do que sua inspiração, as músicas são excelentes em especial a track da primeira fase. Gostei tanto disso que até comecei a treinar speedrun e alcançar um recorde pessoal de 28 minutos.

Anos se passam e pouquíssimos jogos conseguem se equiparar a totalidade da experiência do primeiro Dark Souls. Virou clichê de um certo modo dizer isto, mas, eu sou uma das várias pessoas que possuem de maneira inarredável no fundo da alma a memória tão mágica de subir por undead burg, undead parish, até chegar na igreja, pegar o elevador e descer de volta para a firelink shrine - esta experiência em específico funciona quase que como um microcosmo do que é este título - um diamante bruto, magistralmente polido e atemporal.

O primeiro fator a ser apontado aqui é o quanto isto envelheceu bem esteticamente, a apresentação audiovisual é estonteante e os belíssimos cenários meticulosamente escupidos ainda são tão lindos e impressionantes como eram lá em 2010 quando o jogo saiu originalmente. Com certeza a maior qualidade do estúdio espanhol 'MercurySteam' que foi o responsável pelo desenvolvimento do game é a sua versatilidade e competência artística, passamos por pântanos, nevascas, ruínas esquecidas, grandes bibliotecas, laboratórios bastante influenciados pela arte gótica vitoriana, florestas, desertos, cemitérios... tudo isso acompanhado pelas belas composições do músico espanhol 'Oscar Araujo' que engrandecem ainda mais as catártica e vasta palheta de atmosferas que compõe magistralmente esta aventura.

O mesmo capricho pode ser visto na construção de mundo e lore deste universo. Dispondo um longo e riquíssimo bestiário contendo além de melhores representações de inimigos da própria franquia como o Cornell que tem de longe a sua melhor versão já vista em qualquer game da série, como também várias criaturas de diferentes mitologias e universos em ótimas representações. Não só isso mas também os diversos pergaminhos que encontramos ao decorrer da experiência que trazem informações interessantíssimas sobre os acontecimentos e locais daquele mundo, que ajudam a enriquecer esse feeling de estar vivendo uma grande aventura de um livro de fantasias que provavelmente seja o ponto que este game se destaque da maioria dos jogos do gênero em toda a industria.

Ainda falando do capricho estético, outro ponto que me pega bastante é todo o cuidado que os desenvolvedores tiveram em animar de uma forma tão magistral todas as habilidades do jogo no menu do livro, não só isso, mas todas as artes feitas para o bestiário, itens, relíquias, páginas de narrativa.. todo esse cuidado entrelaça perfeitamente com o que foi dito nos parágrafos anteriores e elevam ainda mais o que o jogo quer passar.

A escrita é outro ponto alto, de longe a melhor narrativa da franquia inteira. Eu amo os personagens dos outros jogos, mas é quase impossível não admitir que escrita nunca foi o ponto alto da série, aqui é completamente o contrário, Gabriel é um personagem muito bem construído, suas motivações (principalmente no final do game e nas dlcs) são bastante plausíveis, seu arco de personagem é um primor e que abre diversas possibilidades para uma sequência.... Não só ele, mas Zobek, Claudia, Marie... são os personagens que a franquia sempre mereceu ter - novamente, no quesito ESCRITA.

Ah, como eu absolutamente amo o gameplay disto aqui. Lords of Shadow tem provavelmente o meu gameplay favorito de qualquer jogo de ação cinematográfico deste gênero e desta pretensão. Todos os itens secundários são excelentes de usar, a movimentação é satisfatória, o parry é uma delícia de acertar, a variedade de inimigos induz o jogador a experimentar bastante e variar nos combos, a mecânica de magia da luz e magia das sombras é genial, a curva de upgrade do sistema de habilidade é muito satisfatória, recompensadora e tem uma ótima progressão.

Para falar dos pontos negativos, acho melhor começar pelos que foram corrigidos por esta versão ultimate: o final apesar de ser excelente, deixa uma lacuna bastante confusa entre ele e o conteúdo pós-credito, esta que foi preenchida com as duas ótimas e essenciais dlcs, reverie e ressurection, que aqui felizmente foram alocadas como um epílogo do jogo base. Mas que na versão original foi vendida como DLC PAGA.........

As batalhas contra titãs são completamente horríveis e desnecessárias, a aventura é maçante e dispõe de alguns mecanismos de level design feitos para prolongar a experiência do jogo artificialmente, que podem deixar as coisas maçantes em alguns momentos, e acabam por irritar um pouco e as vezes muito, puzzles chatos e sem sentido, o que seria uma única fase acaba sendo dividido desnecessariamente em duas ou três.. mas em especial as sequências com os chupacabras que são algumas das piores coisas que eu já vi em videogame.

O visual monocromático tem o seu charme, e as músicas realmente são boas. De resto, é um dos jogos que foram espancados pelo envelhecimento: graças as limitações técnicas do hardware em que o jogo foi lançado, ele é absurdamente lento, parece que acontece em slow motion, de uma forma que se torna até genuinamente engraçada. Tem vários outros problemas, em especial o hitbox dos inimigos e dos obstáculos de cenários que são alguns dos piores que eu já vi em qualquer jogo, tem várias coisas aqui que são praticamente impossíveis de evitar por conta disso. A ausência dos clássicos sub-itens é outro problema gravíssimo, pois se junta com o super mal implementado sistema de upgrade de chicote - em que você coleta melhorias pelo mapa, estas que já não são grandes coisas, e as perde com apenas 1 ataque inimigo - e formam o pior combate dentre todos os 'classicvanias'. Por contas das péssimas mecânicas e escolhas de game design os chefes são patéticos também.. quase nada aqui é aproveitável, não é tão ruim quanto Haunted Castle ou o Vampire Killer de MSX mas é certamente um dos pontos mais baixos da franquia inteira.

Um dos jogos mais injustiçados da história dos videogames.

É absurdamente impressionante e admirável o quão ambiciosos foram os desenvolvedores quando projetaram isto aqui: um Castlevania de mundo aberto com elementos de RPG, sistema de level up, progressão não linear com ciclos de dia e noite. Coisa que não seria repetido nenhuma vez durante a série clássica e que apresentara muitos elementos que só seriam vistos novamente na revitalização da franquia em Simphony of the Night, é muito interessante ver um jogo lançado 10 anos antes dele já possuir algumas das mesmas ambições.

Muitas das ideias sofreram bastante em sua concretrização, seja pela falta de recursos da época ou pelos próprios males do envelhecimento, como a maior delas sendo a pouca inspiração em tornar cada área única, já que os assets das partes do mapa são quase idênticas, e a ausência de chefes para conceberem uma dinâmica maior ao looping de combate e exploração, as dicas dos npcs são péssimas e em alguns casos até mentirosas (apesar disso fazer sentido tematicamente), o único sistema de sustain do jogo são as igrejas nas vilas, a movimentação é uma evolução ao anterior mas continua muito lenta e pouco precisa..etc

Em contrapartida, consegue apresentar um mundo interessante e bastante atmosférico, muito por conta da sua ótima apresentação audiovisual com cores mais mortas diferenciando bastante do primeiro e terceiro títulos, que trouxeram uma estética mais focado em cores vivas e deslumbrantes, e isso entrelaça perfeitamente com a mecânica de dia e noite, já que tudo isso que eu acabei de falar é amplificado na passagem de tempo gerando um ambiente bastante tenso e hostil, além das excelentes músicas escolhidas para comporem o conjunto. O segundo grande ponto alto são os desafios de progressão e segredos muito bem escondidos que são bastante recompensadores, os objetivos são sutilmente ditos através do level design, quase todas paredes ou pisos invisíveis são notórios mas não de maneira expositiva, todos os recursos coletados são de grande utilidade.. outra coisa a se dizer é que o looping de gameplay geral é ótimo já que o foco durante o dia é caçar os segredos e ir explorar o mapa enquanto de noite é exclusivamente a sobrevivência, gerando um certo dinamismo ao ritmo de game, algo impensável quando se lembra que este é um jogo de NES.

Em suma, Castlevania II: Simon's Quest é um jogo muito bom e ainda vale a pena, além de ser bastante autoral e apresentar elementos que só voltariam a ser vistos na série 10 anos depois. Um remake deste clássico aqui seria um sonho realizado.

Envelheceu extremamente mal igual qualquer outro jogo do NES: a movimentação é horrível, os inimigos são programados da pior forma possível, as últimas fases são verdadeiros pesadelos em questão de level design.. etc. Ainda assim apresenta um desafio razoavelmente divertido e excelentemente curto se jogado com os save states dos emuladores ou da própria Anniversary Collection - caso o contrário é realmente injogavel e perda de tempo - outro ponto positivo são suas ótimas músicas e primeiras versões de assets e ambientes que seriam repaginados até nos jogos mais recentes da franquia; para fãs da série com certeza vale a experiência.

'King's Field 2' está para o primeiro assim como 'Dark Souls' está para 'Demon's Souls', já que basicamente pegou tudo que foi introduzido no primeiro, aprimorou trazendo diversas melhorias em vários aspectos além de apresentar um conceito mais estabelecido e polido. Irônico então, que este terceiro jogo esteja para seus antecessores exatamente como 'Dark Souls 2' está. Falha tentando apresentar um mundo maior e mais ambicioso, perdendo assim quase todo o bom tecimento e o fio condutor que ligava tão bem as partes da experiência, já que a preocupação aqui parece ser a quantidade e não a qualidade do conteúdo. E por falar nisso, o jogo é o dobro do tamanho que deveria ser, a segunda metade é realmente muito maçante e se não fosse meu desafio pessoal de terminar todos os jogos da From, com certeza teria dropado, apesar de que minha frustração não seria tão grande se o jogo não tivesse perdido todo aquele feeling atmosférico que o 2 tinha, apesar das músicas ainda serem boas, o visual carece de identidade e só deixa tudo mais monótono do que já era.

Impossível começar a falar deste aqui sem glorificar a estonteante apresentação audiovisual. Fazia um certo tempo que um jogo com gráficos 2D não me impactava tanto visualmente, principalmente pelos seus lindos backgrounds, que dispõem cenários, salas e paisagens em pixel detalhadíssimos com belíssimas e variadas palhetas de cores, além dos excelentes efeitos visuais em cada interação com os elementos dele. Os designs de cada arma, armadura, inimigo, ataque, poderes especiais, são ótimos e transbordam carisma e estilo. A gloriosa estética do jogo entrelaça perfeitamente com a trilha sonora feita pelos lendários compositores Michiru Yamane (Castlevania) e Norihiko Hibino (Metal Gear Solid). As músicas são excelentemente tecidas e encharcadas de melancolia misturando elementos eletrônicos com alguns instrumentos como piano, sax, sintetizadores, contrabaixo.. formam um verdadeiro petardo atmosférico e conseguem intensificar mais ainda o clima das áreas, tornando o simples ato de andar pelo castelo, atravessando salas, bastante imersivo e hipnotizante.

É uma pena que apesar de se destacar tanto visualmente e propor uma das estéticas mais bonitas que eu já vi neste tipo de jogo, todo o resto da experiência acaba sendo mediano ou simplório. Começando pelo level design limitadíssimo, a progressão é bastante linear, ainda mais do que outros "metroidvanias" famosos que sofrem do mesmo problema como 'Metroid Dread' e 'Castlevania Circle of the Moon'. Já nos primeiros 30 minutos já fica notório o quanto o castelo carece de bons segredos escondidos, objetivos micros ou algo que justifique ou incentive um foco mais dedicado a exploração, já que os caminhos são muito diretos se tornando quase impossível não encontrar o trajeto correto involuntariamente. Este é com certeza um dos castelos mais sem graças que eu já vi, em alguns momentos eu me senti muito mais jogando um Dungeon Crawler linear, do que realmente um metroidvania. É realmente muito triste que um jogo tão promissor falhe no elemento mais importante que este tipo de experiência pode proporcionar.

Em relação ao combate, ele é bem simples, e não se difere muito daquele padrão de ataca, pula, esquiva. Presente na maioria dos jogos do gênero, e no geral é satisfatório apesar de simples, os combos são legais e a movimentação é prazerosamente ágil. Ele tenta trazer algumas boas ideias, como sendo a principal delas a integração das barras de vida e de magia, que são bem implementadas e trazem uma certa dubiedade, já que constantemente o jogador se encontra em situações aonde o mal gerenciamento disso o levará a morte, o grande problema é que apesar de ser uma ideia boa, a execução também é simplória e não evolui em quase nada até o final do game, problema esse que é intensificado pela forma igualmente simplória que os inimigos se comportam, já que cada um deles é basicamente uma cópia de inimigos de outros metroidvanias, eu diria que o bestiário é o segundo maior defeito do jogo, é bizarro como não tem sequer 1 oponente que eu já não tenha visto se comportando da exata mesma forma batida que inimigos de outros jogos. E não para por aí, os chefes sofrem desse mesmo defeito, basicamente o que todos os inimigos desse jogo têm de carisma, estilo e criatividade estética eles carecem de personalidade e originalidade.

No geral, 9 Years é um metroidvania bom, mas bastante simples, que não se destaca em quase nada das outras centenas de jogos do estilo, a não ser pela sua magnífica apresentação audiovisual e construção artística. Além disso, a performance apresenta várias quedas de frames que acabaram não comprometendo muito minha experiência mas que eu recomendaria aguardar por futuras atualizações que corrijam este problema.