quando eu era criança eu gostava muito dos jogos do Bob Esponja, então desde que descobri depois de adulta que fizeram uns exclusivos para PC eu ando intrigada com o conceito, em especial os jogos de adventure feitos pela AWE Games. esse aqui é um jogo de aventura cheio de charme, que faz umas referências interessantes à alguns episódios do começo da série (o que faz sentido considerando o ano que ele foi lançado) e que torna o Bob Esponja levemente mais inquisitivo para ele servir melhor como um protagonista desse gênero.

fazendo o adendo de que essas são as cutscenes pré-renderizadas mais completamente doidas de pedra que eu já vi. é um "Mistery of the Druids" apropriado pra crianças. recomendo jogar, ou ver as cenas no YouTube

fun fact: eu zerei esse jogo 10+ anos atrás mas com o hack que transforma o catmario no Sr. Wilson Colônia Contra-Ataca. eu nem conhecia o canal dele, eu só peguei esse hack pois tinham me dito que o site original do catmario tinha vírus aí eu vi essa versão em algum lugar mais seguro e decidi pegar

This review contains spoilers

eu te amo niko!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! eu amo o niko

se "Mega Man Legends" é "Castelo no Céu" do Miyazaki, "The Misadventures of Tron Bonne" é um episódio de "Lupin the IIIrd" dirigido pelo próprio Miyazaki. recheado de um anti-heroísmo caótico e divertido, mas com um coração bem forte por trás.

eu não gostei de algumas das missões: as chamadas "Digout RPG" são dungeon crawlers bem monótonos e não muito engajantes, e as recompensas encontrada nas "Ruins" são bem poucas pra compensar a exploração de labirintos bem básicos. tendo dito isso, o jogo é generoso o bastante para te deixar zerar a campanha principal sem ter que engajar com todas elas, e eu só tive problema com essas duas mesmo. eu também não gosto muito das piadas feitas às custas do sofrimento dos Servbots porque eu acho eles muito fofos mas elas são infrequentes o bastante para que a experiência não se prejudicasse tanto.

no final das contas a maioria dos momentos cômicos funciona: eu amo a policial failgirl que consegue fazer um suplex em um robô 2x maior que ela e as interações dos tripulantes do Gesellschaft me colocavam um sorriso na boca com frequência. também gosto muito que o final tomou seu tempo para dar destaque em todo o elenco e completar seus mini-arcos (em especial os Servbots!!! eles aprenderam tanto!!!! eu amo eles).

se você está jogando a série Legends, esse aqui tecnicamente é pulável mas se o charme e o humor do primeiro título te cativou o bastante, acho que você deveria dar uma chance para esse aqui. até porque é bem curto.

sabe. quando eu tava na metade desse jogo eu estava prontinha pra dizer que esse é meu segundo Kingdom Hearts favorito. mas agora eu entendi porque esse é o título mais divisivo da série.

eu até gosto da dinâmica dos três protagonistas e eu estava mais disposta a gostar de alguns dos mundos presentes por conta das conexões com o primeiro jogo (exceto o do Peter Pan esse é ruim mesmo) mas eu eventualmente comecei a ficar sem paciência com a forma estúpida que Birth by Sleep conta sua história. ver o Xehanort nem tentando fingir ser bonzinho enquanto todo mundo acredita 100% no caráter dele não se torna mais fácil de aguentar quando fica claro que essa estupidez é (meio que) o motivo que leva aos eventos da série inteira acontecerem.

não ajuda muito você ter de repetir 3 vezes o confronto final em Keyblade Graveyard, que é uma luta bem coreografada e bem empolgante na primeira vez, mas que acaba virando rotina já na segunda rodada (e também não ajuda que a abertura do jogo mostra de cara os momentos mais marcantes dela, murchando completamente algo que poderia ter sido surpreendente).

o sistema de combate é interessante pois ele fez as lutas contra os monstrinhos normais (eu sei o nome deles. não me corrija) serem um pouco monótonas no começo de cada personagem, algo que se repete por 3 vezes caso você queira ver a história completa, mas acaba se tornando divertido de aprender e personalizar. fazer o seu deck de ataques é mais engajante aqui do que em Chain of Memories, por exemplo. isso acaba tornando algumas batalhas de chefe bem visualmente eletrizantes. mas aí vem o outro grande problema: os chefes são ruins. especialmente os chefes originais da série. eu escrevi "Vanitas é o pior chefe já feito de todos os jogos que eu já joguei na vida" no meu bloco de notas quando eu percebi que eu estava enfrentando ele pela literal 7ª vez e as vulnerabilidades dele pareciam ter completamente desaparecido.

mas mesmo nas batalhas contra os chefes que não são as piores coisas já feitas, é meio frustrante a quantidade de ataques longos, não bloqueáveis e que podem drenar uma barra inteira de vida, cuja única estratégia é ficar fazendo dodge roll por uma quantidade longa de tempo. a solução seria fazer um grind para que seu nível fique maior e você consiga aguentar e aplicar mais dano, mas ter de começar do zero 3 vezes me tira completamente a vontade de fazer isso, já que todo o meu progresso anterior é invalidado. se tivesse um sistema que multiplica a sua progressão de nível de acordo com a quantidade de saves finalizados presentes na memória do PSP, acho que essa frustração seria mitigada. isso poderia quebrar o balanceamento do combate mas Melding Commands já faz isso se você tem a paciência de conectar os mesmos ataques em todas as rotas. eu joguei uma quantia considerável de Command Board (o clone de Banco Imobiliário/Fortune Street que tem no jogo) para poder subir minhas cartas de nível, de uma forma que se o progresso fosse unificado eu teria uma build relativamente forte. o problema (de novo) é que tudo reseta. eu teria que ter triplicado o meu esforço e eu acho que eu já coloquei todo o tempo que eu quis colocar nesse jogo.

não estou empolgada para Dream Drop Distance, pra ser franca. o emulador de 3DS literalmente não roda ele e se ele tiver chefes tão ruins quanto Birth by Sleep eu não quero jogar ele sem save states. se serve de algo, o meu apreço pelos protagonistas me faz ficar interessada em Kingdom Hearts III.

EDIT: ESPERA. ISSO É UMA PREQUELA. PQ O HUGUINHO ZEZINHO E LUIZINHO ESTÃO AQUI?? ELES SÃO CRIANÇAS NO PRIMEIRO JOGO E 10 ANOS ANTES ELES AINDA SÃO CRIANÇAS?? ESPERA EO TIO PATINHAS

eu fico MUITO feliz em dizer que esse spin-off de luta de Touhou é bom. o anterior só me atraiu pelas artes bonitinhas, mas esse aqui tem mais substância e os devs fizeram o sistema de spell cards funcionar muito bem dentro das lutas. ouvi dizer que o próximo é melhor ainda, o que me deixa empolgada!

jogar com a Youmu me lembra de quando eu fui main da Bridget em Guilty Gear XX Accent Core Plus (as duas tem um objeto controlável que pode ser usado em um ataque dependendo de onde ele está posicionado). talvez eu vire main dela se a Aya ou a Yuyuko não forem tão legais de controlar.

a Aya aparece nesse jogo.

esse jogo foi lançado um ano antes dos meus pais se divorciarem. só queria comentar

eu ainda prefiro as vibes de Perfect Cherry Blossom e Imperishable Night mas não dá pra negar que esse é um dos pontos mais icônicos da série, quase ao nível de Embodiment of Scarlet Devil. eu conhecia uma boa parte das personagens e de suas músicas por pura osmose vinda do meus contatos com a fanbase. mas eu senti um pouco de falta da energia mais... rústica que os Touhous anteriores tinham, até mesmo em algo tão complexo como o 8º jogo da série. Esse é o primeiro Touhou que eu não sinto completa vontade de chegar ao final antes de partir para o próximo (cheguei na chefe final pelo menos), o que tudo bem inclusive.

Mountain of Faith ainda é um triunfo audiovisual interativo: a trilha sonora e os padrões de balas continuam espetaculares como sempre, as garotas novas que vão ser mais relevantes nos jogos futuros são ótimas adições ao elenco e a engine nova esbanja efeitos visuais muito bonitos durante as batalhas. mas eu realmente não gosto das mudanças do sistema de bombas e continues desse aqui. eu prefiro ser arremessada pro menu principal depois de morrer do que repetir a fase final só com duas miseráveis vidinhas, e fazer com que o uso de bombas diminua o poder do seu ataque normal é tryhard demais, até para os padrões dessa série. alias, antes você podia escolher a quantidade de vidas que você começa (com uma diminuição no seu score em números acima de 2) mas removeram isso também, talvez para não entrar em conflito com a nova maneira que os continues funcionam (para evitar por exemplo que você recomece a última fase com 6 vidas mesmo chegando nela com apenas 1).

mas a questão da energia presente nessa nova era da série ainda é a coisa que mais mexe comigo. eu fiquei matutando um pouco sobre isso e a minha namorada comparou esse sentimento meu como uma fã de punk ouvindo uma música pop punk, onde parte da estética mais bruta é substituída por algo mais sofisticado, mas que talvez tenha perdido parte da identidade presente no gênero. acho que faz sentido. apesar de que isso tecnicamente me torna uma Touhou boomer. tudo bem. eu também sou uma Morrowind boomer. eu ainda vou tentar os seguintes, tenho tempo para me acostumar

pra concluir esse jogo me fez perceber que eu não sou normal a respeito da Aya Shameimaru.

arcueid brunestud é a melhor personagem de toda a ficção

joguei quando esteve de graça na steam. criei minha personagem e antes de fazer qualquer outra coisa tive q reiniciar o jogo pra reduzir a resolução, pois esse mesmo computador que rodou Fallout 4 no high em 1080p não é bom o bastante pra esse jogo, aparentemente. quando abri ele de novo surgi na frente do vault e as palavras "Quest Completed!" apareceram na minha frente. eu pulei o tutorial inteiro e a premissa da história por completo acidente. ok então. tava sozinha. andei um pouco, fiz algumas missões tentando entender a história por contexto e pistas, me senti completamente miserável e exausta e fechei o jogo. "talvez eu seja só uma hater de Fallout moderno. eu não gostei muito do programa também, pelo que eu vi."

por eu ter comentado no twitter sobre esse jogo, uma amiga começou a conversar comigo. a gente marcou de jogar Fallout 76 juntas. e quer saber? eu peguei o apelo. me lembro da maravilhosa resenha do Noah Caldwell Gervais de toda a série Fallout, onde ele descreve 76 como "conteúdo de segunda tela", algo feito para a era moderna onde as nossas atenções estão constantemente divididas entre redes sociais e outras atividades. isso faz muito sentido pra mim: foi só quando eu estava acompanhando alguém, conversando sobre várias coisas que as atividades desse jogo não me deixaram com vontade de tirar uma soneca de 1 hora. por mais que isso pareça (e até seja) uma crítica disfarçada de elogio, umas duas semanas atrás eu joguei The Elder Scrolls Online com a minha namorada e mesmo com a presença uma da outra, ficamos incrivelmente entediadas.

Fallout 76 é um bom lugar pra se habitar quando se tem alguém ao seu lado, ao ponto de que ser melhor que o Fallout 4 base. vale a pena pelo preço que está considerando que ele ainda tem um monte de microtransação? claro que não. mas podia ser pior (The Elder Scrolls Online). me confirmou que eu não sou tão hater de Fallout moderno quanto eu pensei, afinal eu meio que gosto (um pouco) do jogo que os fãs modernos odeiam! na verdade eu não gosto dos NPCs interativos que foram adicionados depois que esses mesmos fãs reclamaram da falta deles. ah tanto faz. considerando que eu não gastei nada foi até divertido

Baldur's Gate 2 é longo. muito longo. do ranking de jogos que eu mais joguei (registrados no backloggd), a única run que eu fiz do jogo base se encontra na 4ª posição, atrás de Team Fortress 2 (que é online), Metal Gear Solid V (que eu fiz 100% - também foi o único jogo que eu tive no meu X360 por um bom tempo) e Fallout New Vegas (múltiplas runs). uma aventura massiva desse jeito obviamente não vai ser inteiramente perfeita, mas as coisas boas são muito boas.

o primeiro Baldur's Gate foi acompanhado pela expansão Tales of the Sword Coast que introduziu a masmorra Durlag's Tower, que chama a atenção pelo seu contraste com as outras masmorras do jogo base, que não possuem charadas tão cerebrais e elaboradas quanto as introduzidas pelo conteúdo extra, então foi bem gostoso ver como a sequência incorpora essa complexidade na estrutura de suas masmorras de maneira mais abrangente: Umar Hills e Windspear Hills prenderam a minha atenção ao ponto de ignorar as missões principais pela maior parte do meu tempo no capítulo 2, Spellhold tem momentos muito bons apesar de sua linearidade e aprecio como o The Abyss tenta incorporar consequências interessantes à dilemas morais, por mais que de uma forma um tanto básica. eu também gostei da missão especial para protagonistas druidas, por ter me dado oportunidades para realmente sentir na pele as conexões à natureza que definem a classe.

uma boa parte desse jogo é boa, mas acho que algumas partes poderiam ter sido podadas para que a experiência fosse mais consistente. em nenhum momento eu me deparei com algo que eu considero "muito ruim", mas algumas locações acabam não sendo muito interessantes em termos de variedade de quests e recompensas úteis, e a qualidade dos primeiros 3 capítulos é bem superior à dos 4 seguintes. dou destaque para a seção que se passa em Underdark, a locação do capítulo 5, que eu não gostei muito apesar de seu conceito interessante. eu também odeio as batalhas que envolvem algum otário jogando um feitiço de morte ou um Mind Flayer paralisando um personagem e comendo seu cérebro. enquanto jogava essas partes comecei a imaginar o quão engraçado seria uma boss de um JRPG que durante uma longa e complicada batalha pode ativar uma mágica chamada "Load State", que arremessa sem cerimônia alguma o seu alvo para o último lugar em que o jogo foi salvo. se esse conceito parece ser enfurecedor, é efetivamente isso que ocorre quando um desses dois eventos acontecem aqui. a introdução de itens e mágicas de ressurreição mitigam levemente esses momentos, mas o item tem uso limitado e as mágicas são para níveis mais elevados, e eu não gosto de ter que ficar catando todo item do inventário que é derrubado quando um personagem morre.

também não sou muito fã de que a única opção romântica para garotas é apenas um cara que eu nunca tive interesse nem de manter no meu grupo, mas eu já entrei nessa reclamação quando falei da Enhanced Edition. ah e os retratos dos personagens são tão feios. eu não tinha problema com os do primeiro jogo mas nesse aqui foi ruim. eu baixei um pack de retratos baseado em artes que a mangaká Ryoko Kui (leiam Dungeon Meshi!) fez dos companions do jogo para mitigar esse problema. recomendo se você for fã de Dungeon Meshi. se não for, porque você não lê Dungeon Meshi? a autora se inspirou em dungeon crawlers como BG e Dungeon Master para a construção do mundo! tem até um momento onde uma personagem menciona que magias de cura podem ser usadas em tortura, o que é algo que acontece em Baldur's Gate 2! leia Dungeon Meshi.

olha. eu passei 96,6 horas nisso. se eu não tivesse me divertindo eu teria parado. por mais que eu goste mais da simplicidade e a atmosfera rural do primeiro jogo, eu prefiro esse pelas masmorras, charadas e a variedade de interações entre os personagens. por mais que uma dessas interações fosse a Mazzy empatando a minha foda com uma vampira lésbica malvada MAS TANTO FAZ. EU NEM TÔ BRAVA. FILHA DA P

se tivessem me dado esse jogo quando criança ao invés de guitar hero iii eu provavelmente teria conhecido a banda garbage mais cedo e minha estrutura cerebral seria completamente diferente

eu pensei que ia gostar menos desse, já que eu tinha perdido o interesse quando joguei pela primeira vez uns anos atrás, mas dessa vez acabei me divertindo. foi interessante observar os pontos fortes do primeiro jogo sendo expandidos, como a tatilidade dos cenários, os combates divertidos e a história (geralmente) bem escrita. tais pontos não foram expandidos ao ponto de tornarem max payne 1 obsoleto, mas acaba tornando o segundo jogo como a sua própria coisa, quase que divorciados entre si, seja por bem (como os combates mais frenéticos e o aumento de objetos interativos no cenário) ou por mal (o camp perdido com o aumento do orçamento e a narrativa que mantém a boa escrita mas se torna mais esparsa).

em termos de um elder scrolls, parece um jogo mobile. em termos de um mmo, é chato. em termos de um jogo online pra passar um tempo com a minha namorada, não tem emotes legais. se tem algo a elogiar, me lembra skyrim. mas eu não gosto tanto de skyrim também. tá difícil

a falta de conectividade entre os mapas dentro do castelo deixou a exploração muito fraca nesse jogo. o que é uma pena pois eu acho que é possível um castlevania 3D existir de uma forma melhor mas lament of innoncence me desapontou um pouco. tem pontos bons como as batalhas de chefes (pelo menos as que eu joguei) e trilha sonora eclética mas é meio que isso mesmo.