Uma aula de que simplicidade em narrativa pode ser muito algo muito bom.

KILLER IS DEAD, um dos jogos, talvez mais "esquecidos", do renumerado criador SUDA51., e praticamente o primeiro jogo de sua carreira que eu já joguei até agora.

Admito que foi uma baita experiência, em relação a parte mais estética e técnica do jogo. Começando pela estética que é deslumbrante de tão interessante e bonito que é, seja em cenários, ambientação, fotografia, modelagem de inimigos e de personagens, é tudo único e lindo de se reparar. A direção do jogo, em diversos momentos é uma aula de CINEMA, seja em cutscenes ou em momentos de gameplay que a câmera fica fixa em algum ponto. O SUDA51 sabe como demonstrar seu jeito de fazer as coisas serem tão interessantes (as cenas de ação que ele faz é fenomenal).

A narrativa do jogo, como eu disse antes, é simples e rasa, mas não significa que seja ruim. O jogo carrega muitas sutilezas em seus detalhes, em seus diálogos e personagens. Talvez eu tenha usado a palavra errada ao me referir que é uma narrativa rasa, ele usa de uma estrutura 'rasa', onde só parece ser um jogo de ação genérico, mas ali... com o decorrer do game, se percebe uma narrativa além do que ele tenta passar e isso acaba trazendo uma imprevisibilidade na história. Quando se zera pela primeira vez, você perde tanta coisa importante nos diálogos, mas quando vê uma segunda vez, tava tudo ali, mas com outro significado. O ritmo da história e missões principais são muito boas e divertidas, ele tem um tom de humor, KILLER IS DEAD sabe que é um jogo de ação meio escrachado, então ele brinca muito com isso, seja quebrando a quarta parede ou fazendo umas piadas meio no-sense.

Depois de tanto elogio da narrativa do jogo e da parte técnica, o mesmo não pode se dizer pro restante do game.

Falando ainda sobre uma parte narrativa, temos as missões secundárias do jogo, que são basicamente fases variantes das missões principais, mas com outros objetivos, sendo estes resumidos a: pegue um objeto e volte, pegue um determinado número de objetos e volte, mate todos os inimigos e........ enquanto eu digitava isso, já tinha ficado com preguiça, pois é isso que essas missões são, elas são chatas, preguiçosas e comparando com o ritmo divertido que é fazer as principais, as secundárias tem um efeito completamente o contrário, onde a recompensa por elas, sinceramente, quase não vale a pena.

O jogo tem uma mecânica hack'n'slash, mas que pra mim, não é um hack'n'slash bem feito. É somente um esmaga botões, mas precisamente, você so esmaga um botão. Sabe aquela piada do só aperta QUADRADO? então... é basicamente isso. O jogo não tem muitas variedades de combate para se realizar, é muito preso, mesmo com uma arma ou outra que o personagem tem, o que é uma pena, pois os controles do jogo são excelentes, são refinados, é rápido e funciona muito bem, mas o hack'n'slash não compensa, e se ele não compensa neste tipo de jogo, então pra mim, o fator replay não compensa também. Então eu só zerei o jogo uma vez, tentei jogar em uma dificuldade mais alta pra ver se eu tentava algo mais, se eu tentava fazer 100% das conquistas na Steam, mas eu não senti nem um pouco de necessidade e só parei (mas só na gameplay, a narrativa eu vi por uma segunda vez depois de zerar e valeu muito a pena, assim como eu disse anteriormente). Outra coisa que atrapalha muito a gameplay de combate, é a câmera, que não é tão livre, então às vezes ele da uma bugada e te confunde na hora de bater nos inimigos e até nos bosses do jogo.

Eu joguei o jogo com a dublagem em japonês, porque pra mim, pro estilo do game é o que faz mais sentido, mas o estúdio parece que não se incomodou em fazer a sincronização das falas dos personagens em japonês. O lip sync é muito atrasado em diversas cenas, em alguns momentos tem como ouvir as vozes em inglês. Não é exatamente um ponto negativo pra mim, não atrapalhou muito, mas eu só achei curioso eles terem feito isso.

E a trilha sonora? ela existe..... pra mim, não foi nada muito especial ou marcante (sinceramente, acho que não dou nem um mês pra me esquecer das músicas desse jogo).

Essa foi minha primeira experiência com o SUDA51.... uma boa narrativa, por mais que o jogo tenha os estereótipos de "ANIME", o game quebra isso sabendo disso e faz coisas interessantes. Pena que a gameplay e outras funções do jogo não acompanham os pontos positivos do game.

Welcome to Silent Hill!

Acho que genuinamente, esse foi um dos jogos que mais me deu medo, mesmo sendo já um jogo "DATADO".

A primeira coisa que mais me encantou foi a atmosfera do game, quem já jogou a intro, provavelmente vai saber do que to falando. É impossível NÃO se sentir imersivo e assustado só com aquela intro. Tudo é muito estranho, pois o personagem já chega em uma cidade totalmente sem presença de qualquer ser humano comum e com uma neblina tão intensa que não te permite ver nada, o personagem e a gente já ta mais perdido do que cego em tiroteio, enquanto você persegue o que você acha ser uma pessoa. Sempre fui apaixonado pelo gênero de terror, ainda mais aqueles que exploram um desconhecido tão absurdo que nem é retratado aqui. Uma mistura de obras do Stephen King (como O Nevoeiro por exemplo, servindo como inspiração pro game). Talvez por isso que, mesmo com uma hora de jogo, eu já estava apaixonado por aquele clima e a tensão que o jogo passava mesmo nas Safe Zones, eu já estava desesperado pra sair daquela cidade e ter paz. Os cenários são horripilantes, e capazes de arrepiar todos os cabelos do corpo.

A trilha sonora contribuiu muito também para a imersão... sem brincadeira, acho que não tem uma música ruim ou medíocre nesse jogo, todas são nível BOM pra cima (uma pena não ter nem metade delas disponível em plataformas de música). Destaque para a música "Not Tomorrow", que toca em uma respectiva cena do jogo e que te faz entrar na maior tristeza do mundo (estou escutando ela agora enquanto escrevo isso, admito... estou arrepiado). Akira Yamaoka foi quem fez não só a trilha desse jogo, mas parece que também fez dos próximos três jogos da franquia, eu não ouvi muito, mas do pouco que já experimentei, digo sem tremer, que esse cara é um gênio.

O contexto da narrativa é simples, uma pessoa pela qual você se importa desaparece no meio da cidade e naquela neblina, e você tem que salvá-la e ir embora. A partir dai a história vai se desestruturando com elementos sobrenaturais. Não quero me adentrar muito, justamente para evitar spoilers, mas é muito interessante todo o desenrolar da narrativa, tem muita interpretação e o ritmo é constante, só teve dois momentos que eu senti uma enroladinha que foi a parte dos ESGOTOS (quem jogou talvez entenda do porque pra mim, essas partes prejudicarem o ritmo da gameplay e história). A narrativa por mais que seja interessante e excelente, ela ainda tem um problema que é a falta de informação que o jogo fornece. Existem elementos importantes que vão simplesmente passar batido pelo jogador, não importa quantas vezes você zere, o que acaba impossibilitando alguém de usufruir 100% das camadas que a narrativa apresenta, e foi justamente o que aconteceu comigo, às vezes parece que o jogo deixa mais perguntas do que responde, até mesmo contexto e background de alguns personagens são deixados de lado até o final. A pessoa que zerou e se interessou pelo jogo, tem que fazer um puta TCC pra adentrar de fato na história (o problema é que também tem muita desinformação espalhada pela internet sobre o enredo desse jogo, inclusive canais grandes do youtube contando a história de uma maneira totalmente errada), o que pode desmotivar um pouco a pessoa em querer entender mais desse jogo, o que é uma pena, pois é um jogo que tem muito conteúdo pra explorar, pra ler e etc. Existem algumas conveniências de roteiro, que eu entendo que a função deles é pra fazer a história ir pra frente, mas é bem mal feito, e alguns diálogos chegam a ser bem estranhos (a atuação medíocre meio que colabora um pouco para esses diálogos estranhos).

A gameplay do jogo é travada, seja em movimentação, câmera, combate... tudo que envolve a gameplay. A mecânica é semelhante/quase igual aos jogos Survival Horror da época.

A parte técnica do jogo em relação a sound design é decente, mesmo pros dias de hoje, e a direção das cutscenes também não ficam muito pra trás. Falando nas cutscenes, eu elogio e muito as cenas CG desse jogo, por mais que sejam antigas, ainda é legal de ver, é um trabalho bem feito (pra época que foi lançado deve ter sido o ápice).

Acho legal o fato do jogo ser quase um "MUNDO ABERTO" entre muitas aspas. O jogo tem muito lugar pra explorar, lugares que eu inclusive nunca nem vi durante as minhas duas runs, que quando eu vejo que existem eu acabo nem acreditando. Os desenvolvedores se dedicaram muito pra manter uma cidade interessante de se explorar, mas que acaba não te encorajando o suficiente pra tal ato, principalmente perto da segunda metade jogo onde você segue somente um caminho e não tem muito como explorar o mapa por conta de limitações.

Os puzzles são de altíssimo nível e criativos e por mais que eu goste de solucionar, eu sou simplesmente horrível fazendo isso, então admito que usei um guia pra passar de alguns puzzles do game (ressaltando, o fato de eu ter usado o guia não foi demérito do jogo, eu só sou muito ruim em puzzles).

O fator replay do game é alto, o motivo principal é pela história do jogo, onde você tenta jogar mais vezes pra tentar achar mais pistas e entender mais da história e simbolismos, e também pra explorar áreas antes que você não viu (como eu disse antes, o próprio jogo não colabora pra isso)

Minha primeira experiência com Silent Hill que eu tive em toda a minha vida e eu simplesmente não sabia nada do jogo ou da franquia em si, fico grato por finalmente ter tido a oportunidade de jogar. Foi agradável, o que é irônico pra um jogo de terror que tenta te deixar desconfortável. Silent Hill deve ser uma das franquias na qual eu sempre tive muita curiosidade de tentar, mas eu tinha uma extrema preguiça de jogar, pois sabia que a única maneira que tinha, seria através de emuladores e eu nunca tive muita paciência pra mexer com esses programas, mas eu deixei essas frescuras de lado e decidi dar uma chance.... que bom que aconteceu.

PS: não é querendo dizer nada não, mas assim, um remake desse jogo acho que seria mais bem-vindo do que o do 2....

Um dos jogos mais completos que eu devo ter jogado em toda minha vida até agora.

Eu já tinha ouvido elogios absurdos sobre Silent Hill 2, mas nunca me aprofundei pra saber tanto, justamente pra não atrapalhar minha experiência com o jogo. Esses elogios com certeza não são um exagero, o jogo de fato é especial.

A atmosfera continua incrível e agora com a tecnologia que o PS2 proporcionou pra equipe de desenvolvimento, acabou trazendo mais vida para a neblina que nos acompanha durante todo o game. Diferente do primeiro, desde o início da pra sentir algo muito maior do que somente medo ou tensão, tudo é muito melancólico, dramático e desconfortável. O game te conta uma história através desses sentimentos, por cada cenário que você passa tem uma história, assim como cada monstro, linhas de diálogos, documentos, tudo se complementa, tudo tem uma história que retrata os personagens da forma mais sutil. Diferente do primeiro jogo, onde eu reclamo que existe uma falta de informações no game, nesse é o contrário. O jogo faz questão de dar todas as informações necessárias para a compreensão da narrativa, mas não joga tudo completamente na sua cara, tudo é questão de prestar atenção, explorar o mapa e interpretar (e mesmo assim tem doido que espalha desinformações a rodo pela internet achando que entendeu o game). O game é um dos mais completos que eu já vi, até mesmo uma "DLC" que só tem 1 hora de duração, consegue ter tantos detalhes incríveis e que só acrescenta mais pra história principal. O fator replay desse jogo é muito alto e jogar uma segunda vez, sabendo de tanta coisa, pegando todos os mini detalhes que você deixou passar de primeira traz uma riqueza maior ainda pra narrativa. O jeito como um player joga pode alterar completamente todo um final, além de também mudar algumas utilizações de itens chaves pra história do jogo, todos esses detalhes só transforma Silent Hill 2 em uma experiência definitiva do que é videogame.

O desenvolvimento do protagonista é um dos melhores que eu já vi em mídia no geral. Todo o debate que gira em torno dele, toda a relação que ele tem com a história e com outros personagens, incluindo com a cidade... é um negócio de maluco, é fenomenal como a equipe do jogo fez isso.

Quem for olhar o making of do jogo, sabe o quanto a equipe tava realmente comprometida em trazer uma das melhores experiências que dava pra ter naquela época e não falo só da equipe de desenvolvimento, também falo dos atores que deram a vida pelos personagens ou até mesmo o lendário Akira Yamaoka que faz a trilha sonora. Todo mundo estava devidamente comprometido.

A exploração do mapa melhorou bastante, você se sente mais motivado a explorar cada canto dos mapas e diferente do primeiro jogo onde se torna inviável explorar a partir de certo ponto da história, aqui no segundo é mais tranquilo.

As mecânicas continuam as mesmas do primeiro jogo, mas eles deram uma atenção especial pros puzzles. Se no primeiro, além de serem difíceis e criativos, no segundo toda a dinâmica de puzzle muda. A cada run, o jeito de solucionar cada puzzle muda pra cada jogador, então os documentos que você pegou pra fazer um determinado puzzle no seu jogo, pode conter informações diferentes na minha vez de jogar. Dependendo da dificuldade do jogo também, os puzzles se tornam mais difíceis o que gera resoluções mais randomizadas ainda. Os puzzles aqui estão mais criativos do que nunca, mais do que o primeiro inclusive.

A direção do jogo continua sendo acima da média, assim como a trilha sonora. A atuação no inicio pode parecer meio estranho, mas devido a alguns problemas na época envolvendo o trabalho de áudio, acabou que deixou dessa maneira meio estranha (também é dito que os atores não recebiam exatamente detalhes sobre o que era pra fazer por parte da direção que era meio inexperiente com motion captures na época). Como dito antes, a trilha sonora é espetacular e aqui vai mais uma indicação de música: Theme of Laura (acho que é uma das melhores que já ouvi).

A movimentação ainda é aquela de costume dos Survival Horrors antigos, somente deram uma refinada, mas ainda não é perfeito. A câmera do jogo não melhorou em nada, é muito limitado a ação de controlar ela e o combate é nada mais que OK.

Silent Hill 2 conseguiu me dar um sentimento que não sentia com um jogo há muito tempo, que é não conseguir parar de pensar no jogo mesmo depois de zerar. Eu passava horas no jogo sem cansar, apenas querendo mais. A minha experiência com Silent Hill 2 foi uma das melhores coisas que eu tive em anos com videogame e que abriu muito a minha mente, mesmo os problemas de gameplay, ainda são problemas pequenos que
da pra desconsiderar por conta de toda a grandeza do game. Pode vim o remake e espero que seja ou do mesmo nível ou até melhor.

PS: "In my restless dreams,
I see that town.
Silent Hill."

"I'll be waiting where all begins. In the town of Silent Hill"

Acho interessante o jeito como cada jogo dessa franquia até então aborda um aspecto diferente na utilização do terror.
No primeiro jogo, temos algo mais tenso ao enfrentar algo desconhecido;
No segundo, testemunhamos uma coisa mais melancólica e dramática;
E agora nesse terceiro, é simplesmente um terror mais frenético, onde não tem um segundo de paz sequer, ou seja, é uma porra louca insana (pro quarto jogo eu ainda não sei, mas eu chuto algo envolvendo mais um terror psicológico/onírico). A Team Silent (quem desenvolveu os jogos) não ficaram na mesma fórmula para executar o terror, eles sempre se mantiveram inovando a cada novo título, o que deixa muito imprevisível sobre o que pode acontecer ou os temas que irão retratar. Ás vezes até esqueço que todos esses jogos são sequenciais/se passam no mesmo universo, já que as histórias contadas são tão fechadinhos em cada título.

Como eu ressaltei antes, Silent Hill 3 possui uma outra maneira de abordar o terror, ousando em uma experiência mais agitada, isso é não só pela dificuldade do jogo, como também pela quantidade de inimigos e o quão difícil é de mata-los no combate em geral, seja com armas brancas ou de fogo (eu achei esse jogo o mais difícil até então). Os cenários acho que tem uma certa colaboração nisso tudo, assim como de costume da franquia, a maioria dos lugares dão uma sensação de claustrofobia enorme, entretanto os cenários e ambientação desse jogo, acho que são os melhores até então. É tudo muito grotesco e bizarro, lembra bastante o do primeiro jogo, principalmente na questão de ser uma loucura sem limites do tipo: você entra em um lugar e quando tenta voltar pro lugar onde estava antes ele some, ou até mesmo quando o cenário começa a dar uma sensação de vida e começa a mudar todo o ambiente e estrutura do lugar, sem contar nos momentos TROLLS. Parece que nada está verdadeiramente no controle e tudo pode acontecer da forma mais inesperada possível.

Os puzzles continuam presentes, mas aqui eu senti falta de um elemento que deixava a dinâmica da resolução de puzzles de uma maneira tão única pra franquia. Literalmente quase todos os puzzles desse jogo são sobre você descobrir senhas/números para abrir determinada porta ou algum compartimento e pegar algum item, só acrescentando que não são puzzles ruins, mas se comparar com os puzzles do primeiro e segundo jogo, eles são inferiores. Os antecessores de Silent Hill 3 tinham puzzles que eram relacionados ao enredo do game, fazia conexão com os personagens sempre de forma mais metafórica, mais interpretativa, acrescentavam na história dos jogos, porém aqui esse elemento se perdeu um pouco e se baseou somente a descobrir números.

Acho que nunca discuti isso aqui, mas eu não gosto muito da ideia de Silent Hill ter "BOSS FIGHTS". Eu acho que o conceito de BOSS FIGHTS não se encaixa muito com a proposta da franquia no geral , não é atoa que a maioria das batalhas contra esse tipo de inimigo não é tão boa e quando digo isso, não me refiro só nesse jogo, mas também me refiro tanto ao primeiro (principalmente) quanto ao segundo. Nesse jogo é ainda menos pior, aqui eu sinto que eles conseguiram desenvolver um pouquinho melhor, mas ainda me incomoda um pouco.

Os designs de monstros estão insanos e sinceramente acho que são os melhores da franquia até agora e também foram os que me causaram mais medo com toda certeza (e raiva também, porque putaquepariu tem uns bixo chato pra porra nesse jogo).

Um dos elementos que me agradou nesse jogo também foi a protagonista, a presença dela foi bem reconfortante, já que ela bem carismática, tem bastante personalidade e de certa forma um pouco irônica com algumas situações. A construção de personagem também é bem escrito e bastante interessante, mas sem querer entrar em detalhes pra não entrar em spoilers. Os personagens no geral são bons, mas a protagonista com certeza é a que mais se destaca.

Já cansei de rasgar elogios com a parte técnica da franquia, seja em direção, trilha sonora, gráficos (inclusive, os gráficos desse jogo acho que é um dos melhores que eu já vi em um PS2, muito bom), mas destaque aqui pro trabalho de som do jogo que é aterrorizante (não ironicamente) de boa.

Eu gosto da narrativa, acho que comparado com o segundo jogo, logicamente é inferior, mas esse tem o seu valor. Ele serve como um tipo de "retcon" (não sei se esse seria o termo certo) pro primeiro jogo principalmente, então tem muitas respostas de perguntas não respondidas, além de ter muitas comparações com situações parecidas do primeiro título. Ademais os diálogos são muito bem escritos também (como já de costume da franquia até então) e muito bem atuado (acho que é uma das melhores atuações da época do PS2 também).

Pra mim Silent Hill 3 tem seu valor, tanto quanto Silent Hill 2 tem, além de melhorar muitos aspectos do seu antecessor ele também traz uma aula de escrita e assim como o jogo anterior, ele também tem pequenos problemas, mas o jogo é tão especial que eu consigo passar o pano pra ele. Enfim, puta experiência satisfatória e falta somente mais um jogo pra completar essa quadrilogia, até então, maravilhosa.

Atualização: eu descobri que Silent Hill inicialmente não era pra ser uma quadrilogia e que o quarto jogo foi somente egoísmo da Konami..... então me corrigindo aqui: estou grato por ter jogado uma das melhores trilogias que já experimentei até então.

"Don't you think blondes have more fun?"

"Contemple-se!
Você não tem ideia de quem é essa COISA, não é?
O que isso SIGNIFICA? Que emoção você está tentando esconder?"

Acho que esse é um dos jogos mais difíceis que decidi de falar sobre e eu acho que é principalmente pela complexidade dele, isso no geral, como gameplay, narrativa e etc.

Eu passei um dia inteiro pensando: "O que KRLHS eu posso falar sobre ele sem que seja de uma maneira supérflua ou repetitiva?"
Juntando isso com o fato de que minhas habilidades analíticas não são lá essas coisas, eu fiquei contra a parede... assim como o protagonista de Disco Elysium fica confuso ao iniciar essa jornada, eu fico confuso sobre o que falar dela.

Preso nesse dilema, provavelmente falarei só o básico por aqui.

Acho que todos já estão cansados de ouvir o tanto de elogio que essa obra tem, e não é atoa não. É uma das melhores experiências, principalmente com investigação, que tem nessa mídia de jogos, isso eu não nego. O jogo te prende com a história e o jeito que ela é contada, principalmente em suas reviravoltas e seus diálogos muito bem escritos e desenvolvidos, sem falar em suas mecânicas que podem afetar profundamente e acarretar outras linhas de diálogo ou outras situações futuras. Eu quase ia esquecendo de citar, mas a principal mecânica dele é a rolagem de dados, assim como um RPG de mesa, onde dependendo de seus resultados nos dados podem ocasionar possibilidades que eu disse agora pouco, fazendo você ter que aprender a prosseguir com seus acertos ou, principalmente, com seus erros de escolhas, é muito bem feito. Existem pessoas que infelizmente vão abusar do LOAD quando algo der "errado" e na minha opinião o fato de dar LOAD em um save só porque não gostou de determinado resultado, pra mim estraga totalmente a essência do que essa mecânica quer te passar e não te faz aproveitar 100% do jogo, mas é só minha opinião, o jogo é de cada um, quem quiser dar LOAD ou quem faz isso, tranquilo, fica a vontade, como dito antes: o jogo é de cada um, então faz o que quiser com ele (isso eu falo não só de Disco Elysium, mas outros jogos em geral que tem essas mecânicas de "consequências de escolhas").

O trabalho de áudio disso aqui é incrível... todas as vozes são excelentes, principalmente a do "Narrador", e os efeitos de som também são muito bons. Acho que é um dos melhores que já ouvi.

Então, além de ter uma mecânica, de certa forma, envolvente; uma belíssima trilha sonora; estética/estilo de arte muito único e um universo muito bem construído, eu ainda tive alguns problemas pessoais na minha jornada com o game.

Disco Elysium, tem muitos temas centrados em política, o universo desse jogo é centrado nesse tema, e eu... sou muito, mas muito LEIGO, quando o assunto é política, e em muitos diálogos, esse é um assunto bastante recorrente. O que estou querendo dizer é: quando esses tipos de diálogos aconteciam, eu me desligava um pouco do jogo e por mais que seja legal ver que o mundo de Disco Elysium é bastante vivo, eu me sentia muito deslocado nessas conversas... e devo dizer que algumas dessas conversas são até importantes pra entender mais da história e personagens e mesmo não curtindo muito eu ainda me obrigava a ler, o que me cansava.

Falando em canseira, não sei se isso já é muita frescura minha, mas eu imagino que não seja só comigo que aconteceu.... mas o tanto de leitura que Disco Elysium tem, me fazia sentir tanto cansaço, o que também me tirava um pouco da imersão, fazendo eu pular muitos diálogos, principalmente nas quests secundárias.

As quests secundárias é outra pauta que eu quero esclarecer aqui.... eu acho elas: meio/meio. Tem muitas chatas, mas tem outras legais, isso eu achei bem equilibrado, então não fede tanto e nem cheira também.

Disco Elysium ainda pode ter tido seus problemas comigo, mas ainda é envolvente demais. O desenvolvimento que cada jogador pode trazer pro seu protagonista, as possibilidades de histórias... é tudo muito bem construído. As diversas situações que o jogo te coloca, sejam elas de tensão, paz, sentimentais e etc... sem falar nos diálogos com os personagens e os próprios personagens em si e a relação construída com cada um deles, é tudo feito de maneira muito orgânica.

Um extra aqui: eu até pensei em platinar a versão dele da Steam, mas não dá, acho que é uma das listas de conquistas mais chatas que já vi... boa sorte pra quem for tentar.

que desgraça é isso?

quem foi o filho dum arrombado que criou essa merda?

vaitomarnocu



Eis que os desenvolvedores do jogo são fãs de Devil May Cry e Berserk, assim fazendo um jogo unindo as duas obras.

Coincidentemente, essas duas obras são uma das minhas favoritas também, então... tecnicamente, jogar Soulstice seria unir o útil ao agradável. E o resultado?

Assim....

NÃO FOI NADA AGRADÁVEL......
MAS NEM UM POUQUINHO AGRADÁVEL.

Eu já esperava que Soulstice não fosse nada demais, mas que fosse pelo menos divertido de jogar. Sempre que eu olhava os trailers de gameplay, me passava uma lembrança da época do PS2, onde tinha aqueles jogos que surfavam na onda de Devil May Cry e God of War, aqueles bem cópias mesmo, só que com nomes diferentes, mas pelo menos... eram divertidos (que eu me lembre eram divertidos). E vendo Soulstice, me passou a relembrar esse sentimento, então pensei: "UAI, POR QUE NÂO JOGAR, NÃO É MESMO? NÃO DEVE SER TÃO RUIM"

Mas é bem ruim sim....

Começando pela duração do jogo, já que ele tem ai mais ou menos, de 16 a 18 horas de jogo (ele tem 25 capítulos no total), e OKAY é uma duração razoável pro gênero, o problema é a falta de ritmo que o jogo tem e a execução/dinamismo das fases. A maioria dos cenários são extremamente repetitivos e geralmente você passa uns dois a três capítulos no mesmo cenário, sem mudança alguma, com hordas de inimigos que não acaba e chega a cansar de enfrentar.

Na verdade, o termo "cansaço" é o que define bastante minha trajetória com Soulstice, talvez por isso que eu demorei tanto pra zerar. Os inimigos são extremamente chatos de enfrentar, a trilha sonora é esquecível, a história é simples e existe, mas ao mesmo tempo é ignorável (até porque a maioria dos grandes "PLOTS" do jogo, é completamente previsível e a narrativa se estende até demais pra tentar explicar algo), os puzzles são sempre os mesmos, as boss fights são extremamente fáceis, e os personagens da trama também não se ajudam (é sério, todos são esquecíveis pra mim, inclusive as protagonistas).

O jogo se estende demais pra uma história que nem tem muito pra o que oferecer, e ainda deixa um puta de um gancho no final (um gancho bem ruim inclusive) para uma continuação.

Poucas coisas se salvaram no jogo pra mim, como a ambientação, que realmente lembra muito Berserk e seu tema de Dark Fantasy, e o combate que é divertidinho e funciona pra um Hack and Slash, tem uma boa variedade de combos que da pra fazer.

Foi uma grande decepção pra mim, achei que seria algo legal e divertido, mas no final só me fez ficar cansado com o passar dos capítulos.

"We'll all fly away together..... one last time, into the forever and beautiful sky"

Primeiro jogo ZERADO de 2024 e não podia ser nenhum além desse. Um dos jogos que eu estava mais ansioso e mais enrolei pra jogar até então e finalmente tive acesso.

Aqui vai uma curiosidade sobre mim: Os Guardiões da Galáxia, desde o seu segundo filme pra ser mais específico, se tornaram o meu grupo favorito de heróis até então (ou seja, fodase Liga da Justiça, Vingadores, X-Men e etc.), então eu tenho uma relação muito especial com esse grupo maluco e desordenado e nunca imaginei que veria um jogo dessa magnitude pra esse grupo e ser de tanta qualidade.

Muitos falam que a história do jogo é melhor coisa que ele tem e eu discordo. A história não é ruim, longe disso, a história é maravilhosa. A narrativa desenvolve um tema de tentar superar e seguir em frente diante da morte de alguém importante pra eles, e admito que esse tema combina muito com os Guardiões, além de ser uma história que caberia fácil em um filme do grupo e ficaria muito bom (seria até diferente do que a gente ta acostumado hoje em dia pro padrão de heróis). Mas, voltando pro inicio do tópico, pra mim a melhor coisa do jogo inteiro, é as interações que os personagens tem (e também os personagens em si).

No jogo, eles são um grupo meio que recém formados, então eles não tem tanto respeito, intimidade ou até mesmo confiança uns com os outros ainda. O jogo faz questão de mostrar colocando diversos diálogos deles conversando entre si, sendo desde xingamentos até ideias de deixar outro membro pra trás ou expulsar alguém do grupo, até chegar o momento que eles realmente começam a se tratar como uma família, confiando e respeitando a importância que cada um tem naquele lugar, e é tudo desenvolvido de maneira bem orgânica, tem uma construção de desenvolvimento em suas relações sendo feita e é nitidamente visível. Então vê essas interações com o passar do jogo e a evolução de cada um pra mim foi a melhor coisa disparado. O que deixa melhor essas interações é a atuação, que por sinal achei que iria estranhar por estar acostumado demais com o elenco e as vozes originais dos filmes, mas não.... a escolha de elenco pra esse jogo ficou tão bom quanto.

Falando em diálogos, puta merda, que negócio bem escrito. E são bem escritos tanto em gameplay quanto em parte de cutscene/história mesmo. O jogo ainda possui uma funcionalidade com esses diálogos de influenciar certos rumos da história e que funciona muito bem. Não é nível de mudar a história totalmente que nem os jogos da Quantic Dream, mas também não é no nível dos jogos da Telltale. Dependendo de diálogos específicos ou até mesmo escolhas, ele muda os cenários que você passa em algum capítulo, faz certo personagem te ajudar ou não, muda a cena pós-crédito, adiciona ou remove personagens que era pra aparecer no final e etc... Enfim, essa função é bem executado e de certa forma é legal ver que a experiência vai ser diferente pra cada um que for jogar.

O combate não curti tanto, não que seja ruim, mas que de certa forma quando vai chegando na metade do jogo ele começa a ficar bem repetitivo e enjoativo, mesmo sendo um combate que funciona muito bem, só não fica tão divertido quanto nas primeiras vezes. Eu joguei no difícil e não é tão desafiador (devo ter morrido duas vezes o jogo todo).

Outra coisa que não curti foi o quão longo os capítulos vão ficando, e de novo começando da metade do jogo até o final. Parece que os capítulos começam a dar voltas e voltas pra te fazer chegar em um destino e com sessões de combate até demais e que duram muito tempo, então meio que a duração dos capítulos fez pra mim, o combate ter se desgastado um pouco.

Minha experiência com o jogo até o final ainda foi muito positivo, tive alguns bugs aqui e ali, mas eu amei cada segundo e nunca achei que um jogo dos Guardiões da Galáxia ficaria tão bom. Eu amo os filmes (o que eu chorei no terceiro não é brincadeira), ainda vou começar a ler os quadrinhos, mas do pouco que já vi parece sensacional, e o jogo ainda consegue ser um dos melhores jogos de heróis dos últimos anos (talvez até mesmo top10 ou top5).

Espero muito por uma sequência, o próprio jogo deixa muitos temas que podem ser explorados em um próximo (quem jogou e assistiu o segundo filme sabe o que eles podem fazer), com um combate melhorado, um bom refinamento pra não ter tanto bug e etc....

"These lips are sealed!"

Provavelmente o melhor jogo que a Telltale já fez em anos e também o mais diferente.

The Wolf Among Us carrega consigo uma história bem curiosa e interessante, principalmente com o fato de ser personagens já conhecidos dos contos de fada, mas apresentados de um jeito "melancólico" e "monótono". Os personagens não possuem as suas tão famigeradas riquezas ou castelos. As suas vitórias, derrotas e histórias agora não valem de nada, ou seja, tudo que vemos são personagens de fábulas famosas tendo que sobreviver na dura realidade, onde a vida está bem longe de ser um conto de fadas que sempre tem um final (de certa forma) feliz.

Artisticamente é de longe o melhor trabalho da Telltale, o jeito que eles utilizam as cores/iluminação/sombreamento, que combina muito com o estilo noir que eles trazem, passa muito uma sensação de ser um quadrinho animado mesmo ( pra explicar melhor, foi algo meio parecido com a sensação que o filme do Aranhaverso passa) e a direção ajuda muito também (acho que aqui eles fazem um trabalho melhor do que no The Walking Dead).

Infelizmente por ser um jogo da Telltale, ele acaba seguindo aquela fórmula muito saturada deles de contar uma história baseado nas suas escolhas e que..... provenhamos, não altera em literal quase NADA no jogo e como já de costume na maioria dos jogos da produtora, ele também passa essa falsa sensação de "sua escolha terá consequências pra narrativa", mas você ainda segue uma história já fixa e também um roteiro fixo. Entretanto, a narrativa e o ritmo dela ainda é muito boa, as reviravoltas e relação dos personagens são muito bem exploradas e também desenvolvidas. Uma pena o jogo ser tão curto, mas ainda consegue entregar bem o que ele quer passar e consegue trazer um bom desfecho pra história (AQUELE FINAL..... PUTA MERDA, UM FINAL DAQUELES BRINCA MUITO COM A ANSIEDADE, QUE FINAL BOM).

Depois de 10 anos finalmente teremos uma continuação e totalmente merecido. Por mais que seja possivelmente o melhor trabalho da Telltale, eu acabo não vendo muito gente falar sobre (talvez por isso a demora de uma sequência), mas fico feliz que temos novidades e pelo trailer PARECE TA LINDO DEMAIS e ainda MUITO ÚNICO ESTETICAMENTE (só espero que não passem adiante a fórmula cansada deles).

Extra: a trilha sonora é muito marcante e gruda fácil na cabeça.

Evil West é aquele joguinho pra desligar a mente e apenas ir jogando e aproveitando o combate, até porque:

De história ele não tem NADA;

Trilha sonora existe mas é esquecível;

Level design te deixa mais em desvantagem do que qualquer outra coisa (só Deus sabe quantas atrocidades falei xingando esse jogo por isso), principalmente contra hordas de inimigos e boss fights;

Sound design é zuado, principalmente a dublagem em momentos de gameplay, onde a voz fica abafada;

Os personagens são clichês e genéricos e suas expressões faciais são... travadas, simplesmente não existe emoção em seus rostos.

Entretanto... o combate e as mecânicas dele é tão gostosinho, que consegue te acompanhar e te levar até o final. Além de ter uma sensação boa de evolução, você realmente sente que ta ficando forte e isso me induziu a continuar.

A estética também é bem bonita, por algum fucking motivo combinar a temática de velho oeste com steampunk fica muito bom (se bem que quase qualquer outra temática com steampunk fica bom).

Os gráficos são legais, da pra apreciar junto da iluminação, mas... essa mesma iluminação, em algumas partes de combate também não ajuda muito pra esquivar de golpes ou atirar (ou então eu sou muito cego) .

Eu joguei o jogo no difícil, e PUTA QUE PARIU QUE JOGUINHO DO CAPETA ESSE... é bem desafiador, ás vezes é até meio desequilibrado, então exige certa concentração e até estratégia em algumas partes. O jogo te obriga a usufruir mais das mecânicas pra continuar jogando, mas até eu perceber isso... eu acabei tomando todo tipo de surra.

Eu ainda não testei o modo multiplayer, mas jogando com um amigo provavelmente vai ser mais divertido e não sei se ainda vou platinar o game. A lista de conquista do jogo é desafiador, mas não é tão chato... o problema pra mim, é só ter que jogar no modo mais difícil e nem por um caralho (la ele) que vou me estressar sozinho de novo, provavelmente vou tentar jogar no modo coop pra platinar o jogo....

Se for jogar sozinho, recomendo ir no normal pra passar o tempo, mas se for jogar coop, então recomendo jogar no difícil, onde pode gerar mais entretenimento.

"Would You Kindly?"

Como pode uma simples pergunta definir e moldar a trama de um jogo inteiro?

Acho que já é consenso geral que BioShock é um grande clássico da indústria, sendo até um dos mais diferentes mesmo nos dias de hoje. Um jogo que envelheceu super bem em QUASE todos os aspectos..... seja em:
atmosfera;
level design;
temática;
conceito;

Aquela puta atmosfera extremamente imersiva com um tom de terror em vários momentos;
Os mapas sendo bem gostosos de explorar cada cantinho que dava, a exploração em si já era muito viciante também;
A temática dos anos 50 bem estabelecida do início ao fim;
e tudo isso e mais um pouco com uma das melhores ideias originais que já vi sendo executado em jogo e tecendo as suas críticas políticas ao que seria o "American Dream" (pelo menos foi isso que entendi)... ou melhor o "Rapture Dream" e governos ditatoriais.

A história do jogo é muito rica, mesmo sendo bem sutil.... em quase nenhum diálogo ele é muito expositivo, ele não te entrega exatamente o que é aquele lugar ou o que aconteceu.... não existe tanta interação entre os personagens do jogo, então não da pra saber exatamente quem eles são ou suas intenções direito.... porém, tudo isso você só fica sabendo por arquivos de áudios espalhados pelo jogo, contando um pouquinho mais sobre diversas pessoas que viveram naquela cidade e testemunharam o RUIM e o "BOM" de Rapture, inclusive é somente nesses arquivos que você sente uma aproximação maior com alguns personagens importantes do jogo e me deixava curioso o suficiente pra continuar coletando esses colecionáveis enquanto eu avançava.

Entretanto.... o que mais estragou a reta final do jogo pra mim, foi o pós revelação do GRANDE PLOT.... não estou falando do plot twist em si, aquilo foi muito foda.... mas o que acontece depois é o que me quebra as pernas. Sem querer dar spoilers, mas já dando (la ele).... porra.... como tu constrói um puta vilão foda durante o jogo todo, pra no final..... ser aquele fdp "fake natty" genérico?????? a boss fight nem é ao menos interessante, as três fases do boss não muda em N A D A.... somente os poderes, mas os golpes (moving set) do arrombado são os mesmos.... como tu me faz um final tão broxa?

Outra coisa que me desagradou durante o jogo, foi o combate... nas primeiras horas ali (nas 3~4horas iniciais) é interessante e de certa forma viciante, mas depois fica tão repetitivo, principalmente quando você luta com os Big Daddy's.... e o combate em si também não ajuda, já que é bem zuado (não chega a ser ruim, mas também não é bom), tanto o combate físico quanto de armas de fogo é estranho e a mira também não ajuda.

Como eu disse antes, BioShock é um clássico, é aquele jogo que com certeza a experiência vai ser muito única e que eu acho que é aquele típico jogo que merece ser experimentado por todo mundo que goste de video game.

"A man chooses, a slave obeys"

Um jogo honesto e o começo da trajetória de Josef Fares... é muito legal ver que desde o início o cara preza pelo cooperativo local, que hoje em dia é um tipo de game quase morto.

Sempre me interessei pelo original, mas nunca tive a chance de jogar e aproveitei agora o remake... e o jogo ta bem bonito, ele já tinha uma arte legal antes, mas agora eles tentaram trazer uma coisa mais realista e acho que ficou bom.

A jogabilidade é estranha pra se acostumar, pelo menos pra mim que joguei solo, ter que controlar dois personagens ao mesmo tempo pelos analógicos não foi muito confortável.

A história do jogo é MUITO simples, mas funciona e tem seus bons momentos, nada demais... e o ritmo é bom, sendo só duas horinhas pra zerar... da pra terminar em uma sentada (la ele) na madrugada ou em uma tarde.

A ideia de transportar o tipo de obra que é South Park, para um outro tipo de mídia de entretenimento, como um videogame, tinha muitas chances de dar errado.... não só em retratar o humor negro que a série carrega, mas também conseguir sustentar interesse para que os jogadores possam zerar sem parecer chato ou a pior coisa que já feita na indústria.... felizmente, o resultado final foi excelente.

The Stick of Truth consegue trazer tudo de bom da série, principalmente o humor.... muitos temas pesados são abordados, muitas referências a série é feita, e pelo fato de ser um jogo de videogame, é lógico que os personagens iriam fazer diversas piadas sobre isso... principalmente em cima de seu gênero... pra ser mais exato, o jogo inteiro é uma sátira ao gênero RPG e também a fantasia medieval.

Falando em RPG, o fato de The Stick of Truth ser um é muito divertido... ele traz um sistema simples, mas que funciona muito bem pra South Park.

O jogo tem uma duração boa, sendo três atos consideravelmente curtos, tendo um começo, meio e fim com um ótimo ritmo, mesmo fazendo bastante missão, explorando bem o mapa, zerei em 9h...

Uma das reclamações que eu tenho, é que a partir do segundo ato, e principalmente no terceiro... tinha muita missão que era de ir pro objetivo A, depois pro B, e voltar pro A e assim um looping era feito... logicamente, talvez eu esteja exigindo demais sobre isso com um jogo do SOUTH PARK, mas foi algo que me incomodou, já que nesses momentos o jogo ficava meio chatinho...

Outro contra é o combate que fica totalmente desequilibrado... eu joguei no modo Hard, explorei bastante o jogo e peguei tanto item forte que chegou um momento que eu comecei a matar quase todo mundo com 1 hit e quase não sentia dificuldade nenhuma em qualquer batalha a partir da metade do jogo, por conta disso o combate algumas vezes ficava meio "injusto", por mais que ainda fosse divertido.

Eu nunca cheguei a ver a série de fato, primeiro por conta da dublagem BR que eu sempre achei horrível (talvez por eu estar acostumado com a original), e segundo por conta de uma péssima experiência que tive na época quando tentei ver ainda quando era criança, achava "sem graça" ou não entendia as piadas, depois dessa época eu tinha perdido completamente o interesse pela obra... mas depois de jogar isso aqui, fiquei em uma vontade inevitável de assistir a série pra valer dessa vez (e provavelmente irei ver muito, porque pqp, que negócio engraçado).

Um remake de um dos grandes clássicos do terror, ou melhor, do pai do gênero survival horror e como eu sempre tive curiosidade pela franquia, decidi começar por aqui.

Surfando no hype dos remake's de Resident Evil, o novo Alone in the Dark, desde os seus trailers, já se mostrava ser uma produção com um orçamento meio... precário (acho que a maior parte do dinheiro deve ter sido pra pagar os dois atores principais do jogo).

Infelizmente a falta de verba pesou muito no jogo (e como pesou), poderia começar falando dos gráficos, que não são tão feios, mas chamar de bonito também já é se iludir demais, além de também conter bugs constantes de textura... um combate feito de maneira completamente nojento, é lento e travado que só o caralho... na verdade, a maioria das mecânicas que o jogo se propõe em executar, ele falha miseravelmente em QUASE (tem somente uma exceção) todas elas... o jogo ainda tem uma mecânica meio pseudo-stealth, que também não funciona (olha que surpresa).

O jogo foca em dois núcleos de mapa, um na mansão, onde temos grande parte da exploração, que é até bem gostosinho de ficar indo e voltando, resolvendo os puzzles (depois falo mais sobre eles) e a ambientação entrega bastante, e o outro núcleo é quando vamos para uma espécie de "realidade alternativa", onde enfrentamos os inimigos mais genéricos existentes, em fases lineares e totalmente broxantes de explorar por conta do horrível level design (o boss final desse jogo, acho que é um dos mais horrendos que já vi).

Eu tinha dito antes, que havia uma exceção de mecânica que esse Alone in the Dark tava fazendo, e é justamente os puzzles... são até divertidos de fazer (mesmo que a grande maioria eu tenha feito de primeira ou na cagada), mas mesmo os puzzles saturam muito depois, já que a maioria é só um quebra cabeça besta.

Em relação a narrativa, ele tenta dar uma de RE2 Remake, onde você tem que jogar com dois personagens para a história se "complementar"... pelo menos essa foi a expectativa, mas a realidade é que a história da pra entender perfeitamente se você jogar somente com um dos personagens, não é necessário jogar duas vezes...

"Mas as fases devem mudar pelo menos né?"

não... não muda... são as mesmas fases para ambos os personagens e com uma pequena novidade somente em um dos capítulos finais do jogo, e essas partes novas você passa em meia hora no mínimo.

A história existe, mas quero que se foda também, tão ruim quanto o resto e nenhum personagem é bom, todos são extremamente rasos...

Joguei isso por 12h (contando com as duas campanhas que zerei).... deveria? não.... recomendo? também não... me fez ficar broxado pra jogar o original? com toda certeza...