joguei através do parsec no computador da minha amiga e achei divertido o multiplayer, por mais caótico, desorganizado e mal cozinhado que seja. os chefes são bem ruinzinhos, em especial o último deles, mas a estética é bem bonitinha e eu até gosto das fases especiais de coleta de esmeraldas. não me sinto confortável em dar uma nota pq minha conexão ao parsec tava meio ruim (o que causa umas engasgadas durante a fase) e o modo multiplayer é meio insano demais para eu conseguir avaliar se eu gostei do level design ou não, mas tendo dito isso se você veio aqui dar nota baixa pra esse jogo enquanto deu 5 estrelas para super mario wonder é exatamente assim que o mundo vê você: 🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓🤓

esse aqui foi bem broxante. o primeiro jogo que deu continuidade ao design de symphony of the night deveria ser mais inspirado que isso, mas é só o sistema de cartas que é interessante, e ainda assim, ele está conectado com uma das minhas maiores frustrações com esse jogo: só é possível coletar cartas, poções de cura e antídotos através de drops aleatórios de inimigos. e a drop rate desse jogo é insuportavelmente pequena, algo que eu tenho CERTEZA que foi feito pra inflar artificialmente a dificuldade, mas que acaba também tornando a interação do jogador com o sistema mais interessante desse jogo dependente de sorte.

fora isso, esse jogo não tem swag NENHUM, o que pra um castlevania é um crime completo. os designs de todos os personagens são fraquíssimos, o que diabos é aquele vestido estúpido que a camilla usa? eu não me importo nem um pouco com o drama do protagonista com o coleguinha bravo dele. eu nem to mais irritada com esse jogo, tudo que eu tenho para ele é apatia. e francamente, isso é bem pior.

um ótimo classicvania que puxa umas coisas boas de castlevania 3 sem as restrições gráficas e de performance do nintendinho. eu pensei que ia fazer só alguns dos finais e deixar por isso mesmo mas acabei gostando o bastante pra tentar pegar todas as conquistas (UPDATE: PEGUEI TODAS!). abaixei um pouco a nota porque as rotas que só usam o zangetsu não oferecem um gameplay tão engajante quanto as outras, mesmo com todos os poderes desbloqueados. essa reclamação se triplica na rota que você joga com ele sem nenhum poder pelo jogo inteiro. foram as únicas partes que eu tive de ligar o modo casual para eu pelo menos conseguir terminar. mesmo com essa vírgula eu diria que se você gosta de castlevania 3 você provavelmente vai tirar um proveito desse aqui.

um remake de rondo of blood só que ruim lixo e ruim. em um mundo justo o turbografx teria descido tanto a porrada no super nintendo que eles não teriam outra opção senão renomear super mario world para super waluigi sexy time. eu não sei onde eu tô indo com esse exercício mental

em uma noite de junho de 2023, eu pensei "caramba, eu devia jogar symphony of the night pela primeira vez pra ver como ele é". depois de pesquisar um pouco sobre o jogo eu descobri que ele é uma sequência de rondo of blood e que ele pega um pouco de influência de dracula's curse, então eu talvez devia jogar eles também né. enfim, quando eu percebi era 4 da manhã e eu estava baixando todas as roms dos castlevanias clássicos enquanto lia uma wiki falando sobre as timelines da série. por mais que todo esse trabalho pareça ser desnecessário, depois de chegar no final de symphony eu devo dizer: valeu a pena. ter o contexto da franquia ressaltou o quanto esse jogo é uma carta de amor para os títulos anteriores (e canônicos) da série.

do primeiro jogo, temos o jogo inteiro se passando no imenso castelo do dracula. do segundo jogo, temos a exploração não-linear e as soluções ocasionalmente obtusas, do terceiro temos a elaboração do personagem alucard, introduzido em dracula's curse e protagonizando symphony após acordar de um sono de 321 anos. finalmente, de rondo temos a arte elaborada, o plot e os protagonistas servindo como coadjuvantes. symphony of the night eleva todos esses elementos de forma tão potente que acaba se tornando algo diferente, ao mesmo tempo que familiar.

essa sensação tornou minha experiência quase que nostálgica, mesmo comigo não sabendo de quase nada sobre a série 4 meses atrás. eu amo symphony mesmo com uns problemas que eu tive: os momentos obtusos são meio frustrantes, o posicionamento dos inimigos ás vezes pareceu estar no piloto automático, a reviravolta no terceiro ato é interessante mas acaba estendendo essa parte um pouco demais, ao ponto que quase metade do meu tempo nesse jogo foi nessa parte, ao mesmo tempo que a falta de cutscenes meio que deixam esse trecho narrativamente murcho. isso até o confronto final, onde a história consegue em pouco tempo recuperar o folego e trazer uma conclusão muito boa. não tem problema que a tradução é meio esquisita, ela consegue transmitir muito bem a atmosfera gótica camp, e oferece ótimos momentos em seus diálogos.

"You claim to love the darkness. Go then and dwell there for all eternity!" meu deus alucard. ninguém tinha me avisado que você é tão legal assim.

eu amo esse jogo. a história, os belos cenários 2D e o uso de 3D em alguns detalhes como uma torre vista em um trecho do castelo, os controles e animações do alucard são mecanicamente e esteticamente excelentes, a Ayami Kojima completamente obliterou qualquer outro design de personagem dessa série devido à sua habilidade divina de desenhar bishounens e bishoujos maravilhosos e ricos em detalhes, o castelo é bem gostosinho de se explorar devido à maneira que as salas são conectadas através de suas ramificações.

talvez eu encontre metroidvanias melhores. mas castlevania sempre teve essa atmosfera gótica, recheada de elementos religiosos juntos de monstros esquisitos, e poucas coisas tem essa estética. então essa série sempre vai ter um lugar especial no meu coração por isso. também ajuda que todos os castlevanias que eu completei são jogos MUITO bons. vamos ver se isso vai mudar com os próximos que eu quero jogar.

admito que minhas intenções ao experimentar “baldur’s gate” (1998) pela primeira vez eram puramente vindas de um interesse histórico: já tinha observado de perto o ancião “wasteland” e queria fazer o mesmo com um dos jogos responsáveis por dar nova vida ao gênero crpg, junto do fallout original. pensei que iria jogar por um tempinho, fazer graça com as regras estúpidas da segunda edição de dungeons and dragons (não vou entrar em detalhes aqui mas vai por mim, são estúpidas) e parar logo em seguida. tenho que dar esse mérito para “baldur’s gate”: ele é engajante. a experiência grudou de uma forma que eu não esperava. os cenários rurais pitorescos são deliciosos de explorar, as quests são interessantes e a atmosfera é muito cativante, por mais que muitas vezes os conteúdos são espalhados de forma dispersa em um mapa. eu nunca tinha jogado um jogo do estúdio bioware, mas “baldur’s gate” me deu um interesse pelo catálogo da empresa.

algo na narrativa que me surpreendeu foi o quanto que esse jogo possui um viés político bem específico para a época. assim como “fallout 2" fez críticas bem apontadas à propaganda anticomunista norte-americana, o conflito principal de “baldur’s gate” apresenta em seu antagonista uma figura militarista tentando ganhar poder através de um plano que usa da xenofobia e pânico moral para forjar uma crise de recursos ao mesmo tempo que tenta ao máximo personificar o mito do “grande homem”, algo que todo direita-facistóide eventualmente tenta executar em sua carreira miserável. estou dizendo que bolsonaro é uma cria de bhaal, o deus do assassinato? sim. (gravação vazada de jair bolsonaro após comicamente perder as eleições de 2022.)

esse elemento da narrativa é algo que se mantém relevante mesmo nas duas décadas que se passaram após o lançamento do jogo original, ao ponto de que se fosse lançado hoje em dia seria recebido com ódio fervoroso pelos mesmos supostos fãs da série que fizeram campanhas de assédio aos desenvolvedores após a expansão “siege of dragonspear” (2016) introduzir uma personagem trans. se você for jogar “baldur’s gate” utilizando a “enhanced edition” (que é a única versão disponível na steam hoje em dia), eu te imploro: baixe o mod com as cutscenes originais. não tô nem aí se você não gosta de fmvs antigas: elas são melhores que as versões novas

falando em dragonspear eu dei uma cinta de trocar o sexo pro khalid e depois dela ter virado uma garota trans ela ficou insanamente mais forte. claramente não foi coincidência é isso que aconteceu comigo

2000

eu: "eu até gosto de nox, mas esse jogo seria bem melhor se eu pudesse me tornar serva da vilã principal"
mari: "você fala isso sobre muitos jogos"

ela me conhece tão bem

um fangame com artes muito boas, conceitos interessantes de gameplay e que consegue manter bem o humor por umas 4 horas. se fosse só isso tudo bem mas aí depois do chefe final o jogo começou a virar uma fanfic séria de touhou que parecia estar sendo completamente genuína em tentar me fazer sentir algo? eu amo touhou e tenho certeza que os criadores também, mas até eu me senti desconectada o bastante pra não querer jogar mais (eu to tendo paciência até pro maldito gacha de touhou. se esse jogo não conseguiu me manter mesmo depois de uma homenagem à "cirno's perfect math class" foi demérito do jogo mesmo).

eu não entendo exatamente qual era a ideia por trás da mudança do tom, e até que eu entenderia se isso fosse em si uma piada maluca e arriscada, mas a inconsistência tonal me incomoda bem menos que a inconsistência de qualidade. a partir do momento que ele começa a ser mais sério ele perde muito do seu charme e começa a ficar só cansativo. o que é uma pena!! a experiência até então foi boa. a queda que foi forte demais.

S.T.A.L.K.E.R. sempre me intrigou desde que eu ouvi falar dele pela primeira vez. produzido na Ucrânia em condições precárias e inspirado no romance “Roadside Picnic” (1971), que também inspirou o clássico filme “Stalker” (1979) (as duas adaptações não tem relação entre si), o projeto foi adiado múltiplas vezes, esticando seu prazo de lançamento original de 2003 para 2007, devido à imensa ambição presente na quantidade estúpida de mecânicas complexas demais para um estúdio relativamente inexperiente na produção de um shooter em primeira pessoa tão imenso. boa parte do conteúdo dele foi cortado para que ele conseguisse ser lançado, algo que as sequências tentam implementar, mas isso torna o primeiro jogo um daquelas coisas ambiciosas demais para o seu próprio bem, meu tipo favorito de coisa.

poucas coisas tem a vibe que a ambientação desse jogo tem. eu amo chegar em um acampamento e sempre encontrar 3 carinhas ao redor da fogueira, um com um violão e outro segurando uma garrafa de vodca. a exploração é sempre agradável e procurar artefatos que dão bônus espalhados na região. sou grande fã também de correr de lobos selvagens no meio do mato enquanto bebo energéticos. todas as lojas possuem uma ambiência sonora deliciosa de se absorver entre as batalhas e os períodos de tensão vindas da exploração de prédios abandonados, que são os momentos em que S.T.A.L.K.E.R. se torna um survival horror. bom, pelo menos me assustou. agregando ao nível de tensão, as armas são falhas em seu funcionamento diegético devido ao sistema de degradação, mas esse efeito é atingido de ambas formas intencional e acidental, visto que elas foram programadas de maneira tão bizarra ao ponto de inspirarem inúmeros rumores sobre seu funcionamento dentro do código. um deles diz que até mesmo as armas equipadas pelo jogador são mais efetivas quando o jogo se encontra na dificuldade máxima, o que eu não sei se acredito completamente, mas aceito ela como uma desculpa para jogar no modo mais desafiador que complementa bem o tom da narrativa.

eu decidi jogar S.T.A.L.K.E.R. sem mods, nem mesmo o “Zone Reclamation Mod” que retifica algum dos bugs mais sérios. parte da minha decisão veio por eu gostar do humor que alguma das falhas trazem, mas também por um ceticismo da minha parte sobre o que os fãs consideram um “erro”, algo que surgiu depois de ler múltiplas listas de mods "essenciais" para Fallout New Vegas (basicamente tudo presente no projeto viva new vegas é estúpido e desnecessário). enfim. jogar S.T.A.L.K.E.R. sem essas modificações é uma experiência que vale a pena se você tem paciência com jogos que se quebram fácil. os carinhas que ficam incessantemente repetindo uma frase quando você entra no campo de visão deles são muito legais.

o combate de S.T.A.L.K.E.R. (eu gosto de escrever esse título) funciona melhor quando ele é usado nos momentos mais survival horror, quando você precisa se defender de mutantes com habilidades sobrenaturais, ou até mesmo de trupes de soldados bem eficientes em atirar em tudo que se mexe na frente deles. mas o combate se torna bem menos interessante para mim quando começa a tentar fazer algo mais “jogo de tiro militar”. eu já sabia que a reta final do jogo foca um pouco demais nisso, então eu já tinha em mente que eu provavelmente iria abandonar o jogo quando chegasse nesse ponto. o problema foi que eu me deparei com a maior falha técnica que esse jogo possui, tão intensa que mesmo o “Zone Reclamation Mod” não ajuda muito: meu computador começou a desligar sozinho depois de eu ter entrado em uma área nova. devo deixar claro: eu atingia 60fps constantes com os gráficos no médio, e eu já tinha passado 16 horas nesse jogo sem ter esse problema, mas aparentemente S.T.A.L.K.E.R. é infame por fazer CPUs suarem, mas isso só passou a me afetar em uma área presente na segunda metade da trama, que talvez tenha passado menos tempo sendo otimizada. depois de abaixar a qualidade gráfica (o que me deixou triste pelo jogo ser bem bonito) essa complicação foi resolvida, mas a cidade que eu morava estava em uma onda de calor tão intensa que eu passava meu tempo todo na frente de um ventilador ligado no máximo. então passei a ter medo de ligar S.T.A.L.K.E.R. e voltar a ter esse problema mesmo com os gráficos no baixo. eu já pensava que talvez iria engavetar ele devido às hordas de soldados com mega coletes de balas, mas o que me fez engavetar S.T.A.L.K.E.R. foi… condições climáticas. uau. calor é uma forma de radiação né? eu posso dizer que isso é irônico? se você entende química e pode me falar algo sobre radiação não me corrija. eu sou fã de Fallout eu sei o que tô dizendo.

mesmo com esse contratempo, jogar S.T.A.L.K.E.R. gerou momentos únicos, tensos e agradáveis que me deixaram apaixonada mesmo com os tropeços. eu amo sua vibe e seus bugs quase na mesma intensidade e eu só descreveria minha experiência como agridoce por toda essa situação com o meu computador (que já era bem velhinho. você provavelmente não vai ter esse problema com gráficos no médio). eu troquei a minha placa de vídeo para uma melhor no começo de 2024, mas minha CPU ainda é a mesma. talvez em condições mais apropriadas eu tente finalizar ele.

um ótimo jogo com um sistema de combate simples e interessante, dungeons complicadinhas (mas que até tem seu charme) e os piores bosses já colocados em um videogame.

eu devo dizer que como uma admiradora de mulheres (gay) eu aprecio o quanto do universo de Ys é regido por múltiplas deusas. é um detalhe que eu gosto.

fallout brotherhood of steel é pior que esse, mas pelo menos é bem mais engajante. dark alliance 1 só foi chato mesmo. eu comecei dark alliance 2 logo em seguida e é impressionante o tanto que ele começa melhor que esse aqui.

eu gosto da ideia de um jogo ultra violento em que você controla uma ninja bonita que utiliza da sedução junto de ataques letais que podem rapidamente remover a cabeça do adversário, com os gráficos distintos de ps2 e com um jankzinho incluso. red ninja proporciona isso mas com uns desafios de plataforma que vez ou outra são passáveis, mas que muitas vezes dependem de uma mecânica pouco polida de wall run, que deve ser executado sob o risco de cair em um precipício que te mata e te arremessa pro começo da fase.
até divertidinho. um pouco menos coomer do que a capa implica (ela nem tem esse decote no jogo) mas ainda um tanto coomer. mas não coomer o bastante pra me manter jogando lol

se a versão desse jogo mantida por fãs tivesse as quests e o combate que a versão oficial tinha antes de ser desativada eu iria surtar de alegria e jogar matrix online por 8000000 horas. eu não joguei na época mas vi vídeos. as vibes são imaculadas. eu amo essa ambientação. joguei a versão sobrevivente dele e fui tomada pela melancolia que vem no ato de habitar uma cidade fantasma que um dia foi habitada por outros usuários ao redor do mundo e npcs amigáveis e hostis. um dia o projeto do fã que está mantendo ele vai estar mais completo, e eu vou viver aqui de novo. eu aguardo.

this is the brazilian limbo of the lost

eu reconheci o sotaque brasileiro do narrador NA HORA. isso antes do charlie brown jr. começar a tocar no último volume e os efeitos sonoros estourados criarem a cacofonia mais bonita que eu já vi. obrigada wayneradiotv pela stream.