Amo quando jogos brincam com outras mídias e Immortality brinca diretamente com cinema.
É um jogo não literal que me faz amar sua narrativa extremamente emergente que, apesar de ser altamente personalizada, não deixa de ser absurdamente pessoal.
Durante o jogo, me vi perseguindo o mistério, que de cara nem sabia exatamente o que seria.
E o jogo vai te dar porções dos mistérios na medida em que você, quase que como um detetive, clica escolhe objetos colocados PERFEITAMENTE tanto CINEMATOGRAFICAMENTE quando no GAME DESIGN.
Existe uma coesão cinematográfica com o game deisgn absurdo, talvez esse jogo seja o maior exemplo de gamitografia que temos até hoje.
Porém, esse mistério é colocado de uma forma tão maravilhosa, que comecei a não querer saber a resposta.
Comecei a pedir que o jogo não me respondesse e que terminasse aberto e livre para a interpretação.
Eu queria termianr o jogo com uma dúvida que me consumisse após a minha conclusão... aquele sentimento que existe algo a mais que eu não peguei.
Apesar dessa sensação existir, senti uma certeza que me satisfez, infelizmente.
vou buscar em outras obras do Sam Barlow buscando mais dúvidas, mas ainda assim, esse jogo é inteligentíssimo em seu domínio de ambas as mídias

2022

Esse jogo trata o carnal de forma sacra e, por isso, sua escatologia é bela, mesmo sendo horrenda e asquerosa
Perceba que minha fala anterior é carregada de um peso cultural e moral muito forte. O tabu.
Não precisamos ir muito além para entender como o ato copulativo foi, por muito tempo, visto como um milagre. Porém, a mudança da adoração da fertilidade e do sexo para uma abominação de qualquer pretexto erótico está relacionada diretamente a uma doutrinação patriarcal e cristã.
Veja que esse jogo seria interpretado completamente diferente em uma sociedade que normaliza relações concupiscentes, mas como vivemos em um mundo em que o sexo é indecoroso, vemos orgãos do corpo humano de forma indecorosa, PRINCIPALMENTE orgãos femininos. Não preciso dizer como isso causa uma mácula absurda em nossa concepção do corpo, este que deveríamos conhecer muito bem. Nós o negligenciamos por conta de tabus. Evitamos o conhecimento e o diálogo, nós tratamos isso de forma asquerosa e esse jogo usa isso para constratar com uma beleza grotesca única.
E por isso eu odeio esse jogo. Ele não confia no seu potencial deslumbrante e se apega a modelos de design desconexos que acabam ocultando essa direção artística MARAVILHOSA.
A decisão de ter combate nesse jogo foi uma das piores que eu já vi, que culmina de forma lamentavelmente desastrosa numa das piores boss fights que já enfrentei.
Não vou apenas dizer que o jogo é ruim pelo combate, ele não é. Esse jogo tem MUITA substancia e entra naquela gama de jogos altamente interpretativo e com muito para interpretar.
Mas, os momentos de combate foram tão frustrantes que me desconectaram da beleza absurda que é esse jogo.
É como se eles acreditassem de verdade que tendo combate o jogo faz mais sentindo.
Tendo uma das MELHORES setpieces introdutórias com um puzzle absurdo, o jogo decide mudar completamente o que ele é no meio do caminho.
De inicio, tentar entender esse mecanismo industrial que lida diretamente com nascimento e corpo fazendo-te imergir em uma estrutura diferente de tudo que já vimos e ainda assim, entender seu funcionamento, sem manual nenhum. Além disso, ainda aplica uma narrativa no imaginário profundamente intimo e pessoal. Cada um vai enxergar uma história diferente daquela processo industrial de dilaceração corpórea. Isso em menos de 1h de jogo, depois nunca mais senti o mesmo de forma tão intensa e pura.
sem ser interrompido com momentos frustrantes e distrativos de combate.
Eu queria muito ter me conectado mais, classifico como péssimo por essa covardia de não se entender presente e capaz em si mesmo e trocar sua ousadia por uma mecânica furada de combate "survivor horror-esque".
Nunca esquecerei desse jogo, e isso me irrita.

Megaman X é absurdo.
O quanto que esse jogo é uma AULA de level design, boss design, enemy design e, enfim, Game Design!
Esse jogo resume o que é jogo para muita gente. Apesar de não resumir para mim (inclusive, não acho que nenhum jogo resuma) eu entendo plenamente o quão importante esse jogo pode ser para alguém que nunca jogou nada na vida.
Do macro, para o micro. Esse jogo é tão agradável e tão conciso que faz qualquer pessoa sentir o sabor da estética, dinâmicas e até mecânicas.
Acredite, isso é um feito e tanto e esse jogo foi inteligente o suficiente para conseguir essa conquista.

Florence faz tudo parecer tão simples, mas ao mesmo tempo consegue ser profundamente competente em seu diálogo.
Florence é uma história curta e comum. Profundamente realista, mas dentro de um imaginário ideal, sabe?
Claro, o ideal seria se pessoas encontrássemos amor de suas vidas e ficassem com elas para sempre.
Mas não é assim, em algum momento alguém terá eu se ver sem o outro, seja pela vida ou pela morte.
Assim sendo, nenhuma relação, de fato, eterna, mas o que fica dela pode ser.
Toda relação tem um fruto imaterial que vai mudar a forma que vemos o mundo, nossas ambições e rotinas.
Florence tem uma narrativa fenomenal, mas uma conclusão simples até demais... é aquele realismo ideal que apesar de ser complexo o suficiente para ter camadas, suas soluções são vazias e simples demais para saber que, bem, não é bem assim.
Pode ser confortável para muita gente, mas Florence me puxou para um poço durante a gameplay e esperei que me tirasse desse poço em sua conclusão... Eu vi a obra jogar uma corda para mim e vi a mesma se partir enquanto me puxava. Florence vira as costas e sai como se tivesse feito um bom trabalho em me levantar, enquanto eu continuei no fundo do poço, agora ainda mais machucado.


Bom jogo.
Speedrun em jogo de FPS é sempre algo gostoso. esse jogo tem o efeito flow muito forte, que combina bem com o tema.
A parte social do jogo é beeem superficial, mas entrega bem. o jogo quer ser um anime nesse sentido e funciona tendo até "episódios fillers".
Não espere nada demais, sendo um tema póstumo o jogo deixa bem a desejar nesse aspecto ao meu ver, não espere reflexões.
A gameplay tho... delicia e bem competitivo.

Existe muita competência neste jogo e um carisma bem típico dos survival horrors do início dos anos 2000. Um survival horror cooperativo não poderia ser mais consciente de sua proposta. Uma trama que exagera em tropos escolares com um toque tão simples que te faz querer terminar o jogo só para ver o quão genuína será sua execução. Pois eu me surpreendi com o quão coeso este jogo é e o quão contemplativo ele pode ser! Enquanto os personagens têm um sabor meio ameno, a trilha sonora conduz os pontos de intensidade com um esmero absurdo! Sério, este jogo é como um frasco de guloseimas que você esqueceu atrás do armário e acaba de encontrar! Ele vai te deixar ainda mais feliz ao compartilhar com alguém!

Caramba, meu jogo ta no backloggd......
Obrigado gente, amo vocês S2

Tamo na versão 0.2.1 e quando sair a 1.0 quero vir aqui e ler tudo.

Also: estamos fazendo outro jogo para outra JAM e teremos masi por vir.
TO MUITO FELIZ S2

2022

Foram 4 horas sem sentir nada.
Nada, nem se quer surpresa.
Talvez fofura por conta do gato? Mas muito pouco... eu francamente não consegui me conectar, aqui vão alguns motivos:
Primeiro, a premissa:
"OS SERES HUMANOS ESTÃO EXTINTOS! Mas isso significa que a humanidade também está?" O que é Humanidade?
Seriam máquinas capazes de ter "humanidade"? Como conseguiríamos identificar um padrão comportamental que defina a humanidade?
Trazer uma abordagem antropológica em um contexto cyber apocalíptico é ideal, temos o cenário perfeito para trazer setpieces que promovam essas perguntas.
Em Stray, você não vai viver essa perguntas.
pelo menos de forma rasa, eu senti a intenção do jogo de trazer a reflexão, mas sem a substancia necessária, acaba ficando superficial e monótono (robôs imitam comportamento humano).
Se você jogou Nier Automata, vai detestar ainda mais essas abordagens e se você gostou de stray por conta do tema, deveria jogar Nier: Automata.
Segundo|: filosofia de design.
Você sabe como é jogar Assassins creed antigos? a magia de apertar um botãol e fazer parkour pela cidade toda.
Nesse jogo eu fui assim.
Tendo uma gamificação que chega a ser piegas (buscar um item de alguém que precisa de um item de alguém que precisa de um item de outra pessoa) juntando com setpieces previsíveis, você tem a fórmula perfeita para jogar de forma automática.
Apesar de alguns ditos "puzzles" serem péssimos, você consegue jogar sem pensar, sem se dedicar, sem se entreter.
A não ser que você seja uma pessoa que ama gatos, ai qualquer coisa que o gato fizer vai te entreter já que esse jogo foca mais em trazer um gato controlável do que um jogo bom

Meu segundo jogo sobre "morte" na semana e não consigo para de pensar em como lido com a noção de Fim.
Esse jogo trouxe isso de volta, a efemeridade, que comentei no journal do "before your eyes".
Mantive me perguntando: "por que?". Por que mesmo sabendo de tantas tragédias, de tanta morte prematura a família continuava firme e forte. Durante um momento até me peguei pensado: "nossa, por que esse pessoal continua aí? não é possível que ninguém fez nada".
Aí chega o final e tenho uma resposta, tanto para essa pergunta quanto para o jogo em si.
Bem legal

Esse jogo é aquela pessoa que parece inteligente por falar de vários temas pesados até que se mostra racista.
Esse jogo perdeu toda profundidade e se mostrou uma piada de mal gosto e perda de tempo no momento em que decidiu colocar uma "piadinha" racista. E não foi um personagem racista, foi o jogo em si. Desvalida tudo previamente dito e te engana com um diálogos vazios disfarçados de momentos de choque.
Uma pena, tinha potencial para ser inteligente.
Abandonei faz tempo, mas decidi falar agora devido a uma conversa que tive ontem.

Triste, sem alma, decompassado e completamente confuso sobre o que é MegaMan.
Esse jogo é um fracasso de design até seu ultimo minuto com a pior boss fight do sigma que já vi.
Chefes inexpressivos, fases esquecíveis e uma gameplay com habilidades desconexas... na verdade falta de conexão é o que melhor descreve esse jogo.
Enquanto o X e até o x2 envolviam uma construção de mundo que casa com o ambiente, chefes e poderes a ponto de sentirmos um mundo vivo e isso, no X é MÁGICO.
Aqui, é diferente, sentimos que não apenas as fases, mas tudo não conecta... esse jogo é um quebra cabeça montado errado, não funciona, não encaixa, e só é feito assim por pessoas que já não aguentam mais e só querem terminar logo.
Eu só queria terminar logo esse jogo, mas só foi possível depois de 1 ano, quando aguentei tentar novamente. Detestei

Em vídeo -> https://youtu.be/A0fXQrwKbu4
Não confie em nenhuma análise de Nier: Automata.
Ninguém vai conseguir te explicar um jogo tão íntimo, você vai achar que entendeu , mas não vai entender até jogar.
Eu não consigo fazer uma crítica a esse jogo que será compreendida por alguém. Eu seria o único interlocutor almejado, portanto guardo essa critica para mim de forma tão pessoal quanto esse jogo.
Apenas viva essa experiência pelo menos uma vez em sua vida

Apesar de eu adorar esse jogo e ter algumas memórias de infância com ele, esse jogatina me fez sentir um pouco triste.
Esperava que esse fosse meu favorito, e e apesar de ter grandes momentos de brilho (uma das melhores fases do SIgma) tem momentos sem sabor algum ou até com um tom azedo(última fase do Sigma) que não combina com a experiência doce e ácida de Megaman.
Ele é bem competente, mas acabou sendo apenas divertido, diferente da maestria de design que o Mega man X trás.
Divertido, X ainda continua sendo o meu jogo favorito

MASTER PIECE>

This game is much more of what you'd expected it to be.
It is art. Maybe, The Most art you will have from a game.
Acctually, this game defines state of the art and should be considered as the definition of GAMES... ART GAMES.

PLay I CARLY METE DBANÇA ICALRY METE DANÇA
ART GAME.

Achei bem fofo, confortável e inteligente
Não em termos de mecânicas, os melhores momentos de gameplay para mim foram as setpieces que fogem do padrão de gameplay de JRGS, mas não levem muito isso em conta afinal, usei save editor para deixar o jogo da forma que achasse melhor.Até porque, gameplay aqui não importa tanto...

Gostei dos personagens, mas esperava me envolver mais, senti que parte da minha conexões vieram de relações estranhas ao jogo(VincentE sendo o mais edgezão maravilhoso morbing time, mas dentro do jogo ser inexpressivo). Porém, foi o suficiente para eu me conectar ao ponto de me sentir abraçado, é um jogo carinhoso e em vários aspectos entendo afetar tantas pessoas.
Conseguiu me surpreender até o fim.