439 Reviews liked by XOJaca


This review contains spoilers

Eu sei por onde esse jogo (não necessariamente essa versão em específica) é um clássico atemporal, devido a sua trilha sonora magnífica, visual deslumbrante, história com um lado sentimental extremamente carregado, um mundo vasto, solitário em que você é a grande ameaça.

SOTC é um clássico, a Bluepoint fez um bom trabalho em revitalizar a obra pra geração do PS4, trata-se de um jogo tecnicamente impressionante.

Confesso que experenciei diversos glitches, especialmente relacionados a física do jogo e a mecânica de grip. Como nunca joguei o SOTC de ps2, não sei até que ponto são heranças da primeira versão, mas o grip em vários momentos carecem de consistência, você cai em momentos que não deveria cair, também sinto que os pulos nas plataformas são meio "clunky".

A história é linda e te deixa com um sentimento amargo na boca, quase nada é dito durante a jornada, mas tudo que sai tem um impacto muito forte. Esse jogo consegue impor muito bem a relação de você ser um vilão involuntário cego pelo seu próprio objetivo quando destrói tudo ao redor.

SOTC é uma obra extremamente influente, fiquei feliz de poder experenciá-lo pela primeira vez, gostei bastante da obra, mesmo tendo problemas que não venceram o tempo.

Um FPS diferente de tudo.

No jogo o tiroteio frenético + um humor ácido constante em que nada é levado a sério consegue criar um estilo único de gameplay. Como foi feito pelo co-criador de Rick and Morty, o humor e as piadas são a maior parte do entretenimento e também é o que torna o jogo diferente.


A maior prova de que High On Life é feito por um criador de Rick and Morty é o visual. O uso de cores chamativas em alto contraste somado às criaturas alienígenas encontradas e os planetas com suas próprias estranhezas parecem ter saído diretamente da animação.

De longe a parte mais legal do jogo é as armas que nosso personagem ganha durante a história. Cada arma tem sua funcionalidade e SUA PERSONALIDADE PRÓPRIA (Meio que as armas viram suas amigas e elas proporcionam os melhores dialogos do jogo).

Infelizmente o brilho do jogo se perde pelos seus problemas. O game tem LOADINGS super demorados e constantes, os pequenos eventos com escolhas não possuem um peso na história, o universo do game fica repetitivo super rapidamente e por aí vai (Tinha momentos que o jogo tinha quedas de frames bizarras).

Fãs de Rick and Morty com certeza irão AMAR High on Life. Tanto pela dublagem com a clássica voz de Morty quanto pelas frequentes piadas pesadas.

PRÓS:
- Belos gráficos.
- Bom humor.

CONTRAS:
- LOADINGS EXCESSIVOS.
- O dinheiro do game é meio inútil para o avançar da história.
- Falta de um mapa.
- Bugs no geral.

This review was written before the game released

"Just Another Crossover Platform-Fighter"

Combining the Warner Bros. universe into a fighting game is a pretty neat idea. You can have Shaggy fight Batman, or Finn and Jake team up against Bugs Bunny and Taz the Tasmanian Devil. Yet when trying to enter a market that is culturally dominated by "Super Smash Bros.", a game needs to try and match the mixture of polish, casual fun, competitive competency, and creative roster. "MultiVersus" attempts all of the above and accomplishes a lot, and yet it is barely a game I would Recommend at the end of the day.

The roster here is definitely not the problem. You have characters from the likes of DC Comics, Looney Tunes, Cartoon Network, Scooby Doo, and other classic cartoons and popular movies/shows. Their builds are varied and interesting, with the mixture of roles and customizable perk kits introducing some variance in playstyle and approach in matchups. The art style keeps characters consistent despite them existing in various styles originally, which is a big accomplishment.

The mechanics are also solid enough with dodges and air movement being a major component. There are no blocks, and grabs are specific to characters rather than a universal mechanics such as in "Smash". Characters are designed to knock out at the top or sides of the arena, and each has specific roles and abilities which shape their fighter identity.

Yet despite having a solid base, the game is just not polished very well in my opinion. Netcode is really inconsistent alongside actual matchmaking skill, hitboxes for attacks and characters are completely busted, there are some easily spammable strong attacks from characters that don't seem to have been tweaked yet, and the menu navigation and layout is just awful. Playing on a console helped more compared with PC, but it still never felt right to actually play the game.

The game has a lot of potential, but right now I just don't find it very fun to play. Granted I'm not a mega-fan of "Smash" or platform fighters (hell, even fighting games) in general, but I don't see myself playing this at all currently since there is not enough polish to keep the gameplay experience consistent. Playing with a friend helps, but the lack of local play drastically limits how much I even want to play when I can just pop in "Smash" with anyone who visits my house. Granted the online experience here is much better than "Smash", but there are just generally better online games than this one that hold my attention.

I think this game needs a lot more work in order to be something that really cements itself over the next few years as a premier fighting game. It sort of lands in the middle of competitive and casual and just feels too unpolished to warrant consistent play from me. Being free helps with the barrier of entry though, so check it out since it's really not much of a commitment to boot up and try it for yourself. I just don't seem to find it as special as some people might argue it to be.

Final Verdict: 6/10 (Above Average)

This review was written before the game released

bem daora, os controles são meio confusos no começo, mas o resto do jogo é bem daora
shaggy my beloved

Veredito: O melhor plataforma que já joguei. Não "melhor Mario", "melhor coletaton" ou "melhor plataforma 3D". Melhor plataforma, ponto. (fora Sonic, tudo tem limite)

"Mas então Super Mario Odyssey atinge as expectativas? Para um jogador casual de Mario ou pra alguém que cresceu jogando Mario: acredito que atinja. Ele não se reinventa insanamente para incrementar pra caramba a experiência que você tem com ele. Mas se você está procurando um jogo do Mario com muita coisa pra fazer... Sim, ele vai atingir esse padrão exatamente o tanto quanto você deseja que ele faça.

Porém, se você for um platinador, se você for alguém como eu que gosta de ir de 0 a 100, e depois mais um pouco, pra pegar tudo no jogo... Então ele é EXATAMENTE o que você quer! Esse jogo tem TANTO conteúdo, e ele te recompensa constantemente à medida que você avança! [...] A tal ponto que quando você chegar no final, quando chegar naquele último momento: sim, vão ter coisas de platinador que você irá querer ver e desfrutar pela sua dedicação nesta jornada."

~ Jirard "The Completionist" Khalil. Eu não teria dito melhor. ❤️

Veredito: Escolhas variadas, mecânicas fodas, e dilemas morais.

Dishonored tá longe de ser perfeito: a dublagem às vezes é ruim e tem muito rosto mal animado (o que não é bom num jogo fotorrealista focado na história), certas decisões dos devs são muito questionáveis e ele sofre de uma falta considerável de polimento, incluindo bugs. Porra, recomecei o tutorial do zero por erro do jogo. Duas vezes!

Mas... sou forçado a achar ele incrível. Dishonored me fez pensar na maldade e bondade humanas, nos ciclos da sociedade, em ditaduras, nas pessoas horríveis que podemos virar se não tomarmos cuidado, se nos deixarmos levar por covardia, ou não soubermos diferenciar nossas boas intenções daquilo que decidimos fazer de fato. O trailer deixa bem claro: 'a vingança resolve tudo'. O jogo me dá todos os motivos e meios pra aloprar geral, pra matar com sangue e sem dó.

E me deixa decidir, a cada momento, o que fazer. Decidi não matar ninguém, resolver o problema do jeito mais pacífico que pude, e mesmo assim me sinto um merda. Me sinto também um ninja sorrateiro que passou despercebido de todo mundo e que soube aproveitar ao máximo cada arma, poder e caminho alternativo. Joguei um immersive sim fantástico, que botou mais roleplay nas mecânicas de stealth do que muito RPG bota nos atributos e números. Com seu roleplay e mecânicas, Dishonored fez pensar principalmente na minha própria ética, nos limites dela, no que deveria fazer para melhorar ela. E ainda não achei respostas.

Veredito: Vai direto pro pódio dos favoritos.

Eu gosto muito de falar sobre jogos, às vezes até mais do que gosto de jogá-los. Foram pouquíssimas as vezes que um jogo me deixou sem palavras, que hesitei em tentar explicar por que gostei dele, com medo de não fazer jus ao tamanho da foderosidade do que tinha acabado de jogar. Mas vou fazer um esforço aqui.

Outer Wilds é um jogo de exploração espacial - você é um astronauta alienígena conhecendo os planetas, luas e tals do seu sistema solar - mas é principalmente um jogo sobre o deslumbre com a descoberta. Sobre ir lá e ver o que tem depois da curva com seus próprios olhos, compreender como as coisas funcionam e ficar maravilhado com a sensação de 'ahá, agora eu entendi!'.

Ao mesmo tempo, é um jogo sobre sair da zona de conforto. Não só porque nunca joguei nada parecido antes, inclusive morrendo várias vezes até me acostumar com a física e controles esquisitos ('para onde fica a frente?' é o tipo de dúvida constante no começo) nem só porque ele jamais te pega pela mão: como disse o Errant Signal o jogo é uma via de mão única e jamais irá em sua direção, você é que tem que ter o trabalho de ir até ele. Mas porque você nunca vai resolver os puzzles e jamais vai entender a trama se não estiver disposto a pisar onde ninguém nunca pisou e ir onde você jamais iria normalmente. Pensar fora da caixa, ser curioso e querer de verdade entender o universo à sua volta são pré-requisitos pra se aproveitar Outer Wilds, tanto os puzzles e mecânicas quanto a história.

Antes da 1ª decolagem vários amigos da sua vizinhança te contam anetodas sobre o sistema solar: uma corrente marítima esquisita e criaturas assustadoras em um planeta, um colega astronauta que desapareceu, uma estátua e uma pedra que agem de um jeito que ninguém entende. Tudo pra te deixar intrigado e curioso pra explorar. Se a exploração pela exploração e a descoberta pela descoberta não te enchem os olhos, se na escola você não gostava daquela sensação de entender algo que não entendia antes, talvez passe algumas horinhas com Outer Wilds, enjoe e resolva ir jogar algo melhor. Mas se te atrai a ideia de descobrir o que aconteceu com povos e espécies extintas, compreender como funcionam tecnologias que antes eram confusas, e principalmente ter um envolvimento emocional com o mundo à sua volta a tal ponto que você vai ousar fazer coisas por ele que jamais ousaria antes... Garanto que a viagem vai ser inesquecível. ❤️

Veredito: A cada passo pra trás, dois pra frente.

Muito difícil não comparar com Sonic 1. É basicamente a mesma ideia só que muito maior e com muito mais gás. Velocidade, loopings, piruetas e saltos enormes em rampas? Bota mais que tava pouco. Fases bônus? Faz em 3D agora. Aproveita e coloca aí um 2º personagem pra te seguir, com direito a coop e versus. Põe também uma técnica nova que te permite ganhar velocidade a qualquer instante! E a recompensa por passar de todas as fases bônus vai ser a estreia do famoso Super Sonic!!! Mais músicas fodas, mais chefes bem feitos, mais fases incríveis. ❤️

Infelizmente nem tudo é flores. Com o escopo maior veio também a famosa falta de polimento da Sega, que era bem mais sutil no 1º jogo. As novas fases bônus trazem ideias legais, mas a dificuldade injusta delas foi feita sob medida pra te foder, especialmente se a máquina estiver controlando o Tails. Inclusive, essa dificuldade injusta já aparece bem cedo nas fases normais, papo de na 2ª ou 3ª zona, enquanto no Sonic 1 era só na última ou penúltima. O jogo tem mais fases e com isso mais chefes, mas certos chefes também são difíceis de um jeito bem escroto - principalmente o chefão final.

No geral Sonic 1 é um jogo bem mais redondo e com bem menos tropeços, mas acho que ainda prefiro Sonic 2. Ele trouxe TANTA coisa nova INCRÍVEL que em retrospecto acaba fazendo o 1 parecer menor do que realmente é. Super Sonic, Tails, modos multi, mais fases legais, spindash... É até difícil ficar zangado com ele por muito tempo.

Sonic 2 é basicamente como se Sonic 1 batesse o pau na mesa e falasse 'mas esta ainda nem é minha forma final, mwahaha!'

Veredito: É um clássico e é por um bom motivo.

Fiquei muito confuso quando vi que vários fãs de Sonic acham este jogo superestimado. "Vai ver envelheceu mal" pensei. Não jogava há eras, então talvez meu carinho por ele fosse pura nostalgia? Afinal, Sonic 1 foi um dos jogos mais importantes da minha infância.

Mas não. Depois de rezerar (pela caralhocentésima vez, mas pela 1ª em muitos anos) percebo que eu tava certo. Sonic 1 continua até hoje um plataforma EXTREMAMENTE SÓLIDO, o que até assusta um pouco considerando que foi o 1º do gênero e que várias das pessoas envolvidas eram inexperientes. Curto, direto, rejogável e divertido para um cacete.

Green Hill Zone já foi discutida até o talo, mas é uma pena que as outras fases não recebam o mesmo carinho da comunidade. Marble Zone é boa sim e tem excelentes seções de plataforma, Star Light e Spring Yard são uma delícia, as fases de esmeralda são fodonas e todos os chefes são bem projetados. A direção visual e sonora são incríveis, e pqp a trilha sonora é perfeita. O único defeito mesmo é o pico de dificuldade injusta nas últimas fases: vá tomar no cu, Scrap Brain.

Quanto a mim, foi muito bom ver que eu não esqueci nenhum segredo. As passagens secretas, os pequenos bugs que podem ser explorados, os melhores caminhos. Até descobri alguns novos!

Veredito: O irmão caçula do primeiro Sonic.

Se tu acha que ele é só uma versão piorada de Sonic 1 pro Mega Drive... pra ser sincero, você não tá errado, mas também não tá exatamente certo. O Mega Drive era um dos videogames mais potentes em 1991, e Sonic 1 tirou muito proveito disso. O Master System era BEM mais fraquinho e não tinha nenhuma condição de rodar um jogo daquele calibre.

A solução foi refazer tudo "do zero", um remake pra trás, e as limitações do console com certeza pesaram em cima. Mas se por um lado o jogo parece "Sonic 1 de camelô" (joga no YouTube e compara as duas versões, sério, é bizarro) por outro é fascinante como conseguiram traduzir pro Master System o espírito do original. Saltos enormes em rampas depois de sessões de velocidade, segredos que você acha vasculhando as fases, sessões de plataforma bem feitas... Tudo como você lembra, só que muito mais na humildade.

Até a dificuldade escrota e mal feita das últimas fases tá aqui, e já aviso logo que Labyrinth Zone ficou PIOR do que no Mega Drive. =P

Não é meu caso, mas tem gente que prefere Sonic 1 de Master System do que o original, e entendo perfeitamente. Embora tenham o mesmo nome e sigam a mesma receita, são jogos completamente diferentes. E vale a pena jogar os dois.

Veredito: Divertido pra caralho. Por quê? Porque sim.

Como todo mundo que começou a jogar videogame muito criança, na época eu não ligava pra game design: arquitetura das fases, ritmo do jogo, variedade de inimigos, isso tudo fui aprender já adulto. Eu não tinha necessidade de explicar por que gostava de jogar. Eu gostava porque gostava, oras. Gostava porque me divertia.

Não que seja ruim entender por que um jogo é bom. Eu adoro esse conhecimento, e adoro falar sobre jogos com todos os detalhes. E gosto de outras coisas além de diversão: da história, da dificuldade e sentimento de superação, do envolvimento emocional.

Mas Mario sempre vai ser uma volta à minha infância. Ao sentimento de que estou jogando videogame na sua forma mais pura, na sua essência, que me fisgou quando eu tinha 4 anos. Com Mario eu fico só com a diversão. Fico só com aquela alegria que sentia quando era criança, a alegria pura e simples de jogar um jogo porque... porque sim, oras. Porque ele é gostoso de se jogar e só por isso.

Eu não preciso de outros motivos.

Veredito: Como esse jogo pode ser tão imaculado, cara????

Quando comecei a versão 8-bits de Sonic 2, imaginei algo tipo Sonic 1: bacaninha e divertido, mas obviamente limitado pelas fraquezas do Master System e incapaz de chegar no nível dos jogos de Mega Drive.

EU NÃO SABIA DE NADA, INOCENTE!!!!!

Sendo curto e grosso, Sonic 2 é lindo, gostoso e isento de falhas. É nível Sonic Mania de jogo perfeito.

Vocês podem tentar me convencer o quanto quiserem que esse jogo pegava num Master System real, EU NÃO ACREDITO! Isso é cientificamente impossível, porra! Certeza que ele só roda bonitasso e lisinho assim por causa das tecnologias da emulação.

Se comparar com, digamos, Sonic 1 de Mega Drive, este jogo aqui tem MAIS VELOCIDADE que ele, tem MELHOR DIREÇÃO SONORA e também tem CHEFES MAIS BEM FEITOS. Dificuldade injusta nas últimas fases? Nunca nem vi, que dia foi isso?

E fica mais bizarro ainda quando a gente lembra que ele lançou ANTES do Sonic 2 de Mega Drive. MAQPORRA, BICHO????

Sério, mano, como é possível terem feito um jogo desses logo depois do Sonic 1 de 8-bit?

Veredito: Um Sonic portátil perfeito, se não fosse o lag.

Quase um mês atrás, joguei 2 minutinhos pra testar o emulador, e fiquei com MEDO de quando jogasse ele a sério. Tudo levava a crer que seria um jogo bem merda. E não é que... o jogo é bom?

É o 1º Sonic portátil, e foi muito bem pensado pra isso. As fases são extremamente curtas, os chefes são super rápidos, o jogo tem pouquíssimas fases. Tudo bem direto, pá-pum, e cada detalhe é muito bem feito, resultando num jogo até que bastante divertido e rejogável. Não vou mentir: qualquer coisa no Game Gear é feia pra dedéu e não é com Sonic que vai ser diferente. Mas do ponto de vista das mecânicas e da direção sonora/visual, só tenho elogios. O jogo inclusive traz umas gimmicks muito doidas mas que funcionam muito bem, como o foguete e a mola nos pés, e fico triste delas não terem sido melhor aproveitadas em jogos futuros.

MAS O LAG, MEU PAI AMADO!!!! Este jogo tem lag, MUITO lag, uma quantidade OBSCENA de lag. Você nunca viu tanto lag na sua vida, meu deus do céu, nem Banjo-Tooie e Perfect Dark no N64 tinham tanto lag assim.

Normalmente isso não seria problema, mas num jogo do Sonic? É a morte.

No fim, o quanto ele vai conseguir te divertir depende da sua tolerância a isso. Meu notebook foi uma torradeira quase a vida toda, daí meio que já me acostumei a jogos com lag - platinei Bioshock 1 com tudo no mínimo e a 10 quadros por segundo - então este Sonic foi bem suportável, ainda mais por ser super curtinho. Mas se aturar o lag for pedir demais pra você... sinceramente, ninguém pode te julgar.

Veredito: não tem defeitos.

Na minha cabeça existe uma lista de jogos 'perfeitos': mesmo depois de anos, não consigo encontrar nenhum defeito neles, por mais que procure. Eles representam a nata da nata do que a arte tem pra oferecer, e quando alguém pede indicação de 'um jogo bom daquele gênero ali' eu sempre recomendo eles.

Talos Principle é o jogo de puzzle 'perfeito', Chrono Trigger é o jRPG 'perfeito', Metal Gear Solid 3 é o jogo de espionagem 'perfeito', e por aí vai.

Hollow Knight ocupa esse espaço para os metroidvanias. Absolutamente TUDO nesse jogo é incrível. A história, o combate, a exploração, o sistema de progressão, o ritmo... Tudo foi milimetricamente calculado, testado e polido para que o jogador tenha em mãos o melhor metroidvania já concebido.

Esse é o tipo de jogo TÃO BOM que outro do mesmo nível só surge a cada 5 anos mais ou menos.

Veredito: Extremamente sólido, bem escrito e, ao mesmo tempo, original e nostálgico.

Tem um roteiro que alterna entre mindblow e hilário, abusando da quebra da quarta parede. Mal passei da 2ª fase e minha esposa brigou comigo (com razão, já tava bem tarde) por estar rindo alto demais. XD O jeito como ele subverte jogabilidade e roteiro ao mesmo tempo é muito bem feito, criando expectativas pra despedaçá-las logo depois, com reviravoltas e plot devices muito bem pensados, tanto os obrigatórios quanto os opcionais, além de novas mecânicas extremamente bem colocadas. 'A graça de Undertale é que subverte as expectativas do jogador e os clichês do gênero' disse qualquer um que nunca jogou The Messenger. E a tradução pt-BR é muito boa.

Fora isso, é um plataforma 2D de ação (pense num Ninja Gaiden moderno e sem defeitos e ao mesmo tempo num Shovel Knight com esteróides, com música PUTA QUE PARIU GOD TIER TOTAL) com um ritmo e sistema de progressão praticamente impecáveis: sempre tem coisa interessante acontecendo, algo pra gastar dinheiro e uma habilidade nova pra usar. E com um peso ENORME em manter o momentum: quanto mais tu foca em estar sempre avançando e quanto mais bundas você chuta, melhor o jogo flui. Graças ao inusitado pulo duplo (pode pular de novo infinitamente, mas só quando bater em alguém/alguma coisa) e ao level design fodão, você pode jogar seguro e controlado (que também é divertido) ou fazer um ciclo infinito de pula-ataca-pula até o fim da fase, quase sem tocar no chão.

Passei de sessões de elevador inteiras sem usar o elevador, só subindo de alvo em alvo com esse combo, e PUTA MERDA COMO É GOSTOSO CONSEGUIR FAZER ESSA PORRA!!!