uma narrativa bem engajante com um estilo de arte que consegue transmitir maravilhosamente os momentos de body horror, tensão, ternura e grandiosidade. surpreendentemente possui mais substância que esperava considerando sua premissa, e com loops de gameplay bem conectados dentro de uma visual novel que realmente exige atenção do jogador no que está sendo dito, além de executar elementos gráficos insanos que me pareciam ser impossíveis de serem feitos na RenPy (que é uma engine de visual novel relativamente fácil de se aprender). recomendo muito que você dê uma chance para ele sem saber de muita coisa antes. é bem curtinho e vale a pena na minha opinião.

(leves spoilers conceituais adiante)

eu gosto que slay the princess tem elementos influenciados por jogos como disco elysium - com as múltiplas "personalidades" debatendo entre si - e stanley parable - com a presença do narrador não confiável e o comentário metanarrativo que vai se expandindo conforme a história se avança. imagino que talvez quem não se interessa muito pela metalinguagem presente em jogos como stanley parable acabe não gostando tanto de como os eventos da narrativa se desenrola, por mais sutil que o comentário presente seja em comparação ao exemplo dado. mas acabou funcionando para mim, apesar de não ser meu elemento narrativo preferido.

eu gosto muito da progressão da história, e de como as rotas conseguem ser breves porém ricas em caracterização, escrita e escolhas interessantes. tudo isso embalado em um gameplay que conecta essas rotas de uma forma muito elegante. a mixagem de som é um tanto amadora, mas contribuiu para uns sustos bem específicos, então ironicamente eu considero isso um ponto positivo. um belo jogo! e pensar que eu só escolhi ele porque eu tava sem graça em colocar muitos jogos que eu não joguei no GOTY 2023 do backloggd. obrigada backloggd.

um RPG no qual você aprende todo um sistema linguístico de termos específicos de uma espécie para poder se comunicar com ela, algo que é claramente inspirado em ultima underw-

o clássico jogo de domingo ensolarado. pegue uma cerveja, deixe sua pança de fora e destrua prédios inteiros com explosivos enquanto 85 soldados da IDF tentam te matar sem sucesso porque eles são burros. opa. eu errei a sigla. não tô a fim de corrigir

thief me deixa tão frustrada, cara.

as missões que te colocam numa cidade e te pedem pra se infiltrar numa mansão com uma lista de itens para serem roubados são quando thief realmente brilha. é indescriptível a sensação causada por transitar despercebida entre múltiplos guardas, ficar paralisada de medo em uma sombra enquanto alguém passa do seu lado e milagrosamente não te percebe, circular desesperadamente pela sua lista de itens atrás de uma chave ou uma lockpick pra abrir uma porta, encontrar as passagens secretas que mostram como o dono desse lugar é tão paranoico quanto ele é rico. essa sensação fica mais intensa quando depois de tudo, você consegue sair do lugar sem ter alertado ou nem menos nocauteado ninguém, com os bolsos cheios de dinheiro. esse é um immersive sim com um stealth tão refinado que raramente é igualado por jogos fora dessa série.

...mas aí de repente thief decide virar um dungeon crawler 3D com zumbis????? onde você não tem necessidade alguma de ser sorrateira e fica dependendo ou da sua habilidade em se esquivar de monstros ou de um sistema de combate especificamente nerfado pra te incentivar a ser sorrateira?

eu queria muito entender a mentalidade da Looking Glass em juntar essas duas coisas nesse jogo, mas infelizmente elas destoam em ambos tom e qualidade. tentei ao máximo dar chances ao jogo como um todo, mas percebi que estava ficando sem vontade nenhuma de jogar ele por esse motivo, então usei Ctrl+Alt+Shift+End para pular as fases que não majoritariamente envolvem stealth e que não permitem aproximações criativas aos objetivos. o que francamente parte meu coração. eu adoro o que thief parece ser, e honestamente tenho inveja de quem consegue apreciar melhor as sequências mais lineares do jogo. acredita em mim, eu queria muito ser você nesse momento.

as partes que me empolgam não são igualadas por quase nada, e por conta disso, as partes que me incomodam me deixam muito frustradas. não ajuda o fato de que as fases ruins são tão longas também.

engraçado que costumo preferir os primeiros jogos das séries criadas pela Looking Glass em comparação às suas sequências, que geralmente são mais apreciadas pelo público. porém nesse caso acredito que vou gostar mais de thief 2 quando eu chegar lá.

eu joguei só um pouquinho da demo e não tenho familiaridade com os shin megami tenseis que inspiraram esse jogo, mas eu posso dizer que esse foi o meu goty 2023, pelo menos até agora. é muito óbvio o amor pelos dungeon crawlers e pelo universo de touhou exposto aqui. ele até tem as garotas do Unfinished Dream of All Living Ghost! eu vou dedicar meu tempo pra ele assim que puder.

2005

tem muitas garotas bonitas (bom) mas você controla um cara (ruim). eu tô tentando uns shmups de ps2 e esse aqui tem designs bonitinhos mas n achei lá muito interessante em geral

eu aprecio muito jogos que tem um design similar a de um brinquedinho, daqueles com regras simples e intuitivas que você pega e fica distraída com a própria energia cinética da coisa. peguei ele pra testar rapidinho e acabei me apegando ao estilo.

eu virei líder de sindicato. obrigada boss bebê

obviamente um jogo bem melhor que circle of the moon, mas eu não me sinto com tanta vontade de finalizar ele. explorar o castelo é um tanto frustrante, e a trilha sonora repetitiva e enjoada torna a experiência menos agradável ainda. o que é uma pena! a história é interessante, e o sistema de elementos afetando as sub weapons é divertido de experimentar, mas ao contrário de symphony of the night, onde as frustrações foram lindamente ultrapassadas pelos pontos altos do jogo, harmony of dissonance acaba não tem o mesmo resultado. honestamente, o maior problema dos castlevanias medianos dessa era é que eles são bem mais longos que deveriam ser. o howlongtobeat implica que esse jogo pode ser zerado em 7 a 8 horas, o que é bem engraçado considerando que eu atingi 12 horas de gameplay até decidir que talvez eu devia jogar algo que me agrade mais. talvez se eu tivesse jogando com um guia eu teria me frustrado menos por saber o caminho mais eficiente ao redor do castelo.

eu espero que aria of sorrow seja tão bom quanto falam, porque essa linhagem de metroidvanias para gameboy advance não tá sendo tão interessante quanto eu pensei que seria.

obviamente uma obra feita com mentalidades mais modernas que a original, exibindo até umas sensibilidades de rpgs modernos, como a interação entre os companions durante a gameplay, o que torna o tom um tanto destoante por ela começar IMEDIATAMENTE após a cutscene final do primeiro baldur's gate se você estiver jogando a enhanced edition. tendo dito isso, até que foi divertido. o pessoal da beamdog claramente se importa bastante com a série e conseguiu espremer bastante da infinity engine pra poder executar algumas partes mais ambiciosas dessa expansão (curiosamente pegando até alguns sprites de icewind dale pra compor os cenários). eu gosto como as dungeons de side quests tem puzzles similares aos da durlag's tower, uma das partes mais legais da expansão do primeiro jogo. e eu gosto da caelar argent como personagem. eu acho as motivações delas interessantes e o twist dela foi até legal.

ok. hora de ser meio escrota e discutir política. foi mal:
a personagem trans foi ok. é passável como uma história não ofensiva. mas é tão claramente obra de uma pessoa cis tentando imaginar uma narrativa sem realmente saber o que se passa na nossa cabeça que é um pouco engraçado. não sei se conheço alguém que teria muito carinho por um amuleto referenciando seu nome morto, mesmo estando ao lado do seu nome atual, mas é a busca por este amuleto que é o catalismo para a única caixa de diálogo que revela diretamente a sua transgeneridade. eu admito pode ser uma coisa da minha bolha, mas eu não imagino que a escritora dessa parte conheça mais de uma pessoa trans, e parte de mim tende a questionar quando pessoas cis demonstram interesse em escrever esses tipos de narrativa ao mesmo tempo que não aparentam tanto querer executar uma pesquisa, ou querer dar algo pra personagem que não seja intrinsecamente ligado ao seu gênero. qualé, tem uma infinidade de coisas na minha existência que vão além de eu ser trans. eu me senti mais representada dando uma cinta de troca de sexo pro minsc (eu removi a que estava no khalid) pq eu sou literalmente o minsc mulher. eu acho. francamente toda a controvérsia que veio sobre isso me deixa tão cansada. foi uma personagem que aparece no meio da história, some depois de umas falas, e nem é bem pesquisada, e ainda assim teve todo esse escarcéu. porra. arruma um emprego

engraçado como baldur's gate me faz querer falar sobre política. eu literalmente tento não engajar na maior parte do tempo mas nos dois jogos que eu decidi fazer review acabou que eu quis discutir isso um pouco. enfim. eu até gostei de siege of dragonspear apesar de perder um pouco da simplicidade do primeiro título e de ser um pouco mais linear, mas isso não arruína a experiência. só não supera a minha apreciação pelo rural pitoresco de baldur's gate 1.

o tommy tallarico tem um crédito nesse jogo como "aparição especial". ele nem fez uma música pra esse jogo ele só aparece nele. ele nem fez o "oof"! ELE NEM FOI O PRIMEIRO AMERICANO A TRABALHAR EM "SONIC"! a mãe dele tá tão orgulhosa

os bosses desse jogo são bem melhores que o do primeiro, o que já é um grande avanço. a adição de habilidades mágicas conseguem deixar o o jogo mais complexo mas sem perder a simplicidade que tornou a série tão interessante para começo de conversa, além de todas elas serem bem utilizadas e criativas. eu gosto de virar um roo e ficar pulando por aí e ver as interações que os monstros tem comigo. as dungeons logo no começo são estupidamente elaboradas mas a progressão delas não é tão sofrida (apesar que eu pesquisei mapas online). foi divertido jogar os dois primeiros ys. eu provavelmente não vou jogar nenhum outro ys. (talvez ys origins? talvez.)

kirby realmente consegue me ganhar com a estética das animações e das criaturinhas. eu gosto desse jogo aqui, e o estilo dele acabou de me segurar em uma viagem bem longa de ônibus então créditos pra ele! só queria que os jogos tivessem uma chance de serem mais elaborados por serem bem curtos aqui. enfim. kirby é lindo.

joguei através do parsec no computador da minha amiga e achei divertido o multiplayer, por mais caótico, desorganizado e mal cozinhado que seja. os chefes são bem ruinzinhos, em especial o último deles, mas a estética é bem bonitinha e eu até gosto das fases especiais de coleta de esmeraldas. não me sinto confortável em dar uma nota pq minha conexão ao parsec tava meio ruim (o que causa umas engasgadas durante a fase) e o modo multiplayer é meio insano demais para eu conseguir avaliar se eu gostei do level design ou não, mas tendo dito isso se você veio aqui dar nota baixa pra esse jogo enquanto deu 5 estrelas para super mario wonder é exatamente assim que o mundo vê você: 🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓

esse aqui foi bem broxante. o primeiro jogo que deu continuidade ao design de symphony of the night deveria ser mais inspirado que isso, mas é só o sistema de cartas que é interessante, e ainda assim, ele está conectado com uma das minhas maiores frustrações com esse jogo: só é possível coletar cartas, poções de cura e antídotos através de drops aleatórios de inimigos. e a drop rate desse jogo é insuportavelmente pequena, algo que eu tenho CERTEZA que foi feito pra inflar artificialmente a dificuldade, mas que acaba também tornando a interação do jogador com o sistema mais interessante desse jogo dependente de sorte.

fora isso, esse jogo não tem swag NENHUM, o que pra um castlevania é um crime completo. os designs de todos os personagens são fraquíssimos, o que diabos é aquele vestido estúpido que a camilla usa? eu não me importo nem um pouco com o drama do protagonista com o coleguinha bravo dele. eu nem to mais irritada com esse jogo, tudo que eu tenho para ele é apatia. e francamente, isso é bem pior.