eu virei líder de sindicato. obrigada boss bebê

obviamente um jogo bem melhor que circle of the moon, mas eu não me sinto com tanta vontade de finalizar ele. explorar o castelo é um tanto frustrante, e a trilha sonora repetitiva e enjoada torna a experiência menos agradável ainda. o que é uma pena! a história é interessante, e o sistema de elementos afetando as sub weapons é divertido de experimentar, mas ao contrário de symphony of the night, onde as frustrações foram lindamente ultrapassadas pelos pontos altos do jogo, harmony of dissonance acaba não tem o mesmo resultado. honestamente, o maior problema dos castlevanias medianos dessa era é que eles são bem mais longos que deveriam ser. o howlongtobeat implica que esse jogo pode ser zerado em 7 a 8 horas, o que é bem engraçado considerando que eu atingi 12 horas de gameplay até decidir que talvez eu devia jogar algo que me agrade mais. talvez se eu tivesse jogando com um guia eu teria me frustrado menos por saber o caminho mais eficiente ao redor do castelo.

eu espero que aria of sorrow seja tão bom quanto falam, porque essa linhagem de metroidvanias para gameboy advance não tá sendo tão interessante quanto eu pensei que seria.

obviamente uma obra feita com mentalidades mais modernas que a original, exibindo até umas sensibilidades de rpgs modernos, como a interação entre os companions durante a gameplay, o que torna o tom um tanto destoante por ela começar IMEDIATAMENTE após a cutscene final do primeiro baldur's gate se você estiver jogando a enhanced edition. tendo dito isso, até que foi divertido. o pessoal da beamdog claramente se importa bastante com a série e conseguiu espremer bastante da infinity engine pra poder executar algumas partes mais ambiciosas dessa expansão (curiosamente pegando até alguns sprites de icewind dale pra compor os cenários). eu gosto como as dungeons de side quests tem puzzles similares aos da durlag's tower, uma das partes mais legais da expansão do primeiro jogo. e eu gosto da caelar argent como personagem. eu acho as motivações delas interessantes e o twist dela foi até legal.

ok. hora de ser meio escrota e discutir política. foi mal:
a personagem trans foi ok. é passável como uma história não ofensiva. mas é tão claramente obra de uma pessoa cis tentando imaginar uma narrativa sem realmente saber o que se passa na nossa cabeça que é um pouco engraçado. não sei se conheço alguém que teria muito carinho por um amuleto referenciando seu nome morto, mesmo estando ao lado do seu nome atual, mas é a busca por este amuleto que é o catalismo para a única caixa de diálogo que revela diretamente a sua transgeneridade. eu admito pode ser uma coisa da minha bolha, mas eu não imagino que a escritora dessa parte conheça mais de uma pessoa trans, e parte de mim tende a questionar quando pessoas cis demonstram interesse em escrever esses tipos de narrativa ao mesmo tempo que não aparentam tanto querer executar uma pesquisa, ou querer dar algo pra personagem que não seja intrinsecamente ligado ao seu gênero. qualé, tem uma infinidade de coisas na minha existência que vão além de eu ser trans. eu me senti mais representada dando uma cinta de troca de sexo pro minsc (eu removi a que estava no khalid) pq eu sou literalmente o minsc mulher. eu acho. francamente toda a controvérsia que veio sobre isso me deixa tão cansada. foi uma personagem que aparece no meio da história, some depois de umas falas, e nem é bem pesquisada, e ainda assim teve todo esse escarcéu. porra. arruma um emprego

engraçado como baldur's gate me faz querer falar sobre política. eu literalmente tento não engajar na maior parte do tempo mas nos dois jogos que eu decidi fazer review acabou que eu quis discutir isso um pouco. enfim. eu até gostei de siege of dragonspear apesar de perder um pouco da simplicidade do primeiro título e de ser um pouco mais linear, mas isso não arruína a experiência. só não supera a minha apreciação pelo rural pitoresco de baldur's gate 1.

o tommy tallarico tem um crédito nesse jogo como "aparição especial". ele nem fez uma música pra esse jogo ele só aparece nele. ele nem fez o "oof"! ELE NEM FOI O PRIMEIRO AMERICANO A TRABALHAR EM "SONIC"! a mãe dele tá tão orgulhosa

os bosses desse jogo são bem melhores que o do primeiro, o que já é um grande avanço. a adição de habilidades mágicas conseguem deixar o o jogo mais complexo mas sem perder a simplicidade que tornou a série tão interessante para começo de conversa, além de todas elas serem bem utilizadas e criativas. eu gosto de virar um roo e ficar pulando por aí e ver as interações que os monstros tem comigo. as dungeons logo no começo são estupidamente elaboradas mas a progressão delas não é tão sofrida (apesar que eu pesquisei mapas online). foi divertido jogar os dois primeiros ys. eu provavelmente não vou jogar nenhum outro ys. (talvez ys origins? talvez.)

kirby realmente consegue me ganhar com a estética das animações e das criaturinhas. eu gosto desse jogo aqui, e o estilo dele acabou de me segurar em uma viagem bem longa de ônibus então créditos pra ele! só queria que os jogos tivessem uma chance de serem mais elaborados por serem bem curtos aqui. enfim. kirby é lindo.

joguei através do parsec no computador da minha amiga e achei divertido o multiplayer, por mais caótico, desorganizado e mal cozinhado que seja. os chefes são bem ruinzinhos, em especial o último deles, mas a estética é bem bonitinha e eu até gosto das fases especiais de coleta de esmeraldas. não me sinto confortável em dar uma nota pq minha conexão ao parsec tava meio ruim (o que causa umas engasgadas durante a fase) e o modo multiplayer é meio insano demais para eu conseguir avaliar se eu gostei do level design ou não, mas tendo dito isso se você veio aqui dar nota baixa pra esse jogo enquanto deu 5 estrelas para super mario wonder é exatamente assim que o mundo vê você: 🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓

esse aqui foi bem broxante. o primeiro jogo que deu continuidade ao design de symphony of the night deveria ser mais inspirado que isso, mas é só o sistema de cartas que é interessante, e ainda assim, ele está conectado com uma das minhas maiores frustrações com esse jogo: só é possível coletar cartas, poções de cura e antídotos através de drops aleatórios de inimigos. e a drop rate desse jogo é insuportavelmente pequena, algo que eu tenho CERTEZA que foi feito pra inflar artificialmente a dificuldade, mas que acaba também tornando a interação do jogador com o sistema mais interessante desse jogo dependente de sorte.

fora isso, esse jogo não tem swag NENHUM, o que pra um castlevania é um crime completo. os designs de todos os personagens são fraquíssimos, o que diabos é aquele vestido estúpido que a camilla usa? eu não me importo nem um pouco com o drama do protagonista com o coleguinha bravo dele. eu nem to mais irritada com esse jogo, tudo que eu tenho para ele é apatia. e francamente, isso é bem pior.

um ótimo classicvania que puxa umas coisas boas de castlevania 3 sem as restrições gráficas e de performance do nintendinho. eu pensei que ia fazer só alguns dos finais e deixar por isso mesmo mas acabei gostando o bastante pra tentar pegar todas as conquistas (UPDATE: PEGUEI TODAS!). abaixei um pouco a nota porque as rotas que só usam o zangetsu não oferecem um gameplay tão engajante quanto as outras, mesmo com todos os poderes desbloqueados. essa reclamação se triplica na rota que você joga com ele sem nenhum poder pelo jogo inteiro. foram as únicas partes que eu tive de ligar o modo casual para eu pelo menos conseguir terminar. mesmo com essa vírgula eu diria que se você gosta de castlevania 3 você provavelmente vai tirar um proveito desse aqui.

um remake de rondo of blood só que ruim lixo e ruim. em um mundo justo o turbografx teria descido tanto a porrada no super nintendo que eles não teriam outra opção senão renomear super mario world para super waluigi sexy time. eu não sei onde eu tô indo com esse exercício mental

em uma noite de junho de 2023, eu pensei "caramba, eu devia jogar symphony of the night pela primeira vez pra ver como ele é". depois de pesquisar um pouco sobre o jogo eu descobri que ele é uma sequência de rondo of blood e que ele pega um pouco de influência de dracula's curse, então eu talvez devia jogar eles também né. enfim, quando eu percebi era 4 da manhã e eu estava baixando todas as roms dos castlevanias clássicos enquanto lia uma wiki falando sobre as timelines da série. por mais que todo esse trabalho pareça ser desnecessário, depois de chegar no final de symphony eu devo dizer: valeu a pena. ter o contexto da franquia ressaltou o quanto esse jogo é uma carta de amor para os títulos anteriores (e canônicos) da série.

do primeiro jogo, temos o jogo inteiro se passando no imenso castelo do dracula. do segundo jogo, temos a exploração não-linear e as soluções ocasionalmente obtusas, do terceiro temos a elaboração do personagem alucard, introduzido em dracula's curse e protagonizando symphony após acordar de um sono de 321 anos. finalmente, de rondo temos a arte elaborada, o plot e os protagonistas servindo como coadjuvantes. symphony of the night eleva todos esses elementos de forma tão potente que acaba se tornando algo diferente, ao mesmo tempo que familiar.

essa sensação tornou minha experiência quase que nostálgica, mesmo comigo não sabendo de quase nada sobre a série 4 meses atrás. eu amo symphony mesmo com uns problemas que eu tive: os momentos obtusos são meio frustrantes, o posicionamento dos inimigos ás vezes pareceu estar no piloto automático, a reviravolta no terceiro ato é interessante mas acaba estendendo essa parte um pouco demais, ao ponto que quase metade do meu tempo nesse jogo foi nessa parte, ao mesmo tempo que a falta de cutscenes meio que deixam esse trecho narrativamente murcho. isso até o confronto final, onde a história consegue em pouco tempo recuperar o folego e trazer uma conclusão muito boa. não tem problema que a tradução é meio esquisita, ela consegue transmitir muito bem a atmosfera gótica camp, e oferece ótimos momentos em seus diálogos.

"You claim to love the darkness. Go then and dwell there for all eternity!" meu deus alucard. ninguém tinha me avisado que você é tão legal assim.

eu amo esse jogo. a história, os belos cenários 2D e o uso de 3D em alguns detalhes como uma torre vista em um trecho do castelo, os controles e animações do alucard são mecanicamente e esteticamente excelentes, a Ayami Kojima completamente obliterou qualquer outro design de personagem dessa série devido à sua habilidade divina de desenhar bishounens e bishoujos maravilhosos e ricos em detalhes, o castelo é bem gostosinho de se explorar devido à maneira que as salas são conectadas através de suas ramificações.

talvez eu encontre metroidvanias melhores. mas castlevania sempre teve essa atmosfera gótica, recheada de elementos religiosos juntos de monstros esquisitos, e poucas coisas tem essa estética. então essa série sempre vai ter um lugar especial no meu coração por isso. também ajuda que todos os castlevanias que eu completei são jogos MUITO bons. vamos ver se isso vai mudar com os próximos que eu quero jogar.

admito que minhas intenções ao experimentar “baldur’s gate” (1998) pela primeira vez eram puramente vindas de um interesse histórico: já tinha observado de perto o ancião “wasteland” e queria fazer o mesmo com um dos jogos responsáveis por dar nova vida ao gênero crpg, junto do fallout original. pensei que iria jogar por um tempinho, fazer graça com as regras estúpidas da segunda edição de dungeons and dragons (não vou entrar em detalhes aqui mas vai por mim, são estúpidas) e parar logo em seguida. tenho que dar esse mérito para “baldur’s gate”: ele é engajante. a experiência grudou de uma forma que eu não esperava. os cenários rurais pitorescos são deliciosos de explorar, as quests são interessantes e a atmosfera é muito cativante, por mais que muitas vezes os conteúdos são espalhados de forma dispersa em um mapa. eu nunca tinha jogado um jogo do estúdio bioware, mas “baldur’s gate” me deu um interesse pelo catálogo da empresa.

algo na narrativa que me surpreendeu foi o quanto que esse jogo possui um viés político bem específico para a época. assim como “fallout 2" fez críticas bem apontadas à propaganda anticomunista norte-americana, o conflito principal de “baldur’s gate” apresenta em seu antagonista uma figura militarista tentando ganhar poder através de um plano que usa da xenofobia e pânico moral para forjar uma crise de recursos ao mesmo tempo que tenta ao máximo personificar o mito do “grande homem”, algo que todo direita-facistóide eventualmente tenta executar em sua carreira miserável. estou dizendo que bolsonaro é uma cria de bhaal, o deus do assassinato? sim. (gravação vazada de jair bolsonaro após comicamente perder as eleições de 2022.)

esse elemento da narrativa é algo que se mantém relevante mesmo nas duas décadas que se passaram após o lançamento do jogo original, ao ponto de que se fosse lançado hoje em dia seria recebido com ódio fervoroso pelos mesmos supostos fãs da série que fizeram campanhas de assédio aos desenvolvedores após a expansão “siege of dragonspear” (2016) introduzir uma personagem trans. se você for jogar “baldur’s gate” utilizando a “enhanced edition” (que é a única versão disponível na steam hoje em dia), eu te imploro: baixe o mod com as cutscenes originais. não tô nem aí se você não gosta de fmvs antigas: elas são melhores que as versões novas

falando em dragonspear eu dei uma cinta de trocar o sexo pro khalid e depois dela ter virado uma garota trans ela ficou insanamente mais forte. claramente não foi coincidência é isso que aconteceu comigo

2000

eu: "eu até gosto de nox, mas esse jogo seria bem melhor se eu pudesse me tornar serva da vilã principal"
mari: "você fala isso sobre muitos jogos"

ela me conhece tão bem

um fangame com artes muito boas, conceitos interessantes de gameplay e que consegue manter bem o humor por umas 4 horas. se fosse só isso tudo bem mas aí depois do chefe final o jogo começou a virar uma fanfic séria de touhou que parecia estar sendo completamente genuína em tentar me fazer sentir algo? eu amo touhou e tenho certeza que os criadores também, mas até eu me senti desconectada o bastante pra não querer jogar mais (eu to tendo paciência até pro maldito gacha de touhou. se esse jogo não conseguiu me manter mesmo depois de uma homenagem à "cirno's perfect math class" foi demérito do jogo mesmo).

eu não entendo exatamente qual era a ideia por trás da mudança do tom, e até que eu entenderia se isso fosse em si uma piada maluca e arriscada, mas a inconsistência tonal me incomoda bem menos que a inconsistência de qualidade. a partir do momento que ele começa a ser mais sério ele perde muito do seu charme e começa a ficar só cansativo. o que é uma pena!! a experiência até então foi boa. a queda que foi forte demais.